Codificação PCM

Introdução
 A digitalização de um sinal analógico deve-
se a:
 Necessidade de se enviar uma informação
através de um sistema de comunicação
digital.
 Necessidade de se armazenar uma
informação em um sistema digital.
 Os sinais analógicos podem vir de diversas
fontes:
 Sinais de voz;
 Sinais de vídeo;
 Resultados de medições;
 Etc.
2
 Introdução
 Os sinais analógicos para serem
digitalizados devem passar
necessariamente por processos:
 Amostragem;
 Quantificação;
 Codificação.

 Para o processo inverso, temos:

 Decodificação (regeneração);
 Filtragem.

3
 Introdução

4
 Amostragem

 O sinal de voz contínuo no tempo é

transformado em um sinal discreto no
tempo.
 Os valores do sinal são amostrados
em intervalos de tempo periódicos.
 Teorema da amostragem de Nyquist.

5
 Amostragem

 O sinal amostrado só pode ser

recuperado se famst ≥ 2.fmax.

6
 Amostragem

 Se famst < 2 x fmax.

7
 Amostragem

 Se famst ≥ 2 x fmax.

8
 Amostragem

 Verificando o teorema de Nyquist no

domínio da freqüência temos:

9
 Amostragem

 Espectro de freqüência de um sinal

amostrado:
 Utilizando o teorema da convolução.
 Dois sinais:
• f(t) : sinal de informação com freqüência
máxima fm.
• s(t) : sinal de amostragem com
freqüência fa.
 f(t) . s(t) = convolução(FT(f), FT(s))
10
 Amostragem

 No domínio da freqüência o sinal de

informação possui:
 Uma freqüência central e
 Uma freqüência máxima.

11
 Amostragem

 No domínio da freqüência, o sinal de

amostragem tem uma freqüência fa.

12
 Amostragem

 O resultado da convolução.....

13
 Amostragem

 Para famst ≥ 2 x fmax.

14
 Amostragem

 Para famst = 2 x fmax.

15
 Amostragem
 Para famst < 2 x fmax.

Distorção de dobramento ou erro de recobrimento

16
 Amostragem

 Para aplicações em telefonia:

 Em telefonia, a freqüência máxima do
sinal de voz é de 3400 Hz.
 A taxa de amostragem padronizada
pelo ITU-T é de 8000 amostras por
segundo, ou
 A freqüência de amostragem é de
8kHz.

17
 Quantização

 O sinal de saída do processo de

amostragem.
 Entrada do processo de quantização.

18
 Quantização
 Mapeamento do sinal:
 Original no domínio contínuo
 Para possíveis níveis de saída,
determinados.
 Número finito de bits.
 Processo onde acontece a
digitalização.
 Quantificação (ex.: Atribuição de
notas)
 Qualificação (ex.: Atribuição de
19
status)
 Quantização

20
 Quantização

 Possue dois sub-processos

envolvidos:
 Compressão
 Codificação

21
 Quantização

 Quantização linear

ΔV – passo de quantização
Para a quantização linear, o passo de quantização é constante em
todo o intervalo.
22
 Quantização

 Erro de quantização:
 Em um sistema telefônico, a
qualidade da voz escutada influencia
muito na quanlidade do sistema como
um todo.
 Diferença entre o sinal amostrado e o
quantizado.

23
 Quantização
 O valor do erro está entre –ΔV/2 e
ΔV/2.
 Menor passo de quantização implica
em menor erro de quantização.
 A diminuição do passo de
quantização acarreta o aumento do
número de níveis de quantização.
 Na prática, este erro causa um ruído
branco de fundo.
24
 Quantização
 Existem limites para os valores de ruído em
conversação telefônica.
A qualidade mínima da voz digitalizada é a
que tem SNR > 26dB.
 Para que haja inteligibilidade superior a 98%
o SNR > 35dB.
 Considerando ainda a larga faixa de valores
de amplitude do sinal.
 A quantidade adequada de níveis é de
8192 níveis, desde o mínimo negativo até o
máximo positivo.

25
 Quantização
 A quantização linear ainda provoca outro
tipo de ruído durante a conversação.
 Ruído de canal vazio
• Acontece durante as pausas na conversação
• É mais perceptível que um ruído que aconteça
durante a conversação.
• O ITU-T estabelece que a potência deste ruído
deve ser menor que -65dBm.
 Este ruído pode ser minimizado quando se
utiliza outro tipo de quantização.

26
 Quantização
 A quantização não linear
O tamanho do passo de quantização
é variável.
• Passos menores para valores baixos e
• Passos maiores para valores altos.
O número de níveis de quantização é
o mesmo 8192.
 Para valores simétricos,
consideramos 4096 níveis (13 bits)

27
 Quantização

 Este tipo de quantização é o mais

utilizado na área de telefonia.
O sinal amostrado é quantificado em
passos de quantização variáveis.
 A quantidade de níveis é de 13bits.
 Este processo envolve ainda a
compressão dos bits.

28
 Quantização

 Existem duas leis que definem o

padrão de compressão do sinal
amostrado:
 Lei μ - é utilizada no Japão, EUA e
em todos países que o código
internacional é 1.
 Lei A – recomendada pelo ITU-T para
a Europa, América do Sul, a maioria
dos países do mundo e nos enlaces
29 internacionais.
Quantizaçã
o
 Lei A
 Entrada 13 bits
 Saída 8 bits

30
 Quantização

31
 Quantização (exemplo)

32
 Quantização (exemplo)
 Amostra +2398
 Segmento 111
 Código de
quantização 0010
 Palavra PCM
11110010
 Na decodificação
+2368

33
 Multiplexação

 Digitalização de um canal de voz.

 Mas...

34
 Multiplexação digital
 Na multiplexação TDM, cada fatia do
sinal é utilizada para a montagem de um
quadro.
 Este quadro é chamado de quadro PCM.
 Vários canais de voz são codificados
PCM;
 São ordenados em uma seqüência
lógica;
 São então transmitidos por um meio
adequado.
 No destino, é então feito o processo
35
oposto.
 Multiplexação digital

36
 Multiplexação digital

37
 Multiplexação digital

38
 Multiplexação digital

 Cada canal de voz é chamado de tributário.

 Em cada amostragem é recolhida uma fatia
de sinal (fatia de tempo) – timeslot.
 Um conjunto de timeslots são utilizados para
a montagem de um quadro agregado.
 Corresponde às amostragens de todos os
tributários durante um ciclo de amostragem.
 A velocidade do quadro agregado é a soma
das velocidades de todos os timeslots.
 A esse sistema de multiplexação dá-se o
nome de sistema PCM30.
39
 Sistema PCM30

 Características:
É um sistema totalmente síncrono.
 As taxas dos tributários e do canal
agregado são fixas e constantes.
 Pode ser implementado tanto em
hardware como em software.
 É largamente utilizado nos sistemas
de telefonia tanto fixa como móvel.

40
 Sistema PCM30

 Propriedades:
É formado por 30 tributários.
 Cada canal de voz é amostrado 8000
vezes/s.
 Em cada amostragem, é gerado 8
bits.
 A taxa do tributário fica 8000/s x 8 bits
= 64kbps.

41
 Sistema PCM30
 Propriedades (cont.)
 Paraa formação do quadro agregado,
temos:
• 30 tributários de voz
• 1 tributário de alinhamento e alarme
• 1 tributário de sinalização (controle)

Velocidade do canal
agregado = 32 x 64kbps =
2048kbps
42
 Sistema PCM30

Sistema PCM30

43
 Sistema PCM30

 O canal agregado é também

denominado de E1, G.732(ITU-T),
2M.
 Este sistema é utilizado na Europa,
América do Sul e na maioria dos
enlaces internacionais.
 Lei A – 13 segmentos em 8 bits.

44
 Sistema PCM30

 Um conjunto que quadros PCM

formam um agregado que é
denominado de multiquadro.
 O multiquadro é composto por 16
quadros PCM, numerados de 0 a 15.

45
 Sistema PCM30

BIT

Janela ou time-slot
1 2 3 4 5 6 7 8 (Contém 8 bits)

Quadro ou Frame
J0 J1 J30 J31 (Contém 32
janelas)

Q0 Q1 Q14 Q15

46
 Sistema PCM30

 Características do multiquadro:
A palavra de alinhamento de quadro
(PAQ = 0011011) são os bits b1 a b7
do timeslot 0 dos quadros pares (Q0,
Q2, ..., Q14).
 A palavra de alinhamento de
multiquadro (PAMQ = 0000) são os
bits b0, b1, b2 e b3 do timeslot 16 do
quadro Q0.
47
 Sistema PCM30

 O alarme de perda de alinhamento de

multiquadro é o bit 5 do timeslot 16 do
quadro Q0.
 A palavra de serviço é formada pelos
bits b1 a b7 do timeslot 0 dos quadros
ímpares (Q1, Q3, ..., Q15)

48
 Sistema PCM30
 A palavra de serviço:
O bit 1 é fixado em 1 para evitar a simulação
da PAQ.
 O bit 2 é utilizado para indicar alarme
urgente quando em 1:
• Falha da fonte de alimentação (quando possível)
• Falha no codificador
• Perda de alinhamento do quadro de pulsos
• Perda do sinal de entrada de 2Mbps
• Alta taxa de erro na palavra de alinhamento >
10-3.
 O bit 0 de todos os timeslots 0 do
multiquadro é reservado para uso
49
internacional
 Sistema PCM30

X – reservado para uso nacional, ou outros alarmes e

telemetria
50
 Sistema PCM30
 O timeslot 16 é utilizado para a
sinalização:
 Sãosinais de controle para a
comutação da chamada:
• Atendimento
• Desligamento
• Seleção
• Etc
A – bit utilizado para alarme de
perda de alinhamento de
multiquadro

51
 Estrutura Completa do
Quadro

52
 Sistema PCM30

53
 Sistema PCM30 -
transmissão
 Alinhamento do quadro
 Consiste em sincronizar o receptor
em fase e freqüência com o que é
enviado pelo transmissor.
 É efetuada todas as vezes que o
receptor é ligado e
 Periodicamente, para corrigir
eventuais perdas de sincronismo
(palavras de alinhamento).

54
 Sistema PCM30 -
transmissão
 Alinhamento do quadro
 Os erros no padrão de alinhamento são
utilizados para avaliação do desempenho.
 Quando o receptor perde o alinhamento do
quadro, todas as informações transmitidas
são perdidas.
 A perda de alinhamento pode ser causada
por:
• Perda de sincronismo do relógio do transmissor
• Erros de bit provocado por problemas no meio de
transmissão

55
 Sistema PCM30 -
transmissão
 Um sistema de transmissão PCM é
composto por:
 Equipamento terminal: está situado nos dois
extremos da linha. É responsável pela
digitalização dos canais de voz e
multiplexação TDM.
 Equipamento de linha ou regenerador:
distribuído ao longo da linha e tem a função
de regenerar o sinal.
 Equipamento de transmissão: fornece o
meio de transmissão para o quadro PCM,
realiza também a função de regeneração.
 Os sistemas PCM são sempre realizados
56 por 4 fios, 2 para TX e 2 para RX.
 Sistema PCM30 -
transmissão

57
Sistema PCM30 -
transmissão

Conectores
58DID
coaxiais
Sistema PCM30 - hierarquia
 Tem a mesma definição utilizada no
FDM.
 Formar um canal de transmissão com
maior capacidade de canais de voz.
 Existem duas técnicas:
 Multiplexação digital assíncrona: cada
sistema PCM não está
necessariamente sincronizado entre
si. Ex.: PDH, NGN.
 Multiplexação digital síncrona: cada
sistema PCM está sincronizado entre
59
si. Ex.: SDH.
Sistema PCM30 - hierarquia

 Na hierarquia PDH – hierarquia digital

plesiócrona.

60
 Sistema PCM30 – hierarquia
PDH

61
Características do PDH - Brasil
Utiliza estrutura padronizada europeia até o 4o nível o
quinto nível não é padronizado (565Mbit/s)

As interfaces elétricas são padronizadas também até o 4o

nível
As interfaces ópticas não são padronizadas em qualquer
nível

São destinados poucos bits para a gerência nos níveis

padronizados

62
Inserção e Derivação de Tributários
• No PDH a estrutura de quadro dificulta a Inserção e Derivação
de Tributários.
•Para se derivar um tributário de 2Mbit/s a partir de um sinal
de 140Mbit/s é necessário percorrer todos os níveis inferiores a
140Mbit/s até chegar ao 2M desejado
140Mbit/s 140Mbit/s
140 140
ELO 34 34 ELO

34 34
8 8

8 8
2 2

Cliente 2Mbit/s
63