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Glosadores: examinavam artigo por artigo, sob ponto de vista gramatical, as palavras e
as frases da lei, isoladas do seu contexto e indiferentes às modificações históricas e
sociais.
Evolução Histórica
Livre indagação, investigação
Direito livre
Novas correntes da lógica do concreto e da investigação semiológica ou linguística
Evolução Histórica
A lei dotada de vida própria, de modo que corresponda não apenas às necessidades que
lhe deram origem, mas também as suas transformações surgidas através da evolução
histórica.
Observar não só o que o legislador “quis”, mas também o que ele “queria”, se vivesse
na atualidade deve “adaptar-se a velha lei aos tempos novos”, assim “dar vida aos
Códigos”.
A jurisprudência francesa manteve, até hoje, vivo o Código de Napoleão, interpretando
seus textos à luz de novas teorias, decorrentes das grandes transformações sócias
provocadas pela Revolução Industrial, como:
1. a teoria da responsabilidade civil por riscos criados, que se impôs em
consenquência da proliferação de acidentes de automóvel, de aviação, de
estradas de ferro, acidentes de trabalho etc.;
2. revisão judicial dos contratos teoria da imprevisão ou da cláusula “rebu sic
stantibus”;
3. teoria do abuso do direito, todas incompatíveis com o liberalismo e o
individualismo jurídico, que inspiraram o Código Civil francês.
“Essa investigação e ‘livre’, posto que, em principio, não está sujeita as fontes formais,
e científica porque o jurista não deve fundar-se em critérios subjetivos, e sim objetivos,
para que sua intenção seja verdadeiramente científica” Torré.
“Pelo Código Civil, mas além do Código Civil” Geny para caracterizar sua doutrina,
que autoriza o juiz a agir ‘praeter legem’ e não apenas dentro da norma legal ‘secundum
legem’.
Livre Direito o juiz deve buscar o ideal jurídico do ‘direito justo’ onde quer que se
encontre, dentro ou fora da lei. Não se preocupe com os textos e construções
imperativas. Inspire-se, de preferência, nos dados da realidade social. E tome como guia
o seu sentimento de sua consciência jurídica..
Exemplo histórico encontra-se nos julgados do “bom juiz Magnaud” (1889-1904), de
Chauteau-Thierry, na França. Contrariando muitas vezes os textos legais, desculpava os
pequenos furtos, amparava as mulheres, os fracos, os menores. Atacava os privilégios e
os erros dos poderosos.
Crítica do direito livre pode ser assim resumida: substituir a “lei”, que representa
objetivamente a vontade geral, pelo critério do “juiz”, individual e subjetivo.
A lei, apesar de suas limitações, é garantia de segurança para todos.