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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS - DEPARTAMENTO DE SOLOS


CURSO DE AGRONOMIA - DISCIPLINA DE FERTILIDADE DO SOLO– 1° semestre/08

Aula 1: Bases conceituais úteis à Fertilidade do Solo


O manejo da fertilidade do solo visa à nutrição de plantas, por isso é importante considerar a
planta como um organismo vivo e como sua anatomia e fisiologia podem influenciar na sua
capacidade de utilizar eficientemente os recursos (naturais ou adicionados) disponíveis ao seu
crescimento e desenvolvimento. Logo, o manejo da fertilidade do solo deve ser feito como uma das
práticas, que associadas às demais, pode proporcionar maior produtividade às culturas com menor
impacto ambiental.
O entendimento dos processos que ocorrem no solo é facilitado ao considerá-lo um sistema
aberto, coloidal e frágil. O termo aberto leva a compreensão da continuidade dos fenômenos, da
possibilidade de ganhos e perdas, tanto de matéria como de energia, da necessidade de atuação com
cautela na adição de insumos e dos ciclos dos elementos químicos de modo contínuo na atmosfera-
solo-hidrosfera. O termo coloidal induz o pensamento da reatividade físico-química dos íons ou
moléculas com os colóides orgânicos e inorgânicos do solo. Gera as diferentes possibilidades de
formas dos nutrientes em se sorver no solo, sua capacidade para lixiviação, relaciona-se com sua
disponibilidade e fitotoxicidade. O termo frágil relaciona a vida do solo. Envolve a biociclagem de
nutrientes, a síntese de compostos orgânicos com capacidade de solubilização-quelação de nutrientes, a
fixação biológica de nitrogênio, o armazenamento de nutrientes na biomassa, entre outras.
Os nutrientes essenciais são aqueles sem os quais a planta não cresce nem reproduz. Eles
podem estar envolvidos na construção do esqueleto e membranas, na formação e funcionamento
enzimático, no equilíbrio osmótico, no relacionamento entre substâncias, etc. São essenciais a todas as
plantas o C, H, N, O, S, P, K, Ca, Mg, Zn, Cu, Fe, Mn, Cl, B e Mo. Para algumas plantas também se
considera o Na, Ni, ou Si como essenciais. A divisão em macro (N, P, K, Ca, Mg e S) e
micronutrientes (Zn, Cu, Fe, Mn, Cl, B e Mo) é simplesmente quantitativa e não reflete a importância
às plantas. A melhor divisão é aquela relacionada a sua funcionalidade dentro das plantas, como por
exemplo àqueles envolvidos em processos de oxiredução, ativadores enzimáticos, absorvidos e
mantidos na forma oxidada, etc. Dentre os elementos tóxicos, o alumínio tem um papel em destaque
que será discutido nas aulas 2 e 3. Outros elementos podem ser tóxicos às plantas e ao homem,
especialmente os metais pesados.
Os elementos químicos para serem absorvidos devem entrar em contado com a membrana
celular das raízes, embora seja possível a absorção foliar. O volume de solo ocupado pelo sistema
radicular é muito pequeno, geralmente menor do que 2%. Assim, a maior parte dos elementos
químicos ditos disponíveis não é passível de absorção instantânea e direta. Eles precisam migrar para a
região próxima à raiz (rizosfera) e desta para o seu interior. Há duas maneiras dos elementos atingirem
a membrana celular: fluxo de massa e difusão. Para aqueles que se encontram em grande quantidade
na solução do solo, o fluxo de massa é suficiente para suprir as necessidades das plantas, enquanto que
para os demais é a difusão que controla a sua disponibilidade. A difusão é dependente da diferença de
concentração entre a zona próxima da membrana e no solo, do teor de umidade do solo, do fator
tortuosidade, do poder tampão e do coeficiente de difusão padrão do íon em questão.
A absorção do nutriente é a passagem para o interior da célula. É um processo ativo, com
intermediação enzimática, necessitando para tal de oxigênio e fonte de energia. As plantas apresentam
diferenças na afinidade pelos nutrientes, que pode ser medida pela constante de Michaelis-Mentel
(Km), pelo influxo máximo (Imax) ou pela concentração mínima (Cmin). Esses três parâmetros em
conjunto indicam a adaptabilidade das plantas aos solos com baixos teores de nutrientes ou a
habilidade de responderem a adubações. Geralmente, plantas nativas apresentam baixos valores de Km
e Cmin e plantas melhoradas geneticamente possuem valores altos dos três parâmetros.

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