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Dessa forma, as organizações são concebidas como sistemas vivos, que existem em
um ambiente, mas do qual dependem em termos de da satisfação de suas várias
necessidades. Assim, à medida que se olha à volta do mundo da organização,
percebe-se que é possivel identificar diferentes tipos de organizações em diferentes
tipos de ambientes. Exatamente como se podem encontrar ursos polares nas regiões
árticas, camelos nos desertos e jacarés nos pantanais, nota-se que certas espécies de
organizações estão mais bem "adaptadas" para determinados ambientes do que
outras. Descobre-se que organizações burocráticas tendem a funcionar mais
eficazmente em ambientes que são estáveis ou, de alguma forma, protegidos, e que
tipos muito diferentes são encontrado em regiões mais competitivas e turbulentas, tais
como empresas de alta tecnologia, nos campos aeroespacial e microeletrônica.
Essa linha simples de questionamento ressalta o ponto crucial de muitos dos mais
importantes desenvolvimentos dentro da teoria organizacional no decorrer dos últimos
50 anos. Na verdade, os problemas levantados pela visão mecanicista da organização
levaram muitos teóricos organizacionais a abandonar a ciência mecânica e a inspirar-
se sobretudo na biologia como uma fonte de idéias para refletir sobre as organizações.
Dentro desse processo, a teoria da organização transformou-se num tipo de biologia
na qual as distinções e relações entre moléculas, células, organismos complexos,
espécies e ecologia são colocadas em paralelo com aquelas entre indivíduos, grupos,
organizações , populações (espécies) de organizações e a sua ecologia social.
Perseguindo essa linha de investigação, teóricos da organização emitiram muitas
idéias para o entendimento de como organizações funcionam e que fatores
influenciam o seu bem estar.
Neste capítulo, serão exploradas essas idéias, mostrando como a metáfora do
organismo ajudou os teóricos organizacionais a identificar e estudar diferentes
necessidades das organizações enquanto "sistemas abertos", o processo de
adaptação das organizações aos ambientes, os ciclos de vida organizacionais, os
fatores que influenciam a saúde e desenvolvimento organizacional, as diferentes
espécies de organizações, bem como as relações entre as espécies e a sua ecologia.
De maneira geral, essas idéias tem enorme impacto sobre a forma de se pensar a
respeito das organizações. Sob a influência da metáfora da máquina, a teoria
orgarnizacional foi encerrada dentro de uma espécie de engenharia preocupada com
os relacionamentos entre objetivos, estruturas e eficiência. A idéia de que as
organizações são parecidas com organismos mudou tudo isso, dirigindo a atenção
para assuntos mais genéricos, tais como sobrevivência, relações organização-
ambiente e eficiência organizacional. Objetivos, estruturas e eficiência ficam agora em
segundo plano em relação aos problemas da sobrevivência e outras preocupações
mais biológicas.
A descoberta das necessidades organizacionais
Taylor e outros teóricos da administração clássica foram capazes de ver o
planejamento das organizações como um problema técnico e a tarefa de encorajar as
pessoas para que se sujeitassem às solicitações da organização-máquina foi reduzida
a um problema de "se pagar o valor certo para a tarefa". Enquanto o espírito de equipe
foi considerado como uma ajuda válida à administração, esta administração, por sua
vez, foi vista principalmente como um processo de controlar e dirigir empregados no
seu trabalho.
Pode-se começar essa história com os estudos de Hawthorne. Tais estudos foram
conduzidos nos anos 20 e 30 sob a liderança de Elton Mayo na fabrica de Hawthorne
da Western Electric Company em Chicago, Il. Os estudos são agora famosos por
indicarem a importância das necessidades sociais no local de trabalho e a forma pela
qual os grupos de trabalho podem satisfazer a estas necessidades, diminuindo a
produção pelo fato de se engajarem em todos os diferentes tipos de atividades não
planejadas pela direção. Ao identificarem que a "organização informal", baseada em
relações de amizade e interações não planejadas, pode existir lado a lado com a
organização formal, concebida nos "planos" definidos pela administração, os estudos
causaram um importante abalo à teoria clássica da organização
Uma nova teoria da organização começou a emergir, apoiada na idéia de que
indivíduos e grupos, da mesma forma que os organismos biológicos, atuam mais
eficazmente somente quando as suas necessidades são satisfeitas.
Atenção especial foi dada à ideia de que, fazendo os empregados se sentirem mais
úteis e importantes, dando a eles cargos significativos, bem como autonomia,
responsabilidade e reconhecimento tanto quanto possível, isto seria um meio de
envolvê-los mais no seu trabalho. O enriquecimento do trabalho, combinado com um
estilo de liderança mais participativo, democrático e centrado no empregado, surge
como uma alternativa à orientação excessivamente estreita, desumana e autoritária
gerada pela administração científica e pela teoria clássica de administração.
Muito dessa teoria comprovou-se extremamente atrativa no ambiente da
administração, uma vez que ofereceu a possibilidade de motivar os empregados
através de necessidades de "nível mais alto" sem se pagar a eles mais dinheiro.
Durante os anos 60 e 70, os pesquisadores em administração e organizações deram,
então, muita atenção a conceber o planejamento do trabalho como um meio de
aumentar a produtividade e a satisfação no trabalho, melhorando a qualidade do
mesmo, reduzindo o absenteísmo e o giro de mão-de-obra, bem como,
acidentalmente, ganhando quase sempre muita publicidade ao fazerem isto.
Esta dupla atenção a respeito dos aspectos técnicos e humanos da organização
reflete-se agora na visão de que as organizações são mais bem compreendidas como
"sistemas sociotécnicos".
O reconhecimento da importância do ambiente: as organizações como
sistemas abertos
O enfoque de sistemas fundamenta-se no princípio de que as organizações , como os
organismos, estão "abertos" ao seu meio ambiente e devem atingir uma relação
apropriada com este ambiente caso queiram sobreviver.
Assim, as primeiras teorias de sistemas desenvolveran-se sob o disfarce de uma
metáfora biológica.
Os teóricos da administração deram relativamente pouca atenção ao ambiente.
Trataram a organização como um sistema fechado e se preocuparam com os
princípios do planejamento interno.
Equifinalidade:
Num sistema aberto podem existir numerosos meios diferentes de se atingir um
estado final.
Estrutura, função e diferenciação:
O relacionamento entre esses conceitos é de importância crucial para
compreender os sistemas vivos. É fácil ver a organização como uma
estrutura feita de partes e explicar o comportamento do sistema em
termos de relações entre as partes, causas e efeitos, estímulos e
respostas Realmente, a estrutura seja em que momento for, depende da
existência dessas funções e sob muitos aspectos é somente uma
manifestação deles. O mesmo é verdadeiro para organismos mais
complexos que refletem diferenciação e especialização aumentada da
função.
Evolução do sistema:
Depende da capacidade de enfrentar desafios e oportunidades propostas pelo
ambiente.
Homeostase:
O conceito de homeostase diz respeito à auto-regulação e à capacidade de conservar
um estado equilibrado.
Variedade de requisito:
Propõe que que os mecanismos internos de regulação de um sistema
devem ser tão diversos quanto o ambiente com o qual interage.
FORÇAS DA METÁFORA
LIMITAÇÕES DA METÁFORA