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Programa de

Revitalização do
Museu Nacional / UFRJ

set 2000 |ago 2002

Relatório de
Atividades
Montagem do Escritório Técnico-Científico
CNPq – PROCESSO INSTITUCIONAL 68.0148/00-0

Projeto da Nova Exposição:

Arquitetura & Design


3
Escritório Técnico-Científico
Museu Nacional/UFRJ
Setembro de 2002

Projeto da Nova Exposição do


Museu Nacional/UFRJ

Arquitetura & Design


Índice

06 Apresentação
08 Arquitetura: Estudo Preliminar I
11 Palácio: Setorização (do 3º para o 1º piso)
14 Palácio: Setorização (subsolo e Ala Oeste)
19 Estudos em croquis dos espaços

23 Levantamentos e Diagnósticos Preliminares para a Nova Exposição


do Museu Nacional
24 Imagem e cidadania: elementos de identidade do Rio de Janeiro
25 Rio de Janeiro: problemáticas / potencialidades
26 Plano Estratégico do Rio de Janeiro: Rio Sempre Rio
26 Objetivo central
26 Estratégias
27 São Cristóvão: panorama geral do bairro
28 São Cristóvão: cronologia e história do Paço de São Cristóvão, sede do
Museu Nacional
31 São Cristóvão: problemáticas / potencialidades
31 Acessibilidade potencial
31 Disponibilidade de infra-estrutura
32 Disponibilidade de áreas renováveis / Potencial de adensamento
32 A Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC)
32 Pontos Notáveis / Bens tombados
34 Acessibilidade interna
35 Propostas de projetos para São Cristóvão
35 As propostas urbanísticas
35 Acessibilidade Externa
36 Acessibilidade Interna 90 Setorização
37 Palácio: acessibilidade da Quinta da Boa Vista 90 Os acessos
38 Palácio: arquitetura 90 As fachadas
45 Palácio: histórico 092 Módulo 3: O Estacionamento
51 Palácio: ocupação atual 094 Refrigeração, climatização e ventilação mecânica
55 Palácio: conservação e restauração 094 Áreas beneficiadas com Refrigeração
55 Conservação 094 Áreas beneficiadas com Climatização
55 Restauração 094 Áreas beneficiadas com Ventilação Mecânica
55 Adaptação e modernização 094 Especificação Básica dos Sistemas
55 Histórico 094 Dimensionamento Básico dos Sistemas
55 Produção de conhecimento 095 O Programa Geral
55 Disseminação do conhecimento 095 Áreas comuns
56 Dados de visitação: tipos de público / médias de visitação 095 Áreas de exposição
57 Palácio: percepção espacial 095 Laboratórios e oficinas
58 Palácio: levantamento técnico 095 Áreas Técnicas
70 Levantamento técnico: lógica 095 Serviços auxiliares
71 Legislação: tombamento 095 Áreas de apoios institucional e pedagógico
72 Legislação: escritura 095 Áreas complementares
73 Palácio: problemáticas / potencialidades 096 Bibliografia
73 Problemas de informação externa ao público 097 Design: Fase I - Setembro 2000 / Agosto 2001
73 Problemas de infra-estrutura no acolhimento ao público 097 Introdução
73 Problemas de estrutura institucional 098 Marca do Projeto da Nova Exposição: Representação do Uróboro
73 Vantagens do Museu 100 Papelaria Básica
74 Arquitetura: Estudo Preliminar II 101 Caderno de Apresentação e Flyer de Divulgação do PNE
74 Introdução 102 Representação dos Primeiros Estudos Para os Circuitos do PNE
79 Módulo 1: O Palácio 102 A Escolha do Estilo Gráfico
79 Intervenção 102 Palheta de Cores
79 Setorização 102 Alfabeto Institucional
83 Acessos 103 Representação dos “Eixos Temáticos” da Exposição: Ícones Para as Galerias
88 Circulação vertical 103 As Imagens
89 Módulo 2: O Anexo 103 O Critério de Escolha
89 Intervenção 104 A Simbolização
104 Conclusão 143 Nova Logomarca para o Museu Nacional
105 Representação dos Primeiros Ensaios Museográficos 146 Aplicação de Identidade Visual em Peças Gráficas
107 Apresentação do Projeto em Datashow 148 Renovação da Sala de Antropologia Biológica/Exposição Permanente
108 Representação dos Estudos Para os Circuitos do PNE - 2ª versão 150 Modernização do hall de entrada
109 Representação do “Túnel do Tempo” (conceito de retroalimentação): 152 Painéis Informativos para o 13º Encontro Trienal do ICOM
112 Representação de Pontos-chaves para a Nova Exposição
115 Maquetes virtuais
116 Material de Divulgação para o Projeto Super Tela
117 Representação do Projeto Arquitetônico da 1ª versão - Ala Oeste
118 Totem Multimídia
119 Material de Divulgação do PNE: CD-ROM
120 Representação em Perspectiva Isométrica dos Estudos de Setorização
121 Apresentação do Relatório de Atividades: Projeto Gráfico
122 Apresentação do PNE em Página Eletrônica
122 Multimídia Sobre Visita ao Museu de História Natural de Londres

123 Design: Fase II - Setembro 2001 / Agosto 2002


123 Introdução
124 Representação em Plantas dos Trabalhos de Reconhecimento do Palácio
e de seu Acervo
125 Apresentação do Documento de Levantamentos e Diagnósticos
126 Apresentações do PNE para a Comissão de Exposição - Plantas de Setorização
129 Representação em Perspectiva Isométrica: Museu e Anexo
130 Representação de Proposta Museográfica Para a Nova Exposição: Palheta de cores
131 Maquete do “Hall de Apresentação”
132 Representação Simbólica dos Circuitos da Exposição
134 Representação dos Blocos Temáticos da Exposição
136 Representação do Interior do Museu no PNE - Estudos de Arquitetura
e Museografia
139 Material de Divulgação do PNE: Kit Multimídia
140 Projeto Gráfico do Relatório de Atividades do 2º ano
141 Material de Divulgação de Projetos Institucionais do MN
141 Painéis Informativos para a Exposição Comemorativa dos 80 Anos da UFRJ
142 Folders para o Serviço de Assistência ao Ensino (SAE)
Apresentação

E m 1998, a Comissão de Exposições definiu como atividade prioritária a


dedicação à discussão do projeto de novas exposições para o Museu Nacional. Os
parâmetros iniciais desse projeto eram os que haviam sido definidos no Seminário
Franco-Brasileiro de 1995: dedicação do Palácio de São Cristóvão exclusivamente
às exposições e seus serviços imediatos; respeito à qualidade histórica e artística
do prédio, sobretudo em sua área nobre, na fachada.

Nos dois anos seguintes, procedeu-se a numerosos encontros destinados a afinar o


sentimento da instituição a respeito desse projeto e a começar a projetá-lo nos
circuitos profissionais externos relativos à museologia e ao ensino de ciência, à
divulgação e promoção científica e à arquitetura e preservação patrimonial.

Com a constituição do Escritório Técnico-Científico em agosto de 2000, passou-se


a formalizar e trabalhar profissionalmente os princípios até então discutidos sob a
forma de uma modelação sistemática, ao nível da arquitetura, do design, da
educação e do conceito. O ETC trabalhou em íntima conexão com a Comissão de
Exposição, promovendo eventuais apresentações e discussões públicas com o pessoal
técnico-científico do Museu e também se ocupando da divulgação externa dos
diferentes passos e momentos do Projeto.

O projeto arquitetônico, particularmente, dependeu de desenvolvimentos técnicos


muito específicos, tais como a realização de um diagnóstico institucional preliminar
amplo e a discussão de diversas etapas do projeto com arquitetos de fora do
Escritório, inclusive - informalmente - do IPHAN - devido à gravidade da
dependência de qualquer intervenção no Palácio de São Cristóvão das decisões
técnicas e políticas daquele órgão. O trabalho desenvolvido foi sendo assim calibrado
por ajustes internos e externos, necessários à eficiência e justeza de um projeto
ambicioso, abrangente e destinado a uma efetiva implantação.

Um ponto importante a ressaltar desse processo de calibragem foi a passagem do


que se chama hoje de “Primeira Versão” do PNE para a “Segunda Versão”. Por
volta de outubro de 2001, foi decidido pela equipe considerar suficientemente
desenvolvida e testada a proposta que desde o começo se chamara de “maximalista”,
ou seja comprometida com uma exploração ou aproveitamento máximo do espaço

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 6


na área do Palácio (particularmente de forma subterrânea). Esse máximo
aproveitamento do espaço na primeira versão do Projeto tinha vindo a se caracterizar
também por uma acentuada tecnologização da proposta, incluindo fortes
intervenções de deslocamento vertical no espaço físico do Pátio da Fonte e no
Salão do Megatério e dois anexos subterrâneos, um abrigando um complexo de
serviços e entretenimentos audiovisuais complementares na colina a oeste do Palácio
(a “Ala Oeste”) e outro abrigando um estacionamento na parte baixa do Parque,
na direção do Horto, para o sul. Embora essas intervenções e partidos se justificassem
por muitos sólidos argumentos, o efeito geral foi considerado inconveniente por
diversos interlocutores importantes, tanto dentro da instituição quanto fora dela.
As críticas internas se voltavam sobretudo contra o desvirtuamento do foco central
da exposição típica de um museu de história natural e as externas contra uma
excessiva alteração do entorno do Palácio. De ambos os lados, levantaram-se
também críticas quanto ao dimensionamento excessivamente ambicioso do Projeto
- com precárias condições de se efetivar ou se manter nas prevalecentes condições
sócio-econômicas da cidade e do País.

Passou-se assim ao desenvolvimento de um projeto mais “realista” (que se apresenta


agora como o “Estudo Preliminar II”), em que foram severamente reduzidas as
intervenções e componentes tecnológicos ou subterrâneos (ou foram substituídos
por localizações politicamente mais razoáveis ou tecnicamente mais convencionais,
como no caso do estacionamento sob o terraço fronteiriço ao Palácio). Também se
procurou adaptar as estratégias museográficas predominantes na primeira versão
(como o “Túnel do Tempo” ou a “retroalimentação”) a uma ocupação mais
respeitosa do “espírito do lugar”, mantendo porém o essencial de sua orientação
conceitual. Essa calibragem foi muito bem recebida pelos interlocutores externos
e internos do ETC, tendo merecido a aprovação da Comissão de Exposições e da
Congregação do Museu Nacional (com um unânime voto de louvor em sua Sessão
de 29 de agosto de 2002). Também a boa receptividade preliminar dos técnicos do
IPHAN a quem foi apresentada essa nova versão foi uma confirmação da justeza
dessa reformulação das estratégias de definição do PNE.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 7


Arquitetura: Estudo Preliminar I

Na etapa inicial dos trabalhos, o ETC desenvolveu propostas preliminares para os


Circuitos Universo, Planeta e Vida (UPV) e Cultura Humana (CH), abrangendo
as Galerias de Exposição e os fluxos de visitação. Essas versões incluíram:

• Elaboração dos principais Eixos Temáticos e Galerias;

• Versões iniciais dos macroconteúdos e dos ícones das Galerias, com base nas
proposições dos Departamentos do Museu;

• Plantas esquemáticas e esboços em perspectiva do Museu com a


representação dos Circuitos, Galerias e fluxos, detalhando o “Túnel do
Tempo” (eixo integrador do Circuito UPV), do Pátio Central com a “Espiral
Interface Ciência/Cultura” (escada de acesso em forma espiral) e dos demais
acessos à Exposição.

Associado ao princípio de historicidade, o eixo do Circuito UPV será a evolução


temporal dos sistemas naturais. Desta forma, foi proposto um “Túnel do Tempo” -
metáfora cenográfica para a representação linear da cronologia dos eventos cosmo-
geo-biológicos. O “Túnel” é fisicamente concebido como uma grande galeria de
circulação ao redor do Pátio Central, eixo do fluxo do Circuito UPV, conectado às
várias galerias temáticas através de “Portais no Tempo”. Para as galerias, estão
previstas rupturas com a linearidade temporal do “Túnel”, que poderão acontecer,
por exemplo, através de representações hierárquicas relativas à história evolutiva
da diversidade biológica em questão. Cabe ainda salientar que não há previsão de
integração dos Circuitos UPV e CH por meio deste “Hall do Tempo” em razão do
tratamento diferenciado da dimensão temporal associada à evolução sociocultural
humana.

Na proposta apresentada, o Circuito Universo, Planeta e Vida começa no terceiro


piso e termina no primeiro, local onde se inicia o Circuito Cultura Humana (que
termina no segundo piso). Esta proposição para o fluxo de visitação foi adotada
visando aproveitar as características do Palácio, permitindo que algumas salas de
especial valor histórico sejam incorporadas ao Circuito Cultura Humana.

Buscou-se inspiração nas mudanças que alguns dos principais museus de ciências
e história natural estrangeiros vêm promovendo nos últimos anos e que indicam a

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 8


ampliação do tradicional conceito de museu. Este passa a ser visto como um centro
de cultura e lazer, capaz de ampliar substancialmente a geração de recursos
financeiros. Dentre outras instituições, foram analisadas as estratégias do Museu
de Ciências e Indústria de Chicago, do Museu de Ciências de Boston, e do Museu
de História Natural da cidade do Novo México.

Com base nesses estudos, idealizou-se a expansão do projeto em direção do subsolo,


criando-se espaços para abrigar novos atrativos, tais como: cinema Super-Tela e
Simuladores 3D; espaço para educação científica e lazer infanto-juvenil; e áreas
para instalação de lojas, Centro de Convenções, um terceiro circuito científico
(O Homem e a Biodiversidade), espaços para Exposição Temporária e
Estacionamento para cerca de 1200 carros. A função do Pátio Central foi
reconcebida. Para além da função de área de contemplação e convívio, o Pátio
passou a servir como hall de distribuição da circulação. Definiu-se a setorização
do Projeto em seis áreas: Palácio, Pátio Central e Alas Norte, Sul, Leste e Oeste.

Os arquitetos trabalharam na confecção de plantas para as novas áreas


redimensionadas, que serviram de base para a elaboração de croquis e maquetes
computadorizadas de alguns dos novos propostos concebidos. A saber:

• Hall de Abertura do Circuito Universo Planeta e Vida, que inclui, além de


um balcão de informações, o início do Túnel do Tempo, um pequeno
auditório e mesas multimídia
Estudo Preliminar I: o novo complexo do Museu Nacional
• Hall de Abertura do Circuito Cultura Humana, projetado para receber os
mesmos acessórios do hall anterior
• Pátio Central e sua expansão para a área de subsolo
• Sala de projeção do cinema Super Tela
• Segmentos do Túnel do Tempo
• Perspectivas interna e externa da Ala Oeste
• Perspectivas de algumas das áreas internas, como a área de escadas rolantes
• Croqui da entrada principal do Palácio, e do prisma da escadaria de mármore
• Plantas de situação
Foram elaborados, ainda, os estudos iniciais da Ala Oeste, definindo-se o seu
partido arquitetônico, programa básico, setorização e fluxo.

Corte lateral do novo complexo: à esquerda, o jardim frontal do Palácio; à direita, a Ala Oeste.

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Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 10
Palácio: Setorização (do 3º para o 1º piso)

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Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 12
Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 13
Palácio: Setorização (subsolo e Ala Oeste)

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Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 16
Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 17
Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 18
Estudos em croquis dos espaços

Hall de Entrada Pátio da Escadaria

Vista do Pátio da Fonte, com detalhe da passagem que leva ao Pátio da Escadaria Hall das Escadas Rolantes

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Estudos para a Sala do Preâmbulo do Circuito Universo, Planeta e
Vida: croqui (no alto, à esq.) e vistas da maquete eletrônica

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Sala do Preâmbulo do
Circuito Cultura Humana

Estudo para o Pátio da Fonte

1o Subsolo do Pátio da Fonte

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Túnel do Tempo: croqui
(no alto, à esq.) e vistas da
maquete eletrônica

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Levantamentos e diagnósticos
preliminares para a Nova
Exposição do Museu Nacional

Estes levantamentos têm por objetivo avaliar o edifício-sede do Museu Nacional a


partir de sua inserção no contexto urbano da Cidade do Rio de Janeiro e, em
escala menor, no bairro de São Cristóvão e na Quinta da Boa Vista. Procura ainda
analisar os principais aspectos do Palácio como monumento histórico e
arquitetônico. O documento termina com um diagnóstico, de caráter geral, das
condições atuais do prédio. Esta avaliação visa estabelecer parâmetros e oferecer
informações fundamentais para a elaboração dos primeiros estudos do Projeto da
Nova Exposição do Museu Nacional (PNE/MN). Este não pode ser avaliado sem
um exame minucioso de seu impacto espacial, cultural e social na Cidade do Rio
de Janeiro e no bairro de São Cristóvão.

Este levantamento de dados traz, transcritas ou incorporadas, informações gerais


sobre a cidade do Rio de Janeiro, segundo o Diagnóstico da Cidade do Rio de
Janeiro - Rio Sempre Rio e Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro - Rio
Sempre Rio, realizado em conjunto pela Prefeitura, FIRJAN e ACRJ em 1995.

No tocante a São Cristóvão, foram considerados os estudos e propostas para a área


encontradas no PEU (Projeto de Estruturação Urbana para São Cristóvão) realizado
pela Prefeitura em 1999, bem como o exame das potencialidades e problemáticas
do bairro presente naquele documento.

Na parte relativa aos históricos de São Cristóvão e do Palácio, as informações


foram fornecidas pelo Projeto Memória do Museu Nacional (núcleo de restauração
do palácio), que as atualizou antes de repassá-las ao Escritório Técnico-Científico
(ETC). As demais informações técnicas foram fornecidas por outros setores do
Museu Nacional, como o de Manutenção, o Serviço de Assistência ao Ensino
(SAE) e o Setor de Informática (SINFOR). De posse destes dados, o ETC procedeu
à elaboração dos textos gráficos e plantas presentes neste documento. As
informações aqui presentes foram complementadas por meio de levantamentos
realizados pela próprio ETC.

Com base nas informações obtidas, o documento traz ainda matéria conclusiva
elaborada pela Coordenação de Arquitetura do ETC, acompanhada de bibliografia.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 23


Imagem e cidadania: elementos de
identidade do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro, no plano mundial, está entre as vinte cidades mais populosas.
No econômico, situa-se entre as vinte economias com maior PIB e PIB por habitante
do planeta (dados de 1990). No âmbito da América Latina, é a terceira maior
cidade e a quarta maior aglomeração urbana, superada apenas pela Cidade do
México, São Paulo e Buenos Aires. No contexto nacional, o Rio é a segunda maior
concentração metropolitana. Ex-capital federal, a Cidade possui uma rede de
instituições universitárias e de centros de pesquisa capaz de rivalizar com a dos
países desenvolvidos.

O Rio, ao longo do tempo, sempre apresentou uma forte coesão social que hoje se
vê fragilizada devido à baixa estima de seus habitantes. Hoje, a cidade convive
com profundas desigualdades nas condições de vida da população, principalmente
no que diz respeito ao atendimento das necessidades de saúde, transporte e lazer,
distribuídos de forma desigual no espaço urbano.

A imagem do Rio de Janeiro é um ativo decisivo para o desenvolvimento da cidade,


e projetos que contribuam para a valorização do espaço urbano e o desenvolvimento
de sua imagem, tanto interna quanto externa, são fundamentais num processo
civilizatório, e elemento-chave na construção da cidadania.

Resgatar a capacidade de sedução da cidade para os nativos e os estrangeiros é


essencial para reverter a perda de auto-estima. A atuação do cidadão na
reconstrução da imagem da Cidade também é parte do processo de redescobrimento
de sua identidade pela população. Neste sentido, a revalorização de áreas de
importância histórica degradadas pode contribuir para este fim.

Imagem e Cidadania são, assim, fatores estratégicos para reverter esse processo de
Rio de Janeiro: rede de instituições universitárias capaz de rivalizar com a dos países desenvolvidos
depreciação da cidade e de seus espaços urbanos, retomando o caminho para a
consolidação de uma cidade mais humana.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 24


Rio de Janeiro: problemáticas /
potencialidades

A produção cultural espontânea, as atividades culturais eruditas, os meios de


comunicação com expressão local e nacional, e uma indústria cultural diversificada
e dotada de mão de obra qualificada, contribuem de maneira decisiva para projetar
a cidade do Rio de Janeiro.

A imagem irradiada pelo Rio de uma cidade que privilegia o lazer coletivo é,
manifestamente, reveladora do potencial da antiga capital federal em relação à
incorporação de novas áreas de lazer, que hoje se encontram desigualmente
distribuídas no espaço urbano. Outro atrativo é a ampla rede de entidades
associativas que produz do espetáculo do samba à pelada da várzea, e que gera
prestígio social em torno das manifestações culturais. O aumento da demanda por
lazer com a redução da jornada de trabalho, o esforço do setor público em usar os
sistemas coletivo de lazer para integração social e a subsistência de produção e
consumo coletivo e não mercantil de lazer, são tendências positivas para a cidade
do Rio de Janeiro.

Com a tendência à diversificação das atividades turísticas, descentralizando as


atividades estandardizadas (sol/praia) para a “onda do turismo verde” ou turismo
ecológico, o Rio de Janeiro colhe frutos rentáveis devido a sua configuração de
cidade que detém o maior parque urbano do mundo (floresta da Tijuca), além de
outros atrativos naturais como serras, parques e ilhas de beleza ímpar.

O Rio ainda conta com uma oferta cultural diversificada, ampla rede de
hospedagem e expressivo número de pontos gastronômicos de qualidade, além de
eventos anuais, como o Carnaval e o Réveillon em Copacabana, que compõem um
panorama favorável ao desenvolvimento de atividades em áreas interligadas:
Cultura, Lazer e Turismo.

Entretanto a ausência de articulação, coordenação e planejamento global entre,


de um lado, os governos federal e estadual, e, do outro, os vários órgãos municipais,
resulta numa situação política desfavorável ao desenvolvimento cultural.

O Rio de Janeiro irradia imagem de uma cidade que privilegia o lazer coletivo O crescimento do lazer domiciliar e dos grupos de comportamento anti-social e
violento marcam as tendências negativas nas atividades de lazer na cidade do Rio
de Janeiro. Abandonadas por parte significativa da população produtiva, áreas de
lazer tradicionais sofrem degradação ambiental. O desinteresse das autoridades
também colabora para o abandono dessas áreas, que resultam na insuficiência de
equipamentos de lazer, na deficiência dos sistemas de divulgação das atividades e
na insegurança.

A desarticulação política supracitada tem reflexos na degradação do meio


ambiente, ausência de um calendário cultural para o turismo, sinalização precária,
falta de investimento e propaganda negativa da cidade para o turista - além de
contribuir para a disseminação de um sentimento de baixa-estima entre os seus
moradores.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 25


Plano Estratégico do Rio de Janeiro: Qualidade do Espaço Urbano, que prevê intervenções específicas nos
principais espaços urbanos para melhorar as infra-estruturas e a estética da
Rio Sempre Rio cidade (Projeto Rio-Cidade e outros); 3. Fortalecer os Bairros, que prevê a
criação de espaços nos bairros para a integração da comunidade. Nesse
sentido, estão previstas no PEU áreas especificas para projetos ambientais,
como a ampliação do Zôo e de toda a Quinta da Boa Vista, e áreas específicas
para projetos de urbanização, com a incorporação dessas áreas ao Projeto Rio-
Cidade.
O Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro – Rio Sempre Rio, concluído
em setembro de 1995, é fruto de um trabalho coletivo, unindo a Prefeitura da • Dentro da estratégia Rio Competitivo, o Plano prevê três ações: 1. Apoiar a
Cidade, a Firjan e a Associação Comercial do Rio de Janeiro. Atividade Comercial com a expansão da infra-estrutura necessária à
realização de feiras e convenções; 2. Atrair empresas com a implantação de
Objetivo central medidas legislativas e operacionais que facilitem o desempenho do setor
industrial, atraindo novas empresas para a cidade; 3. Desenvolver as Vocações
Tornar o Rio de Janeiro uma metrópole com crescente qualidade de vida, Produtivas a fim de impulsionar setores produtivos de vocação da cidade com
socialmente integrada, respeitosa da coisa pública, e que confirme sua vocação potencial de expansão e diversificação. Nesse sentido, o Projeto de
para a cultura e a alegria de viver. Uma metrópole empreendedora e competitiva, Estruturação Urbana (PEU) de São Cristóvão propõe um novo zoneamento e
com capacidade para ser, ao mesmo tempo, um centro de pensamento, de geração novos parâmetros urbanísticos em condições de atrair e incentivar a indústria
de negócios para o País, e de servir como conexão privilegiada com o exterior.* da construção civil e os diversos setores econômicos, e acolhe projeto
existente de recuperação do Pavilhão de São Cristóvão para ocupação por
“Arena para Múltiplos Usos”, tais como, locais para convenções, exposições,
Estratégias feiras e eventos esportivos.

A partir do objetivo central foram definidas as estratégias que formam o arcabouço


do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro – Rio Sempre Rio, a saber: O • Finalmente, dentro da estratégia Rio pólo regional, nacional e internacional,
Carioca do Céculo XXI; Rio Acolhedor; Rio Participativo; Rio Integrado; Portas o plano lista as seguintes ações: 1. Melhorar as Infra-Estruturas Esportivas com
do Rio; Rio Competitivo; Rio Pólo Regional, Nacional, e Internacional. a ampliação das infra-estruturas existentes, a renovação ou criação de novas
formas de gestão para o setor, a busca de captação de eventos de alto nível, e
o aproveitamento dos equipamentos existentes para a requalificação de áreas
Abaixo, listamos um resumo de quatro dessas estratégias, consideradas no Projeto da cidade. 2. Ampliar o Mercado Turístico com Oferta Dirigida, que prevê,
de Estruturação Urbana (PEU) de São Cristóvão, concluído em agosto de 1999 entre outras medidas, a definição de novos roteiros turísticos. Nesse sentido, o
pela Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura do Rio de Janeiro: PEU estimula a ampliação prevista pelo Clube de Regatas Vasco da Gama, a
transformação do Pavilhão São Cristóvão em “Arena para Múltiplos Usos”,
• Dentro da estratégia Rio Integrado, foram consideradas três ações: 1. que também receberia eventos internacionais, e a criação de roteiro turístico
Revitalizar o Centro da Cidade, que prevê a revitalização das áreas que contemplasse os quatro bairros e que fosse sintegrado a outros roteiros já
estagnadas da zona central no que toca aos aspectos urbanísticos, ambiental e existentes na cidade.**
econômico; 2. Normalizar a situação urbanística, que prevê a incorporação
das áreas faveladas ao tecido urbanizado, oferecendo condições ambientais de
identificação da favela como bairro (Projeto Favela-Bairro); 3. Melhorar o
sistema de circulação, que prevê a liberação de vias de acesso para o
*Relatório final do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro
transporte coletivo, a melhoria das conectividades, a redução dos tempos de
viagem casa / trabalho e a integração dos sistemas de transportes. Nesse
**Projeto de Estruturação Urbana para São Cristóvão (PEU)
sentido, o PEU traz propostas de criação de “Áreas de Projeto”, algumas delas
com redefinição da malha viária, e outras com a incorporação de novas áreas
de favela ao Projeto Favela-Bairro. Além disso, foram definidos projetos de
melhoria da acessibilidade externa e interna dos quatro bairros que integram
a VII R.A. (Benfica, Vasco da Gama, São Cristóvão e Mangueira).

• Dentro da estratégia Rio Acolhedor, foram consideradas três ações: 1.


Melhorar as Zonas Verdes e os Espaços Naturais, que prevê a melhoria de
espaço urbano com o incremento da arborização de cidade e a recuperação de
praças e parques, com a conservação da zona ambiental; 2. Melhorar a

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 26


São Cristóvão: panorama geral do bairro

A área situada nos limites do bairro de São Cristóvão era parte do engenho
administrado pelos jesuítas no tempo do Brasil-Colônia. Posteriormente, se
transformou num dos bairros mais aristocráticos da cidade, antes de se tornar área
de grande concentração de indústrias. Hoje, está dividido em áreas industriais,
comerciais e residenciais. O bairro possui um patrimônio histórico, arquitetônico
e cultural dos mais significativos da cidade, e uma infra-estrutura industrial e de
serviços capaz de gerar cerca de 40.000 empregos. Além disso, o bairro tem uma
situação geográfica privilegiada em relação ao Centro da Cidade e aos principais
acessos à mesma. A região na qual o bairro está inserido dispõe de sistemas de
abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de drenagem de águas pluviais
em praticamente toda a sua extensão, contando com associações comunitárias
atuantes.

Apesar de tantos aspectos positivos, a área vem perdendo população (82.542


habitantes em 1980; 80.360 em 1991; e 72.354 em 1996), num fenômeno similar ao
que ocorre em praticamente todos os bairros situados na região leste da cidade.

Além da perda de população, São Cristóvão convive com a falta de


empreendimentos na área da construção civil, com o fechamento e o abandono de
galpões industriais, com a retração do comércio e dos serviços, com a previsão de
saída de seu território de áreas militares e institucionais, enfim, com o esvaziamento
econômico e, conseqüentemente, a degradação urbanística de algumas das áreas
do bairro.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 27


São Cristóvão: cronologia e história do Paço 1813 - A “Casa dos Pássaros” é oficiamente extinta por meio de uma decisão
assinada pelo Conde de Aguiar. A maior parte da coleção é (provavelmente)
de São Cristóvão, sede do Museu Nacional transferida para a academia militar.

1808/1815 - D.João VI com o intuito de criar o aspecto senhorial da Quinta da


Boa Vista e de construir um palácio aos moldes do Palácio da Ajuda, em Portugal,
conta com a participação dos Arquitetos Manoel da Costa e John Johnson na
reforma e ampliação da chácara.
1565 - Os padres Jesuítas recebem uma imensa sesmaria, que se estende do Rio
Comprido a Inhaúma, onde instalam engenhos e fazendas
1809 - A Família Real muda-se para São Cristóvão. A Quinta da Boa Vista passa
a ser conhecida como Real Quinta da Boa Vista.
1568 - Mem de Sá (Governador-Geral) expede alvará legitimando a doação de
terras ao Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro feita por Estácio de Sá, cumprindo
o acordo feito para a expulsão dos franceses. 1815 - D. João VI eleva o Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.

1759 - O Marquês de Pombal expulsa os jesuítas e seus bens são incorporados à 1816 - Chegada ao Brasil da missão artística francesa, tendo à frente, entre outros,
coroa. Posteriormente, as terras são negociadas em hasta pública. Um dos lotes é Joaquim Lebreton.
comprado por Elias Antonio Lopes, próspero comerciante português estabelecido à
antiga Rua Direita (atual 1º de Março)
1817 - Casamento de D. Pedro I e D. Leopoldina, que vão morar no Paço de São
Cristóvão, no prolongamento do edifício (ala sul) especialmente construído para
1761 - As terras são retalhadas dando origem a lavouras de cana e café. abrigar o casal.

1784 - O Vice-Rei D. Luís de Vasconcelos cria, no Rio de Janeiro, a Casa de


1818 - O arquiteto John Johnson, a pedido de D. João VI, projeta uma série de
História Natural, que logo fica conhecida como “Casa dos Pássaros”.
novas construções e melhorias na Chácara da Quinta, entre elas, quatro torreões
em estilo neogótico (só o torreão norte foi construído), a ala sul e a escadaria
1761/1808 - Elias constrói uma confortável casa sobre a colina da Quinta, conhecida principal de acesso ao edifício. Em 6 de junho, é fundado, no Campo de Santanna,
como “Chácara do Elias”. no centro do Rio de Janeiro, o Museu Real (depois Nacional).

1779 - Abertura da Casa de História Natural (embrião do Museu Nacional), no


1821 - John Johnson encerra sua participação nos trabalhos do Paço.
antigo Campo da Lampadosa, atual Av. Passos. Permanece no local até o ano de
sua extinção, em 1790. O acervo é, então, espalhado por outros órgãos do governo.
1825 - Em 2 de dezembro, nasce, no Paço de São Cristóvão, D. Pedro II, futuro
1783 - Por falta de verbas, a obra inicialmente prevista para a Casa de História Imperador do Brasil.
Natural é abandonada. A Casa fica resumida ao barracão da casa dos pássaros e
seu acervo. 1826 - Manoel da Costa morre e as obras são interrompidas nos alicerces.
Posteriormente, são retomadas pelo arquiteto francês José Pedro Pezerat. Francisco
1790 - Encerra-se as atividades da Casa dos Pássaros. Pedro do Amaral, ex-aluno de Manoel da Costa fica encarregado das pinturas
internas do palácio.
1803 - O português Elias Antonio Lopes, próspero comerciante, inicia a construção
de uma casa de grandes dimensões em sua propriedade na Quinta da Boa Vista. 1830 - Terminam as obras sob o comando de Pezerat e D. Pedro I ordena o
embelezamento do parque e constrói um repuxo (Chafariz) em frente ao prédio.
1808/1809 - D. João VI e família chegam ao Brasil. Lopes cede a casa para o No primeiro pavimento deste, D. Pedro I instala o escritório e a sala de espera. No
monarca português e pouco depois é condecorado por D. João VI com o título de segundo, coloca os dormitórios, à vista da varanda e do jardim.
Moço Fidalgo da Casa Real. A antiga fazenda de Lopes passa a se chamar Paço
Imperial de São Cristóvão. 1831 - Com a abdicação de D. Pedro I, José Pedro Pezeret, arquiteto francês de
confiança do imperador, deixa a corte, e o prédio não sofre mais mudanças
1810 - Os acessos a São Cristóvão são melhorados para torná-los carroçáveis e significativas.
iluminados. D. João isenta de impostos as residências ao longo do caminho para
São Cristóvão, a fim de povoá-lo. A cidade começa a expandir-se em direção à
1841 - É refeito o primeiro torreão, à feição daquele construído por Pezerat.
zona oeste. D. João VI compra mais terrenos e amplia a chácara.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 28


1850 - O Diretor das Obras do Palácio Imperial, Manoel de Araújo Porto Alegre, 1914 - Com suas exposições inteiramente remodeladas, o Museu Nacional reabre
determina a reforma e unificação da fachada do prédio. Paralelamente, projeta a suas portas ao público. Antes de ser reaberto, o prédio passa por um período de
escadaria de mármore e a capela nos fundos do segundo pátio (demolida em 1910). quatro anos em obras, durante o qual são ampliadas as salas de exposição e
derrubadas paredes e mezaninos.
1852 - São fundados os Telégrafos. A primeira linha ligava o Ministério da Guerra
e o Paço de São Cristóvão. 1920 - Por iniciativa de Alípio de Miranda Ribeiro, é criado o setor de taxidermia
no Museu.
1856 - Manuel de Araújo Porto Alegre encerra mais um período de obras no Paço,
que teve a participação de Mário Bragaldi - arquiteto, pintor e cenógrafo de fama 02/12/1925 - Por ocasião do centenário de nascimento de D. Pedro II, é colocada
internacional, sem dúvida um dos maiores cenógrafos que o Brasil já recebeu. uma estátua do antigo Imperador em frente ao jardim da entrada.

1858 - A estrada de ferro secciona um pedaço da Quinta da Boa Vista. A Estação 11/5/1938 - O Paço de São Cristóvão é tombado pelo SPHAN (atual IPHAN) em
de São Cristóvão é inaugurada. 11 de maio, que inclui a Quinta da Boa Vista como área a ser preservada.

1857/1861 - O pintor Mário Bragaldi é encarregado da decoração das Salas do


1945 - O Jardim Zoológico do Rio, localizado dentro da Quinta da Boa Vista, é
Trono e dos Embaixadores.
inaugurado. O Museu Nacional é incorporado à Universidade do Brasil (atual
UFRJ).
1866/1876 - Auguste François Marie Glaziou, em colaboração com Manoel Gomes
Archer (Reflorestador da Floresta da Tijuca), projeta os jardins do Palácio, no
1954 - Construção do Anexo Alípio de Miranda Ribeiro, concluído em 1956.
estilo de um parque inglês. Os dois idealizam, ainda, a alameda principal, e decidem
aterrar parte do terreno, acrescentando à paisagem rios, pontes, cascatas, lagos e
grutas. 1956 - Depois de passar, mais uma vez, por uma completa renovação, a Exposição
Permanente do Museu é reaberta ao público. As galerias de exposição passam a
1882 - As obras do parque ficam a cargo do Arquiteto Francisco Bittencourt da ocupar quase todo o segundo piso e parte do andar térreo.
Silva, antes de passar à responsabilidade do Dr. Antônio de Paula Freitas.
1962 - A Quinta da Boa Vista é cercada e ganha novos limites após a doação de
1889 - Com a Proclamação da República, começa o levantamento dos bens móveis várias áreas a outros órgãos municipais. Durante a realização de uma obra no pátio
existentes no Palácio da Quinta da Boa Vista, a fim de serem leiloados. O prédio destinado ao estacionamento, uma escavação descobre o túnel que ligava o Paço
é desocupado para abrigar a primeira Assembléia Constituinte, que funciona no às antigas cozinhas do Palácio.
pátio central do Palácio, sob uma cobertura metálica, até 1891.
1966 - Inicia-se a descaracterização do bairro de São Cristóvão e um flagrante
1890 - Um brasão imperial sobre um resplendor (ambos em relevo) é removido do abandono da área da Quinta da Boa Vista.
prédio do Paço. O brasão, que ocupava o frontão triangular na parte superior da
fachada, é removido para dar lugar às armas da república. 1973 - O portão do Horto Botânico, retirado para a construção do Viaduto de São
Cristóvão, é reconstituído. Com a construção do viaduto, a Quinta da Boa Vista
1891 - O edifício da Quinta passa a ser responsabilidade do Ministério da Fazenda. perde outra grande área, cedida para a realização da obra.

25/06/1892 - O Museu Nacional é transferido da Praça da República para o Paço 1982 - Visita ao Museu Nacional do Ministro da Educação e Cultura, General
de São Cristóvão. Uma linha férrea provisória ligando o centro da cidade a São Ruben Ludwig. A visita resulta na idéia do projeto do novo prédio da biblioteca.
Cristóvão é criada para o transporte do acervo.
1986 - Parte de São Cristóvão é transformada em APA (Área de Proteção
1910 - O Governo Municipal inicia obras de embelezamento no local, saneando e Ambiental), incluindo a área da Quinta da Boa Vista. O arquiteto Alcides da
remodelando o parque. São demolidos o Gabinete Astronômico do Imperador, a Rocha Miranda é contratado para coordenar um amplo projeto de recuperação
Capela Imperial e a Capela do Palácio. O portão oferecido em 1816 a D. João pelo arquitetônica e museológica da sede da instituição, a ser executado em etapas.
embaixador inglês é desmontado e levado posteriormente para o Jardim Zoológico.

1988 - Iniciam-se as obras de construção da nova biblioteca do Museu. O peso dos


1912 - A administração da Quinta da Boa Vista passa para a Prefeitura da Cidade livros e publicações colocam em risco a estrutura física do Palácio.
do Rio de Janeiro. A área da Quinta totaliza, então 938.853m2.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 29


1989 - Inauguração do prédio construído para abrigar a nova biblioteca, erguido
na área do Horto Botânico.

1990 - São reformadas as grades externas da Quinta da Boa Vista.

1993 - É desenvolvido o Plano Diretor para o Palácio e seu entorno, baseado nos
estudos e levantamentos realizados pelo arquiteto Alcides da Rocha Miranda.

1995 - Em Seminário Franco-Brasileiro são discutidas propostas de intervenção e


modificação a serem feitas no prédio do Museu. A instituição, por meio do Instituto
Herbert Levy, obtém recursos da Petrobrás e do Ministério da Cultura, e inicia
obras de restauração do prédio. O Museu cria o Projeto Memória.

1999 - A Petrobrás garante recursos para as obras de restauração do Palácio. O


MEC repassa ao Museu Nacional a quantia de 1 milhão de reais da Presidência da
República. Os recursos são alocados em reformas na parte interior do prédio. O
Projeto Memória é ampliado e passa a ser o responsável pela coordenação das
reformas e da restauração do Palácio.

2000 - Visando a completa reformulação de sua Exposição Permanente, renovada


pela última vez nos anos 50, o Museu emprega parte dos recursos extraordinários
recebidos da Presidência da República na montagem do Escritório Técnico-
Científico (ETC). O CNPq apóia a iniciativa e concede bolsas de estudo DTI
(Desenvolvimento Tecnológico e Industrial) aos profissionais reunidos no ETC. A
partir de debates e reuniões com o corpo técnico-científico do Museu, o Escritório
desenvolve o Projeto da Nova Exposição.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 30


São Cristóvão: problemáticas /
potencialidades

Acessibilidade potencial

A Região Administrativa de São Cristóvão está localizada no primeiro anel de


bairros em torno do Centro. Sua localização é privilegiada: além da proximidade
do Centro, é contornada pelos grandes eixos viários que ligam a periferia ao Centro.
Ao norte, pela avenida Brasil, principal entrada do município e acesso para os
subúrbios da AP3* e a Zona Oeste. Ao sul, pela Avenida Visconde de Niterói,
pela linha férrea e pelo Metrô. Cinco estações servem aos bairros da VII R.A.: São
Cristóvão (Metrô e Ferrovia), Mangueira (Ferrovia) e Triagem (Metrô e Ferrovia).
Existem ainda duas estações – Maracanã (Metrô) e Derby Club (Ferrovia) – que
são acessíveis apenas pelo lado sul da ferrovia, no bairro do Maracanã. Ao sul da
linha férrea, no bairro do Maracanã, está outro eixo viário da cidade – a Avenida
Radial Oeste.

*AP- Área de Preservação

Disponibilidade de infra-estrutura

Disponibilidade de infra-estrutura – Este é um forte da VII R.A. pois, na sua


quase totalidade, possui redes de água, esgoto e drenagem, com alguns pontos
críticos mas com possibilidade de solução desse problemas por meio de intervenções
no curto e médio prazos.

Abastecimento de água – Com exceção de algumas áreas de favelas, os bairros de


São Cristóvão, Mangueira, Benfica e Vasco da Gama são totalmente abastecidos
através do Sistema Acari – subsistemas São Pedro, Rio do Ouro, Tinguá e Xerém
– e do Sistema Ribeirão das Lajes, que abastecem o Reservatório do Pedregulho (o
maior e um dos mais antigos da cidade), localizado em São Cristóvão. O
abastecimento da água é considerado satisfatório pelos técnicos do 3º Distrito de
Conservação da CEDAE, tendo em vista os condicionantes físico-geográficos, a
topografia e o uso/ocupação dos solos (traçado urbano, concentração residencial e
comercial). Embora as condições não permitam um diagnóstico totalmente favorável
ao adensamento, segundo avaliação da CEDAE o limite previsto pela atual
legislação poderá ser atingido, pois o dimensionamento do sistema foi baseado na
máxima ocupação prevista e nos censos estatísticos oficiais.

Esgotamento sanitário – A área da VII R.A. é atendida pelo sistema de


esgotamento sanitário da Alegria, do qual fez parte a bacia de esgotamento sanitário
de São Cristóvão. O sistema concentra nos seus limites uma população de
aproximadamente 743.000 habitantes e apresenta uma rede coletora de 318Km,

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 31


correspondente ao esgotamento de uma área de cerca de 1.900 hectares (a área A Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC)
total de bacia é de aproximadamente 4.000 hectares). A bacia de São Cristóvão é
atendida, na sua quase totalidade, por uma rede coletora de esgoto, separada das A APAC de São Cristóvão, delimitada pela Lei Complementar nº 24 de 19 de
galerias de águas pluviais. Os afluentes da rede chegam, sem tratamento, à Baía novembro de 1993 no seu anexo 7, é subdividida em área 1, sub-área 1 e área 2. É
de Guanabara pelo recalque da elevatória de São Cristóvão (localizada na Avenida constituída por 320 bens preservados (anexo 8), sendo 313 na área 1 e sete na área 2.
Pedro II), passando pelas galerias de águas pluviais do Rio Maracanã e do Canal
do Mangue, aos quais estão ligados inúmeros extravasamentos da rede.
Esta APAC é parte integrante da Lei Complementar nº 24 / 93, e, como tal, não
pode ser modificada sem implicar em alteração do PEU.

Esta APAC abrange uma área significativa do território da VII Região


Disponibilidade de áreas renováveis / Potencial de adensamento Administrativa (cerca de 30%). A colocação de mobiliário urbano ou qualquer
intervenção urbanística dentro de seus limites deverá ser aprovada previamente
A VII R.A. tem a maior parte de seu território passível de renovação imobiliária. pelo órgão municipal competente para a proteção do patrimônio cultural.
Há muitas construções baixas: vilas e casas de um ou dois pavimentos, galpões e
oficinas com até 10m de altura. No levantamento feito na área, computou-se
As edificações da APAC de São Cristóvão foram preservadas segundo dois graus
67.397m² de áreas vazias, 1.935.716,00m² de área ocupada com lotes com construções
de proteção. Com grau de proteção 1 temos classificados 24 bens que, de um modo
até dois pavimentos, e 137.294,00m² de área ocupada com lotes com construções
geral, apresentam bom estado de conservação, exceto a caixa d’água da CEDAE
de até cinco pavimentos. Em todas as áreas, o gabarito permitido é de pelo menos
(Rua Mineira s/nº), que necessita de uma urgente restauração.
mais três pavimentos. Se aplicada integralmente a legislação em vigor, a área já
contaria com uma infra-estrutura capaz de atender a essa nova demanda. No
entanto, se mantido o atual ritmo de crescimento de área construída, de cerca de Os bens classificados como de proteção 2 precisam, no entanto, de uma nova
4.500m²/ano, o acréscimo de ATE (Área Total Edificada) permitido pela legislação avaliação, pois cerca de 20% dos mesmos encontram-se em processo de
em vigor só seria atingida em cerca de 834 anos! descaracterização ou já descaracterizados. Os imóveis preservados da área 2
apresentam problemas no empachamento (poluição visual por cartazes e letreiros).
Isso demonstra a necessidade de se criar mecanismos visando dinamizar a construção
civil na área da VII R.A., já que um incremento do adensamento certamente não
resultará em impacto significativo sobre a infra-estrutura existente.
O PEU sugere:
No médio prazo, é possível entrever uma renovação urbana em grandes lotes, com
imóveis industriais, institucionais e militares. A área da CEG, ocupando metade
• uma revisão com urgência desta APAC e da relação dos imóveis a serem
de um quarteirão entre a rua São Cristóvão e as Avenidas Francisco Bicalho e
preservados;
Pedro II, pode ser liberada em 4 ou 5 anos. Com a progressiva substituição do gás
manufaturado pelo gás natural, a unidade de São Cristóvão, utilizada para • a retirada da regulamentação da lei do PEU
fabricação de gás a partir do petróleo, será desativada.
• a definição de uma nova Área de Preservação da VII R.A., e de uma nova
relação de imóveis preservados, que deverá ser aprovada através de Ato
Para fazer caixa e diminuir despesas, os militares do Comando do Leste estudam a Executivo próprio.
transferência de suas unidades localizadas no Rio - onde os terrenos e a manutenção
são caros - para o interior do país. No bairro de São Cristóvão há grandes áreas
militares, situadas nas avenidas Pedro II e Bartolomeu de Gusmão. Em Benfica,
essas ficam na rua Francisco Manoel, onde está o Hospital Central do Exército.
Pontos Notáveis / Bens tombados
No curto e médio prazos, essas instalações militares podem se transformar em áreas
renováveis. Na área da VII R.A., além do Museu Nacional, há vários pontos notáveis e bens
de inquestionável valor histórico/cultural, muitos deles tombados e preservados.
A R.A. de São Cristóvão é bem aparelhada de redes de água e esgoto. A maior São considerados notáveis os elementos que se destacam na paisagem urbana,
parte das áreas passíveis de renovação é atendida por estes serviços, o que facilitaria pontos de animação e/ou aglomeração de público, ou que de alguma forma marcam
o adensamento imobiliário. a dinâmica interna dos bairros analisados.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 32


Os pontos notáveis e bens tombados estão indicados no mapa anexo. Na área da Pontos Notáveis
Quinta da Boa Vista e no entorno desta merecem destaque o Jardim Zoológico, a 13. Igreja Matriz de São Cristóvão
Igreja de Santana e os portões da Quinta (R. Dom Meinrado e Av. Pedro II). 01. Conjunto residencial Mendes de Moraes 14. “Casa da Mãe Joana”
(Pedregulho)/BTM 15. Hospital Frei Antonio (Hospital dos Lázaros)/BTM
O traço desenvolvimentista das associações de moradores locais e seus interesses 02. Reservatório do Pedregulho/BTE 16. Largo da Cancela
na recuperação da área.
03. Clube de Regatas Vasco da Gama (Preservado) 17. Quadra do GRES Estação Primeira de Mangueira
04. Bica do Largo do Pedregulho (Preservado) 18. Igreja de Santana (Preservado)
As associações de moradores e empresários da VII R.A., além de bastante atuantes,
05. “Malagueta” 19. Portões da Quinta da Boa Vista (Preservado)
têm manifestado, regularmente, o interesse na recuperação da área. A mais ativa
06. Observatório Nacional/Museu de Astronomia/BTN 20. Jardim Zoológico/Fundação Rio Zôo/Museu da Fauna
das entidades é a Câmara Comunitária de São Cristóvão, fundada no segundo
semestre de 1998, e que reúne várias associações de moradores de favelas e bairros 07. Educandário Gonçalves de Araújo (Preservado) 21. Quinta da Boa Vista/Museu Nacional/BTN
da R.A., além de clubes esportivos e culturais, associações de funcionários, 08. Feira de São Cristóvão 22. Museu Militar Conde de Linhares/BTN
associação comercial e industrial (ASSINCO), e até um grupo de escoteiros. 09. Adegão Português 23. Bairro Santa Genoveva/Condomínio (Preservado)
10. Coreto do Campo de São Cristóvão/BTE 24. Museu do 1º Reinado (Casa da Marquesa de Santos)
11. Pavilhão de São Cristóvão 25. Rua Senador Bernardo Monteiro (Rua dos Lustres)
12. Colégio Pedro II

03
01 02

25
VASCO DA GAMA
BENFICA
09

06 08
05
13
11
07
10
04 SÃO CRISTÓVÃO 12
16 15

18
19 23
17 MANGUEIRA

20 19 24
22
21

14

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 33


Acessibilidade interna

A área da VII R.A. está próxima a rodovias de grande importância para a cidade,
ao Metrô e à principal estrada de ferro do município, além de estar situada em
região próxima ao centro da cidade. No entanto, as ferrovias a as avenidas Brasil
e Francisco Bicalho contornam quase a totalidade da R.A., criando uma barreira
que impede a integração com os bairros vizinhos. No trecho delimitado pela avenida
Brasil, há somente um viaduto - Ataulfo Alves - para transpor essa via. Na avenida
Francisco Bicalho a situação não é diferente. Ali, há apenas um viaduto, de acesso
à Linha Vermelha, situado próximo à estação da Leopoldina, com uma única descida
nos limites da R.A., no Campo de São Cristóvão. Todo o limite sul da VII R.A.
está cercado pela ferrovia. Para transpor a linha férrea neste trecho só há quatro
viadutos: São Cristóvão, Mangueira (Cartola), Ana Néri e Benfica. O ramal
ferroviário do Arará separa os bairros de Benfica e Maguinhos.

Dificultando a circulação interna, aparece uma barreira natural, na direção norte-


sul, formada pelos morros do Tuiuti e do Telégrafo.

Os pilares de sustentação da Linha Vermelha e a própria via elevada formam, ao


longo de toda a extensão das ruas Figueira de Melo e Bela, mais uma barreira
física, que degrada a qualidade estética e ambiental desses logradouros. A estrutura
metálica dessa via expressa propaga o ruído pela parte inferior das pistas.

Ao projetar essa via elevada como uma alternativa para a ligação centro/zona sul
- zona norte, não se avaliou o impacto negativo que sua criação traria ao bairro de
São Cristóvão.

INTRUSÕES:

Favelas

Imóveis históricos

Vias elevadas

Barreira física

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 34


Propostas de projetos para São Cristóvão

ACESSIBILIDADE CORREDOR
RADIAL-NOROESTE

As propostas urbanísticas
Corredor radial-noroeste Ligação transversal proposto
Os projetos propostos pelo Projeto de Estruturação Urbana (PEU) aqui mencionados
Corredor radial-oeste Perimetral Uruguai - Jacaré existente são estrategicamente calcados nos pontos fracos (descritos no documento original
do PEU de São Cristóvão) da sétima região administrativa (VII R.A.). O objetivo
Ferrovia Perimetral Uruguai - Jacaré proposto
foi o de transformá-los em novos pontos fortes para a região, visando integrá-los,
Corredor expresso Via elevada em forma de projetos para os bairros a ações e projetos específicos das quatro
seguintes metas do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro: Rio Integrado,
Corredor radial São Cristóvão - Suburbana Intervenção total Rio Acolhedor, Rio Competitivo e o Rio Pólo Regional, Nacional e Internacional.
Corredor radial-portuária existente Intervenção parcial
O relato das propostas do Projeto de Estruturação Urbana (PEU) que se segue
Corredor radial-portuária proposto Sem intervenção
neste documento está voltado para o suprimento de informações fundamentais à
Ligação transversal existente realização da proposta do Projeto da Nova Exposição do Museu Nacional (PNE).
Portanto, não se encontram neste documento todas as propostas para todas as
áreas, e sim as de particular interesse do PNE:

Acessibilidade Externa

Proposta: propiciar a integração da malha local com os bairros da região e arredores:


Porto / Gamboa, Triagem, Manguinhos, Maracanã, Caju.

Ações:
1. Estruturar o ramo norte do corredor rodo-metro-ferroviário de acesso ao Centro,
que tangencia o bairro, facilitando a comunicação Centro / Portuária – São Cristóvão
– Benfica – Bonsucesso (Suburbana):

• Alargamento em curto prazo da Rua Senador Bernardo Monteiro;

• Alargamento em médio prazo da Rua Visconde de Niterói;

• Construção em longo prazo da ligação Triagem – Leopoldo Bulhões;

• Construção em longo prazo da ligação Visconde de Niterói – Portuária,


através de viaduto sobre a Avenida Francisco Bicalho;

2. Construção a longo prazo da ligação Túnel Santa Bárbara (Santo Cristo) –


Linha Vermelha / Visconde de Niterói, através da “Avenida Radial Norte-Sul”e
viaduto sobre a Avenida Francisco Bicalho;

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 35


1 - Estação São Cristóvão
2 - Museu Militar Conde de linhares 3. Estruturar, através do mesmo ramo norte do corredor rodo-metro-ferroviário de
3 - Museu do Promeiro Reinado acesso ao Centro, as ligações circunferencias Tijuca – Vila Isabel – Méier / Av.
4 - Hospital Frei Antonio Lazareto
5 - Bairro de Santa Genoveva
Brasil – Linha Vermelha;
6 - Escola Municipal Nilo Peçanha
7 e 8 - Portões da Quinta da B. Vista
9 - Escola Municipal Gonçalves Dias 4. Novo viaduto e alças de ligação da Av. 28 de Setembro / Teodoro da Silva / São
10 - Igreja de São Cristóvão Francisco Xavier – Visconde de Niterói / Senador Bernardo Monteiro;
11 - Adegão Portugues
12 - Educandário Araújo
13 - Observatório Nacional 5. Retificação, a curto prazo, do acesso Benfica do Viaduto Ataulfo Alves.
14 - Correio do C. de São Cristóvão
15 - Antigo Laboratório Sidney Rossi
16 - Clube de R. do Vasco da Gama
17 - Conjunto do pedregulho
18 - Igreja de Santana
19 - Jardim Zoológico Acessibilidade Interna
20 - Museu Nacional
21 - Estação Triagem Proposta: melhorar a circulação viária no interior dos bairros da RA; evitar trânsito
22 - Estação Mangueira
23 - Estação Maracanã pesado nas ruas residenciais; facilitar o acesso às estações metroviárias e ferroviárias
a aos pontos turísticos e bens tombados.

ROTAS QUALIFICADAS
Ações:
Roteiro turístico histórico (micro-ônibus: fim
de semana e feriados)
1. Canalização dos fluxos pesados para o sistema viário principal e corredores já
impactados (ruas Figueira de Melo / Bela);

2. Disseminar as correntes locais e sub-regionais na malha local permitindo a


acessibilidade por múltiplas rotas às áreas residenciais e comerciais;

3. Integração, através de linhas de ônibus circulares, dos bairros que compõem a


VII RA – São Cristóvão com os trens, metrô (estações São Cristóvão, Maracanã e
Triágem) e a Rodoviária Novo Rio;

4. Microônibus para roteiro turístico – histórico;

5. Ciclovias.

ROTAS QUALIFICADAS

Estações
Ferroviária
Metroviária

Rotas de Ônibus
Ligação com estações de São Cristóvão
(ferrovia e metrô)
Ligação com estações Triagem (ferrovia e
metrô)

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 36


Palácio: Acessibilidade da Quinta
da Boa Vista

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 37


Palácio: Arquitetura

9
Campo de Futebol
11 Campo de Futebol

13

7
9

11

13

15
13

Jardim
das Princesas
15

16

17

1 9

51
7
Acesso

31
MUSEU

11
Principal

7
17

15
13

11

Acesso
Secundário

Anexo N

13
11

9 9

9
Planta de Situação
01 Palácio e Quinta da Boa Vista

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 38


A

13m2 24m2
46m2

11m2
41m2
41m2 18m2 21m2 38m2 24m2
24m2 11m2

21m2
65m2 25m2
25m2 29m2 74m2
13m2 15m2
53m2 30m2 28m2
14m2 74m2

141m2 32m2
49m2

82m2
84m2 59m2

C 129m2 195m2
147m2 D
1 120m2

243m2

954m2
58m2 8m2
82m2
29m2
23m2
50m2 159m2

16m2 12m2
29m2 33m2
75m2 62m2
23m2 12m2
39m2 41m2 48m2 21m2 56m2
59m2

35m2
35m2 4.290 m²
Área Útil Total
Área Construída Total 4.345 m²
37m2 13m2 30m2
85m2 30m2 47m2

33m2 10m2 36m2

2 B

02 Planta Baixa
Primeiro Pavimento

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 39


A

28m2

27m2 48m2

47m2 167m2

25m2 12m2

67m2 31m2
26m2 175m2
163m2
79m2

50m2 160m2

84m2

C 145m2
D
1 128m2 245m2 249m2 48m2

235m2

78m2

53m2 138m2

68m2 141m2

27m2 13m2
61m2 80m2
169m2

Área Útil Total 3.259 m²


50m2
Área Construída Total 4.285 m²

88m2
97m2 115m2

77m2

03 Planta Baixa
Segundo Pavimento
2 B

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 40


A

87m2
78m2

148m2
39m2

64m2 19m2 190m2

158m2

79m2

142m2

C D
1 272m2
123m2
397m2 54.67m2 314m2
229m2

150m2
76m2

148m2

162m2 152m2

53m2 Área Útil Total 3.226 m²


Área Construída Total 4.382 m²
91m2
205m2
79m2

04 Planta Baixa
Terceiro Pavimento
2 B

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 41


37.62 M2

102.66 M2

42.66 M2

35.14 M2 154 M2

22.12 M2 21.83 M2 21.24 M2 67.85 M2 60.81 M2


75.92 M2

05 Planta Baixa do Anexo


Primeiro Subsolo

28.75 M2

15.57 M2
28.82 M2

4.0 5.16
32.13 M2 M2 9.0 M2
M2
16.13 M2

89.09 M2 21.60 M2
2.9 2.9
M2 M2
75.92 M2
24.21 M2 60.81 M2
19.42 M2 17.37 M2

32.22 M2

06 Planta Baixa do Anexo


Segundo Subsolo

19.63 M2

190.40 M2

19.63 M2

ANEXO

Locaização do Anexo Sem escala


07 Planta Baixa do Anexo
Terceiro Subsolo

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 42


08 Corte
Corte Transversal AB

09 Corte
Corte Longitudinal CD

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 43


10 Fachada 1
Fachada Frontal

11 Fachada 2
Fachada Lateral Norte

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 44


Palácio: histórico

N.L. N.L.

N.L.
N.L.

Laje N.L. N.L. N.L.


N.L. N.L.

Laje Laje
Laje
N.L. N.L. N.L. N.L.
N.L. N.L.

Laje

N.L. N.L.

N.L.
Madeira

N.L.

N.L. N.L.
Laje

Laje
Forro
N.L. Gesso
Vigas de Madeira
N.L.

Laje N.L.

N.L. Laje Laje Forro de Madeira

01 Planta de teto refletido


N.L. Não Levantado
Primeiro Pavimento

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 45


Laje N.L

Abóbada N.L
Abóbada Rebaixo

Vigotas Decorado

Abóbada Abóbada

Decorado

N.L

Decorado N.L N.L

N.L

Decorado

Abóbada

Decorado

Decorado
Forro de Madeira

N.L. Não Levantado 02 Planta de teto refletido


Segundo Pavimento

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 46


Forro de madeira 10cm

N.L.
Laje cogumelo aparente

N.L. Forro de madeira 30cm

Laje com
Laje emboçada
clarabóia

Sem forro
Sem forro

Mezanino
Forro de Gesso Laje
Sem forro
Laje

Laje

N.L.
Sem forro

Forro de madeira 30cm

Laje cogumelo aparente

03 Planta de teto refletido


Terceiro Pavimento

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 47


PORTARIA DA
FAMÍLIA IMPERIAL
SALA DOS ARCHEIROS

QUARTOS DA CRIADAGEM

CAPELA SÃO JOÃO BATISTA

COCHEIRA

POSSÍVEL SALA 1840 - MUSEU MINERALÓGICO


DO MÉDICO DE D.PEDRO II
DA SEMANA

POSSÍVEL
PORTARIA DAS DAMAS QUARTOS DE D.JOÃO VI,
D.MIGUEL, D.MARIA THEREZA
E D.PEDRO I (SOLTEIRO)

SALA DO TELÉGRAFO

SECRETARIA DA MORDOMIA

01 Planta Baixa Primeiro Pav.


Áreas com Levantamento Histórico

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 48


APOSENTOS IMPERIAIS
D.PEDRO I / D.PEDRO II

CAPELA
TEREZA CRISTINA AIAS E CAMARISTAS
QUARTOS DA CRIADAGEM

SALA DO TRONO
D.PEDRO I / D.PEDRO II

MANTERIA
SALÃO DE GALERIA
BAILE

MANTERIA

SALA DE
QUARTO DAS JANTARES
PRINCESAS
1817/1830
TRONO
1850

Planta Baixa Segundo Pav.


02 Áreas com Levantamento Histórico

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 49


POSSÍVEIS
APOSENTOS IMPERIAIS

TERRAÇO

BIBLIOTECA
DE D. PEDRO II

Planta Baixa Terceiro Pav.


Obs: Na cobertuta do torreão, localizava-se o observatório
astronômico de D.Pedro II

03 Áreas com Levantamento Histórico

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 50


Palácio: Ocupação Atual

Quadro de Áreas 01

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 51


Situação Atual:

Planta Setorizada do 1º Piso

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 52


Situação Atual:

Planta Setorizada do 2º Piso

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 53


Situação Atual:

Planta Setorizada do 3º Piso

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 54


Palácio: Conservação e Restauração

Conservação
Conscientização e treinamento das equipes de manutenção.
Estancar os processos de deterioração do prédio e acervo.
• Recuperação dos telhados.
• Recuperação das alvenarias e esquadrias.
• Recuperação de pisos e barroteamentos.
• Tratamento contra biodeterioração.
• Implementação de sistema de segurança contra incêndio e de pára-raios.

Restauração
Critérios de intervenção.
• Intervir o mínimo possível.
• Intervir com base documental.
• Intervenções reversíveis.

Adaptação e modernização
• Projetos de modernização das instalações e espaços existentes.
• Projeto de expansão.

Histórico
• Levantamento histórico.
• Subprojetos do Projeto Memória.
• Prospecções estratigráficas.
• Registro documental e iconográfico do atual estado de conservação.

Produção de conhecimento
• Laboratório de pesquisa de materiais e técnicas.
Palácio de São Cristóvão: detalhe da arquitetura da parte frontal do Museu Nacional • Atualização teórica e prática dos profissionais envolvidos.

Disseminação do conhecimento
• Seminários.
• Oficinas.
• Publicações.
• Parcerias.
• Assessorias.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 55


Dados de visitação: tipos de público / médias
Tabelas Quantitativas de Visitação do Museu Nacional - 1996/2001 de visitação
1996
ALUNOS ESCOLAS
Escolas 31.900 757 As tabelas estatísticas apresentadas a seguir, reunindo dados da visitação ao Museu
Nacional, ajudam a traçar o perfil do público visitante. O pico de visitação anual
Público pagante 66.473 (analisados os dados de 1995 a 2001) se concentra nos meses de setembro a
TOTAL DE VISITANTES 98.373 novembro.
1997
ALUNOS ESCOLAS A maioria dos visitantes do Museu é de estudantes de escolas públicas, o que
explica a variação dos números relativos à visitação. As escolas públicas são
Escolas 33.415 775 obrigadas a realizar pelo menos duas visitas externas anuais de caráter educativo,
que acontecem, na maioria dos casos, nos meses supracitados.
Público pagante 51.032
TOTAL DE VISITANTES 84.447 Estes dados contribuem para definir o perfil do visitante, que, ao lado dos maiores
1998 de 65 anos, integra o grupo de público não-pagante. Com relação ao público pagante,
ALUNOS ESCOLAS este possui perfil socioeconômico de classe média baixa, com baixo senso crítico
em relação às deficiências expositivas do Museu, sendo atraídos à visitação, com
Escolas 32.966 730 freqüência, pela imponência do edifício neoclássico.

Público pagante 32.964


TOTAL DE VISITANTES 65.930
1999 Visitação / Zoológico
ALUNOS ESCOLAS 1996 1997 1998 1999 2000
Escolas 64.069 1.445 80.000
70.000
Público pagante 85.165
60.000
Outros 25.194 50.000
TOTAL DE VISITANTES 174.428 40.000
2000 30.000
ALUNOS ESCOLAS 20.000
Escolas 40.432 976 10.000
0
Público pagante 60.145
Outros 22.757
TOTAL DE VISITANTES 123.334
2001 Visitação / Museu Nacional
ALUNOS ESCOLAS 1996 1997 1998 1999 2000 2001
15.000
Escolas 46.257 1.069
10.000
Público pagante 108.332 5.000
Outros 506 0

TOTAL DE VISITANTES 155.095

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 56


Palácio: percepção espacial Piso

Com relação ao piso, duas questões fundamentais foram levantadas:

• O atual assoalho de madeira necessita de reparos em locais onde a passagem


de visitantes produz uma trepidação que pode colocar em risco as peças
O presente relatório procura traduzir as impressões de arquitetos e designers da exibidas na exposição.
equipe do ETC em visita ao palácio. As observações aqui relatadas deverão ser
úteis ao Projeto da Nova Exposição, uma vez que, confrontados por laudos técnicos
específicos, poderão gerar parâmetros para a elaboração do Estudo Preliminar. • A existência de várias áreas com revestimentos em mármore e cerâmica,
aplicados sobre a laje, comprovam a grande variação de materiais e técnicas
utilizados no Palácio.
Nesse sentido, foram considerados os seguintes aspectos:

Clima
Circulações
O clima no interior do prédio é, no geral, agradável, mesmo em lugares onde
portas e janelas se encontravam fechadas. A umidade relativa do ar foi estimada • Escada Principal
entre 44% a 55%, considerada por especialistas como sendo a ideal para a
conservação do acervo. Na quarta visita do gurpo ao palácio, realizada em um dia Oferece amplitude suficiente para receber o fluxo inicial de público da
claro e de calor no mês de dezembro, no entanto, a condição climática em seu entrada principal do Museu.
interior era bastante diversa daquela constatada na primeira visita. A sensação de
calor era intensa em alguns pontos do edifício, causando muita transpiração e • Escada lateral frontal esquerda
desconforto. Essas observações deixam evidente que o microclima no interior do
palácio segue as oscilações do macroclima na região da Quinta da Boa Vista, e De porte monumental e construída em madeira, a escada se encontra
que estas devem, de forma inequívoca, provocar variações na umidade relativa do em área mal iluminada e necessita de uma melhor iluminação.
ar. Dessa forma, é recomendável a realização, por empresa especializada, de um
diagnóstico completo das condições climáticas do prédio e de suas imediações, e
que indique o melhor sistema de condicionamento de ar a ser adotado.

Luminosidade

Variável nos espaços internos. Em alguns locais, essa variação ocorre em razão da
obstrução de aberturas previstas no projeto arquitetônico original. Em outros casos,
pela má iluminação artificial, pela mudança de tonalidade de cores dos ambientes
ou pela variável incidência de luz solar nas fachadas no decorrer do ano.

Cores

Nos ambientes em que foram feitas intervenções recentes, fica evidenciada uma
clara opção por uma tonalidade de cores claras. Se comparados com os demais
ambientes, essas galerias/salas procuram valorizar detalhes do edifício, além de
garantir uma boa propagação da luz interna, seja ela natural ou artificial. A opção
por um tom de cor suave traz ainda a vantagem de não competir com os objetos em
exposição.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 57


Palácio: Levantamento Técnico
Vai Para Reservatório Inferior

CI CI CI CI
SAÍDA 4

RESERVATÓRIO RESERVATÓRIO
INFERIOR 1 INFERIOR 2
25.000L 25.000L

SAÍDA 3
Casa de
Bomba Sobe p/ Reservatório Superior

WC
CI CI

+/- 200mm
CI CI
CI CI
WC

CI

WC

WC

CI
CI CI

CG
CI
Profundidade = 0,5m

600mm
100mm
CG
CI

2''
CI
SAÍDA 1
SAÍDA 2

Profundidade = 2,00m

2'' CV 2''

01 Planta de Inst de Água e Esgoto


Primeiro Pavimento

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 58


Tubulação Antiga

2''
2''
2'' RESERVATÓRIO RESERVATÓRIO
SUPERIOR SUPERIOR 2''
10.000L 10.000L

2''
Desce para
Banheiros do Pav 1 2''
Desce para
Banheiros

2''
2''
Desce para
2'' Banheiros

2'' Desce para Restaurante Desce para Anexo Garagem

02 Planta de Inst de Água e Esgoto


Cobertura

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 59


PUBLICA
VIA PUBLICA
JARDIM JARDIM
CANAL

VIA
MURALHA

#14
R1

CTP-APL 50-100 CTP-APL 50-100


Vai a Cx. Subt. #21 5.00 m Vai A Cx. Subt. #11
VIDE DESENHO CT-20/95 VIDE DESENHO CT-14B/95
#19

3.6
#20 40.35 m

0m
R1 CTP-APL 50-100 R1
1-100C 5.00 9.40 m m 0
55.1 m 5
CTP-A 5 m .8 10
PL 50 3 7 50- C
1-100C -100 L 0
- AP - 1 0
5.00 C TP 1
m #18 #15
R1
R1
5.00
CAMPO
40.35 m
m CTP-APL 50-1 47.85 m
00 #17 L 50-100
1-100C 40.35 m #16 CTP-AP 0C
R1 CTP-APL 50-100
1-100C
R1 1-10
6.00 m DE
FUTEBOL
JARDIM

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


Prefeitura

A. B. TEL - Engenharia
Titulo do desenho
Projeto da Rede de Telefonia do Museu Nacional
Quinta da Boa Vista Desenho de ref.
03 Planta de Cabeamento Telefônico
Palácio/Horto
~
Planta de Situacao -, Interligacao ~
Horto/Palacio
^,
Projeto de Cabeamento Telefonico Externo DPJ N° 8521
~ ~
Escala Revisao Especialidade Data 1a. emissao Data 1a. autoriz.
1:500 31/07/95 UFRJ
N° do desenho Projetado por: Desenhado por: Autorizado por: ~
Data de emissao
CT-17/95 ^
Carlos Candido Cristiano Lima
Examinado por: Examinado por: Verificado por: Autorizado por: Data de emissao ~
UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 60


8.35 m
CTP-APL 50-20
101-120C
CTP-APL 50-100
1-100C

#26 #25
R1 R1 5.95 m
#24 CTP-APL 50-100
x 3
1-100C

SALA CTP-APL 50-100


DO 31.15 m #21 1-100C
CTP-APL 50-100 R1 Vai a Cx. Subt. #20
PABX #23 #22 1-100C
VIDE DETALHE TT-16/95
3
R1

14.85 m
CTP-APL 50-100
1-100C

5.95 m
CTP-APL 50-100
1-100C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


Prefeitura

A. B. TEL - Engenharia 04 Planta de Cabeamento Telefônico


Palácio/Externo
Projeto da Rede de Telefonia do Museu Nacional
Titulo do desenho Quinta da Boa Vista Desenho de ref.
~
Planta de Situacao -, Interligacao ,~
Horto/Palacio
^
Projeto de Cabeamento Telefonico Interno e Externo DPJ N° 8521
~ ~
Escala Revisao Especialidade Data 1a. emissao Data 1a. autoriz.
1:500 31/07/95 UFRJ
Desenhado por: ~
N° do desenho Projetado por: Autorizado por: Data de emissao
CT-18/95 ^
Carlos Candido Cristiano Lima
Examinado por: Examinado por: Verificado por: Autorizado por: Data de emissao ~
UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 61


ANEXO

CALCAMENTO
,

~
SUBESTACAO
DESCE
Vai a caixa CD#9
VIDE DESENHO CT-19B/95

39.80 m
CTP-APL 50-20
101-120C
PC

38.00 m
CTP-APL 50-20 R1
#27 R1
101-120C #28

ENTRADA

CTP-APL 50-20

CALCAMENTO
,
35.00 m

101-120C

MUSEU NACIONAL
15.80 m
CTP-APL 50-20
3
101-120C

R1
6.80 m
CTP-APL 50-20
#22 101-120C

SALA
DO
PABX 12.00 m
CTP-APL 50-20
6.80 m 3
101-120C
CTP-APL 50-20
101-120C

9.60 m
R1 CTP-APL 50-20 R1
101-120C

05 Planta de Cabeamento Telefônico


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Prefeitura Palácio/Anexo
A. B. TEL - Engenharia
Projeto da Rede de Telefonia do Museu Nacional
, ~Predio Anexo/Sala do PABX
Titulo do desenho
Interligacao Desenho de ref.
^
Projeto de Cabeamento Telefonico Externo ETU N° 20706
~ ~
Escala Revisao Especialidade Data 1a. emissao Data 1a. autoriz.
1:100 10/10/95 UFRJ
N° do desenho Projetado por: Desenhado por: Autorizado por: Data de emissao ~
CT-21/95 ^
Carlos Candido Cristiano Lima
Examinado por: Examinado por: Verificado por: Autorizado por: Data de emissao ~
UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 62


S. FOTOGRAFIA ZOO-ARACNÍDEOS

181
SERV. FOTOGRAFIA 1

1
LABORATÓRIO
1 1 165 162
Ø 19 166
182 mm 183

163 ANTROP.
PTR Ø 19 ANTROP. ANTROP.
5
Ø 50mm mm+
3 Ø 50 ANTROPOLOGIA SOCIAL ANTROPOLOGIA FÍSICA CULTURAL
mm FÍSICA FÍSICA 1
SALA ZOO
CP R1 1 1
Ø 19 mm
S. FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA ARACNÍDEOS + Ø 50
mm
167 168 161
R1 1 164
1

CD#13

Ø 19mm
3
Ø 19mm Ø 19mm CIRCULAÇÃO
1
1
1 1 1 1
184 185 186 187 1

172
171 174
169
169 170
170
MESA TELEFÔNICA 175 311 312 313 314 1
1 1
ANTROP. FÍSICA W.C. W.C.
ANTROPOLOGIA SOCIAL

Ø 25mm
ANTROP. SECRET.
202 ANT. FÍSICA ANT. FÍSICA ETNOLOGIA ANTROP. LINGÜÍSTICA
PÓS-GRADUAÇÃO ANT. ARQUEOLOGIA
1
Ø 25mm+Ø 50mm
CD#12

Ø
Ø 19mm
3 188 ANTROPOLOGIA 3
Ø 19mm
173 EXT.
ANTROP. ARQUEOLOGIA
CP ANT. LINGÜÍSTICA
Ø 25mm + Ø 50mm
CP Ø
1 1
3
3 38m 315
Ø m+
CD#14 50 Ø 50mm
mm
R1 R1 1

#30 #31

Ø 19mm
EXPOSIÇÕES PETROBRÁS
EXP. METEORITOS 203
1

W.C.
PALEONTOLOGIA W.C.

INVERTEBRADOS
316
326
1 PALEONTOLOGIA
INVERTEBRADOS

1 ÁREA
261
201 W.C. PALEONTOLOGIA
VERTEBRADOS

W.C. 1

1 GEOLOGIA
MINERALOGIA
DEPÓSITO
W.C.
325 1
EXPOSIÇÕES - ENTRADA
327 GEOLOGIA
DEPÓSITO
METEORÍTICA
W.C.

Ø 19mm
262
262

Ø 25mm
3 CP Ø 50mm CP 3

#32 R1 CP
W.C.

Ø 50mm
Ø 50mm
3

CP 3

CD#21 Ø 19mm
W.C. 2
3

Ø 19mm
263
324
318

Ø 50mm
SECRETARIA ÁREA
317
1
GEOLOGIA

Ø 50mm
MINERALOGIA
EXT.
ANTROPOLOGIA
GABINETE 1 GEOLOGIA
GEOLOGIA - INVERTEBRADOS W.C.
CHAPELARIA MINERALOGIA
AUDITÓRIO W.C.
EXPOSIÇÕES SAÍDA 1
1

m
1

319

Ø 19mm
320
CASA DE FORÇA

5
ZOOLOGIA
EQUINODERAL GEOLOGIA

2
Ø 50 #25
CD#17 3 m m #26 R1
Ø 50mm Ø 50mm Ø 50mm Ø 50mm R1
ZOOLOGIA GEOLOGIA GEOLOGIA
R1 R1 R1 MINERALOGIA LABORATÓRIO
1
CARCINOLOGIA PALEOBOTÂNICA

m
Ø 19mm

8m
EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS EXPOS. 1

Ø 3
TEMP.
261 3
1 1 324
321 322 323
1 1
1
EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS
SALA DA

Ø 38mm
COZINHA 328
1
C.P.C.T ZOOLOGIA - MALACOLOGIA
ANTROPOLOGIA SOCIAL

Ø 19mm
255
256 257 258 259 260

Ø 38mm
COPB. - SALA DE AULAS 1 3

W.C.
1

254 330
W.C.
1 EXT.

PORTARIA
CIRCULAÇÃO
1 RESTAURANTE 1
ALMOXARIFADO ZOO - MALACOLOGIA

1 329

251 253

DIV. ASS. ENSINO


COPOB - SALA DE AULAS

252

06 Planta de Cabeamento Telefônico


Ø

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Palácio / Primeiro Pavimento


Prefeitura

A. B. TEL - Engenharia
Projeto da Rede de Telefonia do Museu Nacional
Titulo do desenho Predio do Palacio Desenho de ref.
Segundo
+

~
Projeto de Tubulacao Telefonica Interna ETU N° 20801
, ^
~ ~
Escala Revisao Especialidade Data 1a. emissao Data 1a. autoriz.
1:100 10/10/95 UFRJ
N° do desenho Projetado por: Desenhado por: Autorizado por: Data de emissao ~
TT-24D/95 ^
Carlos Candido Cristiano Lima
Examinado por: Examinado por: Verificado por: Autorizado por: Data de emissao ~
UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 63


ANTROP. WC
ARQ. EGITO

ANTROP. ANTROPOLOGIA WC
ARQ. EGITO ARQ. EGITO

ANTROPLOGIA
ARQ. ANTIGÜIDADES ~ ~
, EXPOSICAO
EXPOSICAO EM PREPARO
EM, PREPARO SEMU

ANTROPOLOGIA ANTROP.
ARQ. PERU ARQ. PERU

ANTROPOLOGIA ANTROPOLOGIA FISICA ANTROPOLOGIA


~ ZOOLOGIA - MAMIFEROS ZOOLOGIA - MAMIFEROS
ARQ. MEXICO EVOLUCAO
, DO HOMEM

ZOOLOGIA - MAMIFEROS
ZOOLOGIA - AVES

ANTROPOLOGIA ANTROPOLOGIA
ARQ. AMERICANA ARQUEOL. BRASILEIRA 301
WC
WC

ZOOLOGIA - AVES

AREA
1

304

Ø 19mm
PALEONTOLOGIA

Ø 19mm
ANTROPLOGIA (FOSSEIS)
PALEONTOLOGIA SERV. GRAFICA
ZOOLOGIA - ANATOMIA COMPARADA ZOOLOGIA - AVES
ETNOG INDIGENA
(FOSSEIS)

Ø 19mm
3 CD#20
Ø 19mm

3
m
m 305
25

CP
Ø

Ø 19mm
1

AREA

ZOOLOGIA - REPTEIS

WC 303
ANTROPOLOGIA
ETNOGRAFIA
ANTROPOLOGIA
ETNOG. INDIGENA
302

ZOOLOGIA - PEIXES ZOOLOGIA - PEIXES

ANTROPOLOGIA ANTROP.
AFRICA ANTROPOLOGIA PROTOZOARIOS
AFRICA MOLUSCOS
ZOOLOGIA ESPONGIARIOS
ETNOGRAFIA REGIONAL ZOOLOGIA EQUINODERMAS
CELENTERADOS
FOLCLORE PROTOCORDADOS

VERMES INSETOS
ZOOLOGIA
ZOOLOGIA CRUSTACEOS MIRIAPODOS
ARACNIDIOS
SALA DOS EMBAIXADORES

ANTROPLOGIA
ETNOGRAFIA GERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


Prefeitura 07 Planta de Cabeamento Telefônico
Palácio / Segundo Pavimento
A. B. TEL - Engenharia
Projeto da Rede de Telefonia do Museu Nacional
Titulo do desenho Predio do Palacio Desenho de ref.
Segundo Pavimento
~
Projeto de Tubulacao Telefonica Interna ETU N° 20801
, ^
~ ~
Escala Revisao Especialidade Data 1a. emissao Data 1a. autoriz.
1:100 10/10/95 UFRJ
Desenhado por: ~
N° do desenho Projetado por: Autorizado por: Data de emissao
TT-24D/95 ^
Carlos Candido Cristiano Lima
Autorizado por: Data de emissao ~
Examinado por: Examinado por: Verificado por:
UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 64


130

131
121

132
122 DIRETORIA
133

SERVICO
, DE
~
ADMINISTRACAO
,

^
BOTANICA
1 ^
BOTANICA HERBARIO SISTEMATICA

~
SALA DE CONGREGACAO
,
148
123

1
1 3
^

Ø 25mm
BOTANICA CD#11

Ø 19mm
147
CD#10 146

Ø 25mm 2 2 SISTEMATICA
1 2 3 2 TESOURARIA 144
Ø 25mm COPA ARQUIVO 145

128 129 2 2 141 142 143 ^ 1


BOTANICA HERBARIO
^

Ø 19mm
BOTANICA 276 275 274 273 272 271

SECRETARIA ^ ^ ^
SISTEMAT. ^ ^ BOTANICA
BOTANICA BOTANICA BOTANICA BOTANICA
127

PALINOLOGIA PALINOLOGIA SISTEMAT. SISTEMAT. SISTEMAT. ^


^ BOTANICA
BOTANICA HERBARIO
SISTEMAT.
1
CP
134
3

BIBLIOTECA

277

126
BIBLIOTECA 1

278

^
124 BOTANICA
125
291

HERBARIO

212
^
BOTANICA

279

1
211
3 WC WC WC WC WC
CP

BIBLIOTECA 296

ZOOLOGIA - MAMIFEROS
213
213 Ø 25mm
2 2
ANTROPOLOGIA

Ø 25mm
ETNOLOGIA
296

Ø 19mm
238

282
WC WC WC WC WC 3
CD#19
Ø 25mm

Ø 19mm
214

295

ZOOLOGIA
292

281
OPITOLIDOPTERA

215

BIBLIOTECA 1

BIBLIOTECA
294 293

216 CD#16 3
ZOOLOGIA
280

ORNITOLOGIA
ZOOLOGIA 239

SECRETARIA

1
BIBLIOTECA
222

1
ZOOLOGIA
DIPTERA ZOOLOGIA ZOOLOGIA
ZOOLOGIA ZOOLOGIA COLOPTERA
ODONATA
221 HEMIPTERA ORTOPTERA 237
235
235 234
234 233
233 231

Ø 19mm
1 1 2
3
1

236 232
232

216

1 1

ZOOLOGIA ZOOLOGIA
216
~ ZOOLOGIA
ZOOLOGIA BLATARIA COLECOES
BIBLIOTECA , ODONATA
HEMIPTERA

216

BIBLIOTECA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


Prefeitura 08 Planta de Cabeamento Telefônico
Palácio / Terceiro Pavimento
A. B. TEL - Engenharia
Projeto da Rede de Telefonia do Museu Nacional
Titulo do desenho Predio do Palacio Desenho de ref.
Terceiro Pavimento
,~
Projeto de Tubulacao Telefonica Interna
^
ETU N° 20801
Escala ~
Revisao Especialidade Data 1a. emissao ~ Data 1a. autoriz.
1:100 10/10/95 UFRJ
Desenhado por: ~
N° do desenho Projetado por: Autorizado por: Data de emissao
TT-24D/95 ^
Carlos Candido Cristiano Lima
Examinado por: Examinado por: Verificado por: Autorizado por: Data de emissao ~
UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ UFRJ

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 65


ao
port

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10
4
BOCA DE LOBO MEIO FIO

ofic
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11
CAIXA EXISTENTE JARDIM

MU
5
6

SE
7 12

U
POSTE MURETA 8

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9
13

CI
10

ON
ARVORE MURO 11
14

ZOOLOGI
AL
12
15
PALMEIRA CALÇADA
16

HIDRANTE GRADE 13

CO
COQUEIRO g

EDIFICAÇÃO EXISTENTE
CAIXA DE ESGOTO
JR2
4

ESTAÇÃO TOPOGRÁFICA 5
6
7
8
9
10

BAMBUZAL
12

13

14

15

10
16

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17

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7

15
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14
13
12
11

14

13

12

11

10
9

7
12 Planta de Topografia
Quinta da Boa Vista

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 66


22 de
deze mbr
o
6

23 de 9
sete mbr
21 març o 18
o
10
17
11 16
12 15
13 14

22 de
junh o
21 març
o

10
17
11
16
12
15
13 14

22 Junho 10h 23 de Setembro/21 Março 10h 22 de Dezembro 10h

22 Junho 12h 23 de Setembro/21 Março 12h 22 de dezembro 12h

22 Junho 16h 22 de dezembro 16h


23 de Setembro/21 Março 16h
N
Planta de Insolação
13 Insolação

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 67


Horto (Biblioteca)
Par metálico (64 Kb/s)

Carcinologia HUB
4/4 Nível 2
Aracnologia Tânia G.Velho M.Goldman Antrop. Bio. J.Pacheco
HUB 5/5 2/1 1/1 1/2 2/0 1/1
Nível 2 L.Fernando
1/1
Arqueo.
2/2
Revista Mana. F. Neiburg
CP B.Francheto A.Vilaça PPGAS-Contab. 2/2 1/1 Arqueologia
2/2 1/1 2/2 C.Fausto L. Sigaud Reserva Técnica
1/1 1/1 0/1
Sobe para
Pav. 3
HUB
Nível 2

HUB HUB HUB


Nível 2 Nível 2 Nível 1 HUB
Nível 2
J.Sérgio Antrop. Bio
PPGAS / Sec. DA / Sec.
2/2 1/1
4/4 1/1
A.Carlo
3/3
Paleovert.
10/10
Biblioteca HUB
P.P.G.A.S Nível 1
5/5
Cabo Coaxial
(10 Base 2)
HUB
Nível 2 HUB
Nível 2

Petrografia
e Meteorítica
1/1

Paleoinvert.
3/1 Meteorítica
1/1
PPGZoo
Administração PPGZoo Prof. Visitante
Computação Sobe para HUB
2/2 0/1
1/1 Pav. 3 Nível 2 Paleobot.
1/1

HUB
Nível 1
HUB
Nível 2 Equinoderma
4/3
Laboratório
PPGZoo - Sec. O.Velho Malacologia
1/1 1/1 2/2
Malacologia
0/1
Assistência
de ensino
1/1
Protocolo.
2/1

Par metálico
64Kb/s

Legenda:
X Número de estações
Y Número de pontos
Anexo (Sinfor)
Cabo Coaxial (10 Base 2) 14 Planta de Lógica
Primeiro Pavimento

N.C.E

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 68


HUB
Nível 2 Diretoria
3/3 Linguística DI - Sec DE- Sec DGP - Sec. Arqueologia
6/5 0/2 0/1 1/1 2/1

HUB
Nível 2
HUB Taxonomia
Nível 2

Ficus
HUB
Nível 2
1/0 Herbário
2/2 6/6 1/2 2/2 2/2 2/2

Linguística
(Arquivo) A. Carvalho Desce para
1/0 1/1 o pav. 1

Insétos Aquáticos
3/2

HUB
Nível 2

Blattaria
2/2
Etnologia
2/1

Sarcophagidae
2/1

Hemiptera
2/1

Comissão de
Lepidoptera Publicações
1/1 2/2
Coleoptera
1/2

Vigilância
1/1 HUB
Museologia Nível 2
1/2 Desce para HUB
o pav. 1 Nível 3

Seção Pronex
HUB Pessoal 3/3
Nível 3 2/2

15 Planta de Lógica
HUB
Projeto Memória Arqueologia Antropologia Nível 2
Biológica
5/4 1/2 2/1 Terceiro Pavimento
Financeiro Compras
3/3 1/1

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 69


Levantamento técnico: lógica

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 70


Legislação: Tombamento

Edifício do Museu Nacional, inclusive a Coleção Arqueológica


Balbino de Freitas.

Rio de Janeiro - RJ
Quinta da Boa Vista, São Cristóvão.
Arquitetura Civil

Registrado no Livro das Belas-artes


Volume 01
Folha 010
Inscrição 051
Data 11/05/38

Registrado no Livro Histórico


Volume 01
Folha 005
Inscrição 023
Data 11/05/38

Quinta da Boa Vista

Rio de Janeiro - RJ
Quinta da Boa Vista, São Cristóvão.
Sítio Paisagístico

Registrado no Livro das Belas-artes


Volume 01
Folha 027
Inscrição 154
Data 30/06/38

Registrado no Livro Histórico


Volume 01
Folha 013
Inscrição 068
Data 30/06/38

Torah constituída por nove rolos em pergaminho, que integra o acervo do Museu
Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro sob a classificação de
“Manuscritos IVRIIM”

Rio de Janeiro - RJ
Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão.

Registrado no Livro Histórico


Volume 02
Folha 047
Inscrição 553
Data 04/03/99

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 71


Legislação: Escritura

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 72


Palácio: problemáticas / potencialidades área privilegiada de lazer e de serviços, com a crescente incorporação de novos
centros culturais, museus, casas de espetáculo, restaurantes, etc. Isso permite prever
uma recuperação urbana (e resistência à degradação das funções sociais) – a ser
reforçada por um renovado Museu Nacional.

A despeito da importância do Museu Nacional como instituição voltada para o


Com a crescente demanda por um turismo “verde”, “ecológico”, o Museu Nacional, desenvolvimento da ciência e sua divulgação, influenciando e influenciado pela
com sua especialidade em História Natural – reforçada pelo reconhecimento cidade do Rio de Janeiro e pelo Bairro de São Cristóvão, o Museu padece hoje de
internacional do largo valor científico da biodiversidade brasileira – pode atrair graves problemas de funcionamento:
visitantes tanto no turismo interno quanto internacional. O Parque da Quinta da
Boa Vista, com seu Horto Botânico, pode ainda se constituir num atrativo
suplementar ao programa de visitas ao Museu. Problemas de informação externa ao público:

• ausência de sinalização nas vias urbanas próximas indicando a localização do


Outro ponto favorável ao Museu é a presença deste num ambiente de grande Museu.
densidade cultural, já que a cidade reúne um expressivo número de instituições • ausência de uma política mais agressiva de presença nos meios de
ligadas à ciência e à cultura. Vale lembrar que na cidade estão as sedes da MAST/ comunicação
Observatório Nacional, FIOCRUZ, Academia Brasileira de Ciências, Academia
Brasileira de Letras, Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, Museu Histórico Nacional, Museu da República, Museu do Problemas de infra-estrutura no acolhimento ao público
Folclore, Museu do Índio, Museu Nacional de Belas Artes, entre outros. A presença
dessas instituições na cidade torna o Rio um centro de referência na área de • falta de estacionamento coberto e seguro.
serviços culturais e de “expertise” de profissionais especializados em exposições e • falta de acessos adaptados para deficientes e idosos.
na constituição/preservação de acervos. • falta de banheiros suficientes para momentos de maior público
• falta de cafés, bares e áreas de descanso.
O Museu possui um grande potencial de atendimento à demanda de lazer cultural. • longa distância que separa o Museu dos meios de transporte
As coleções do Museu reúnem uma rica variedade de itens tanto do ponto de • ausência de atividades paralelas à Exposição (multimeios)
vista científico como histórico/cultural. Essa variedade torna o Museu uma
• falta de informação aos visitantes sobre a dimensão histórica do Palácio.
excelente atração de lazer familiar, podendo agradar a diferentes gerações entre
os visitantes. A localização do Museu dentro do Parque da Quinta da Boa Vista • falta de uma política de consumo paralelo dentro do Museu, (lojas, promoções
também favorece o conceito de “lazer integrado”, sempre lembrado pelos etc.)
responsáveis pela área de planejamento em projetos de grande porte. Nesse sentido,
a presença do Zoológico nos limites do Parque reforça a vocação da Quinta como Problemas de estrutura institucional
área de múltiplas qualidades.
• ausência de uma política institucional de marketing.
Entre os obstáculos que podem influir negativamente na realização de • ausência de uma estrutura profissional de captação de recursos para a
empreendimentos do porte do Projeto da Nova Exposição, pelo menos três merecem Exposição.
ser mencionados: o primeiro diz respeito à desarticulação dos níveis governamentais • ausência de pesquisas do público visitante atual e do público potencial
(federal, estadual e municipal), no trato das questões estratégicas que afetam a • a bilheteria não possui proteção contra intempéries
cidade. O segundo é certamente o esvaziamento econômico em curso desde a
• as equipes de limpeza e segurança são despreparadas e insuficientes
transferência da Capital Federal do Rio para Brasília que também contribuiu para
isolar instâncias governamentais de importância capital nas negociações para o
financiamento de projetos de vulto, e que dependem de apoio federal. Vantagens do Museu

• sólida qualidade do trabalho científico de apoio às exposições


O terceiro obstáculo é a tendência ao agravamento da violência que atinge áreas
urbanas de grande densidade populacional em diferentes regiões do planeta. O • alto interesse científico, histórico e artístico das coleções
aumento da violência contribui para o afastamento da população de locais de • alto interesse histórico e artístico do Palácio e da Quinta
convívio social, gerando, em conseqüência, o abandono e a degradação de espaços • localização sociogeográfica estratégica.
públicos. Na área de São Cristóvão, a multiplicação ao longo do século XX de • compartilhamento do interesse público pelo Parque da Quinta
instalações industriais afetou a antiga rede de atividades sociais que ali existia. A
• tradição no atendimento ao público escolar da cidade e do Estado
partir dos anos 90, no entanto, o bairro vem recuperando suas características como

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 73


Arquitetura: Estudo Preliminar II

Introdução

Os principais pontos programáticos prevalecentes a ressaltar são os seguintes: (1)


máximo respeito possível à integridade histórica e artística do bem tombado que
constitui o Palácio e o seu entorno; (2) máxima exploração do potencial de espaço
disponível no perímetro de propriedade do Museu dentro da Quinta da Boa Vista,
pela extensão das possibilidades expositivas e educacionais da instituição; (3)
incorporação de tecnologia funcional moderna em todas as dimensões estruturais
e complementares da exposição; (4) viabilidade técnica e razoabilidade econômica
das intervenções e recursos previstos no projeto, tendo em vista sobretudo as
dificuldades da captação futura de recursos; (5) evitação de desenvolvimentos
subterrâneos imediatamente abaixo da linha de implantação do prédio, para evitar
ameaças à sua sustentação; (6) melhor equilíbrio possível nas intervenções e
recursos necessários à circulação horizontal e vertical e aos serviços dependentes
de água e esgoto entre as exigências de preservação do prédio e as de
funcionalidade e conforto da exposição.

A proposta de intervenção arquitetônica concentra-se em três módulos:

• Módulo 1: O Palácio
Restaurar o Palácio nas suas características arquitetônicas históricas, porém
viabilizando sua dedicação integral aos fins de divulgação científica e cultural
que a sua missão como museu demanda.

• Módulo 2: O Anexo
Reconstruir o Anexo, expandindo sua área subterrânea, para acomodar os
serviços complementares do museu que não podem ser abrigados no Palácio.

• Módulo 3: O Estacionamento
Fachada principal do Palácio de São C ristóvão: imagem da maquete eletrônica Criar um Estacionamento subterrâneo, sob os jardins frontais do Palácio, para
atender ao público visitante do museu.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 74


Além dos aspectos conceituais científicos e pedagógicos, básicos no delineamento
do PNE, a concepção do projeto arquitetônico também procura atender a outras
duas demandas institucionais: a continuidade das atuais atividades de ensino e
de exposição durante as obras e a implementação do Projeto de transferência das
atividades administrativas e acadêmicas do Palácio para as novas unidades a serem
construídas no Horto Botânico (de autoria do arquiteto Glauco Campello).

Embora a proposta configure um conjunto coerente e todos os seus elementos


contribuam para o atendimento ao programa arquitetônico, o foco em cada um
dos três módulos permite escalonar as obras em etapas, realizando-as por setor, por
exemplo: 1º o Anexo; 2º o Estacionamento; 3º o andar Térreo do Palácio, etc.
Tendo em vista que o PNE prevê intervenções em toda a área do Palácio e Anexo,
esta opção evita a interdição das atuais atividades da instituição durante as obras,
e permite ajustar as suas etapas de execução com as etapas de remanejamento das
atividades para o Horto.

Caso consideremos os aspectos econômicos que envolvem um empreendimento do


porte do PNE, a modularidade traz um benefício adicional, pois dispersa
temporalmente a mobilização e agenciamento dos recursos financeiros necessários
à execução das obras, facilitando, assim, a sua apropriação.

Vista aérea do Complexo Museu Nacional: o Palácio de São Cristóvão, o novo anexo e a torre externa com o elevador de carga

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 75


Vista geral do Complexo Museu Nacional

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 76


Vista geral do Complexo Museu Nacional com planta do 1º piso do Palácio

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 77


Vista geral do Complexo Museu Nacional com plantas do 1º subsolo do Anexo e do Estacionamento

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 78


Módulo 1: O Palácio

Intervenção

Os principais pontos da intervenção arquitetônica no Palácio são: abertas ao público, preservadas em sua identidade, mas integradas ao circuito da
exposição.
• Restauração de todo o Palácio, considerando que as fachadas e os
elementos internos dos blocos frontais do Palácio não devem em hipótese O espaço do 3o pavimento está reservado à exposição permanente de Ciências
alguma sofrer alterações. Naturais. A área de exposição é de aproximadamente 2.900 m². A sala atualmente
ocupada pela diretoria, de forte ornamentação arquitetônica e e destacado valor
• Restaurar as circulações históricas, reabrindo passagens, portas e janelas histórico, permanecerá exposta ao público, mas sem que seu espaço seja utilizado
atualmente bloqueadas. para fins de exposição.

• Realocar os departamentos acadêmicos e o depósito de coleções A opção pela separação em dois circuitos distintos e relativamente autônomos de
atualmente instalados no Palácio em outras unidades, desocupando o prédio exposição permanente, em que cada um deles ocupa um pavimento, procura atender
que passará a ser destinado inteiramente para fins de divulgação científica e a uma série de considerações. Em primeiro lugar, a diversidade e a extensão dos
cultural - no que se atende às diretrizes estabelecidas pelo Seminário Franco- assuntos contemplados pelas coleções e pela exposição do Museu Nacional, que se
Brasileiro de 1995. estende das disciplinas das Ciências Naturais à Antropologia das Culturas e à
memória da Ciência e da História nacionais. Em segundo lugar, constata-se que
• Instalação de uma clarabóia sobre o Pátio da Escadaria. as dimensões de cada um dos pavimentos do Palácio aproximam-se do limite ideal
de área para atender a uma unidade expositiva completa - aquela extensão que
• Construção de uma Torre Externa ao Palácio na área noroeste, dotada de
um visitante consegue percorrer com atenção e interesse antes de atingir a fadiga.
um elevador de carga.
Preferiu-se assim constituir dois circuitos distintos, internamente coerentes, mas
• Concentração de circulação vertical na Ala sul e de banheiros na Ala museograficamente inter-referidos, e permitir que o visitante escolha qual dos
norte do Palácio, resgatando vocação espacial do prédio para a simetria entre circuitos pretende percorrer inicialmente.
seus blocos funcionais - no que se segue princípios sugeridos originalmente
As salas da parte frontal do palácio situadas no 2º andar são as mais carregadas de
pelo arquiteto Glauco Campello em proposta apresentada no Seminário
ornamentos e de referências arquitetônicas à história do Palácio, oferecendo melhor
Técnico de 2000.
locação para as matérias de cultura humana. Já a maior área e o menor
comprometimento histórico determinaram a alocação da exposição de Ciências
• Refrigeração de ar em todas as áreas de uso do público visitante, e alguns
Naturais no 3º pavimento. Quanto ao pé-direito, o do 3º pavimento é ligeiramente
setores técnicos e administrativos.
menor que o do 2º, mas suficientemente elevado (superior a seis metros) para
abrigar grandes peças.

Veja nas páginas seguintes as plantas dos três pisos do Palácio com esta setorização.

Setorização

O 1o pavimento destina-se basicamente a serviços e locais de entretenimento e


convivência para o público, além de abrigar as exposições temporárias. Aí se
encontram o Serviço de Assistência ao Ensino (SAE) e treinamento, e ambientes
associados a estes serviços, como a Centro de Multimeios e o Jardim da Ciência ;
a cafeteria, a loja e a livraria articuladas com as áreas livres do Jardim das Princesas
e do Pátio da Fonte; a exposição sobre a história do Palácio; e o serviço de apoio às
exposições e a ampla área para exposições temporárias (por volta de 900 m²).

O 2o pavimento abriga o Hall de Apresentação geral da exposição permanente e


todo o seu circuito de Cultura Humana. A área de exposição neste piso alcança
cerca de 2.400 m². As salas históricas “do Trono” e “dos Embaixadores” permanecem

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 79


Planta do 1º Piso : 4.908 m2

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 80


Planta do 2º Piso : 3.259 m2

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 81


Planta do 3º Piso : 3.226 m2

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 82


Acessos

Portaria frontal

O acesso principal ao Palácio se dá pela portaria frontal. A entrada no foyer é livre,


acolhendo o visitante recém-chegado em ambiente coberto. Nesta área, dominada
pelo meteorito de Bendegó, que retornará ao seu tradicional posicionamento
central, o recém-chegado pode obter informações sobre o Museu e as exposições,
adquirir seu ingresso e depositar seus pertences no Guarda-Volumes. As roletas de
entrada passam para o limiar entre o foyer e o Pátio da Escadaria.

A partir deste ponto, optou-se por uma polarização dos acessos ao complexo, a fim
de que haja uma distribuição seletiva quanto às atividades:

a) O acesso principal às exposições permanentes será pela escadaria de


mármore, tendo o salão de entrada do 2º andar como hall de apresentação e
orientação do visitante;

b) O acesso direto às exposições temporárias e aos demais serviços do andar


térreo do Palácio, como a cafeteria, lojas e salas de apoio educacional (o
“Jardim da Ciência” e a sala de “Multimeios”) se dará por meio das passagens
laterais à escada de mármore, no 1º andar, alcançando o Pátio da Fonte. Essas
passagens, originais do prédio, encontram-se hoje obstruídas e terão de ser
restabelecidas e restauradas;

Hall de Entrada c) Este último caminho, através do Pátio da Fonte, permite também alcançar os
elevadores (na Ala Sul) que franqueiam acesso aos pavimentos das exposições
permanentes para os que não se dispuserem a vencer o primeiro lance de
escadas.

Portaria lateral norte

Uma segunda portaria na lateral norte do Palácio controlará o trânsito entre o


Palácio e o Anexo e servirá de saída principal dos visitantes.

Além disso, a portaria norte propiciará acesso privilegiado (tanto para entrada
quanto para saída) aos visitantes portadores de necessidades especiais, que poderão
estacionar nas suas imediações. A entrada por esta via permite alcançar diretamente
o interior do Palácio e seus eixos de circulação e elevadores, contornando as
passagens mais dificultosas do acesso frontal (com desníveis de piso e
estreitamentos).

Elevador de carga

Um terceiro acesso ao Palácio se faz através do elevador de carga, situado na Torre


Hall de Entrada com vista do acesso ao Guarda-Volumes Externa que interliga os pavimentos superiores do Palácio e os subsolos do Anexo. Esse
acesso é restrito para fins de serviço relacionados à manutenção das exposições e
transporte de peças entre as áreas de exposição e os laboratórios e oficinas de preparação.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 83


Pátio da Fonte : área de acesso às exposições temporárias.

Pátio da Escadaria : a escada leva os visitantes diretamente ao 2º piso da


Exposição Permanente. À direita, detalhe do acesso ao Pátio da Fonte

Planta do 1º piso : detalhe da coluna de circulação

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 84


Vista da Sala de Multimeios : área de apoio ao ensino situada no 1º piso e
dotada de recursos de informática, videoteca, biblioteca, etc.

Vista do Jardim da Ciência : área de apoio ao ensino destinado ao atendimento de turmas escolares.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 85


PÁTIO DA ESCADARIA (COBERTO)

TORRE

ANEXO

PORTARIA LATERAL NORTE

Vista da Ala Norte do Palácio de São Cristóvão

Vista da Torre Externa (elevador de carga), que


interliga o Anexo ao Palácio.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 86


Vistas da Torre Externa (elevador de carga) que permite o transporte de material de
oficinas e laboratórios do Anexo para o Palácio

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 87


Circulação Vertical

A escadaria de mármore (acesso principal aos circuitos da exposição permanente)


interliga o 1º e o 2º pavimentos e deverá atender a um fluxo predominantemente
ascendente, de visitantes recém-chegados.

A principal Coluna de Circulação vertical do Palácio está situada na Ala Sul


central, onde se concentram três elevadores e um bloco de escadas. No 1º
pavimento, este é também o bloco que abriga o café e o acesso ao Jardim das
Princesas. Nos demais pavimentos, é a partir deste ponto que se inicia (e ao qual
se chega ao completar) o circuito de exposição do andar.

Os elevadores deverão ter, cada um, capacidade de transportar 11 passageiros por


vez, sendo ainda espaçosos o suficiente para permitir a manobra e a acomodação
de visitantes em cadeiras de rodas. O conjunto dos três elevadores (e considerando
a circulação complementar por meio de escadas) deverá atender com conforto os
deslocamentos verticais de uma lotação média de 600 pessoas simultaneamente
Na Ala Sul, a coluna de circulação vertical
circulando pelo Palácio.
inclui elevadores e escada convencional. Os
croquis mostram a coluna no 1º piso, que As escadas propostas, dotadas de estrutura metálica auto-sustentada, buscam
interliga o Pátio da Fonte, o Café, a Loja e o minimizar a intervenção no prédio, exigindo apenas o rasgo parcial dos pisos do 2º
Jardim das Princesas e do 3º pavimentos, sem afetar paredes e vigas nem onerar a estrutura da construção.
Entre o 2º e 3º pavimentos, um mezanino propicia a quebra das escadas em dois
lances (o que facilita vencer o pé-direito superior a 7 metros). Escadas
complementares na ala norte central, e escadas de emergência em ambos os prismas
da ala dos fundos do Palácio completam os acessos de circulação vertical. Além
dessas, preserva-se a atual escada de madeira do torreão norte frontal aberta à
circulação entre o 1º e 2º pisos.

Foi considerada a possibilidade de instalar-se escadas rolantes na Ala Sul como


principal veículo de circulação vertical (em lugar de recorrer ao conjunto de
elevadores). Desistiu-se por questões operacionais, e, principalmente, orçamentárias
- devido ao custo significativamente maior das escadas rolantes (tanto de aquisição
quanto de manutenção) em comparação com o grupo de elevadores.
Vista da loja e da escada convencional a partir da entrada do Café

Vista do café. Vista Jardim das Princesas, com a parte de cima


como área externa do café.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 88


Módulo 2: O Anexo

Intervenção

Propõe-se a total reconstrução do atual Anexo (Pavilhão Alípio de Miranda Ribeiro)


por apresentar problemas estruturais e de contenção insolúveis. A sua reconstrução
permitirá também atender a razões estéticas e funcionais de recomposição de
fachada e melhor acomodação das funções de lazer e serviços. A área total proposta
é maior que a atual, especialmente no 1o subsolo, e será obtida através de um
aumento da extensão subterrânea, sem no entanto alterar o contorno externo,
que permanecerá nos limites atuais. A área total passará de aproximadamente
1.300 m² para 3.000 m². Além disso, propõe-se a construção de uma Torre Externa
de circulação junto ao Palácio para dar suporte a um elevador de carga que faça a
ligação das oficinas com os pavimentos de exposição.

Vista lateral da Ala Sul do Complexo Museu Nacional com o Anexo em primeiro plano

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 89


Setorização

No 1o pavimento de subsolo, a ala leste destina-se ao oferecimento de serviços


conviviais ao público, compreendendo um restaurante (120 lugares) com vista
panorâmica da Quinta, um café e um auditório (180 lugares). A ala oeste abriga
os laboratórios de conservação e montagem, o fotográfico e a oficina de museologia.
O 2o pavimento compreende a administração, vestiários dos funcionários, segurança,
e oficinas gerais (marcenaria, serralharia, etc.). O 3o pavimento constitui-se num
depósito e possível residência de maquinário de climatização/refrigeração.

Os acessos

Os acessos ao Anexo são basicamente quatro, todos situados na Esplanada norte.


O acesso às áreas sociais do 1º pavimento de subsolo - que incluem o restaurante,
o café e o auditório - se dá através de uma escada e um elevador sociais situados
em frente à portaria norte do Palácio.

Mais a oeste, uma escada de serviço permeia os três níveis de subsolo, servindo de
principal acesso aos laboratórios e oficinas. Um elevador de carga atende aos três
subsolos do Anexo e também aos três pavimentos do Palácio, através de uma Torre
Externa, ligada ao 2º e 3º andares do prédio por meio de passarelas. O seu objetivo
é servir ao deslocamento de grandes peças e volumes entre as áreas de exposição
e os laboratórios de conservação, localizados no Anexo. As suas dimensões devem
permitir a manobra das grandes peças, e a sua capacidade deve garantir o transporte
de cargas de até 7 toneladas.

As fachadas

Buscou-se equacionar o caráter funcional da edificação do Anexo com a sua


representação de fachada e o impacto da sua justaposição à fachada do Palácio. A
tradução dos arquétipos do edifício neoclássico através do ritmo e do módulo
retangular, conjugada ao emprego de materiais contemporâneos visa estabelecer
uma harmonia entre o que é futuro e o que é história.

Vistas internas do Anexo : Café (no


alto), Restaurante e Auditório

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 90


Planta do 1º Subsolo : 1.667 m2

Planta do 3º Subsolo : 303 m2 Planta do 2º Subsolo : 782 m2

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 91


Módulo 3: O Estacionamento

Localizado sob o Jardim frontal do Palácio em três pavimentos de subsolo. A


localização escolhida permite que o visitante motorizado contemple a fachada
principal do Palácio logo no momento da chegada. O Jardim, que após as obras
será recomposto em seu aspecto atual, não é original da paisagem imperial, tendo
sido constituído sobre um aterro no começo do século XX e não apresenta, assim,
maiores impedimentos à intervenção.

O Estacionamento comportará aproximadamente 300 vagas para automóveis,


cobrindo uma área total de 10.569 m². Estimando a permanência média dos visitantes
em 2 horas, o Estacionamento suportaria a capacidade de 1.200 veículos/dia.

O acesso dos automóveis se faz pelas laterais fronteiriças do Jardim, através de


rampas que levam os veículos até o 3º pavimentos de subsolo. A partir do
Estacionamento, o acesso de pedestres ao Palácio se dá por uma escadaria que
aflora à superfície da rua no limite do atual Jardim, diante da fachada frontal do
Palácio. Ao emergir do subsolo, o visitante deverá surpreender-se numa posição
privilegiada para contemplar a monumentalidade da fachada histórica.

Deficientes físicos e pessoas com necessidades especiais terão um acesso exclusivo,


podendo entrar de carro pela Esplanada Norte do Palácio, estacionar no pavimento
térreo junto ao prédio, e entrar no museu pela portaria norte (cuja função principal
é servir de saída principal dos visitantes e de acesso entre o Palácio e o Anexo
Norte).

Vistas do Jardim frontal do Palácio com acessos ao estacionamento subterrâneo e clarabóia

Pátio Norte : detalhe do estacionamento e da portaria de


acesso para visitantes com necessidades especiais

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 92


Estacionamento / Planta do 2º Subsolo : 3.526 m2

Estacionamento / Planta do 1º Subsolo : 3.526 m2

Estacionamento / Planta do 3º Subsolo : 3.526 m2

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 93


Refrigeração, Climatização e Ventilação Áreas Beneficiadas com Ventilação Mecânica
No Anexo:
Mecânica
• Áreas Comuns - Circulação;
• Área Técnica - Laboratório (parcial);
• Áreas Administrativas - Oficinas; Sala de Máquinas, Salas de Administração
Os estudos referentes à refrigeração e climatização encontram-se em fase preliminar, / Segurança e Refeitório.
face às recentes definições, envolvendo ETC e comunidade do Museu Nacional,
sobre a conveniência de sua implementação. Deve-se esclarecer a diferenciação
entre dois itens: refrigeração compreende especificamente instalações de conforto Especificação Básica dos Sistemas
térmico ambiental e climatização conjuga temperatura e umidade objetivando a
preservação de acervos. Quanto à ventilação mecânica, as instalações visam renovar A recomendação preliminar é da adoção de uma arquitetura modular, em que o
o ar de ambientes confinados (vestiários, circulação de subsolos e Estacionamento), Sistema de Refrigeração é composto de subsistemas independentes, cada qual
assim como aumentar a renovação em áreas de trabalho sujeitas a particulados em atendendo a um grupo de áreas conjuntas, a serem qualificadas conforme a inter-
suspensão (Laboratório e Oficinas). relação de suas atividades. A subdivisão objetiva dar flexibilidade operacional e
modularidade, permitindo o acompanhamento das etapas de implantação do
empreendimento.

Áreas Beneficiadas com Refrigeração O desenho preliminar da estrutura básica do Sistema de Refrigeração compreende:
uma Central de Água Gelada e conjunto de bombeamento a serem instalados no
No Palácio: 3º subsolo do Anexo; Torres de Arrefecimento em área contígua à Torre de
Circulação (elevador de carga) e ao Anexo, assentadas na cota do 1º subsolo
• Setores Técnicos - SAE (Serviço de Assistência ao Ensino), Jardim da deste; circuitos de circulação de água gelada e água de condensação; e unidades
Ciência, Centro de Multimeios, SEMU (Serviço de Museologia); evaporadoras distribuídas nas dependências do Palácio e Anexo.

• Áreas Administrativas - Bilheteria, Guarda-Volumes e Central de Supervisão A climatização deverá estar restrita ao entorno imediato das peças expostas, através
Predial; da utilização de vitrines especiais equipadas com sistemas individuais e
independentes.
• Áreas Comuns - Hall de entrada, Circulação, Cafeteria, Loja de Souvenires;
Quanto à renovação de ar em áreas não refrigeradas do Anexo e do Estacionamento,
• Áreas de Exposição - Histórico do Palácio; é previsto o uso de sistema de exaustão, composto de ventiladores centrífugos e
rede de dutos, com descarga pelos shafts de ventilação.
• Áreas de Exposição Temporária;

• Áreas de Exposição Permanente. Dimensionamento Básico dos Sistemas


No Anexo: Um Sistema de Refrigeração geral exige do projeto arquitetônico a alocação de
espaços com dimensões significativas. Estudos de carga térmica foram apenas
• Áreas Comuns - Restaurante, Foyer, Café e Auditório;
iniciados. A monitoração de temperatura e umidade em determinados ambientes
• Área Técnica - Laboratório (parcial); no Palácio vem sendo desenvolvida pelo Grupo de Obras do MN, com apoio da
Fundação Vitae. Esse trabalho é feito por sensores eletrônicos interligados a um
• Áreas Administrativas - Salas de Administração / Segurança e Refeitório. microcomputador, com o objetivo de coletar dados que possam subsidiar o
dimensionamento dos Sistemas de Refrigeração e Climatização.
A definição de um Sistema de Climatização que seja adequado à necessidade de
Áreas Beneficiadas com Climatização preservação de acervos exige alguns requisitos extremos, sobretudo confiabilidade.
Soluções tecnológicas importadas existem. Porém, além de caras, a garantia de
No Palácio: sua manutenção futura é incerta. Dessa forma, procurou-se o intercâmbio com
instituições nacionais que vêm implementando sistemas com o mesmo fim, como
• Áreas de Exposição Temporária; os estudos do Prof. Saulo Güths, do Departamento de Engenharia Mecânica da
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), que tem colaborado com a Casa
• Áreas de Exposição Permanente. França-Brasil e com o Museu do Índio.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 94


O Programa Geral • Vestiários de funcionários
• Brigada de incêndio
• Banheiro de funcionários
• Administração Predial / manutenção
Áreas Comuns • Depósito geral
• Hall de entrada • Refeitório de funcionários
• Guarda-volumes • Copa de funcionários
• Guichê de informações • Depósito de lixo
• Banheiros públicos
• Hall de distribuição e convivência (foyer)
Serviços auxiliares
• Circulação vertical
• Subestação de energia
• Bilheteria
• Geradores de energia
• Apoio da bilheteria
• Estação de ar comprimido
• Áreas de descanso do percurso das exposições
• Central de água gelada - climatização

Áreas de Exposição
Áreas de apoios institucional e pedagógico
• Exposições permanentes
• Copa
• Exposições temporárias
• SEMU (Serviço de Museologia)
• Área de preparação para exposições temporárias
• SAE (Serviço de Assistência ao Ensino)
• Exposição sobre o Palácio
• Jardim da Ciência
• Divulgação / marketing
Laboratórios e Oficinas • Banheiro da administração
• Laboratório de conservação e montagem (taxidermia, papel, cerâmica e tela)
• Laboratório fotográfico
Áreas complementares
• Estúdio fotográfico
• Auditório (sl. de imprensa, sl. de tradução simultânea, sl. de projeção)
• Laboratório / oficina de museologia
• Auditório para projeção de vídeos
• Oficina de museologia
• Sala de workshop
• Oficinas gerais (marcenaria, serralheria, etc..)
• Área multimeios (biblioteca, videoteca, computadores e sala de pesquisa)
• Restaurante
Áreas Técnicas • Cozinha do restaurante
• Portaria /acesso de serviço para carga e descarga • Café
• Circulação de emergência (escadas e portas de escape) • Lojas
• Central telefônica • Estacionamento
• Centro Operacional de Controle • Vagas
• Enfermaria • Guarita
• Administração da segurança • Vestiário Funcionários
• Vestiários da segurança • Administração

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 95


Bibliografia

• PEU - Projeto de Estruturação Urbana de São Cristóvão

• Museu Nacional - Quinta da Boa Vista - São Cristóvão / Restauração dos prismas
01 e 02 / Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia

• Do Ontem ao Hoje: do Paço de São Cristóvão ao Museu / Paula Parreiras Horta


Laclette / Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO / Centro de Ciências Humanas
/ Mestrado em Administração de Centros Culturais / Dissertação de Mestrado.

• Relatório Anual do Museu Nacional / 1999 - ISSN 0557-0689 / Divisão gráfica -


SR-4 UFRJ

• Uma análise de freqüência de visitas ao Museu Nacional e suas influências


espacias sob um olhar geográfico. / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trabalho
referente à disciplina Estágio de Campo II / Orientadora: Profª. Drª Ana Maria
Daou / Autores: Marcos Antonio dos Santos Nieling, DRE: 961321808; Marcele
Monteiro de Sousa, DRE: 961325234; Rafael de Morais Felisberto, DRE: 941327931

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 96


Design: Fase I
Setembro 2000 / Agosto 2001

Introdução

No que toca a área de design, a primeira fase - ou Fase 1 - do Projeto da Nova


Exposição (PNE) pode ser dividida em três subfases bastante distintas: a pesquisa
de projetos museográficos, a elaboração de propostas para a museografia, e, de
forma mais intensa, a representação gráfica dessas propostas. No que toca a
representação gráfica, a equipe não procurou apenas uma expressão visual das
propostas e idéias que desejava transmitir, mas, igualmente, uma reprodução que
fosse graficamente marcante e capaz de forjar uma identidade visual para o projeto.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 97


Marca do Projeto da Nova Exposição:
Representação do ‘oroboro’

O ponto de partida para a realização dos trabalhos da equipe de design do Escritório


Técnico-Científico (ETC) foi a criação de uma marca que identificasse o Projeto
da Nova Exposição (PNE) a fim de padronizar todo o material utilizado pelo
escritório tanto nos contatos com a comunidade acadêmica do Museu Nacional
(MN) como para fins de captação de recursos. O objetivo principal era o de garantir
uma percepção pública do projeto que fosse capaz de transmitir a idéia de um
empreendimento que primasse por sua organização e profissionalismo. Os resultados,
bastante satisfatórios, levaram a própria direção do Museu a solicitar ao ETC a
atualização e padronização visual da logomarca da instituição e de sua papelaria.

Por que um oroboro (ou uróboro) para representar o PNE?

Escolhido para representar a proposta da Nova Exposição, o uróboro, que mostra


uma serpente mordendo a própria cauda, simboliza um ciclo de evolução encerrado
nela mesma. Essa representação vai ao encontro do conceito escolhido para a
Nova Exposição, que projeta o Museu Nacional como um museu de síntese, cobrindo
todos os aspectos da evolução da vida na Terra e do desenvolvimento das civilizações
(História Natural e Cultura Humana). O uróboro aparece em quase todas as
civilizações antigas, como na do Antigo Egito, Grécia, e até na civilização Asteca.

De acordo com os doutores Jean Chevalier e Alain Gheerbrant*, “esse símbolo


contém ao mesmo tempo as idéias de movimento, de continuidade, de
autofecundação e, em conseqüência, de eterno retorno”.

Segundo o pesquisador Paulo Urban**, “uma das figuras mais intrigantes do


simbolismo alquímico, presente milenarmente em diversas culturas, é a da cobra
(ou dragão) que morde o próprio rabo e opera, num movimento circular e contínuo,
todo o processo dinâmico e transformador da vida. ‘Meu fim é meu começo’, diz a
cobra nesse ato mágico de devorar-se e cuspir-se, a representar a unidade
indiferenciada da vida e seu caráter divino implícito na perfeição do círculo. À
serpente devorando a própria cauda, os alquimistas chamaram oroboro. Tal palavra
não consta da maioria dos dicionários e, em alguns livros da Grande Obra, aparece
grafada como ouroboros, principalmente na língua inglesa.

Outras fontes, menos comumente, escrevem-na uróboro. Particularmente, prefiro


o termo oroboro, visto não ter sido nunca tão oportuno em nossa língua nomearmos
um símbolo cuja singularidade é a de não ter começo nem fim, por meio de palavra
Oroboro: símbolo do processo dinâmico e tão especial, que pode ser lida de trás para a frente sem prejuízo sequer de sua
transformador da vida pronúncia, transmitindo a idéia de algo que se expressa ciclicamente”.
De cima para baixo: representações
* CHEVALIER, Jean e GHEERBRANT, Alain. Dicionário de Símbolos. 11ª edição - 1997. José Olympio Editora.
encontradas nas culturas antigas de Grécia,
Bênin e Asteca ** URBAN, Paulo. Site www.terra.com.br/planetanaweb, acessado em fevereiro de 2001.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 98


A logomarca do ETC, pedra fundamental dos trabalhos realizados pela equipe de
design para o Projeto da Nova Exposição, exibe uma imagem inspirada na figura
do oroboro, combinada com uma antiga representação simbólica do Sol - como
fonte da sabedoria e centro do universo. A logomarca, assim, representaria o domínio
da técnica e o conhecimento, aliados à idéia de convergência que emerge do fato
de que o PNE reúne profissionais de diferentes áreas.

A cor escolhida inicialmente para o oroboro foi o verde Pantone 3282, que reúne
as características de boa legibilidade, sobriedade e elegância, e procura difundir a
idéia de que a natureza (História Natural) está associada ao nome do escritório,
aplicado em preto, com a fonte Swiss 721 (nas variações Heavy e Regular).

A fonte Swiss 721 foi escolhida por sua ótima legibilidade mesmo em corpos
pequenos de texto, e por ser neutra no que diz respeito ao símbolo do oroboro. A
boa legibilidade do verde Pantone 3282 do símbolo se mantém quando aplicado
sobre fundo preto (com o nome em branco). Mais tarde, na Fase 2 do projeto,
optou-se por não utilizar um sistema tão rígido de cores para o oroboro, pois ele
passou a se integrar melhor com ambos os circuitos de exposição, adotando as
cores deles, ainda que preservando sempre as condições de contraste e visibilidade.

Logomarca do Escritório Técnico-Científico

O oroboro utilizado na marca do Proje to da Nova Exposição

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 99


Papelaria Básica

Depois de criada a logomarca, o passo seguinte foi o desenvolvimento de uma


‘papelaria’ para o ETC (incluindo modelos para papel de carta, cartão de visita,
envelopes, etc.), que permitisse a utilização de impressoras a laser ou jato de tinta,
evitando-se, dessa forma, contratempos com a contratação de serviços fora do
escritório e os altos custos de fotolitos e impressão em gráfica. Outra vantagem
adicional considerada pela equipe foi a possibilidade de acrescentar/substituir -
no corpo de cada um dos itens - logotipos relativos à chegada ou, de outra forma,
ao desligamento de patrocinadores. A papelaria passaria por adaptações de acordo
com as novas demandas do projeto. Os itens relacionados para constituir a papelaria
são: papel timbrado (formato A4), cabeça de fax e cartão de visita (formato 9,5 X
5,5 cm), formando a papelaria básica.

O papel timbrado e a cabeça de fax foram desenvolvidos como modelos de


documento eletrônico (templates) do Microsoft Office, destinados à impressão em
impressora laser. O cartão de visita foi criado em CorelDRAW, projetado para
impressão a jato de tinta colorida em papel especial.

Aplicação da logomarca em papelaria do Museu Nacional : papel timbrado, cartão e cabeça de fax

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 100


Caderno de Apresentação e Flyer
de Divulgação do PNE

O primeiro caderno de apresentação do PNE utilizado na divulgação do projeto


trouxe uma compilação de textos e imagens representativos daquele momento
inicial do projeto, além de um clipping com as reportagens sobre o Museu Nacional
e o PNE publicados em jornais e na Internet. O formato escolhido para o caderno
foi o A4 (21 X 29,7 cm), com impressão colorida em papel especial.

A lâmina (flyer) foi uma peça produzida em gráfica, em papel couché com duas
cores, onde se faz uma breve apresentação do Escritório Técnico-Científico e do
PNE, para distribuição em empresas e eventos.

Cadernos de apresentação do Projeto da Nova Exposição : versão original (à esq.) e a revisada Folheto de divulgação

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 101


Representação dos Primeiros Estudos Para
os Circuitos do PNE

Uma vez definido o conceito básico do projeto, assim como o futuro percurso (os
fluxos de visitação) e os novos Eixos Temáticos deste, a etapa seguinte levou a
equipe à tarefa de buscar o melhor meio de representar graficamente o conceito
da Nova Exposição do Museu Nacional. Os integrantes da equipe, concordando
que seria essencial transmitir uma idéia que combinasse agilidade, exatidão e
clareza, elegeram a computação gráfica como o principal meio de representação
gráfica do projeto. Optou-se, assim, por privilegiar programas (softwares) vetoriais
- ferramentas com amplo potencial na geração de imagens. No entanto, outros
programas de edição de imagens e multimídia também deverão ser empregados,
de forma a refinar a apresentação.

Detalhes do estilo gráfico e do sistema de cores utilizados na elaboração


de ícones e na sinalização dos circuitos da Nova Exposição A Escolha do Estilo Gráfico

A escolha de programas vetoriais como meio a ser empregado na representação


dos conceitos da futura Exposição decorreu da necessidade de se alcançar um
estilo que fosse, ao mesmo tempo, claro e limpo, e que facilitasse a percepção e a
dinâmica do projeto. A escolha prévia de cores e formas, contribuindo para a
definição de um estilo próprio ao projeto e, conseqüentemente, o reconhecimento
de uma identidade por meio da aplicação padronizada e harmônica de seus
elementos gráficos, também mobilizou a equipe.

Swiss 721 Light


ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz Palheta de Cores

1234567890!@#$%&*( )-=+\:;”’,? A escolha de cores de um projeto gráfico não deve (por método) basear-se apenas
em critérios estéticos de ordem pessoal, já que estes quase sempre não se apóiam
em valores objetivos. Mesmo sem a existência de normas técnicas para a sua
Swiss 721 Normal
aplicação, as cores expressam emoções e conceitos que, mesmo subjetivos, são
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz capazes de influir nos estímulos sensoriais humanos. Desse modo, foi gerada uma
1234567890!@#$%&*( )-=+\:;”’,? palheta composta por cores que, por contraste, deverão contribuir para o
delineamento dos elementos e a definição da importância de cada um deles.

Swiss 721 Bold


Alfabeto Institucional
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz
1234567890!@#$%&*( )-=+\:;”’,? A escolha de uma ou mais famílias tipográficas, bem como da diagramação, também
fazem parte do grupo de elementos que compõem a identidade visual de um projeto.
Neste item, a escolha levou em conta a aplicação da identidade visual adotada no
Fontes tipográficas utilizadas na Fase I do Projeto. Escritório Técnico-Científico, cujo alfabeto institucional inclui Swiss 721 e suas
variações (bold, medium, light e italic).

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 102


1
Representação dos “Eixos Temáticos” da
Exposição: Ícones Para as Galerias
2
4

As Imagens

Graficamente, todo método de simbolização, ou de simplificação da forma de uma


3
imagem a fim de torná-la representativa de um conceito, admite, necessariamente,
5
a avaliação dos aspectos culturais e psicológicos inerentes a um projeto - nem
sempre ao alcance do profissional de comunicação visual. Atendendo ao caráter
pedagógico da Nova Exposição, os eixos temáticos, que procuram estimular o
interesse e a compreensão dos visitantes, devem aparecer associados a imagens
que os representem iconograficamente, e que, dessa maneira, os distinga.

6
O Critério de Escolha

Seguindo critérios em acordo com as teorias e descobertas científicas mais recentes,


os tematizadores do Escritório Técnico-Científico selecionaram 16 símbolos para
representar os Eixos Temáticos de ambos os circuitos (História Natural e Cultura
7 Humana).

Segue, abaixo, a lista das imagens selecionadas, acompanhadas dos respectivos


temas que representam nos dois circuitos.

Circuito Universo, Planeta e Vida


8
1. O Big Bang, Origem do Universo e Sistema Solar;
2. O Planeta Terra, Evolução do Planeta Terra;
9 3. A Espiral de DNA, Origem da Vida;

11 4. O Trilobita, Explosão Cambriana e os Invertebrados Marinhos;


5. A Pteridófita, Terra Verde;
6. A Libélula, Artrópodes Terrestres;
7. O Placodermo, Origem dos Vertebrados;
12 8. O Tetrápoda, Diversidade de Amphibia;
9. O Saurópode, Diversidade de Diapsida;

Ícones do Circuito Universo, Planeta e Vida


10. O Archaeopteryx, O Vôo das Aves;
10
11. O Marsupial, Irradiação Adaptativa dos Mamíferos;
12. O Megatério, Quaternário;

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 103


Circuito Cultura Humana:
1
1. O Machado de Pedra, A Evolução Humana e a Cultura;
2. A Escultura Egípcia, Novos Patamares de Complexidade;
3. O Astrolábio, Ciência e Nação;
4. A Bandeira Nacional, A Nação Brasileira.
2
A Simbolização

Durante todo o processo de concepção e escolha dos símbolos, foi aplicada uma
metodologia simples, cujo trabalho apoiou-se, primordialmente, na troca de
informações entre as equipes de conceito e design. A matéria-prima dos debates
foram os esboços gerados a partir de pesquisa realizada sob a orientação da equipe de
conceito. O trabalho de pesquisa serviu, de outra forma, para aumentar o
3
envolvimento da equipe de design com os grandes temas da Exposição - alguns deles
discutidos apenas no meio acadêmico e científico. Esta interação foi fundamental
para a compreensão dos anseios dos coordenadores sobre os aspectos formais e
evocativos das imagens escolhidas.

Entretanto, apesar da constante troca de informações e consultas entre as equipes


envolvidas na tarefa, vale lembrar que o processo de simbolização das imagens
4 selecionadas, sendo estas de caráter puramente científico e pedagógico, exigiu esforço
adicional da Coordenação de Design a fim de evitar simplificações ou mesmo
“estilismos” radicais que pudessem comprometer a identificação dos símbolos.
Evidentemente, a medida em que se ganhava controle da forma, a relação entre
simplificação e identificação se equilibrava para estabelecer o processo cognitivo.
Tal processo é fundamental; é a essência mesmo do Projeto da Nova Exposição.

Conclusão
Ícones do Circuito Cultura Humana
Com o término da padronização das plantas, da aplicação do estilo gráfico e da
escolha e simbolização das imagens, a equipe procedeu, então, a um balanço das
tarefas já realizadas. A exemplo do que acontece em projetos de comunicação, era
preciso, ainda, testar os resultados alcançados, submetendo-os ao público alvo.
Por se tratar de projeto didático-científico, era necessário realizar uma análise dos
resultados que contemplasse não apenas o seu caráter cognitivo, embora este, na
avaliação geral, seja o que mais interfere no processo de “sedução” do público.
Para a equipe, um dos principais desafios foi o de encontrar soluções que atendessem
a um público, em sua maioria, pouco informado sobre assuntos científicos. As
discussões, assim, voltaram a girar em torno do binômio estética/função, em que o
estilo gráfico deve se impor como meio identificador da instituição, sem interferir
no reconhecimento e na compreensão DE QUE? que o público deve apreender.
Apesar de respaldado por base teórica, e da cautela com que o assunto foi tratado,
o ato de criação é sempre um processo intuitivo e emocional em que cada um dos
integrantes da equipe faz uso das informações acumuladas no decorrer da vida
profissional e da experiência adquirida ao longo do projeto. Dessa forma, embora
não seja possível qualificar o material gerado como “definitivo”, os resultados obtidos
atendem, de forma satisfatória, aos requisitos básicos determinados tanto pela equipe
de conceito como pelas demais.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 104


Representação dos Primeiros Ensaios
Museográficos

O presente item trata da aplicação, em pontos estratégicos dos circuitos, dos


conceitos que devem permear todo o PNE (Retroalimentação, Historicidade e
Interdisciplinaridade). Dele constam os primeiros ensaios para a Nova Exposição
segundo a lógica do conceito desenvolvido para a área museográfica. Essa lógica
levou a uma solução em que a visitação tem início no circuito Universo, Planeta e
Vida (História Natural), situado no terceiro piso, seguindo numa espiral até o
primeiro piso, local de transição para o circuito Cultura Humana, onde há acessos
para o jardim interno (com espaço para café ou restaurante) e para o subsolo,
reservado às exposições temporárias. O visitante teria, dessa forma, liberdade de
escolha entre visitar o circuito Cultura Humana ou seguir diretamente para o
jardim interno através de um percurso alternativo sinalizado a partir da entrada
do Museu.

Desenho 1: Vista frontal do Palácio mostrando a passagem Desenho 2: Vista do Pátio da Fonte com a passarela em espiral que
subterrânea situada sob o Hall de Entrada que integra o reforça o simbolismo do ‘oroboro’ e o conceito de retroalimentação
Circuito Cultura Humana (esboço original de Clair Stringer) (esboço original de Clair Stringer)

Desenho 5: Vista superior de uma galeria exibindo detalhe do


fluxo de visitação no interior do Palácio

Desenho 3: Estudo para o “Túnel do Tempo” com representações de Desenho 4: Vista frontal da entrada de uma galeria
fósseis em baixo-relevo na parede lateral-direita do percurso e a
exibição de uma “régua do tempo”

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 105


Desenho 6: Uma das galerias vista de cima seguindo a Desenho 7: Estudo que procura integrar as soluções Desenho 8: Versão para o Túnel do Tempo que procurou
nova proposta de ampliação dos ambientes desenvolvidas nos desenhos anteriores e que mostra área transmitir, a partir da verticalização e ampliação de espaços, a
em recuo destinada a banheiros e bebedouros imagem de “catedral do saber”

Desenho 9: Representação do acesso, por escadas Desenho 10: Vista do Pátio da Fonte com detalhe dos acessos Desenho 11: Vista do subsolo do Pátio da Fonte com o
rolantes, ao 3º piso do Palácio ao subsolo. À direita, a escada convencional; ao fundo, a torre acesso ao Jardim das Princesas
do elevador

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 106


Apresentação do Projeto em Datashow

A primeira apresentação formal do PNE à comunidade do Museu Nacional por


meio de datashow ocorreu em 20 de dezembro de 2000. As imagens selecionadas
foram divididas em módulos, abordando as áreas conceitual, pedagógica,
institucional e museográfica do PNE.

A partir de uma seqüência de imagens, foi mostrado ao corpo técnico-acadêmico


do Museu um estudo do fluxo de visitação da Nova Exposição, desde a entrada do
palácio até o término do percurso, no café do subsolo. Na ocasião, foram exibidos
ainda croquis e plantas-baixas dos três pavimentos do prédio. As plantas traziam
informações sobre os circuitos de visitação e os eixos temáticos da exposição -
indicados por seus respectivos símbolos.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 107


Representação dos Estudos Para os
Circuitos do PNE - 2ª versão

Partindo dos mesmos parâmetros estéticos e simbólicos que guiaram o estudo


precedente, as novas versões para os circuitos do PNE procuraram ajustar a
representação gráfica às modificações de ordem conceitual do projeto. Essas
mudanças tiveram implicações nos circuitos, nas galerias e também na comunicação
da própria imagem do Museu.

Plantas dos novos circuitos de visitação

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 108


2
1 Representação do Túnel do Tempo

Dando prosseguimento às pesquisas sobre forma e função do chamado “Túnel do


Tempo”, foram realizados diversos estudos em croquis a fim de testar algumas das
soluções propostas:

• Régua (escala) do tempo: referência ao tempo geológico ao longo de toda a


extensão do “Túnel”;
3 • Estudo para os portais das galerias e a sinalização destas por meio de painéis
dispostos à esquerda de quem percorre o “Túnel” em ordem cronológica;
• Ilustrações da conformação da deriva continental correspondente a cada um
dos períodos geológicos da Terra (portal das galerias);
• Layouts para painéis ilustrados referentes a cada uma das galerias temáticas.
Os painéis, idealizados para ocupar a parte lateral direita do “Túnel”, devem
4 ser representados sob a forma de dioramas, projeções, backlights e até de
holografias. Essas opções levarão em conta o critério adotado para a
composição dos painéis, seja ele de cunho estético ou didático. No momento
oportuno, as possibilidades técnicas, estruturais e de manutenção dos painéis
serão ponderadas na escolha da melhor alternativa;
• A concepção do “Túnel do Tempo” também levou em conta a previsão de
espaços para dutos reservados à instalação e manutenção de ar-condicionado,
iluminação e cabeamento de terminais multimídia, e a necessidade de
facilitar o acesso a banheiros.
Com a aprovação do estudo em croqui, passou-se para a fase de estudos de cor, e,
posteriormente, à modelagem em maquete eletrônica.

5 6

6
Seqüência de croquis mostrando a evolução dos estudos
para o Túnel do Tempo em que foram observardas as
diretrizes conceituais do projeto

1, 2 e 3 : Estudos iniciais em que os marcos do tempo


eram representados na forma de “costelas” ao longo da
Túnel do Tempo

4, 5 e 6 : Os estudos posteriores procuraram agregar


elementos da arquitetura clássica a fim de evitar um
contraste excessivo com as linhas arquitetônicas do
Palácio e com a sinalização dos marcos de tempo no piso

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 109


7

7,8 e 9 : Estudos de colorização para o Túnel do Tempo

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 110


Exemplos de painéis ilustrados para o Túnel do Tempo :
À esquerda, estudo de composição para a entrada da galeria
referente ao período Pré-Cambriano; abaixo, o painel criado para a
galeria destinada ao período Carbonífero

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 111


1 Representação de Pontos-chaves para
a Nova Exposição

A busca por uma representação dos espaços/galerias planejados para a Nova


Exposição levou à retomada da mesma metodologia de trabalho utilizada durante
a elaboração dos estudos para o “Túnel do Tempo”. As primeiras iniciativas nesse
sentido levaram à realização de croquis com foco em pontos-chaves do projeto
determinados a partir do fluxo de visitação principal. Listados abaixo, os melhores
croquis, utilizados em apresentações sobre o projeto que procuravam simular uma
visita à Nova Exposição, foram colorizados e submetidos à apreciação do escritório.
2
1. Estudo do Hall de entrada do MN, com balcão de informações;
2. Vista do Pátio da Escadaria, com telefones, restabelecendo a passagem
original que leva ao pátio central do palácio (atualmente bloqueada por
banheiros);
3. Croqui do Hall de distribuição do 2º andar, com escadas rolantes;
4. Sala do “Preâmbulo” do circuito Universo, Planeta e Vida: situada no 3º andar,
a sala tem a função de hall de acesso ao referido circuito e ao “Túnel do
Tempo”, e reúne informações sobre os conceitos fundamentais que norteiam a
Nova Exposição, bem como sobre a disposição das galerias no espaço do palácio.
Sua representação gráfica exibe, entre outros equipamentos, um balcão de
informações, sala de vídeo e terminais multimídia;
5. Imagem do “Túnel do Tempo”: o elo de ligação entre as galerias e os circuitos
de visitação do Museu;
6. Sala do “Preâmbulo” da Cultura Humana: situada no 1º andar, a sala marca o
fim do “Túnel do Tempo” e o início do circuito Cultura Humana, tendo sido
concebida nos mesmos moldes da outra sala de acesso ao circuito Universo,
Planeta e Vida;
3 7 e 8. Estudos para a nova galeria do Egito Antigo: estes primeiros estudos de
museografia para uma galeria temática retratam o interior de uma construção
egípcia, com área anexa caracterizada na forma de uma câmara de uma
pirâmide;
9. Vista geral do Pátio da Fonte com balcão de informações, café, elevadores
panorâmicos, fonte central, acesso ao subsolo e escadaria em espiral;
10. Vista geral do subsolo do Pátio da Fonte com seus acessos, áreas destinadas
às exposições temporárias, e o corredor que leva à Ala Oeste do Museu - local
que concentra as atividades de apoio (cinemas, lojas, etc);
11. Estudo de uma espiral da evolução da Terra e do Universo, idealizada para
ser aplicada no início do “Túnel do Tempo”. O estudo procura mostrar a
tentativa do homem de resgatar seu passado. Essa busca, simbolizada pelo
“Túnel do Tempo”, se inicia no Big Bang e termina no presente.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 112


4
7

8
6

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 113


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Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 114


Maquetes Eletrônicas

Durante a realização das maquetes eletrônicas do “Túnel do Tempo” e do Hall de


Abertura, a equipe procurou fazer uso de todas as informações e do detalhamento
presente nos croquis previamente realizados, além de incluir uma melhor
representação da iluminação dos ambientes e a relação de proporções entre visitante/
Túnel do Tempo e Hall de Abertura.

As maquetes incluíram:

• Estudos de iluminação;
• Sugestão de materiais e cores;
• “Réguas do Tempo”: a escala do tempo geológico a ser aplicada como
sinalização e referência para os circuitos;
• Painéis sobre os períodos Cambriano e Carbonífero;
• Primeiros estudos de sinalização / identificação das galerias.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 115


Material de Divulgação para o Projeto
Super Tela

Para apresentar o projeto de cinema 3D (Super Tela), idealizado com o objetivo de


incrementar a entrada de recursos no Museu e torná-lo auto-sustentável, a equipe
desenvolveu uma maquete virtual de acordo com as especificações técnicas
recomendadas para sua implementação. Paralelamente, foi editado um caderno
visando a divulgação do projeto na área de Marketing e Captação de Recursos.

Detalhe da construção da maquete virtual feita para o Cinema 3D

Vistas da maquete virtual mostrando


o interior do cinema 3D

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 116


Representação do Projeto Arquitetônico da
1ª versão / Ala Oeste

Com o desenvolvimento arquitetônico da chamada Ala Oeste, o grupo de


profissionais de design foi convocado a criar uma representação visual para as
áreas previstas naquele setor, que incluíam cinema 3D, simuladores (4D), lojas,
centro de convenções e áreas destinadas às exposições temporárias.

Vista externa do acesso à Ala Oeste sob a fachada posterior do Palácio


Estudos de representação visual do interior da Ala Oeste

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 117


Totem Multimídia

Ao longo da primeira fase do projeto, vários acessórios com potencial de utilização


na futura exposição foram pesquisados pela equipe. Um deles foi um totem munido
com recursos de multimídia. Os estudos em torno do totem, que incluíram variações
de formas e materiais, buscaram alcançar, através do design, uma linguagem visual
própria à Nova Exposição. Além de informativo, o totem também seria usado para
fins didáticos.

Estudos para totem : utilização com fins didáticos

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 118


Material de Divulgação do PNE : CD-ROM

Foram muitos os produtos gerados pela área de design do escritório que se


destinavam à divulgação do projeto. Um dos que mais exigiram a dedicação do
grupo de bolsistas foi o CD-ROM. Recurso técnico da área de multimídia que
reúne, simultaneamente, diversos meios de comunicação (texto, som, imagens
fixas e animadas, etc.), o primeiro CD-ROM sobre o Projeto da Nova Exposição foi
o responsável por um dos períodos de maior sinergia entre as coordenações do
ETC. À área de design coube elaborar as ilustrações, plantas e infográficos -
determinantes para garantir uma interatividade ao mesmo tempo suave, agradável
e eficiente aos que dele viessem a se servir. O material foi utilizado, principalmente,
na divulgação do PNE junto ao CNPq e às comunidades interna e externa do MN.
O trabalho foi concluído com a criação de uma capa e um rótulo para o produto -
um dos registros mais importantes no legado de debates e estudos realizados ao
longo do primeiro ano do projeto.

Capa e contracapa do CD-ROM Multimídia : formato de estojo de DVD

Exemplos de algumas das telas


do CD-ROM: ilustrações,
plantas e infográficos

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 119


Representação em Perspectiva Isométrica
dos Estudos de Setorização

Os desenhos das plantas em perspectiva isométrica serviram para dar uma visão
simplificada do conjunto de intervenções realizadas nos diversos pisos do Museu e
da Ala Oeste. Com o objetivo de garantir uma fácil visualização dos estudos de
setorização do projeto, foram aproveitados para compor a animação em produtos
da área de multimídia.

Desenho esquemático de todos os pisos previstos no projeto.

Seqüência de imagens utilizadas em animação no CD-ROM que mostra


a aplicação do Túnel do Tempo nos três pavimentos do Palácio

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 120


Apresentação do Relatório de Atividades :
Projeto Gráfico

O projeto gráfico escolhido para a apresentação do Relatório de Atividades incluiu,


além dos estudos realizados para ilustrar a cenografia / museografia do PNE, imagens
geradas especialmente para essa peça. Foram criadas planilhas, organogramas e
infográficos de modo a ilustrar e dar maior visibilidade e clareza os assuntos e
temas tratados no relatório, em que a diagramação também procurou valorizar o
vasto conteúdo informativo ali reunido.

Relatório de Atividades : uso de planilhas,


organogramas e infográficos

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 121


Apresentação do PNE em Página Eletrônica

Mesmo não tendo sido concluído, o projeto de criação de uma página eletrônica
contribuiu sobremodo para apontar caminhos para outras demandas encaminhadas
à coordenação. Do ponto de vista prático, esses exercícios estilísticos levaram o
grupo de designers a abrir seus horizontes por meio de novos experimentos que
permitiram alcançar soluções menos conservadoras e com resultados, quase sempre,
mais atraentes.

Layouts de telas para a página


eletrônica do Projeto da Nova
Exposição

Multimídia Sobre Visita ao Museu de


História Natural de Londres

Durante visita à Inglaterra, um dos integrantes da equipe de design realizou amplo


levantamento das principais modificações de ordem museográfica efetuadas
recentemente pelo Museu de História Natural de Londres, bem como das
intervenções arquitetônicas realizadas no edifício-sede da instituição. O bolsista
fotografou a exposição permanente e obteve, com o auxílio da direção do Museu,
material impresso (catálogos, folders, etc.) sobre as principais atividades da
instituição. No seu retorno ao escritório, essa compilação gerou um arquivo
multimídia (slideshow) sobre a visita, com destaque para os detalhes técnicos das
novas soluções arquitetônicas adotadas pelo museu, que, assim como o Palácio da
Quinta da Boa Vista, é considerado um monumento histórico. A pesquisa revelou
ainda algumas peculiaridades do projeto museográfico daquela instituição, como
o emprego de recursos multimídia no apoio à exposição, artefatos interativos do
tipo hands on, recursos cenográficos, iluminação e dioramas mecânicos.
Exemplos de telas do slideshow sobre a
visita de bolsista do ETC ao Museu de
História Natural de Londres

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 122


Design: Fase II
Setembro 2001 / Agosto 2002

Introdução

Nesta nova etapa do projeto, a equipe, já mais experiente e entrosada, preferiu


optar por soluções que permitissem a utilização das informações acumuladas pela
equipe no ano anterior a partir dos resultados obtidos com os exercícios realizados
naquele período. O novo desafio era o de estabelecer paradigmas para o trabalho
de design que levassem em conta a vocação da instituição como difusora de ciências.
Essa percepção levou a equipe a trabalhar para a consolidação das relações do
escritório com o corpo técnico-acadêmico da MN, já que essa colaboração com os
pesquisadores da instituição também seria, de forma indireta, útil para dar maior
visibilidade ao PNE. A partir de setembro de 2002, a equipe de design procurou
oferecer soluções que pudessem expressar graficamente os estudos de arquitetos e
tematizadores em suas apresentações à comunidade interna do MN.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 123


Representação em Plantas dos Trabalhos
de Reconhecimento do Palácio e de seu
Acervo

As plantas de reconhecimento do palácio foram elaboradas após várias visitas ao


edifício para registrar a configuração espacial atual dos setores acadêmicos e das
áreas de exposição permanente. Os mapas indicam como estão divididas as salas,
a disposição dos layouts das vitrines, a localização dos dioramas e peças ícones da
exposição, além de informações técnicas, tais como localização dos extintores de
incêndio, dos quadros de energia elétrica, dos pontos de saída de água, etc.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 124


Apresentação do Documento de
Levantamentos e Diagnósticos

Com o término do trabalho de levantamento das informações necessárias à execução


do Programa Arquitetônico, a equipe de design foi reunida para desenvolver um
projeto gráfico ao mesmo tempo atraente, funcional e que permitisse uma fácil
consulta aos dados contidos no documento. Intitulado Levantamentos e Diagnósticos,
o documento inclui uma ampla avaliação das condições gerais do palácio.

Exemplos de gráficos gerados pela Equipe de Design para


o documento Levantamentos e Diagnósticos

Capa para o Documento de Levantamentos e Diagnósticos.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 125


Apresentações do PNE para a Comissão de
Exposição : Plantas de Setorização

A realização de apresentações regulares sobre o andamento do PNE à Comissão de


Exposição do Museu Nacional impôs à equipe de design uma rotina de constantes
atualizações de plantas, vistas e ilustrações sobre toda e qualquer modificação de
caráter conceitual e/ou arquitetônica do projeto. As apresentações para a Comissão,
que muitas vezes reuniram representantes de outros departamentos da instituição,
tornaram-se fundamentais para as correções de rumo e ajustar o programa que
viria a definir a setorização e a disposição dos circuitos do PNE.

1ª versão das plantas de setorização para os três pisos do


Palácio, utilizadas em debates da Comissão de Exposição

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 126


2ª versão das plantas de setorização e fluxo do Palácio (agosto de 2002)

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 127


Os 3 pisos do novo Anexo - 1ª versão.

2ª versão das plantas de setorização e fluxo do palácio (3º piso) e do Anexo

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 128


Representação em Perspectiva Isométrica:
Museu e Anexo

Os desenhos e plantas em perspectiva isométrica, que facilitam a visão do conjunto


de intervenções propostas para o Museu e o Anexo, continuaram, a exemplo do
que ocorreu ao longo dos primeiros doze meses de projeto, a ocupar parte
significativa da agenda de trabalho dos profissionais de design do ETC. No decorrer
do período de preparo do Estudo Preliminar II, esses desenhos e plantas ganharam
em sofisticação, sendo também utilizados no CD-ROM produzido para a área de
Marketing.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 129


Representação de Proposta Museográfica
Para a Nova Exposição: Palheta de cores

Esta palheta de cores foi criada para facilitar o reconhecimento dos circuitos de
visitação e a distribuição destes pelos pisos do palácio. A decisão de criar a palheta
veio imediatamente após a definição dos novos circuitos para a exposição
permanente - em ação que marcou o início dos trabalhos visando a definição de
uma nova proposta museográfica.

Cores de base (paredes do Museu e suportes para a sinalização): Pantone


4545 C (bege claro); Pantone Black

Cores dos Circuitos (2º e 3º pisos): Pantone 3292 C (verde musgo)- Universo,
Planeta e Vida; Pantone 1675 C (vermelho telha)- Cultura Humana

Cor para sinalização da área das exposições temporárias (1º piso) e sinalização
de áreas comuns do Museu*: Pantone 3025 C (azul petróleo)

Abaixo estão listadas as fontes tipográficas utilizadas na Fase II do projeto:

Humanist 777 Normal

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz
1234567890!@#$%&*( )-=+\:;”’,?

Humanist 777 Bold

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz
1234567890!@#$%&*( )-=+\:;”’,?

Humanist 777 Black

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz
1234567890!@#$%&*( )-=+\:;”’,?

Adobe® Jenson® Regular

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz
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Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 130


Maquete do Hall de Distribuição

Produzida com materiais diversos, a maquete em escala do Hall de Distribuição


foi construída para auxiliar os projetos arquitetônico e museográfico. Sua parede
frontal destacável permitiu à equipe ter uma melhor percepção do espaço,
facilitando ainda a manipulação de modelos necessários ao ensaio museográfico.

Maquete do Hall de Distribuição :


produzida em escala 1:30

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 131


Representação Simbólica dos Circuitos
da Exposição

O Projeto da Nova Exposição prevê a implantação dos circuitos de História Natural


e de Cultura Humana em andares distintos do Museu. Cada um dos andares terá
uma sinalização em acordo com a escala cromática descrita no item Palheta de
Cores. Para identificar os circuitos e suas respectivas cores, foram criados símbolos
espiralados, específicos para cada uma das exposições.

A espiral foi apresentada sob duas formas, ambas simbolizando os circuitos por
meio de conceitos previamente definidos:
Estudos de símbolos

• No circuito de História Natural, intitulado Universo, Planeta e Vida, a opção


escolhida para a espiral foi a de uma forma com expressão orgânica, que tanto
pode remeter ao interior de uma galáxia como a uma voluta na parte externa
da concha de um molusco.

• No caso do circuito da Cultura Humana, a escolha recaiu sobre a imagem de


uma espiral geometrizada baseada em grafismos indígenas, que transmite a
idéia da presença e da intervenção humanas.

Esses dois conjuntos de “grafismo e cor”, uma vez aplicados de forma decorativa
como suportes para a sinalização dos circuitos, deverão se transformar numa das
principais marcas do PNE ao enfatizarem a temática de cada uma das exposições.

Para o setor de Exposições Temporárias, a idéia é utilizar uma representação de


uma ampulheta.

Estudos dos símbolos com Símbolos escolhidos para ilustrar os circuitos


cores e tipologias

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 132


Estudos de aplicação da palheta de cores e
símbolos em painéis ilustrados com fotos

Estudos de aplicação da plaheta de


cores e símbolos em placas e totens

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 133


Representação dos Blocos Temáticos
da Nova Exposição

Embora os circuitos de História Natural e de Cultura Humana estejam localizados


em pisos distintos do palácio, suas configurações temáticas - que visam facilitar a
associação e a compreensão dos circuitos pelo visitante - são idênticas. O projeto
prevê que os circuitos serão montados a partir de quatro blocos temáticos: Origens,
Diversidade, Transformações e Relações. Estes temas deverão aparecer com
freqüência na Nova Exposição de forma a guiar o visitante por meio de associações
entre diferentes áreas dos circuitos. Cada um dos blocos temáticos será representado
por um ícone - permitindo uma rápida “leitura” tanto de painéis como de etiquetas
de identificação das peças expostas. Os ícones foram desenvolvidos dentro de um
mesmo estilo gráfico a partir das formas de uma espiral, já bastante disseminada
como símbolo universal do conceito de Origem. Em Diversidade, ganhou a
representação de “explosão” estilizada. No bloco relativo a Transformações, sugere
o movimento de uma forma que se transforma em outra. Por último, em Relações,
é apresentada como dois grupos de formas que interagem. Os ícones terão a cor
correspondente a cada um dos circuitos - como mostram os estudos de aplicação.

Evolução dos estudos para a Ícones escolhidos para os Blocos Temáticos


escolha dos ícones

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 134


Estudos de aplicação dos ícones em placas sinalizadoras
criadas para a Nova Exposição

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 135


1 Representação do Interior do Museu no
PNE - Estudos de Arquitetura e Museografia

A equipe de design trabalhou na elaboração de estudos de espaços considerados


pontos-chaves do Projeto da Nova Exposição. Posteriormente , esses esboços foram
colorizados através de computação gráfica. Essas perspectivas de setores do Museu
Nacional mostram inovações como cafés e lojas, e a recuperação de algumas das
características originais do palácio, a exemplo da passagem ligando o vão da
escadaria para o pátio central. Algumas das idéias desenvolvidas na primeira fase
2 do projeto também foram aproveitadas, ora atribuindo, ora resgatando o que seria
a vocação natural desses espaços.

Os pontos-chaves são:

1. Hall de Entrada: exibe o meteorito Bendegó ao centro, e roletas eletrônicas sob


os portais de acesso ao pátio da escadaria.

2. Nova Bilheteria/Guarda-volumes: situado nas salas adjacentes ao hall de entrada.

3. Pátio da Escadaria : reabertura do acesso ao pátio central e cobertura, em vidro,


de proteção contra intempéries.
3 4. Hall de Distribuição (sala atual do Megatério): esta sala do 2º andar, que é
muito alongada, deverá ser dividida em três ambientes a fim de facilitar o fluxo de
visitação.

5. Pátio da Fonte: apresentação dos acessos às áreas reservadas às Exposições


Temporárias, situadas no bloco oeste do palácio.

6. Jardim das Princesas: reabertura e integração às demais áreas do palácio


franqueadas ao público.

7. Hall dos Elevadores: equipado com loja e café, além da integração com o Jardim
das Princesas e com o pátio central.

8. Café: situado entre o Pátio da Fonte e o Jardim das Princesas, próximo à loja.

9. Jardim da Ciência: para uso do SAE (Serviço de Atendimento ao Ensino).

10. Sala Multimeios: espaço com terminais multimídia, videoteca e biblioteca.

11. Café do 1º piso do Anexo com vista para o parque, próximo ao restaurante e
ao auditório.

12. Restaurante do Anexo.

13. Auditório.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 136


4a

4c

4b

Estudos para o Hall de Distribuição, dividido em três áreas :

4a) Entrada com megatério no centro do ambiente.


4b) À direita do megatério, o visitante encontra um balcão de informações.
4c) À esquerda do megatério, duas divisórias marcam a passagem para uma área
de conceitos gerais sobre a Nova Exposição, onde um display no centro da sala
apresenta a escala do tempo do Big Bang aos dias de hoje.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 137


6
7
5

9 10

11 12 13

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 138


Material de Divulgação do PNE:
Kit Multimídia

Este kit - folders e CD-ROM - foi produzido pela equipe com o objetivo de divulgar
de forma ampla para o público externo - incluindo os meios de comunicação - as
iniciativas tomadas pelo Museu para conscientizar a sociedade da importância da
instituição e do abandono em que se encontram suas exposições. O material
apresenta o trabalho desenvolvido pelo PNE para recuperar o Museu, suas coleções
e a parte relativa à visitação pública. Conceitos e propostas são expostos de forma
a encorajar potenciais patrocinadores do setor privado e instituições públicas de
fomento a participar do projeto de revitalização em curso na instituição.

Exemplos de algumas das telas


do CD-ROM

Kit multimídia : folders e CD-ROM

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 139


Projeto Gráfico do Relatório de Atividades
do 2º ano

Para definir o formato do Relatório Final de Atividades, um requisito do CNPq, a


equipe sugeriu a produção de três volumes, destinados a cobrir as principais áreas
de trabalho do Escritório Técnico-Científico: Administração, Conceito e
Arquitetura & Design. Os dois primeiros foram editados em formato A4; o de
Arquitetura & Design, em A3.

Relatório de Atividades : três cores e dois formatos

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 140


Material de Divulgação de Projetos
Institucionais do MN

Paralelamente ao Projeto da Nova Exposição, o ETC participou de uma série de


projetos institucionais do MN em conseqüência da carência de profissionais
capacitados para a utilização da imagem da instituição como ferramenta de
marketing. Constantemente solicitada a elaborar projetos gráficos, layouts,
logomarcas, etc., a equipe de design desenvolveu as seguintes peças para atender
às demandas que chegaram ao escritório no período :

Painéis Informativos para a Exposição Comemorativa dos 80 Anos


da UFRJ

Por ocasião da Exposição Comemorativa dos 80 anos da UFRJ (em outubro de


2000), a equipe de design foi mobilizada para a tarefa de concepção e produção de
painéis (banners) em formato pré-estabelecido pelos organizadores da exposição.
Os painéis, com informações sobre o PNE, o Museu Nacional e seus departamentos,
foram exibidos no estande reservado ao Museu no Campus da UFRJ.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 141


Folders para o Serviço de Assistência ao Ensino (SAE)

Outro setor do Museu atendido pelo escritório foi o SAE - Serviço de Assistência
ao Ensino. A equipe de design, juntamente com os profissionais da área de redação,
trabalhou na atualização dos folhetos informativos de suporte ao conhecimento
científico e cultural, distribuídos aos escolares da rede pública e particular que
visitam a instituição.

Trabalho em colaboração com o SAE :


atualização de folhetos informativos

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 142


Nova Logomarca para o Museu Nacional

Redesenho e aplicação gráfica da logomarca do Museu Nacional, juntamente com


a criação de um pequeno manual para sua aplicação e o desenvolvimento de sua
papelaria institucional. Desde a criação do novo logomarca, ainda no primeiro
ano de projeto, várias versões haviam sido desenvolvidas e continuavam em uso
nos diversos departamentos que compõem o Museu. A tarefa de padronização das
imagens era essencial para fortalecer a imagem da instituição para o público externo.

Antes: versões da logomarca utilizadas simultaneamente pela direção e departamentos


do Museu, todas com problemas de visualização, seja por excesso de detalhes que se
misturam em reduções do desenho (à esq.), seja por se tratar de desenho pouco
elaborado e com erros de proporção do Palácio

Depois: adoção de uma logomarca única composta pelo símbolo do Palácio projetado para
suportar reduções sem perder sua legibilidade. A imagem do prédio é acompanhada pelo
nome da instituição - Museu Nacional - e complemento - Rio de Janeiro - que marca sua
localização

Acima, a versão em preto-e-branco para faxes, impressão a laser comum, página de jornal em
preto-e-branco, etc. À esquerda, versão com a cor institucional, escolhida com o objetivo de
dar uma assinatura visual marcante à instituição

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 143


Manual de identidade visual distribuído para a comunidade do Museu Nacional

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 144


Papelaria básica institucional : papel timbrado, envelope e cartão de visita

Outros itens da papelaria institucional : folha de fax, guias de controle interno, memorandos, etc.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 145


Aplicação de Identidade Visual em Peças Gráficas

Ao longo do segundo ano de projeto, o escritório atendeu a solicitações de diversos


setores do Museu, incluindo a direção. A lista de peças abaixo procura resumir a
variedade de itens produzidos pelo grupo de bolsistas responsáveis pela área design
no ETC. Essas peças serviram para comprovar a importância e a finalidade de uma
identidade visual em empreendimentos deste porte, bem como de projetos gráficos
bem definidos.

• Cartazes para o Departamento de Entomologia


• Anúncios diversos
• Convites diversos
• Cartões de Natal

Publicidade na Imprensa (Jornal de Bairro / O Globo) • Folder para o Programa de Pós-Graduação em Zoologia

Cartão de Natal

Convites promocionais

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 146


Folder desenvolvido para o Programa de Pós-Graduação em Zoologia, seguindo os moldes
do projeto gráfico escolhido para a divulgação do Projeto da Nova Exposição

Cartazes para o Setor de Entomologia

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 147


Renovação da Sala de Antropologia Biológica / Exposição
Permanente

Mesmo com as limitações impostas por ordem das dificuldades de se obter recursos
para testar os produtos elaborados pelo escritório, o Projeto de Renovação da Sala
de Antropologia Biológica representou, para a equipe do ETC, o primeiro ensaio
museográfico dentro do PNE. O projeto permitiu testar uma metodologia de
trabalho em que se procurou ajustar as demandas segundo as habilidades de cada
integrante da equipe. O resultado do exercício foi considerado bastante satisfatório
em avaliação interna feita pelo ETC, angariando prestígio para o escritório junto
ao corpo técnico-científico do Museu Nacional. A seguir, alguns dos principais
itens de que se ocupou o escritório durante a execução do projeto.

• Projeto do interior das vitrines


• Maquete da sala
• Layout das ilustrações
• Totem central com crânio humano e mapas de migrações
• Painel “Árvore da Evolução Humana”

Design das vitrines

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 148


Maquete das vitrines. Da direita para a esquerda: 1ª) Australopithecus e Habilis; 2ª) Erectus e Ergaster; 3ª) Sapiens arcaico; 4ª) Sapiens moderno.

Maquete da sala de Antropologia Biológica :


vitrines, painel da Árvore da Evolução Humana
(em transparência, entre as vitrines) e o crânio
do Homo sapiens (no centro da sala)

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 149


Modernização do hall de entrada

Orientada pela Coordenação Administrativa, responsável pelo lançamento de um


projeto para a modernização da área de acesso e bilhetagem do Museu, a equipe
de designers do ETC iniciou um trabalho de criação de plantas e croquis
demonstrativos da nova distribuição dos espaços no hall de entrada do MN. Também
foram desenvolvidos modelos de cartão de ingresso para substituir os tradicionais,
impressos em papel timbrado, e uma coleção de cards, para venda na bilheteria ou
destinados a brindes.

Acesso às Exposições
Exposições Temporárias Temporárias: entrada e
saída pelas portas laterais Pátio da escadaria Auditório
do pátio da escadaria. Porta de vidro
Espaço para programação fechada neste
visual nas paredes (a lado
exemplo da expo “Lonas e
Bandeiras”)
Portas fechadas

Estante

Armários
Bilheteria/
Guarda-volumes

BENDEGÓ Balcão-estante

Piso elevado p/ vencer o


desnível para o pátio da
escadaria e p/ ocultar o Espaço para formação Acesso Restrito
cabeamento das roletas de filas (cordão de isolamento)
eletrônicas
Acesso livre à sala
do Bendegó

Em laranja: lugares
possíveis para painéis e
tótens sobre exposições
e projetos do MN,
Terminais de Bancos patrocinadores etc

Características:
Hall: 14 X 8,78 m Entrada
Desnível total dos degraus (para as salas do Bendegó e hall do auditório): 0,47 m
Desnível do hall p/ o pátio da escadaria: 0,21 m Obs.:
Desnível da sala do Bendegó p/ a sala de Expo. temporária: 0,21 m Pessoas com Necessidades Especiais: entrada pela Ala Norte
Altura do balcão de informações: 1,05 m (Restaurante), onde há o elevador.
Pontos de luz: 3, alinhados no eixo central do hall (verificar adaptação de banheiro)
Bendegó: 2,15 X 1,25 X 0,90 m
Altura do bendegó c/ pedestal atual: 1,58 m

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 150


Estudo para cartões magnéticos de ingresso : espaço para
logomarca de patrocinador no verso (simulação)

Coleção de cards ilustrados com itens do acervo do Museu Nacional

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 151


Painéis Informativos para o 13º Encontro Trienal do ICOM-CC

Por ocasião da realização do 13º Encontro Trienal do ICOM (International Council


of Museums), o setor de design do escritório voltou a produzir novos painéis, no
formato de banners, utilizados para divulgar o PNE e as atividades do ETC e do
Museu Nacional para a comunidade internacional de museus.

Arquitetura e Design - Relatório de Atividades 152

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