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que é, como surgiu e qual é o futuro previsto da Internet. Nesta aula, vamos
ver o que é a Internet.
Vamos ver o porque para isso. E como tudo começou e evoluiu até chegar onde
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A Brief History of the Internet foi escrita por Barry M. Leiner, Vinton G.
Cerf, David D. Clark, Robert E. Kahn, Leonard Kleinrock, Daniel C. Lynch, Jon
Postel, Larry G. Roberts e Stephen Wolff. A tradução foi nossa (precisamos
"colonizar" a Internet em português!). O texto é longo, detalhado, mas é uma
pérola neste mar de conhecimento que é a Internet! Vejam abaixo.
Ah, e para quem quiser saber quando a Internet chegou ao Brasil, a melhor
explicação pode ser encontrada no histórico da RNP, nossa Rede Nacional de
Pesquisa, ok?
Introdução
A origem da Internet
Os conceitos iniciais da Internet
O teste das idéias
A transição para a infra-estrutura aberta
O papel da documentação
A formação da comunidade
A comercialização da tecnologia
A história do futuro
Introdução
A Internet tem revolucionado o mundo dos computadores e das comunicações
como nenhuma invenção foi capaz de fazer antes. A invenção do telégrafo,
telefone, rádio e computador prepararam o terreno para esta nunca antes
havida integração de capacidades. A Internet é, de uma vez e ao mesmo tempo,
um mecanismo de disseminação da informação e divulgação mundial e um meio
para colaboração e interação entre indivíduos e seus computadores,
independentemente de suas localizações geográficas.
A origem da Internet
Os primeiros registros de interações sociais que poderiam ser realizadas
através de redes foi uma série de memorandos escritos por J.C.R. Licklider, do
MIT - Massachussets Institute of Technology, em agosto de 1962, discutindo
o conceito da "Rede Galáxica". Ele previa vários computadores interconectados
globalmente, pelo meio dos quais todos poderiam acessar dados e programas de
qualquer local rapidamente. Em essência, o conceito foi muito parecido com a
Internet de hoje. Licklider foi o primeiro gerente do programa de pesquisa de
computador do DARPA, começando em outubro de 1962. Enquanto trabalhando
neste projeto, ele convenceu seus sucessores Ivan Sutherland, Bob Taylor e
Lawrence G. Roberts da importância do conceito de redes computadorizadas.
O protocolo TCP/IP tinha sido adotado como padrão de defesa três anos antes,
em 1980. Tal fato levou diretamente à eventual divisão entre comunidades
militar e não militar. Em 1983, ARPANET estava sendo usada por um número
significante de organizações de pesquisa e desenvolvimento e de operações da
defesa. A transição da ARPANET do protocolo NCP para o protocolo TCP/IP
permitiu a divisão entre a MILNET, que passou a suportar os requisitos
operacionais, e a ARPANET, que passou a suportar as necessidades de pesquisa.
Tal foi o peso do ecumenismo e dos recursos da NSFNET (US$ 200 milhões
entre 1986 e 1995) e a qualidade dos protocolos, que em 1990, quando a
ARPANET foi desautorizada, TCP/IP tinha suplantado e marginalizado os
demais protocolos de rede, e IP estava também se tornando o serviço de
sustentação da infra-estrutura da informação global.
O papel da documentação
A chave para o rápido crescimento da Internet tem sido o livre e aberto acesso
aos documentos básicos, especialmente as especificações dos protocolos.
O efeito dos RFCs foi criar um círculo positivo de retornos, com idéias e
propostas apresentadas em um RFC gerando outro RFC com mais idéias, e daí
por diante. Quando algum consenso (ou pelo menos uma série consistente de
idéias) era atingido, um documento com as especificações era então preparado.
Estas especificações seriam então usadas como base para implementações
pelas várias equipes de pesquisa.
O uso de listas de discussão especializados tem por muito tempo sido usado no
desenvolvimento das especificações de protocolo e continua a ser uma
ferramente importante. O IETF tem agora mais de 75 grupos de trabalho, cada
um trabalhando num aspecto diferente da engenharia da Internet. Cada um
desses grupos tem uma lista de discussão para trocar idéias sobre documentos
em desenvolvimento. Quando o consenso é atingido num rascunho, o documento
é então distribuído como um RFC.
Como o rápido crescimento da Internet é acelerado pelo entendimento da sua
capacidade de promover o compartilhamento de informações, nós deveríamos
entender que o primeiro papel da rede foi permitir o compartilhamento da
informação sobre seu próprio desenho e operação através dos RFC. Este
método único para a evolução de novas capacidades da rede continuará a ser
crítico na evolução futura da Internet.
A formação da comunidade
A Internet representa tanto uma coleção de comunidades como uma coleção de
tecnologias, e seu sucesso é largamente atribuído à satisfação das
necessidades básicas da comunidade e à utilização efetiva da comunidade na
expansão da sua infra-estrutura. O espírito da comunidade tem uma longa
história, começando com a ARPANET. Os pesquisadores da antiga ARPANET
trabalharam numa comunidade fechada para conseguirem fazer as
demonstrações iniciais da tecnologia de transferência de pacotes descrita
anteriormente. Da mesma forma, vários outros programas de pesquisa da
ciência da computação promovidos pela DARPA (Packet Satellite, Packet Radio
e outros) foram fruto de atividades cooperadas que usavam pesadamente
qualquer mecanismo disponível para coordenar seus esforços, começando com o
correio eletrônico e acrescentando compartilhamento de arquivos, acesso
remoto e WWW. Cada um dos programas formou um grupo de trabalho,
começando com o Grupo de Trabalho de Rede da ARPANET. Por conta do papel
da ARPANET na infra-estrutura de suporte a vários programas de pesquisa, e
com a evolução da Internet, o Grupo de Trabalho de Rede se tornou o Grupo de
Trabalho da Internet.
A Internet tem mudado muito nestas duas décadas desde o seu nascimento. Ela
nasceu numa era de time-sharing, mas sobreviveu numa era de PCs, cliente-
servidor e computadores em rede. A Internet foi desenhada antes das LANs
existirem, mas tem acomodado a nova tecnologia de rede e os servicos de ATM e
frame switch. Foi planejada para suportar uma série de funções, desde
compartilhamento de arquivos e logins remotos até a participação e colaboração
de recursos, e gerou o correio eletrônico e a Web. Mas, mais importante, a
Internet foi iniciada como a criação de poucos e dedicados pesquisadores e tem
crescido a ponto de se tornar um sucesso comercial com bilhões de dólares de
investimento anual.
Mas a Internet ainda está mudando. Apesar de ter a rede em nome e em termos
geográficos, a Internet é uma criatura do computador e não uma rede tradicional
de telefone ou de televisão. E, portanto, continuará a mudar e a evoluir na
velocidade da indústria dos computadores, se é para permanecer relevante. A
Internet está agora mudando para prover novos serviços como transporte real
time, para que possa suportar, por exemplo, transmissões de áudio e vídeo. A
disponibilidade da penetrante Internet, lado a lado com computadores mais
baratos e portáteis (laptop, two-way pagers, PDAs, telefones celulares) e
comunicações de baixo custo está tornando possível um novo paradigma
intinerante da computação e das comunicações.
Esta evolução nos trará novas aplicações como o telefone via Internet e, um
pouco depois, a televisão via Internet. A Internet está evoluindo para permitir
mais sofisticadas formas de preços e recuperação de custos, um talvez dolorido
requerimento neste mundo comercial. A Internet está mudando para acomodar
ainda outra geração de tecnologias básicas de rede com características e
requisitos diferentes, de acesso residencial de alta velocidade a satélites. Novos
modos de acesso e novas formas de serviço gerarão novas aplicações que, por sua
vez, expandirão ainda mais a Internet.
Fonte: "A Brief History of the Internet", escrita por Barry M. Leiner,
Vinton G. Cerf, David D. Clark, Robert E. Kahn, Leonard Kleinrock, Daniel
C. Lynch, Jon Postel, Larry G. Roberts, Stephen Wolff.
Segundo Vint Cerf, um dos pais da Internet e líder do time de cientistas que
estão definindo a arquitetura da InterPlaNet, o projeto não é ousado demais. "As
pessoas pensavam que o modelo de troca de pacotes (modelo tecnológico
totalmente inovador implantado com a Internet) era louco. O tempo para pensar
e planejar essas coisas (a InterPlaNet) é agora, porque nós sabemos por
experiência que tomam 20 ou 30 anos para se desenvolver". Adrian Hooke,
gerente do programa de padronização de operações de misões espaciais da
NASA no Jet Propulsion Laboratory e co-líder no projeto da InterPlaNet
acredita que "as analogias são muito fortes" entre as funções da Internet com
como a InterPlaNet funcionará no sistema solar. "Nós temos uma versão para o
espaço do protocolo TCP/IP que podemos entrar e sair agora mesmo".
À medida em que o espaço se torna cada vez mais ocupado com redes de satélites
e naves, os controladores das missões precisarão de um melhor meio de
coordenação de comunicação e de pesquisa. O problema é que o espaço, ao
contrário da Terra (que é conectada através de fibra - transmissão de fibra tem
mínimo erro e atraso e permite conectividade em tempo real), apresenta grandes
atrasos, entre segundos e horas, o que limita os contatos com as naves (os links
vão e vem, são interrompidos, etc.).
Então por que extender a Internet terrestre, que goza de alta banda e mínimos
atrasos, com o espaço, que hoje tem pequena banda e grandes atrasos? Simples:
para encorajar os mercados de tecnologia da Terra a ajudar. "Novos mercados
emergentes - satélites, wireless e redes específicas - não dispóem hoje de um
mercado forte", diz Hooke, "mas serão eles, com suas tecnologias emergentes,
que liderarão a Internet do espaço. Nós temos que ter empurrá-los conosco. Se
formos cuidadosos, poderemos trabalhar com mercados de ponta da comunidade
Internet e desenvolver um conjunto de capacidades comuns e unificadas - e todo
mundo ganha".
"Quanto mais cresce a velocidade dos sistemas terrestres", lembra Cerf, "o
atraso relativo devido à velocidade da luz aumenta. Os métodos que nós usamos
para fazer longas viagens interplanetárias podem também ser aplicados para
sistemas de super-velocidade na Terra". E o desenvolvimento de tecnologias do
espaço que são compatíveis com a tecnologia na Terra tem o bônus extra de
baratear as missões espaciais, já que os satélites de comunicações poderão ser
usados para ambos os fins.
Cerf prevê alguns cenários para 2008 quando diz que "em
2008, esperamos ter sete satélites em órbita ao redor de
Marte. Eles servirão como relays para o componente
interplanetário da InterPlaNet. Em 2018, naves conduzidas e
satélites poderão estar na órbita de Marte e, em 2030,
missões humanas poderão já ter estabelecido algumas
estações planetárias". Dr. Cerf acredita que estaremos
colonizando o espaço apenas no século XXII.
Fantástico, não é mesmo? Respire fundo e pense em tudo de novo que ainda há
por vir com a Internet! E, antes que as previsões do futuro se tornem reais, é
melhor entendermos já os termos que são usados hoje na Internet. É hora de
darmos uma olhada na nossa Aula 14 - Dicionário Internet!