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DR 4 REDES E TÉCNOLOGIAS
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JOSÉ CARVALHO
CURSO 2009/2011 Fotovoltaicos/002
4/12/2010
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Muito antes da humanidade conseguir utilizar a eletricidade
em seus inventos, já haviam formas de se transmitir
mensagens à distância de forma instantânea. Talvez a mais
antiga seja a comunicação por sinais de fumaça.
Provavelmente as primeiras pessoas que resolveram usar este
método para se comunicar precisaram entrar em um acordo
sobre o que cada seqüência ou formato de fumaça iria
significar. Afinal, não podemos utilizar a fala e nem a escrita
na fumaça. Precisamos criar uma linguagem nova se
quisermos nos comunicar utilizando este meio. Talvez uma
fumaça fina possa significar "Somos aliados da mesma tribo.
Não precisa nos atacar.", uma fumaça fragmentada em várias
nuvens possa ser usada para transmitir "Invasores se
aproximam e estão em nosso campo de visão." e qualquer
outro padrão diferente signifique que a pessoa não sabe usar
os sinais da tribo e portanto deve ser um estrangeiro.
Durante a antigüidade sinais que envolviam sinais de fumaça e
também acender ou apagar tochas foram muito comuns em
diversas civilizações. No século IV a.C., Roma utilizou
telégrafos hidráulicos para trocar informações entre a Sicília e
Cartago. O telégrafo funcionava assim: haviam dois
reservatórios de água idênticos separados por uma longa
distância. Dentro de cada um deles, havia um bastão vertical
que flutuava na água. Quando alguém queria enviar alguma
mensagem, era preciso acender uma tocha. Quando a outra
pessoa percebia a tocha acesa, ela também acendia a sua
tocha. Neste momento, ambos removiam uma tampa na parte
de baixo do reservatório e isso fazia o seu nível de água
diminuir. Quando o transmissor da mensagem apagava sua
tocha, a tampa inferior do reservatório era recolocada e o nível
da água resultante representava uma mensagem específica.
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Telégrafo Óptico criado por Claude Chappe

A próxima grande revolução das tecnologias de rede


ocorreram no ano de 1792. Naquela época, o engenheiro
francês Claude Chappe e seu irmão criaram um novo sistema
de comunicação. Eles descobriram que à longa distância era
mais fácil identificar o ângulo de um bastão do que a presença
ou ausência de uma tocha ou de uma bandeira. Baseando-se
neste princípio, eles construíram uma rede de 556 torres que
trocavam informações ao longo de uma área de 4.800 Km. A
rede foi bastante usada na França para comunicações militares
e nacionais durante um período de cerca de 60 anos. As tropas
de napoleão também se beneficiaram dos semáforos e isso deu
à ela uma vantagem tão grande que logo outros países do
mundo começaram a criar os seus semáforos.
O tempo passou e várias tentativas foram feitas para melhorar
a comunicação em rede. O grande desafio era desenvolver
técnicas mais rápidas e baratas de transmitir informações.
Grandes progressos nesta área só começaram a ocorrer quando
vários inventores começaram a pesquisar formas de se utilizar
a eletricidade ao invés de sinais óticos para transmitir


informações. Em 1833, Carl Friedrich Gauss, um dos mais
importantes matemáticos do século XIX, conseguiu permissão
para fazer com que um fio metálico de 1 Km percorresse a sua
cidade. Com isso, ele fez os primeiros experimentos que
levaram ao surgimento do telégrafo. O telégrafo de Gauss
usava uma agulha que vibrava de acordo com a corrente
elétrica no fio. Cada amplitude de vibração (haviam 4
possíveis) correspondiam a um sinal diferente. De forma
independente, o diplomata russo conhecido como Barão
Schilling também havia criado um dispositivo similar um ano
antes. A diferença é que seu telégrafo transmitia dois tipos
diferentes de sinais ao invés de um.

Telégrafo elétrico construído por Samuel F. B. Morse

Em 1837, o americano Samuel Morse também inventou


independentemente o telégrafo. Além disso, ele criou o
conhecido Código Morse para ser usado em seu invento. Em
1839, o telégrafo começou a ser comercializado e passou a
realizar comunicações entre diferentes cidades. Em 1843, uma

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grande rede que interconectava diversos estados americanos
por telégrafos foi construída. Em 1866, pela primeira vez uma
rede de cabos submersos passou a ser usada para permitir
comunicações via telégrafo entre diferentes continentes.

Cópia do primeiro telefone construído por Graham Bell

Em 1876 surgiu outra revolução. Embora hajam muitas


controvérsias, Alexander Graham Bell é o inventor ao qual é
creditado a invenção do telefone neste ano. O telefone segue
um princípio bastante semelhante ao do telégrafo. A única
diferença é que ele não converte símbolos em código morse
em corrente elétrica, ele converte o som da fala em
eletricidade. O dispositivo de Bell fazia isso fazendo a
corrente elétrica variar em intensidade da mesma forma como
o ar varia em densidade quando o som passa através dele.
À partir de 1887, vários inventores diferentes ao redor do
mundo começam a explorar uma nova forma de transmitir
informações. Ao invés de usar fios e a eletricidade para trocar
dados, porque não usar ondas de rádio? Ondas de rádio viajam
a longas distâncias e fazem isso de forma completamente
independente de um meio. Não é preciso nenhum fio entre o
transmissor e o receptor. Precisa-se apenas de transmissores
capazes de gerar ondas de rádio e antenas para captar estas



ondas. No começo do século XX, o rádio começou a ser usado
para várias di erentes formas de comunicação.
Também no começo do século XX surgiu a televisão. por
meio dela, não apenas sons, mas imagens em movimento
também podiam ser transmitidas.
A próxima grande etapa no desenvolvimento de redes de
comunicação surge na década de 60, quando diversas formas
de se conectar os primitivos computadores da época eram
desenvolvidas de modo independente por vários
pesquisadores. na mesma década, grandes redes de
computadores que abrangiam máquinas presentes eem
diversos pontos de uma mesma cidade começaram a ser
montadas.

Mapa físico da AR ANET

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A internet pode ser considerada como o meio de comunicação
mais abrangente até hoje criado, promovendo a interacção
entre todos os países do mundo. Através dela é possível
alcançar, pesquisar e dispor de tudo o que os restantes meios
têm para nos oferecer. É extremamente segmentada, dirigindo-
se a todo e qualquer tipo de público.
Será que a Internet contém em si algo de novo para além
daquilo que já conhecemos?
Na verdade, não podemos dizer que exista uma resposta única
tal a quantidade de diferentes linguagens que podemos
encontrar no mundo da Internet.
Mas se consideramos que o jornal, a rádio, o telefone e a
televisão são meios de suporte às mensagens, então a Internet
é claramente um meio - um novo meio de comunicação e
massa.
No entanto, se considerarmos que na Internet temos serviços
de correio electrónico e serviços de comunicação escrita ou
visual, estamos claramente em situações de meios de apoio à
comunicação interpessoal.
Na realidade, os jornais em suporte papel já fizeram migrar os
seus conteúdos para o mundo digital e têm as suas edições
online disponíveis. O público-alvo é naturalmente diferente do
visado pela edição papel.

Claramente existe aqui um efeito de redundância assumida,


dado que coexistem edições impressas com edições digitais.
Ou seja, a internet permite-nos ver notícias em tempo real o
que no caso da televisão ou rádio não o é possível.
Mas também temos de reconhecer que já hoje existem jornais



só com edição online e com sucesso assinalável.
Podemos pois concluir que a Internet, como meio de
comunicação, apresenta-se em duas vertentes distintas: como
meio de comunicação interpessoal e como meio de
comunicação de massas.

Este novo mass media apresenta-se fortemente ameaçador


para os antigos media e particularmente para as edições
impressas dos jornais. Ainda é cedo para dizer como vão
evoluir as tiragens de certos jornais de referência, mas é hoje
vulgar que uma das primeiras actividades de um quadro
executivo de uma empresa quando chega ao seu escritório seja
o passar os olhos pelas páginas dos jornais online.
Com o aparecimento da Internet, os pedófilos viram o seu
campo de acção alargado mundialmente. Os chats, as redes
sociais, o e-mail, os blogs e os programas de comunicação
instantânea (MSN) são apenas alguns dos ''panos de fundo'',
escolhidos pelos pedófilos, para se aproximarem das suas
vítimas. Inicialmente, começam por se aproximar da vítima,
obtendo a sua confiança e ''amizade'', e posteriormente,
aproveitam-se disso para começarem a ter conversas
impróprias para começar a troca de fotografias e vídeos, bem
como o recurso à ligação da webcam, por parte da vítima,
levando-a a praticar actos impróprios.Recorrem também, na
maioria das vezes, à marcação de encontros em sítios isolados,
através de chantagem emocional impõem-lhes a condição que
não devem dizer nada a ninguém, estes encontros muitas vezes
levam à violação, rapto ou morte das vítimas. Mas para
pessoas bem-intencionadas, as redes sociais servem para

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comunicar entre amigos.
Uma rede sem fios ³wireless´ é uma tecnologia que está a ser
implementada cada vez mais em todo o mundo. Esta
tecnologia permite a troca de informações sem uma ligação
física de fios entre os equipamentos.
A rede sem fios nada mais é do que a partilha de informação
entre dois ou mais equipamentos feita através de ondas de
rádio. O acesso à Internet através de uma rede sem fios
permite-lhe ganhar maior mobilidade, podendo aceder em
qualquer local de casa ou local público onde o serviço
³Wireless´ está disponível para sua utilização. São mais de
1300 locais em todo o país, desde hotéis, aeroportos,
restaurantes, cafés, estações de correio, centros comerciais,
estações de serviço, centros de conferência, entre muitos
outros.

Num tempo em que a Internet, nos moldes que tem hoje, era
um sonho. O que se tinha era o ensaio de uma rede mundial,
que interligava algumas universidades em dias e horas
determinados, para permitir a troca de arquivos e mensagens,
era a chamada BitNet. Haviam alguns outros ensaios da
Internet, que eram as BBS (Bulletin Boarding System), mas
isso era coisa para nerds.

Imagine então os meus contemporâreos ou antecessores que


nem actuam na minha área profissional. Viemos todos de um
mundo analógico, e fomos imigrando o mundo das novas

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tecnologias digitais e finalmente para este mundo virtual que
está se tornando a Internet. Assim sendo, somos aqueles que
criaram as diversas analogias existentes como: email, cesta de
compras, cartão de crédito eletrônico, etc.

Existe outra geração que nasceu dentro deste mundo de novas


tecnologias digitais e onde a virtualização não
existe.Avirtualização é quando você percebe algo analógico
representado no mundo dos computadores. Hoje, estes jovens,
e outros não tão jovens, nem conseguem perceber esta
diferença. A Internet, celulares, ipods e outros do gênero, são
extensões de seu corpo, de seu mundo.

Claro que a camada economicamente ativa da sociedade, com


poder de compra, é quase toda imigrante na Internet, e por isso
entende as lojas virtuais que vêem hoje. Com seus
departamentos, sacola de compras, checkout,
acompanhamento de pedidos de entrega e etc.

Há de se pensar em uma formatação de venda que não tenha


tanta estrutura, e que possa acontecer de forma mais natural,
algo como compre num click. Técnicas de acesso e
apresentação que venham a atender o desejo ou necessidade de
consumo e rapidamente converter numa venda. Algo que não
esteja confinado numa loja de departamento.

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Aliás, entre num grande magazine a avalie quantos jovens
estão fazendo compras, andando pacientemente pelos
corredores, procurando algo que os agrade. Por mais incrível
que pareça, isso também acontece na web. Os Nativos gostam
de estar em lugares e com coisas que se identifiquem com
eles. As marcas e lojas cool dominam.

A coisa é mais ou menos ligada ao assunto: se me mudei para


uma kitnet, nunca morei sozinho e preciso de lencóis para a
cama, na verdade preciso de alguém que entende tudo de
lencóis e de arrumar cama. Se tiver um espaço na Internet que
me fale como é a vida numa kitnet, vivendo como estudante e
me diga o que preciso fazer pra viver na boa, é lá que vou.

Cada geração uma estratégia: os Nativos odeiam coisas


estruturadas, estão sempre em situações, e, para cada situação
uma solução completa. Se é bom ou ruim eu não sei, sei que é
assim.

As redes sociais são formas de representação dos


relacionamentosafectivos ou profissionais dos seres entre si ou
entre seus agrupamentos de interesses mútuos. A rede é
responsável pelo compartilhamento de idéias entre pessoas
que possuem interesses e objetivo em comum e também
valores a serem compartilhados. Assim, um grupo de
discussão é composto por indivíduos que possuem identidades
semelhantes. Essas redes sociais estão hoje instaladas
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principalmente na Internet devido ao fato desta possibilitar
uma aceleração e ampla maneira das idéias serem divulgadas e
da absorção de novos elementos em busca de algo em comum.
Segundo Fritjof Capra, (é um físico teórico e escritor que
desenvolve trabalho na promoção da educação
ecológica.)>  ociai o   comunicaço qu
nvolvm a linguagm imbólica, o limit cultu ai  a
laçõ  po >. São também consideradas como uma
medida de política social que reconhece e incentiva a atuação
das redes de solidariedade local no combate à pobreza e à
exclusão social e na promoção do desenvolvimento local. As
redes sociais são capazes de expressar idéiaspolíticas e
econômicasinovadoras com o surgimento de novos valores,
pensamentos e atitudes. Esse segmento que proporciona a
ampla informação a ser compartilhada por todos, sem canais
reservados e fornecendo a formação de uma cultura de
participação, é possível, graças ao desenvolvimento das
tecnologias de comunicação e da informação, à globalização, à
evolução da cidadania, à evolução do conhecimento científico
sobre a vida etc. as redes unem os indivíduos organizando-os
de forma igualitária e democrática e em relação aos objetivos
que eles possuem em comum.
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São as relações entre os indivíduos na comunicação mediada
por computador. Esses sistemas funcionam através da
interacção social, buscando conectar pessoas e proporcionar
sua comunicação. As pessoas levam em conta diversos
factores ao escolher conectar-se ou não a alguém. As
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organizações sociais geradas pela comunicação mediada por
computador podem atuar também de forma a manter
comunidades de suporte que, sem a mediação da máquina, não
seriam possíveis porque são socialmente não-aceitas.
O conceito de laço social passa pela idéia de interação social,
sendo denominado laço relacional, em contraposição ao laço
associativo, aquele relacionado unicamente ao pertencer (a
algum lugar, por exemplo). Os laços associativos constituem-
se em meras conexões formais, que independem de ato de
vontade do indivíduo, bem como de custo e investimento. Os
laços sociais também podem ser fortes e fracos. Laços fortes
são aqueles que se caracterizam pela intimidade, pela
proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma
conexão entre duas pessoas. Os laços fracos, por outro lado,
caracterizam-se por relações esparsas, que não traduzem
proximidade e intimidade. As interações sociais que ocorrem
na Internet (em weblogs, fotologs e no Orkut) constituem
efetivamente laços fortes. Declarações de amor, amizade e
suporte são freqüentes, demonstrando intimidade. Recebem
também a definição de "Redes Sociais Virtuais", que são os
agrupamentos, por meio de softwares específicos
(aplicativosWeb 2.0) que permitem a gravação de perfis, com
dados e informações de caráter geral e específico, das mais
diversas formas e tipos (textos, arquivos, imagens, fotos,
vídeos, etc.), os quais podem ser acessados e visualizados por
outras pessoas. Há também a formação de grupos por
afinidade, com ou sem autorização, e de espaços específicos
para discussões, debates e apresentação de temas variados
(comunidades, com seus fóruns).
1

O mais recente estudo da Universal McCann revela um
pormenor curioso: no domínio da Internet, os blogs estão a
perder terreno no que respeita à partilha de informação e de
conteúdos multimédia, que tem vindo a crescer
progressivamente nas redes sociais. As redes sociais
actualmente permitem aos utilizadores fazerem o mesmo que
fariam num blogue e mais ainda. Estas plataformas continuam
a crescer, enquanto outros elementos dos social media
estagnam ou entram em declínio.
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A Internet tem possibilitado a formação de novas formas de
interação, organização e atividades sociais, graças as suas
características básicas, como o uso e o acesso difundido.
Redes sociais, como Facebook, MySpace, Orkut, Twitter,
entre outras, têm criado uma nova forma de socialização e
interação. Os usuários desses serviços são capazes de
adicionar uma grande variedade de itens as suas páginas
pessoais, de indicar interesses comuns, e de entrar em contato
com outras pessoas. Também é possível encontrar um grande
círculo de conhecimentos existentes, especialmente se o site
permite que usuários utilizem seus nomes reais, e de permitir a
comunicação entre os grandes grupos existentes de pessoas.
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Protestos eleitorais no Irã em 2009. Através do Twitter, do
Facebook e outras redes sociais a população iraniana pode
trocar informações com outros países, além de organizar
protestos, dado que os veículos demédia tradicional sofriam
restrições por parte do governo do país.
Em sociedades democráticas, a Internet tem alcançado uma
nova relevância como uma ferramenta política. A campanha
presidencial de Barack Obama em 2008 nos Estados Unidos
ficou famosa pela sua habilidade de gerar doações por meio da
Internet. Muitos grupos políticos usam a rede global para
alcançar um novo método de organização, com o objetivo de
criar e manter o activismo na Internet.
Alguns governos, como os do Irão, Coreia do Norte, Mianmar,
República Popular da China, Arábia Saudita e Cuba,
restringem o que as pessoas em seus países podem acessar na
Internet, especialmente conteúdos políticos e religiosos. Isto é
conseguido por meio de softwares que filtram determinados
domínios e conteúdos. Assim, esses domínios e conteúdos não
podem ser acessados facilmente sem burlar de forma
elaborada o sistema de bloqueio.
Na Noruega, Dinamarca, Finlândia e na Suécia, grandes
provedores de serviços de Internet arranjaram voluntariamente
a restrição (possivelmente para evitar que tal arranjo se torne
uma lei) ao acesso a sites listados pela polícia. Enquanto essa
lista de URL proibidos contêm supostamente apenas
endereços URL de sites de pornografia infantil, o conteúdo
desta lista é secreta.

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Muitos países, incluindo os Estados Unidos, elaboraram leis
que fazem da posse e da distribuição de certos materiais, como
pornografia infantil, ilegais, mas não bloqueiam estes sites
com a ajuda de softwares.
Há muitos programas de software livres ou disponíveis
comercialmente, com os quais os usuários podem escolher
bloquear websites ofensivos num computador pessoal ou
mesmo numa rede. Esses softwares podem bloquear, por
exemplo, o acesso de crianças à pornografia ou à violência.
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O uso das redes como uma nova forma de interação no
processo educativo amplia a ação de comunicação entre aluno
e professor e o intercâmbio educacional e cultural. Desta
forma, o ato de educar com o auxílio da Internet proporciona a
quebra de barreiras, de fronteiras e remove o isolamento da
sala de aula, acelerando a autonomia da aprendizagem dos
alunos em seus próprios ritmos. Assim, a educação pode
assumir um caráter coletivo e tornar-se acessível a todos,
embora ainda exista a barreira do preço e o analfabetismo
tecnológico.
Ao utilizar o computador no processo de ensino-
aprendizagem, destaca-se a maneira como esses computadores
são utilizados, quanto à originalidade, à criatividade, à
inovação, que serão empregadas em cada sala de aula. Para o
trabalho direto com essa geração, que anseia muito ter um
"contato" direto com as máquinas, é necessário também um
novo tipo de profissional de ensino. Que esse profissional não

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seja apenas reprodutor de conhecimento já estabelecido, mas
que esteja voltado ao uso dessas novas tecnologias. Não basta
que as escolas e o governo façam com a multimédia o que
vem fazendo com os livros didáticos, tornando-os a panacéia
da atividade do professor.
A utilização da Internet leva a acreditar numa nova dimensão
qualitativa para o ensino, através da qual se coloca o ato
educativo voltado para a visão cooperativa. Além do que, o
uso das redes traz à prática pedagógica um ambiente atrativo,
onde o aluno se torna capaz, através da autoaprendizagem e de
seus professores, de poder tirar proveito dessa tecnologia para
sua vida.
A preocupação de tornar cada vez mais dinâmico o processo
de ensino e aprendizagem, com projetos interativos que usem
a rede eletrônica, mostra que todos os processos são realizados
por pessoas. Portanto, elas são o centro de tudo, e não as
máquinas. Consequentemente, não se pode perder isto de vista
e tentarmos fazer mudanças no ensino sem passar pelos
professores, e sem proporcionar uma preparação para este
novo mundo que esta surgindo.
Aliar as novas tecnologias aos processos e atividades
educativos é algo que pode significar dinamismo, promoção
de novos e constantes conhecimentos, e mais que tudo, o
prazer do estudar, do aprender, criando e recriando,
promovendo a verdadeira aprendizagem e renascimento
constante do indivíduo, ao proporcionar uma interatividade
real e bem mais verdadeira, burlando as distâncias territoriais

1

e materiais. Significa impulsionar a criança, enfim, o sujeito a
se desfazer da pessoa da passividade.
Torna-se necessário que educadores se apropriem das novas
tecnologias, vendo nestes veículos de expressão de linguagens
o espaço aberto de aprendizagens, crescimento profissional, e
mais que isso, a porta de inserção dos indivíduos na chamada
sociedade da informação. Para isso, deve a instituição escolar
extinguir o "faz-de-conta" através da pura e limitada aquisição
de computadores, para abrir o verdadeiro espaço para inclusão
através do efetivo uso das máquinas e do ilimitado ambiente
web, não como mero usuário, mas como produtor de novos
conhecimentos.
O computador se tornou um forte aliado para desenvolver
projetos, trabalhar temas discutíveis. É um instrumento
pedagógico que ajuda na construção do conhecimento não
somente para os alunos, mas também aos professores.
Entretanto, é importante ressaltar que, por si só, o computador
não faz nada. O potencial de tal será determinado pela teoria
escolhida e pela metodologia empregada nas aulas. No
entanto, é importante lembrar que colocar computadores nas
escolas não significa informatizar a educação, mas sim
introduzir a informática como recurso e ferramenta de ensino,
dentro e fora da sala de aula, isso sim se torna sinônimo de
informatização da educação.
Sabe-se que a mola mestra de uma verdadeira aprendizagem
está na parceria aluno-professor e na construção do
conhecimento nesses dois sujeitos. Para que se possa haver um
ensino mais significativo, que abrange todos os alunos, as


aulas precisam ser participativas, interativas, envolventes,
tornando os alunos sempre "agentes" na construção de seu
próprio conhecimento.
Também é essencial que os professores estejam bem
preparados para lidar com esse novo recurso. Isso implica num
maior comprometimento, desde a sua formação, estando este
apto a utilizar, ter noções computacionais, compreender as
noções de ensino que estão nos software utilizados estando
sempre bem actualizados.
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A Internet é uma grande fonte de lazer, mesmo antes da
implementação da World Wide Web, com experimentos
sociais de entretenimento, como MUDs e MOOs sendo
conduzidos em servidores de universidades, e muitos grupos
Usenet relacionados com humor recebendo boa parte do
tráfego principal. Muitos fóruns de Internet têm seções
dedicadas a jogos e vídeos de entretenimento; charges curtas
na forma de vídeo flash também são populares. Mais de seis
milhões de pessoas usam blogs ou sistemas de mensagens
instantâneas como meios de comunicação e compartilhamento
de ideias.
As indústrias de pornografia ou de jogos de azar tem tido
vantagens completas no World Wide Web, e proveem
frequentemente uma significativa fonte de renda de
publicidades para outros websites. Embora muitos governos
têm tentado impor restrições no uso da Internet em ambas as

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indústrias, isto tem geralmente falhado em parar a sua grande
popularidade.
Uma das principais áreas de lazer na Internet é o jogo de
múltiplos jogadores. Esta forma de lazer cria comunidades,
traz pessoas de todas as idades e origens para desfrutarem do
mundo mais acelerado dos jogos on-line. Estes jogos variam
desde os MMORPG até a jogos em role-playing game (RPG).
Isto revolucionou a maneira de muitas pessoas de se
interagirem e de passar o seu tempo livre na Internet.
Enquanto que jogos on-line estão presentes desde a década de
1970, as formas dos modernos jogos on-line começaram com
serviços como o GameSpy e Mplayer, nos quais jogadores
poderiam tipicamente apenas subscrever. Jogos não-
subscrevidos eram limitados a apenas certos tipos de jogos.
Muitos usam a Internet para acessar e descarregar músicas,
filmes e outros trabalhos para o seu divertimento. Como
discutido acima, há fontes pagas e não pagas para todos os
arquivos de mídia na Internet, usando servidores centralizados
ou usando tecnologias distribuídas em P2P. Algumas destas
fontes tem mais cuidados com os direitos dos artistas originais
e sobre as leis de direitos autorais do que outras.
Muitos usam a World Wide Web para acessar notícias,
previsões do tempo, para planejar e confirmar férias e para
procurar mais informações sobre as suas ideias aleatórias e
interesses casuais.
As pessoas usam chats, mensagens instantâneas e e-mails para
estabelecer e ficar em contato com amigos em todo o mundo,
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algumas vezes da mesma maneira de que alguns tinham
anteriormente amigos por correspondência. Websites de redes
sociais, como o MySpace, o Facebook, e muitos outros,
ajudam as pessoas entrarem em contato com outras pessoas
para o seu prazer.
O número de web desktops tem aumentado, onde os usuários
podem acessar seus arquivos, entre outras coisas, através da
Internet.
O "cyberslacking" tem se tornado uma séria perda de recursos
de empresas; um funcionário que trabalha no Reino Unido
perde, em média, 57 minutos navegando pela web durante o
seu expediente, de acordo como um estudo realizado pela
Peninsula Business Services.
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A Internet também se tornou um grande mercado para as
empresas; algumas das maiores empresas hoje em dia
cresceram tomando vantagem da natureza eficiente do
comércio e da publicidade a baixos custos na Internet. É o
caminho mais rápido para difundir informações para um vasto
número de pessoas simultaneamente. A Internet também
revolucionou subsequentemente as compras. Por exemplo,
uma pessoa pode pedir um CD on-line e recebê-lo na sua caixa
de correio dentro de alguns dias, ou descarregá-lo diretamente
em seu computador, em alguns casos. A Internet também
facilitou grandemente o mercado personalizado, que permite a
uma empresa a oferecer seus produtos a uma pessoa ou a um

21

grupo específico mais do que qualquer outro meio de
publicidade.
Exemplos de mercado personalizado incluem comunidades
on-line, tais como o MySpace, o Friendster, o Orkut, o
Facebook, o Twitter, entre outros, onde milhares de
internautas juntam-se para fazerem publicidade de si mesmos
e fazer amigos on-line. Muitos destes usuários são
adolescentes ou jovens, entre 13 a 25 anos. Então, quando
fazem publicidade de si mesmos, fazem publicidade de seus
interesses e oobbi, e empresas podem usar tantas
informações quanto para qual aqueles usuários irão oferecer
onlin, e assim oferecer seus próprios produtos para aquele
determinado tipo de usuário.
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O acesso a um grande número de informações disponível às
pessoas, com ideias e culturas diferentes, pode influenciar o
desenvolvimento moral e social das pessoas. A criação dessa
rede beneficia em muito a globalização, mas também cria a
interferência de informações entre culturas distintas, mudando
assim a forma de pensar das pessoas. Isso pode acarretar tanto
uma melhora quanto um declínio dos conceitos da sociedade,
tudo dependendo das informações existentes na Internet.
Essa praticidade em disseminar informações na Internet
contribui para que as pessoas tenham o acesso a elas, sobre
diversos assuntos e diferentes pontos de vista. Mas nem todas
as informações encontradas na Internet podem ser verídicas.
Existe uma grande força no termo "liberdade de expressão"

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quando se fala de Internet, e isso possibilita a qualquer
indivíduo publicar informações ilusórias sobre algum assunto,
prejudicando, assim, a consistência dos dados disponíveis na
rede.
Um outro facto relevante sobre a Internet é o plágio, já que é
muito comum as pessoas copiarem o material disponível. "O
plagiador raramente melhora algo e, pior, não atualiza o
material que copiou. O plagiador é um ente daninho que não
colabora para deixar a Internet mais rica; ao contrário, gera
cópias degradadas e desatualizadas de material que já existe,
tornando mais difícil encontrar a informação completa e atual"
Ao fazer uma cópia de um material da Internet, deve-se ter em
vista um possível melhoramento do material, e, melhor, fazer
citações sobre o verdadeiro autor, tentando-se, assim, ao
máximo, transformar a Internet num meio seguro de
informações.
Nesse consenso, o usuário da Internet deve ter um mínimo de
ética, e tentar, sempre que possível, colaborar para o
desenvolvimento da mesma. O usuário pode colaborar, tanto
publicando informações úteis ou melhorando informações já
existentes, quanto preservando a integridade desse conjunto.
Ele deve ter em mente que algum dia precisará de informações
e será lesado se essas informações forem ilusórias.
V  ÷   
Muitos crimes na internet estão associados ao abuso sexual
infantil, envolvendo a prostituição e a divulgação de fotos
pornográficas de menores.

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Também tem sido constantes os problemas sobre difamação
em sites de relacionamento bem como a apologia de atos
ilícitos, além também a divulgação dos mais diversos tipos de
preconceitos. Outra questão importante refere-se aos crimes
bancários e financeiros praticados na Internet.
Os crimes mais usuais na rede incluem o envio de e-mails com
pedidos de atualização de dados bancários e senhas (phishing).
Da mesma forma, e-mails referentes a listas negras ou falsos
prêmios também são práticas comuns, bem como o envio de
arquivos anexados. Especialistas indicam que é melhor não
abrir arquivos com extensões consideradas perigosas, como
".exe", ".scr" ou qualquer outra extensão desconhecida, por
servirem de verdadeiras portas de entrada para vírus de
computadores, os quais causam estragos ou roubam, via
spywares, informações sobre os usuários. No entanto, é de
senso comum que os chamados "cookies" são inofensivos,
uma vez que o objetivo deles é reunir dados estatísticos (como
sítios mais acessados), utilizados por sítios.
Ademais, em 2004, os prejuízos com perdas causadas por
fraudes virtuais foram de 80% em relações às perdas por
razões diversas.

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RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÃO

1. Como pudemos ver, a virtude da solidariedade constitui a


medida do serviço da Internet em prol do bem comum. É o
bem comum que oferece o contexto para a consideração da
seguinte interrogação ética: « Os mass media estão a
serutilizados para o bem ou para o mal? ».

Muitos indivíduos e grupos compartilham a responsabilidade


no que se refere a esta questão ² por exemplo, os organismos
transnacionais, de que já falámos mais acima. Todos os
utentes da Internet são obrigados a utilizá-la de maneira
ponderada e disciplinada, para finalidades moralmente
positivas; além disso, os pais deveriam orientar e verificar o
uso que os seus filhos fazem da mesma. As escolas e as outras
instituições e programas de educação para as crianças e os
adultos deveriam oferecer uma formação para discernir o uso
da Internet como parte de uma educação abrangente sobre os
mass media, incluindo não apenas a formação da capacidade
técnica ² « rudimentos de computadorização » e outras
matérias análogas ² mas também a capacidade de uma
avaliação ponderada e judiciosa do seu conteúdo. Aqueles
pessoas, cujas decisões e acções contribuem para formar a
estrutura e o conteúdo da Internet, têm o dever particularmente
sério de praticar a solidariedade ao serviço do bem comum.

2

2. Os governos devem evitar a censura « a priori »; « a
censura... só deve ser usada em casos muito extremos ».
Todavia, a Internet não está mais isenta do que outros meios
de comunicação, das leis razoáveis contra a linguagem
ofensiva, a difamação, a fraude, a pornografia infantil e a
pornografia em geral, assim como outras ofensas. O
comportamento criminoso noutros contextos é igualmente um
comportamento criminoso no espaço cibernético, e as
autoridades civis têm o dever e o direito de fomentar estas leis.
Podem ser necessários novos regulamentos para abordar
crimes singulares, praticados no contexto da Internet, como a
disseminação de vírus de computador, o furto dos dados
pessoais armazenados nos discos rígidos, e outros
semelhantes.É necessário uma regulamentação da Internet e,
em princípio, a sua melhor forma seria a auto-regulamentação
por parte da indústria. « A solução dos problemas que
nasceram desta comercialização e privatização não
regulamentadas não reside, todavia, no controle dos mass
media por parte do Estado, mas numa maior regulamentação,
conforme às normas do serviço público, assim como numa
maior responsabilidade pública ». Os códigos éticos definidos
pela indústria podem desempenhar um papel útil, contanto que
sejam seriamente orientados, comprometam os representantes
do público na sua enunciação e promoção e, além de encorajar
os comunicadores responsáveis, prevejam penalidades
apropriadas para os seus violadores, inclusivamente a censura
pública. Às vezes, as circunstâncias podem exigir a
intervenção do Estado: por exemplo, a criação de comissões

2

de consulta sobre os mass media, representando um vasto
leque de opiniões da comunidade.

3. A característica transnacional e vinculadora e o seu papel na


globalização exigem a cooperação internacional na definição
dos padrões e na determinação dos mecanismos destinados a
promover e a proteger o bem comum internacional. A
propósito da tecnologia dos mass media, assim como no que
se refere a muitos outros sectores, « existe a premente
necessidade de equidade a nível internacional ». É preciso
uma acção determinada nos campos particular e público, para
pôr termo e eventualmente eliminar a divisão digital.Muitas
questões difíceis, relativas à Internet, exigem um consenso
internacional: por exemplo, como garantir a privacidade de
inúmeros indivíduos e grupos que vivem no respeito da lei,
sem impedir que a aplicação da lei e os responsáveis pela
segurança exerçam o vigilância sobre os criminosos e os
terroristas; como estabelecer e manter os vastos repertórios de
notícias da Internet, livremente disponíveis para todos os seus
utentes, numa variedade de línguas; como tutelar os direitos da
mulher no que se refere ao seu acesso à Internet e aos outros
aspectos da nova tecnologia das informações. De modo
particular, o problema da forma como eliminar a divisão
digital entre as pessoas ricas de informação e as outras pobres
de informação exige que se preste urgentemente atenção aos
seus aspectos técnicos, educativos e culturais.

2

Hoje existe « um medrado sentido de solidariedade
internacional », que oferece ao sistema das Nações Unidas, em
particular, « uma oportunidade única de contribuir para a
globalização da solidariedade, servindo de ponto de encontro
para os Estados e a sociedade civil, e de convergência para os
diversificados interesses e necessidades... A cooperação entre
as Agências internacionais e as Organizações não-
governamentais ajudarão a assegurar que os interesses dos
Estados ² mesmo que sejam legítimos ² e dos diferentes
grupos dentro deles não sejam invocados ou defendidos em
detrimento dos interesses ou direitos dos outros povos,
especialmente dos menos afortunados ».



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