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1 INTRODUÇÃO

O crescimento populacional, o adensamento de construções e a mudança


radical da paisagem, têm caracterizado o processo de urbanização em escala
mundial. Grande parcela desse crescimento tem ocorrido em países em
desenvolvimento. No Brasil, já se verifica um contingente maior que 70% da
população residindo nas áreas urbanas. Com isso, imagine milhões de hectares de
telhados estéreis de casa e edifícios em todo o planeta. Agora imagine parte dessa
área sendo devolvida à natureza.

Os telhados ecologicamente corretos surgem como uma alternativa que


contribui contra os maus efeitos dessa aglomeração. Eles possuem propriedades
como reduzir a temperatura entre os edifícios, contribuindo para a refrigeração de
toda a cidade, aumentar e melhor direcionar o escoamento da água das chuvas -
diminuindo as tragédias com enchentes - e reduzir gastos de energia com
iluminação ou sistemas de resfriamento interno.

Alguns tipos de telhados podem até combater diretamente o aquecimento


global, refletindo os raios solares ou reduzindo o índice de CO2 do meio ambiente.
Esse tipo de tecnologia está sendo usada em países na Europa e Estados Unidos e,
atualmente, existe até uma ONG responsável por certificar os edifícios que optam
por esses sistemas.

De modo geral, este projeto apresenta, dentre outros, dois dos sistemas mais
eficazes de telhados ecologicamente corretos, o Telhado Branco e Telhado Verde, e
estuda a possibilidade de aplicá-los na ETE Polivalente Americana.
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2 TELHADOS ECOLOGICAMENTE CORRETOS E O CERTIFICADO LEED

Telhados ecologicamente corretos são tipos de cobertura que podem ser


utilizadas em edificações sendo que, de alguma forma, contribuam com o meio
ambiente. Essa contribuição pode ser relacionada a vários fatores, como utilizar
materiais reciclados, optar por sistemas que reduzam a temperatura ambiente e
global ou por sistemas auto-sustentáveis.

Esses telhados possuem múltiplas utilidades, podendo ser utilizados como


cobertura, fechamentos laterais, isolantes térmicos e acústicos. As características
mais freqüentes entre eles são: anti-mofo, anti-fungo, não trincam, não quebram, a
maioria são impermeáveis, retêm altas porcentagens de temperaturas externas, são
recicláveis e flexíveis.

Os sistemas que mais se destacam são o Telhado Verde e o Telhado Branco,


mas, além desses, existem outros sistemas bastante eficientes. Como o uso de
Telhas Translúcidas e chapas de Policarboneto.

2.1 Telhas Translúcidas

São telhas que têm a função de deixar passar a luz natural para o ambiente
fechado, quebrando os raios solares sem deixar perder a claridade necessária,
economizando assim a energia elétrica consumida para a iluminação no período
diário. Além deste benefício ela também aumenta a resistência mecânica, aumenta a
resistência contra intempéries, elimina a necessidade de pigmentação da resina
para conseguir sombra e é uma ótima opção estética.

Em suma, a Telha Translúcida é constituída por resina de poliéster cristal


ortofitálica, uma tela quadriculada tecida com fio de poliéster/ polietileno, incolor ou
colorido.
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2.2 Chapas De Policarboneto

As chapas de policarboneto possuem características como transparência,


beleza, alta resistência mecânica e vantagens como seu baixo peso, excelente
isolamento termo-acústico e maior resistência ao fogo, que as têm tornado muito
conhecidas e utilizadas em aplicações diversas.

Essas características têm proporcionado grande aplicação na construção civil,


como envidraçamento e coberturas translúcidas planas ou curvas, em substituição
ao vidro, pois as chapas de policarbonato podem ser curvadas a frio na própria obra,
além de ser 250 vezes mais resistente do que o vidro e 30 vezes mais resistente do
que o acrílico.

As telhas de policabonato possuem tratamento contra o ataque dos raios UV


garantindo assim uma vida útil muito maior que as telhas de fibra de vidro ou PCV,
não amarelam e não perdem a transparência, possuindo uma garantia de 10 anos
contra os raios UV.

Com todas essas propriedades ela é considerada uma opção ecologicamente


correta, pois, sendo translúcida, evita gastos em iluminação diurna, e sendo um
isolante térmico, reduz gastos com ventiladores e ar condicionados, além de ser
mais flexível e resistente do que outras alternativas.

2.3 O Certificado LEED

LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é uma certificação


para edifícios sustentáveis, concebida e concedida pela ONG americana U.S. Green
Building Council (USGBC), de acordo com os critérios de racionalização de recursos
atendidos por um edifício. Esse certificado foi posto em prática em 1998 e
atualmente já possuem, ou estão em fase de aprovação do selo, cerca de 14 mil
projetos no mundo. É a certificação sustentável mais conhecida e recorrida no Brasil.

Ela inclui um sistema de avaliação , onde se atribui uma pontuação por


categorias. As relacionadas à Ecoelhados são:
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→ Sustainable System: o Ecotelhado pode reter água reduzindo a descarga de


chuvas e diminui a temperatura interna de edifícios.

→ Eficiência de Água: o Ecotelhado pode ser projetado de acordo com a região com
plantas que não precisem de irrigação. Pode também ser projetado um sistema de
irrigação utilizando água reaproveitada do edifício.

→ Energia e Atmosfera: pesquisas com Ecotelhados têm relatado que a demanda


de energia é reduzida em até 50% em alguns edifícios. Essa redução leva em
consideração a utilização de ar condicionado menos potente e mais barato.

→ Materiais e Recursos: o Ecotelhado é capaz de utilizar em seu sistema até 90%


de materiais reciclados e pode ser somado ao objetivo de 15% de materiais
reciclados na obra.

→ Inovação e Design: o Ecotelhado pode também ser considerado como inovação


em design por melhorar o local de trabalho, criando espaço de lazer e proximidade à
natureza. Além de reduzir em até 40% a interferência de ruídos externos.
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3 TELHADOS BRANCOS

3.1 Definição e Benefícios Do Telhado Branco

Aplicar um Telhado Branco consiste em pintar a cobertura de um telhado


comum com tinta redutora de calor branca. Essa tinta, por seu alto índice de
reflexão, reflete e impede a passagem de radiação solar, bem como os raios
ultravioletas.

Esse sistema apresenta vários benefícios para a edificação onde será


aplicado, mas apresenta benefícios maiores ainda para o meio ambiente, tanto que
ele movimenta várias campanhas e, atualmente, existe até uma empresa
internacional que certifica sua aplicação, a Green Building Council. Ele tem a
capacidade de reduzir as ilhas de calor em edificações urbanas, proporcionando um
corte de até 60% no custo com ventiladores e ar condicionados e diminuindo a
emissão de CO2. Também pode refletir os raios solares de volta para o espaço,
agindo, dessas várias formas, eficientemente contra o aquecimento global.

3.2 Aplicação

Como esse sistema consiste apenas em pintar um telhado já construído, sua


utilização é bastante simples. A tinta pode ser aplicada em quase todos os tipos de
cobertura, telhas de cimento-amianto/fibrocimento, cerâmicas, de aço galvanizado,
de alumínio, de fibra de vidro ou em telhas de plástico. As exigências são que as
telhas devem estar isentas de resíduos gordurosos, poeira e mofo, além de estarem
secas durante a aplicação.
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4 ENSAIO PARA VERIFICAR A EFICIÊNCIA DA TINTA REFLETORA DE CALOR

4.1 Objetivo Do Ensaio

O objetivo desse ensaio foi verificar a eficiência da tinta refletora de calor


branca da marca Termocril. Para isso, fizemos dois telhados em miniatura de chapa
de alumínio, um com aplicação da tinta e outro sem.

Materiais utilizados: quatro chapas de alumínio de dimensões (20x40cm),


quatro pés de madeira de 15 cm de altura, papelão, pincel, tinta refletora de calor
Termocril, 2 folhas de jornal de dimensões (7x7cm), água, termômetro.

4.2 Descrição e Resultados

Duas das placas de alumínio foram pintadas com três demãos de tinta
Termocril e as outras duas apenas foram limpas. No gramado da escola foram
montadas duas miniaturas de telhados inclinados, cada uma composta por duas
chapas de alumínio e dois pés de madeira, dando ao telhado uma área de 0,08 m²,
sendo que sua frente ficou apoiada no chão e seu cume nos pés de madeira, em
uma altura de 15 cm (inclinação de 37,5%).

Os telhados foram montados às 12h40min debaixo de sol no gramado da ETE


Polivalente. Em seguida, ao abrigo dos telhados, foram postos os papéis de jornais,
antes mergulhados em água, com o intuito de verificar qual secaria primeiro. Os
papéis ficaram sob os abrigos durante 25 minutos no total (12h50min à 13h15min),
sendo verificados a cada cinco minutos. O jornal abrigado pelo telhado sem a tinta
secou em quinze minutos, e o jornal abrigado com o telhado que tinha a tinta secou
em vinte e cinco minutos.

Para ter-se mais segurança que o telhado com a tinta refletora aplicada
armazenou menos calor, a temperatura da superfície superior, inferior e do ambiente
abrigado pelos telhados foram medidas com um termômetro. Os resultados estão
apresentados na tabela 1.
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Telhado com a tinta


Parte Telhado sem a tinta refletora
refletora
Superfície superior 31° 35°
Superfície inferior 31° 37,5°
Embaixo do telhado 28° 32°

Tabela 1: Resultados do Ensaio

Figura 1: Ensaio com a tinta


Figura 1: Ensaio com a tinta
Termocril - Abrigo
Termocril - Abrigo

Figura 4: Ensaio com a tinta


Figura 3: Ensaio com a tinta Termocril - Termômetro
Termocril - Abrigo

4.3 Conclusão Do Ensaio

Com esse ensaio pode-se comprovar a eficácia da tinta refletora de calor,


pois o telhado que possuía a aplicação da tinta conservou o papel úmido por mais
tempo, assim como conservou temperaturas mais baixas do que o que não possuía
a aplicação da tinta.

5 TELHADOS VERDES
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5.1 Definição E Benefícios Do Telhado Verde

O Telhado Verde consiste na aplicação e utilização de vegetação sobre a


cobertura de edificações com impermeabilização e drenagem adequadas,
proporcionando o paisagismo das edificações e reduzindo a poluição ambiental
comum em grandes centros urbanos.

Realidade é que infelizmente as edificações nos levam à um inferno artificial,


local estéril de piso betuminoso, contrastes de temperaturas ventos fortes e
nenhuma simpatia pela água, porém, isso está cada vez mais alternando-se com
opções mais ecológicas.

Hoje, um movimento cada vez mais crescente da arquitetura moderna vem


utilizando técnicas desenvolvidas desde o século XIX de coberturas vegetais. Não
pela sua beleza, que é quase um efeito colateral, mas por sua praticidade e
capacidade de mitigar os problemas ambientais comuns nos telhados
convencionais.

Temos exemplos como a biblioteca de Vancouver, Canadá, o hotel Fairmont


Waterfront - que tem uma horta para a cozinha - e também a vila olímpica na mesma
cidade, espaço que abrigara as Olimpíadas de Inverno.

Mas se trás tantos benefícios, por que não fizemos isso antes? Em partes por
motivos técnicos. Apenas agora as membranas impermeáveis tornaram possível a
instalação de biocoberturas que capturam a água de irrigação, permitem o
escoamento da água excedente, possibilitam a manutenção de um substrato
cultivável e resistem a proliferação das raízes. Em alguns lugares, como Portland, no
Óregon, e em mais países, há incentivos fiscais e outros subsídios para que os
construtores instalem esse tipo de telhado. Em outros - como Alemanha, Suíça e
Áustria, as biocoberturas são obrigatórias por lei sempre que o telhado apresentar
inclinação adequada e cada vez mais são estudados os benefícios proporcionado
por esse tipo de telhado capaz de reduzir o escoamento das chuvas, ajudar na
economia de energia e melhorar o nível de ruídos nas cidades.

Outro fator que contribui para a difusão dos ecotelhados é a mudança na


concepção das cidades. Já não é mais sensato, prático ou ético, considerar a cidade
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como uma antítese da natureza. Quando encontramos maneiras de tornar mais


naturais as cidades, também as tornamos mais habitáveis e nos tornamos mais
seres humanos.

Os telhados vivos são lembrete da força exercida pelo sistema biológico. No


verão as temperaturas diurnas nos telhados com cobertura asfáltica, podem ser
muito altas, acima de 65°, o que acentua o efeito geral das “ilhas de calor” urbanas –
a tendência de as cidades serem mais quentes do que as regiões circundantes. Já
os telhados com cobertura vegetal atuam como isolantes térmicos e as temperaturas
sofrem apenas pequenas oscilações, reduzindo em até 20% o custo de aquecer e
resfriar os edifícios internamente. “Se pintarmos de branco (algo mais simples do
que um jardim suspenso) os telhados das cem maiores cidades do mundo, a
temperatura global deve baixar 1°. Isso equivale a tirar 600 milhões de carros das
ruas por dezoito anos”, diz Thassane Wanick, do movimento ambientalista brasileiro
Um Grau A Menos.

Quando a chuva cai num telhado normal, ela escorre para as vias urbanas
inundando-as e, no caminho, toda essa água não é absorvida deslocando-se quase
sempre de maneira descontrolada. Um telhado verde, por outro lado, absorve e filtra
água, arrefece seu ímpeto e até mesmo armazena parte dela para seu uso posterior.
Em conseqüência, ele ajuda a reduzir o transbordamento dos esgotos, aumenta a
vida útil dos sistemas de escoamento e devolve uma água mais limpa para a bacia
hídrica circundante.

Acima de tudo, os telhados ecológicos são habitáveis. Eles recuperam o


espaço hoje desperdiçado e o transforma em uma rede de ilhas verdes elevadas
que se conectam com as áreas de vegetação externas às manchas urbanas.
Espécies de todos os tamanhos – formigas, aranhas, besouros, maçaricos, corvos –
passam a freqüentá-los. Em Zuriqui, na Suíça, uma cobertura ecológica de 95 anos
é um refugio para nove espécies de orquídeas, as quais haviam sido erradicadas
dos campos em torno da cidade, quando foram transformados em áreas agrícolas.

Os argumentos técnicos apresentados anteriormente são vencidos pelas


técnicas existentes hoje, seja qual for a dimensão da área. Embora o custo médio
das instalações de um telhado ecológico seja de duas a três vezes maiores que a de
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um telhado convencional, ele sai mais barato em longo prazo, em função, sobretudo,
da economia de energia. A vegetação também protege a cobertura contra a radiação
ultravioleta, aumentando sua vida útil e requer cuidados específicos similares à
manutenção mínima de um jardim.

Para a difusão desse tipo de cobertura, ainda resta, porém, superar desafios
filosóficos, vários dos quais relativos à própria concepção do que deveria ser um
telhado e de como deveria funcionar. Os clientes tendem a preferir telhados vivos
que sejam de manutenção fácil e se mantenham verdes durantes o ano todo,
gramados junto ao céu e não matagal que varia conforme as estações. Já
construtores e arquitetos preferem construções intercambiáveis, padronizadas e
universais, o tipo de biocobertura hoje oferecido por algumas das grandes empresas
no setor de ecotelhados.

Uma cobertura ecológica, porém, não é apenas alternativa orgânica para um


telhado morto, ela pede uma maneira de pensar distinta. Uma cobertura viva
padronizada, como um tapete de erva-pinheira, é melhor do que um telhado
convencional, mas é possível instalar biocoberturas que sejam ainda mais benéficas
ao ambiente. O objetivo dos pesquisadores é achar formas de construir telhados
vivos que sejam, sob todos os aspectos, benéficos em termos ecológicos e sociais
com baixo custo ambiental e acessíveis ao maior numero de pessoas.

Trata-se de encontrar soluções simples e baratas com materiais da própria


região. Isso significa um uso menor, entre a laje da cobertura do prédio e as próprias
plantas, de plástico de outros materiais cuja produção demanda muita energia. Não
se trata apenas de viabilizar os telhados ecológicos. É preciso fazer isso do modo
mais sustentável possível, consumindo pouca energia e criando o máximo benefício
aos habitats humanos e não humanos.

5.2 Instalação
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Por não ser um produto pré-moldado, a aplicação de um Telhado Verde


requer uma mão-de-obra especializada e infra-estrutura adequada, evitando
patologias, como vazamento e infiltrações, perda de plantas e terra pela erosão
ocasionada pelo sol e pela chuva, dentre outros problemas.

Para a instalação de um Telhado Verde são observados três aspectos: a


resistência da estrutura que irá receber o telhado, a impermeabilização e a
inclinação da cobertura a ser construída.

5.3 Composição

Um Telhado Verde é composto por seis camadas básicas. São elas:

→ Laje: elemento estrutural onde devem ser consideradas as cargas permanentes e


as cargas acidentais. Também pode ser utilizado outro suporte estrutural.

→ Camada Impermeabilizante: a camada impermeabilizante terá a função de


proteger o elemento estrutural de infiltrações, podem ser utilizados materiais
diferentes como betuminosos e sintéticos.

→ Camada Drenante: a camada drenante terá a função de escoar o excesso de


água do solo, pode ser constituída de argila expandida, brita ou seixos de diâmetros
semelhantes, sendo fundamental para o sistema.

→ Camada Filtrante: a camada filtrante evitará que as águas das chuvas e das
regas arrastem as partículas de solo do telhado, utiliza-se normalmente uma manta
geotêxtil.

→ Solo: é um solo orgânico que deve possuir boa drenagem, de preferência um solo
não argiloso que apresente uma boa composição mineral de nutrientes para o
sucessivo crescimento das plantas, sua espessura varia com o tamanho das raízes
da vegetação que será plantada.

→ Vegetação: para a escolha da vegetação é necessário um conhecimento do clima


local, o tipo de substrato a ser utilizado e o tipo de manutenção que será adotada.
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6 SIMULAÇÃO DE UMA REFORMA NOS TELHADOS DA ETE POLIVALENTE


COM A UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE TELHADO BRANCO

Como já exposto, um telhado branco oferece várias vantagens à edificação


onde ele será aplicado. Essas vantagens abrangem tanto o meio interno, reduzindo
o acúmulo de calor dentro do edifício no verão, quanto o externo, contribuindo contra
o aquecimento global.

Com isso, uma proposta de aplicação desse sistema na ETE Polivalente


Americana foi estudada e elaborada. Essa aplicação constitui em pintar toda a
superfície em telhados da escola com uma tinta adequada denominada “tinta
refletora de calor branca”.

A empresa Maggicor produz essa tinta (tinta Termocril) e com os dados


fornecidos no site da empresa uma simulação de consumo e custo foi elaborada.

A escola tem, em geral, uma área de cobertura equivalente a 10731,40m²,


distribuída em vários blocos conforme tabela 2:

ÁREA DA ÁGUA ÁREA TOTAL


BLOCO ÁGUAS
(m²) (m²)
A 441,15 2 882,3
B 384,81 2 769,62
C 449,48 2 898,96
D 513,46 2 1026,92
E 413,67 2 827,34
F 630 2 1260
Administração 876,24 2 1752,48
Auditório 115,67 1 115,67
Ofic. Mecânica 573,42 2 1146,84
Ofic. Mecânica
122,66 1 122,66
2
Abrigo 156 1 156
Vestiário 70 2 140
Guarita
40 1 40
Principal
Guarita
4 1 4
Fundos
Guarita Estac. 40 1 40
Lab. Têxtil 168,84 2 337,68
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Quiosque 34,83 6 209


Corredor 1 482,85 1 482,85
Corredor 2 519,08 1 519,08
Área Total de Telhados na Escola 10731,4

Tabela 2: Áreas de cobertura da ETE Polivalente Americana

O site da empresa Maggicor especifica que para o tipo de telhado da escola,


telha de cimento-amianto, uma lata de tinta Termocril rende 110m² por demão em
uma superfície sem poeira e gordura. Com esse dado uma simulação de consumo
foi feita conforme tabela 3:

Tinta Termocril Rendimento/


Demões
Magicor m²
1 lata 1 110
1 lata 2 55
98 latas 1 10780
196 latas 2 10780

Tabela 3: Consumo de tinta Termocril

Sabendo-se que para pintar toda a cobertura da escola serão necessárias


196 latas de tinta Maggicor Termocril, uma pesquisa de mercado foi feita e, sendo
que essa lata custa em média 200 reais, o custo dessa reforma, sem a mão-de-obra
seria de, aproximadamente, 39200 reais.

O gasto em tinta não é barato, mas vale-se lembrar que, além de contribuir
com o meio ambiente, esse sistema diminuirá a temperatura da escola durante o
verão, reduzindo o gasto com ventiladores e ar condicionado.
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7 SIMULAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE UM ABRIGO NA FACHADA DA ETE


POLIVALENTE COM A UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE TELHADO VERDE

Os benefícios da construção de um telhado verde no instituto seriam vários,


pois ele favoreceria não só a questão da estética e harmonização do meio urbano
com o natural, mas também e principalmente, atuaria restaurando o ambiente.

Sua principal função seria a proteção dos raios solares e da chuva para os
residentes e visitantes da escola, além de abrigar um bicicletário.

A proposta é de realizar uma cobertura verde na entrada principal, com um


design contemporâneo linear, seguindo os traços já existentes no edifício. A
cobertura tem um formato retangular, com uma inclinação diagonal de 30°, no
sentido de flecha. É uma estrutura bi-apoiado.

Quanto a parte das estruturas já fixas no local, não sofrerão muitas


alterações, pois a guarita ficaria abaixo da cobertura e a caixa d’água, na sua lateral.

Dados da Cobertura:

Área plana 13,00m x 23,00m = 299,00m².

Área real de aplicação 13,15m x 23,35m = 306,95m².

Concreto para a laje:

Peso do concreto de argila expandida 1600 a 1800 kg/m³ (por ser apenas
uma cobertura onde não haverá cargas elevadas, utilizaremos esse agregado ao em
vez da brita, reduzindo assim o peso da laje em média 600 kg/m³).

Volume = 306,95m² x 0,15m = 46,0425m³.

Peso da laje com o concreto = 46,0425m³ x 1800kg/m³ = 82.876,50kg.


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Blocos de Concreto:

Serão duas fiadas em toda a volta da laje, com blocos de concreto de


vedação (3 MPa) de 39x11,5x19 cm.

Metros linear = (23,35 x 2) + (13,15 x 2) = 73m.

Total de blocos = (73 x 2) / 0,39 = 374,35 blocos.

Peso total 3,00 x 375 = 1125,00kg.

Blocos cerâmicos para contenção:

Por causa da inclinação do telhado será necessária a colocação de blocos de


cerâmica perpendiculares as paredes do telhado, para não deixar com que haja
deslocamento do material drenante. Serão duas fiadas de tijolo maciço de barro de
peso 1,50kg, com dimensões 20x10x4,5cm e resistência a compressão 30kgf/cm².
Porem entre um tijolo e outro haverá um espaçamento de 3 cm para que a água não
emposse.

Tijolos = 325,10m / {(0,20 + 0,03) x 2} = 706,74 tijolos

Peso total = 1,50 x 707 = 1060,50kg

Argamassa:

Feita no traço 1, 6 (cimento e areia grossa) e x = 0,6. 25 kg de argamassa


rende 1m².

Área bloco de concreto = 73m x 0,40m x 2 = 58,4m².

Área bloco cerâmico = 325,10m x (0,045 x 2) = 29,25m².

Quantidade total 25kg x 58,4m² = 1460,00 kg.


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Impermeabilizante:

A manta asfáltica é vendida em rolos de 10,00m de comprimento e 1,10m de


largura, pois sua principal utilização é a vedação de lajes e telados. Sua espessura
comum é de 3mm. Seu peso é de aproximadamente 5Kg/m2 (rolo de 50Kg).

Área da manta = 10,00 x 1,10 = 11,00m².

Área das paredes =73 x 0,40 = 29,20 m².

Total de mantas = 306,95 + 29,20 / 11,00 = 57,10 = 58 mantas.

Peso total = 306,95 + 29,20 x 2,50 = 379,95kg.

Camada de Dreno:

Terá a utilização da brita nº3 , 130Kg/m³, em uma camada de 10cm de altura.

Volume = 306,95m³ x 0,10m = 30,695m³.

Peso total = 130kg/m³ x 30,695m³ = 3990,35kg.

Camada Filtrante:

Geotêxtil não-tecido 300g/m². Essa manta será posta entre a brita e o solo e
também de ponta a ponta da cobertura, escalonada com espaçamentos de 1m
perpendiculares a diagonal (27,09m). Terá a função alem de filtrar, alem de segurar
a terra para que ela não deslize com a chuva.

Área Plana = 306,95m².

Área = 325,10m x 0,40m = 130,04m².

Área Total = 437,05m².


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Solo:

O solo será de terra vegetal numa camada de 10 cm de altura. Peso


específico do solo 144 kg/m³. Volume do solo 200 kg/m³.

Volume Total = 200 x 0,10 = 20kg/m³.

Peso Total = 306,95 x 20 = 6139,00kg.

Vegetação Recomendada:

(Arachis Pintoi). O amendoim forrageiro é uma leguminosa herbácea perene,


de crescimento rasteiro, estolonífera cm 20 a 40 cm de altura. Possui raiz pivotante
que cresce em média até cerca de 30 cm de profundidade. As folhas são alternas
glabas mas com pêlos sedosos nas margens. O caule é ramificado, cilíndrico,
ligeiramente achatado com entrenós curtos e estolões que podem chegar a 1,5 cm
de comprimento. A floração é indeterminada e contínua, com as inflorescências
axilares em espiga. Região America do Sul.

Peso total da cobertura:

O peso descrito tabela 4 não trabalha com o momento fletor existente no


projeto. Apenas mostra a quantificação de material e a somatória dos materiais
computados na cobertura.

MATERIAL PESO (KG)


Concreto 82876,5
Bloco de
1125
Concreto
Bloco Cerâmico 1060,5
Argamassa 2192,25
Ipermeabilizante 379,95
Dreno 3990,35
Solo 6139
Total 97762,55

Tabela 4: Peso da estrutura do Telhado Verde


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8 CONCLUSÃO

Com os sistemas apresentados podemos concluir que apesar dos gastos


primários - estudos do projeto, materiais tecnologicamente avançados, mão-de-obra
especializada -, estes não são maiores que o custo benefício apresentado pelos
mesmos. Pois se trata de modelos de restauração do meio que o ser humano
despreza e se esquece de que faz parte dele.

Através dos dados apresentados verifica-se que o sistema de telhado branco,


que nada mais é do que pintar as telhas de uma cobertura com uma determinada
tinta desenvolvida para ter mais resistência às condições climáticas minimiza de
forma simples e eficaz a emissão de CO2 na atmosfera. A cor branca por ter a
presença de todas as cores prismáticas reflexíveis, não absorve luz que nada mais é
do que ondas de energia, pois já está saturada. E essas ondas, conforme a
freqüência gera um tipo de agitação molecular e assim gera calor. Se não há
absorção, resta a reflexão da luz. Dessa forma não transmitindo toda a energia que
chega ao interior do ambiente. O que o deixa menos quente e propicia um ambiente
mais salubre sem a necessidade de sistemas forçados de ventilação.

O telhado verde ou jardins da babilônia representa a necessidade de


voltarmos mais atenção ao meio natural do espaço. Ele, além de restaurar
esteticamente um ambiente, também traz vantagens de extrema significância para
todo um centro urbano, devolvendo parte da natureza perdida e condicionando
melhores propriedades térmicas.

Portanto, ao construir ou reformar uma edificação optando por utilizar um


telhado ecologicamente correto, ao invés de coberturas convencionas, isso não trará
apenas futuras vantagens estéticas e financeiras, mas contribuirá para a inverção
uma situação de carência ambiental que há muito tempo vem sendo abordada.
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REFERÊNCIAS

TERMOCRIL. Http: <http://www.maggicor.com.br/produtos3.asp?id=56>.


Acesso em 07 de junho de 2010.

JOE. Http: <www.salveomundo.org/?p=14>. “Pinte seu telhado de branco!”


Publicado em 26 de abril de 2009, Revista Superinteressante. Acesso em 07 de
junho de 2010.

VIEIRA, Flávio. Http: <www.energiaeficiente.com.br/>. “Pinte seu telhado de


branco!” Acesso em 04 de maio de 2010 às 21h.

CASTROL, Andréa Souza e GOLDENFUM, Joel Avruch. Http: <www.


info.ucsal.br/banmon/Arquivos/ART_200709>. “Uso de telhados verdes no
controle quali-quantitativo do escoamento superficial urbano”. Acesso em 13
de junho de 2010 às 12h.

ARAÚJO, Sidney Rocha de. “As funções dos telhados verdes do meio
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