Sei sulla pagina 1di 6

DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

 Obrigações Alternativas
 Obrigações Divisíveis e Indivisíveis
 Obrigações Solidárias

Obrigação Alternativa (art. 252 – 256 CC)


Obrigação alternativa é aquela que tem por objeto duas ou mais prestações, das
quais somente uma será efetuada, ou seja, são prestações excludentes entre si, dois
ou mais objetos, mas apenas um deles será escolhido para pagamento ao credor.
→ EX. 10 litros de água ou 10 litros de leite ou 10 litros de refrigerante. Na
prestação opta-se por um dos objetos para quitar a prestação liberando os outros.
Art. 252 - Quanto à escolha do objeto regra geral quem escolhe é o devedor,
podendo ser o credor ou uma terceira pessoa escolhida por ambos, vale o que
estabelecer o contrato.
Art.252 § 1º - No caso de haver prestações sucessivas ou periódicas pode-se
escolher a cada prestação um dos objetos, no entanto o credor não precisa aceitar em
uma prestação, parciais de dois objetos, por exemplo, uma vez escolhido o objeto a
prestação deve ser integral naquele objeto.
Art.252 § 2º - A obrigação de prestações periódicas faculta ao devedor optar por
um ou outro objeto a cada prestação, exaurindo a obrigação na dação em pagamento
de um dos objetos.
Art.252 § 3º - Na multiplicidade de devedores não havendo consenso na escolha
do objeto, esta caberá ao juiz, expirado o prazo para que haja acordo entre as partes.
Art.252 § 4º - Ao juiz também caberá a escolha do objeto, se no contrato do
negócio, terceira pessoa eleita para fazê-lo, se exime ou não pode faze-lo e não haja
acordo entre as partes.
Art.253 – Havendo impossibilidade de cumprir com uma das prestações (pela
indisponibilidade do objeto), automaticamente a execução passa para o outro objeto.
Sendo a opção entre mais de dois objetos o devedor ainda tem a condição de escolha
entre ambos, ficando apenas o inexeqüível fora.
Art.254 – Na eventualidade de nenhuma das prestações serem possível o
cumprimento, e ainda incorrer em culpa do devedor, ao credor cabe o crédito do
valor da última prestação que se impossibilitaram mais perdas e danos (quando ao
credor não couber escolha da prestação). – exemplo: 1 boi ou 1 cavalo ou 1 arado –
nenhum dos objetos está disponível e o último que ficou indisponível foi o arado, é
sobre o valor deste o débito, acrescido de perdas e danos.
Art.255 – Em se tratando de escolha do credor a prestação a ser paga, e por
culpa do devedor uma das prestações ou ambas se tornar impossível, pode o credor
exigir o pagamento da disponível ou escolher entre quaisquer se todas estiverem
indisponíveis com direito em ambos os casos a perdas e danos.
Art.256 – Se todas as prestações se tornarem impossíveis, sem haver culpa do
devedor, extingue-se a obrigação. Neste caso pode-se subentender uma “culpa do
credor” em sendo esta concretizada cabe ao credor responder pelo equivalente da
obrigação mais as perdas e danos causados ao devedor.

__________________________________________________________ 1
Sandra Regina Bergmann Schneider
Direito Civil II
Em se tratando de dação em pagamento da obrigação alternativa podem ocorrer
seis hipóteses diferentes:
a) Perece uma das coisas sem culpa do devedor – (art.253) subsiste o debito
quanto a coisa ou objeto remanescente.
b) Perece a uma das coisas sem culpa e a outra por culpa – (art. 255) o
credor terá direito de exigir ou a prestação subsistente ou o valor da outra
com perdas e danos.
c) Perecem ambas por culpa do devedor – (art. 255) poderá o credor
reclamar o valor de qualquer das duas, alem de indenização por perdas e
danos.
d) Perecem ambas sem culpa do devedor – (art. 256) extingue-se a
obrigação.
e) Perece a primeira sem culpa e a outra por culpa do devedor – (art.
253+234) subsiste o debito quanto ao objeto remanescente, respondendo
o devedor, igualmente, pelos prejuízos.
f) Perece a primeira por culpa do devedor e a segunda sem culpa – (art. 255)
assiste ao credor o direito de optar entre a prestação subsistente ou o valor
da outra com perdas e danos.

Obrigação Divisível e Indivisível (art. 257 – 263 CC)


A obrigação é indivisível quando indivisível for seu objeto. Quando a obrigação
somente pode ser cumprida em sua integridade. Como adverte Caio Mário da Silva
Pereira, "o que é divisível ou indivisível não é a obrigação, mas a prestação; por
metonímia, entretanto, fala-se em divisibilidade ou indivisibilidade da obrigação”.
Em contrapartida, a obrigação divisível é aquela passível de fracionamento ou
cumprimento parcial.
A rigor podemos afirmar que a indivisibilidade da obrigação se dá quando o
fracionamento do objeto altera sua substância ou representa sensível diminuição no
seu valor, (ex. Apartamento, diamante...) ou de outro modo, a indivisibilidade da
obrigação for contratada no negócio (indivisibilidade convencional).
A doutrina convenciona três formas de indivisibilidade:
1. Natural (material) – decorrente da natureza – ex. Diamante, animal...
2. Legal (jurídica) – decorrente de norma legal – ex. apartamento, fração
mínima de terra...
3. Convencional – decorrente da vontade das partes. Ex. contrato.
Art. 257 – A pluralidade de devedores ou credores em obrigação divisível
presume o fracionamento proporcional das prestações para ambas as situações, salvo
se tenha condicionado de forma diferente em contrato.
Art. 258 - A indivisibilidade da obrigação em função da impossibilidade de
fracionamento do objeto (material, jurídico ou convencional). Em se tratando de
uma obrigação de não fazer, em princípio também é indivisível, pois deixar de fazer
pela metade, implica em inadimplemento.
Art. 259 – Obrigação indivisível com pluralidade de devedores implica na
obrigação de cumprimento total da dívida por qualquer um destes, mesmo sendo
devedor apenas de parcela da dívida, tornando o pagador integral credor em relação
aos demais devedores das parcelas referentes a cada um. Neste último caso, havendo
garantias de cumprimento estabelecidas no contrato inicial (fiança, hipoteca), pode a
parte que pagou a prestação integral, exigir de seus coobrigados as mesmas
garantias. Assim em caso de inadimplemento de um dos coobrigados, cobrar de seu
fiador, por exemplo.
__________________________________________________________ 2
Sandra Regina Bergmann Schneider
Direito Civil II
Art. 260 – Havendo pluralidade de credores em obrigação indivisível, qualquer
um deles tem legitimidade para exigir o cumprimento da obrigação integral. Para
evitar o risco de ser cobrado novamente o devedor deve precaver-se e exigir no ato
do pagamento: I) exigir a presença dos demais para que todos recebam o
pagamento, podendo fazê-lo por notificação judicial ou extrajudicial, se ainda assim
apenas um comparecer, a obrigação fica quitada, pela ciência de todos, a autorização
por escrito pelos outros também quita o débito; II) exigir do credor uma caução de
ratificação dos outros credores, que deve ser por escrito com firmas reconhecidas
para comprovação de sua autenticidade.
Art. 261 - O credor que recebeu a prestação integral deve repassar aos outros
suas parcelas, por ser um objeto indivisível os outros receberão sua parte em
dinheiro. Justifica-se pela indivisibilidade do bem, a coligação entre os credores, e a
inércia, se houver, de parte dos credores no ato do recebimento implica em
recebimento da prestação em dinheiro.
Art. 262 - Se houver o perdão da dívida de um dos credores, os outros ainda
terão direito as suas parcelas, descontada a parte perdoada como se paga fosse.
Critério igual é utilizado na transação, novação, compensação ou confusão.
Art. 263 – A indisponibilidade do objeto da obrigação indivisível converte seu
pagamento em dinheiro, o que torna a obrigação divisível, ficando cada um dos
devedores responsável pela sua quota-parte. A norma regra duas hipóteses: a) a
indisponibilidade do bem por culpa de todos os devedores implica na
responsabilidade conjunta e proporcional de todos inclusive em perdas e danos; b)
havendo a culpa de apenas um (ou mais) dos devedores, este será responsável
integralmente pelas perdas e danos, contudo no que tange ao valor do objeto cada
uma dos coobrigados deve pagar sua quota-parte.

Obrigação Solidária (art. 264 – 285 CC)


Há solidariedade quando, na mesma obrigação, concorre pluralidade de credores
(solidariedade ativa), cada um com direito a dívida toda, ou pluralidade de
devedores (solidariedade passiva), cada um obrigado a ela por inteiro. A
solidariedade na obrigação é um reforço no vínculo, para a solução ou cumprimento
da dívida. Caio Mário da Silva Pereira assinala duas características fundamentais da
obrigação solidária: a pluralidade subjetiva e unidade objetiva. Para haver a
obrigação solidária é necessário haver mais de um credor/devedor e a obrigação ser
de unidade objetiva, por ordem técnica, ou seja, a lei assim o determina ou
convencionado no negócio.
Art. 264 – A pluralidade de devedores ou credores em relação a uma obrigação
única com direitos ou deveres totais sobre a obrigação, caracteriza a obrigação
solidária nesta norma.
Art. 265 – A obrigação solidária não é presumida e sim resultante de lei ou de
pré-estabelecido no contrato. Ex. pais para com os filhos, grupo de empresas para
com empregado de uma delas, avalista como devedor solidário...
Art. 266 – A obrigação solidária pode ocorrer de forma diferente e mista para
cada uma das partes, enquanto para um é exigível no ato, para outro pode haver
prazo, condições (suspensiva/resolutiva) ou local de pagamento diferenciado. Os
termos pré-contratados podem incidir tanto na solidariedade ativa quanto na passiva.
Art. 267 – Existindo solidariedade ativa, qualquer um dos credores sem
qualquer distinção ou restrição, tem legitimidade para cobrar a obrigação total, o
devedor não poderá pagar apenas uma parcela somente a totalidade do débito, assim
como se exonera da obrigação fazendo o pagamento para um dos credores.
__________________________________________________________ 3
Sandra Regina Bergmann Schneider
Direito Civil II
Art. 268 – A possibilidade do pagamento a qualquer um dos credores se mantém
até que um deles acione judicialmente a cobrança, a partir deste momento somente
ao que tomou a iniciativa da cobrança, a dívida deverá ser paga. No entanto no caso
do réu ser absolvido na instância, ou anular-se o processo, ou cessar a relação
processual sem que o débito sem extinga, devolve-se a qualquer outro credor o
poder de receber e reclamar.
Art. 269 – O pagamento parcial de dívida a um dos credores extingue a dívida
até este montante, o remanescente continua devido aos outros credores. Situação
visível no art. 266.
Art. 270 – A morte de um dos credores deixando herdeiros, dará direito a estes
de exigir cada um o seu quinhão, situação que possibilita algumas hipóteses
diferentes: a) objeto divisível – os herdeiros estão legitimados a exigir cada um a
sua parte; b) objeto indivisível, herdeiro único ou reunião dos herdeiros – legitima a
cobrança total do débito, ficando obrigado perante os outros herdeiros ou demais
credores solidários.
Art. 271 – A conversão em perdas e danos da obrigação não extingue a
solidariedade da obrigação, permitindo que qualquer um dos credores exija o
pagamento do débito. Situação somente não se aplica em caso de danos morais pela
razão de sua natureza personalíssima.
Art. 272 – O perdão da dívida total ou parcial, assim como seu recebimento por
um dos credores, transforma-o imediatamente em devedor perante os demais
credores, podendo cada um deles exigir a sua parte. Cada credor tem direito a
apenas a sua parte no crédito, independente de poder receber o todo.
Art. 273 – A possibilidade de o devedor utilizar exceção pessoal como meio de
defesa alegando um vicio ou defeito de relacionamento com a dívida, só pode ser
invocada diretamente aquele credor autor do fato, por ser tratar de natureza
personalíssima. Aos outros credores não surte tal efeito. O devedor pode opor as
chamadas exceções comuns, estas sim são hábeis a afetar todos os credores.
Art. 274 – O julgamento favorável a um dos credores aproveita os demais, a
menos que seja exceção pessoal, porém um julgamento desfavorável não incide
sobre os demais. Para que possa atingir todos os credores é preciso que tenham
participado no processo na qualidade de litisconsortes.
Art. 275 – Na solidariedade passiva em que a pluralidade existe no devedor, o
credor tem legitimidade para exigir e cobrar o débito de qualquer um deles
integralmente. Situação bastante cômoda para o credor que pode optar pelo que
melhor convier aos seus objetivos. Na hipótese de cobrança judicial de um dos
devedores, este não pode pedir a renuncia da solidariedade passiva em relação aos
outros.
Art. 276 – A morte de um dos devedores solidários onera seus herdeiros na
quota-parte a que lhes pertence e não rompe a solidariedade. Cada sucessor
responde somente por sua parte, salvo se for objeto indivisível ou se forem cobrados
todos os herdeiros conjuntamente. Resta salientar que a obrigação dos herdeiros vai
até o limite do patrimônio deixado pelo de cujus, do contrário suporta o credor o
remanescente.
Art. 277 – O credor não está obrigado a receber parciais de débitos, mas se o
fizer ou perdoar um dos devedores, ainda assim poderá cobrar dos outros o saldo
remanescente.
Art. 278 – A inclusão de cláusulas adicionais, impondo condições ou obrigações
entre o credor e os devedores somente será válida se: a) não agravar a situação dos
co-devedores; b) seja feita com consenso de todos os demais coobrigados. No
__________________________________________________________ 4
Sandra Regina Bergmann Schneider
Direito Civil II
entanto se a mudança acarretar em benefício do devedor a todos beneficia
independente de participar ou não no ato.
Art. 279 – A impossibilidade de adimplemento por culpa de um dos devedores
não exonera os outros do pagamento do débito, ao qual todos são responsáveis na
sua quota, somente ao devedor culpado cabe perdas e danos no negócio.
Art. 280 – É responsabilidade de todos os devedores o pagamento de juros de
mora por inadimplemento no prazo estipulado, mesmo sendo culpa de um dos
devedores apenas. O credor pode cobrar a totalidade do débito com os juros de
qualquer um. O devedor culpado deve arcar com os juros moratórios reembolsando
os demais co-devedores, se estes o pagaram ao credor.
Art. 281 – Como no artigo 274, o julgamento favorável a um dos devedores
somente alcançará a todos se for alegado exceção comum, nos casos de exceção
pessoal, subjetiva ou particular somente o que obteve julgamento em seu favor se
beneficia.
Art. 282 – A obrigação solidária é uma garantia e como tal pode ser dispensada,
o credor pode fazê-lo em favor de um, de alguns ou de todos, ficando assim extinta
a solidariedade passiva e cada qual responde por sua quota-parte. Ao dispensar a
solidariedade parcial (alguns devedores), os outros continuam coobrigados, porém
respondem pela integralidade já descontada a parte dos que o credor dispensou a
solidariedade.
Art. 283 – O devedor que quitou o débito integral com o credor passa a ser
credor (descontados sua parte) dos demais co-devedores, não havendo pré-
estabelecimento em contrato presume-se partes iguais a todos, se entre os demais
houver um devedor insolvente (passivo maior que ativo), esta parcela é rateada entre
todos os coobrigados.
Art. 284 – A exoneração da solidariedade não exime o devedor do cumprimento
da obrigação, assim em caso de insolvência de algum devedor, o rateio deverá ser
feito entre os demais.
Art. 285 – O benefício exclusivo de um débito de uma dívida solidária cabe a
este o pagamento integral, ou seja, se apenas a um interessa os benefícios da dívida,
contudo outro devedor solidário arca com o débito por inadimplemento, por
exemplo, este último tem o direito de cobrar do primeiro o valor integral do débito,
inexistindo rateio entre co-devedores. Ex. locatário e fiador.

Bibliografia:
PEREIRA, Caio Mario da Silva, Instituições de Direito Civil Volume II,
Rio de Janeiro, Ed Forense, 2003.
GAGLIANO, Pablo Stolze, Rodolfo Pamplona Filho, Novo Curso de
Direito Civil, Obrigações, 10 ed. São Paulo. Ed Saraiva. 2009.

__________________________________________________________ 5
Sandra Regina Bergmann Schneider
Direito Civil II
SCAVONE Jr, Luiz Antonio, e outros, Comentários ao Código Civil, 2ª
ed. São Paulo. Revista dos Tribunais, 2009.

__________________________________________________________ 6
Sandra Regina Bergmann Schneider
Direito Civil II

Potrebbero piacerti anche