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4 - Decisão interlocutória - Fundamentação - Falta - Inocorrência - Decisão que, embora concisa, traz em
si todos os elementos necessários - Preliminar rejeitada.
COMPETÊNCIA. Indenização. Danos. Profissional liberal. Prestação deficiente de serviços médicos. Relação de
consumo. Ajuizamento no domicílio do autor. Possibilidade ainda que a responsabilidade dependa de apuração
de culpa. Prevalência do artigo 101, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor, sobre o artigo 100, inciso V,
"a", do Código de Processo Civil. Exceção rejeitada. Recurso não provido.
Ementa oficial: Exceção. Incompetência. Reparação civil. Responsabilidade do fornecedor de serviços. Médico.
Juízo competente o do domicílio da autora. A ação de responsabilidade por dano decorrente da prestação de
serviço médico pode ser proposta no foro do domicílio do autor - artigo 101, inciso I do Código de Defesa do
Consumidor - ainda que a responsabilidade do profissional liberal dependa da prova de sua culpa. Artigo 14, §
4º, do CDC. Recurso desprovido.
(TJSP - 7ª Câm. de Direito Privado; AI nº 110.894-4-Bebedouro; Rel. Des. Oswaldo Breviglieri; j. 5/5/1999; v.u.)
JTJ 225/189
5 - Ação Civil Pública - Defesa do Consumidor - Produtos lançados ao mercado com conteúdo mínimo
médio inferior às indicações constantes nos rótulos, nas embalagens e nas mensagens publicitárias,
conduzindo os consumidores a erros no momento de suas aquisições.
Legitimidade Ativa do Ministério Público. Interesses meta- individuais caracterizados pela indeterminação dos
sujeitos, pela indivisibilidade do objeto, pela litigiosidade interna e por sua tendência à transição ou mutação do
tempo ou no espaço. Princípio da Razoabilidade e da Proporcionalidade. A perda de peso do produto é previsível
e por isso existem margens técnicas de tolerância, permitindo-se oscilações. A extrapolação contínua desse
limite é que faz presumir a prática de ato fraudulento, em prejuízo dos consumidores finais. A condenação
equivalente ao percentual de erro médio consignado nos autos de infração é viável, por ser impossível precisar-
se o prejuízo, por força da natureza difusa do dano considerado. A multa diária fixada pelo juiz caracteriza-se
como astreinte - condenação pecuniária e eventual de valor excessivamente exagerado - meio coativo cujo
objetivo é obter do devedor, sob ameaça de aumento progressivo da soma em dinheiro, o efetivo cumprimento
da obrigação de fazer ou não fazer.
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Jurisprudência – Defesa do Consumidor
Prof. Antônio César Pinheiro Cotrim – UNILINS
(TJSP - 7ª Câm. de Direito Público; AC nº 36.678-5-Guarulhos; Rel. Des. Guerrieri Rezende; j. 10/5/1999; v.u.)
JTJ 229/16
7 - Consumidor - Ônus da prova - Inversão - Faculdade concedida ao Juiz, que irá utilizá-la no momento
que entender oportuno, se e quando estiver em dúvida, geralmente por ocasião da sentença - Inteligência
do art. 6º, VIII, da Lei nº 8.078/90.
A inversão do ônus da prova, prevista no art. 6º, VIII, do CDC, é uma faculdade concedida ao Juiz, que irá utilizá-
la a favor do consumidor no momento que entender oportuno, se e quando estiver em dúvida, geralmente por
ocasião da sentença.
(1º TACIVIL - 3ª Câm.; AI nº 912.726-8-SP; Rel. Juiz Roque Mesquita; j. 4/4/2000; v.u.) RT 780/278
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Jurisprudência – Defesa do Consumidor
Prof. Antônio César Pinheiro Cotrim – UNILINS
Caracteriza propaganda enganosa, gerando a anulabilidade do negócio jurídico celebrado, em face do disposto
nos arts. 86, 87, 147, II, do CC e 37, § 1º, da Lei nº 8.078/90, a oferta de veículo em estado de novo, através de
anúncio em jornal, que, porém, apresenta defeitos graves, constatados pelo comprador após dois dias da
celebração da transação.
DANO MORAL. Consumidor. Constrangimentos e incômodos sofridos pelo adquirente de veículo que, anunciado
em jornal, em estado de novo, apresenta defeitos graves apenas dois dias após a celebração do negócio.
Indenização devida, observando-se, no entanto, o critério da razoabilidade.
Os constrangimentos e incômodos sofridos pelo adquirente de veículo, que, anunciado em jornal, em estado de
novo, apresenta defeitos graves apenas dois dias após a celebração do negócio, impõem a reparação do dano
moral, observando-se, no entanto, o critério da razoabilidade.
(TJRJ - 11ª Câm. Civil; AC nº 10.329/99; Rel. Des. Nilton Mondego de C. Lima; j. 19/8/1999; v.u.) RT 773/344
16 - Dano moral - Cartão de crédito - Instituição financeira - Registro do nome de cliente inadimplente em
cadastros restritivos do SPC - Atitude que não pode ser considerada ilegal ou arbitrária, tampouco em
desconformidade à lei ou ato ilícito - Reparação indevida.
O registro do nome de cliente inadimplente com a utilização de movimentação de cartão de crédito em cadastros
restritivos do SPC não pode ser considerado como atitude ilegal ou arbitrária da instituição financeira, tampouco
em desconformidade à lei ou ato ilícito gerador de reparação a título de dano moral, pois há a possibilidade de os
estabelecimentos bancários utilizarem-se deste sistema como meio de proteção ao seu próprio funcionamento.
CONSUMIDOR. Comunicação ao devedor da futura inscrição em cadastro de inadimplentes. Obrigação que
cabe ao serviço de proteção ao crédito e não ao credor. Interpretação do art. 43, § 2º, da Lei nº 8.078/90.
Ementa Oficial: A obrigação, decorrente do Código do Consumidor, de comunicar o devedor da futura inscrição
no cadastro de inadimplentes é do serviço de proteção ao crédito e não do credor. Art. 43, § 2º.
(TJRS - 5ª Câm.; AP nº 70.000.189.241; Rel. Des. Carlos Alberto Bencke; j. 10/2/2000; v.u.) RT 780/375
17 - Despejo por falta de pagamento - Ação de cobrança - Aluguel - Bem imóvel - Multa moratória - Juros
de mora - Código de Defesa do Consumidor - Inaplicabilidade.
A locação é um contrato em que uma das partes se obriga a desembolsar prestação de aluguel e a outra a
permitir o uso e gozo do imóvel. A locação de imóvel não está subordinada às normas relativas ao Código de
Defesa do Consumidor, sendo regida por legislação própria, que é a Lei nº 8.245/91. Portanto, não há falar em
redução de percentual aplicado a título de multa moratória para 2%, conforme disposição do Código de Defesa
do Consumidor, devendo todavia ser reduzido o percentual de 20% pactuado no contrato de locação para o de
10%, em razão do momento econômico que atravessa o nosso país. A taxa de juros moratórios, tendo sido
convencionada entre as partes em 1% ao mês, deverá ser mantida nos termos contratuais e deverá incidir a
partir da citação válida do réu.
(TAMG - 2ª Câm. Civil; AC nº 298.667-8-Belo Horizonte; Rel. Juiz Edivaldo George; j. 15/2/2000; v.u.) RJ
273/109
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