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REALIZAÇÃO PARCERIA
EM CONSULTORIA PARA
Realização
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase)
Outubro de 2006
Em consultoria para
Governo Federal
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
Secretaria de Agricultura Familiar (SAF)
Parceria
Emater/Paraná
Organização
Iracema Dantas
João Roberto Lopes Pinto
Texto
Cândido Grzybowski
Eugênia Motta
João Roberto Lopes Pinto
Lauro Mattei
Leonardo Méllo
Luciano Cerqueira
Marcia Tibau
Nelson Giordano Delgado
Sebastião Soares
Revisão
Marcelo Bessa
Revisão final
AnaCris Bittencourt
Eugênia Motta
João Roberto Lopes Pinto
Marcia Tibau
Diagramação
Guto Miranda/Dotz Design
Ibase
Av. Rio Branco, 124/8º andar
20040-916 Rio de Janeiro/RJ
Tel:(21) 2509-0660 Fax: (21) 3852-3517
<www.ibase.br>
1. Introdução 5
6. Referências 116
PARTE II
1. Introdução 119
4. Cadastro 124
6. Questionários 127
6.1 Aplicação 127
6.2 Questionário aplicado entre beneficiários(as) do Pronaf 127
6.3 Questionário aplicado entre agentes locais 128
9. Agradecimentos 134
Anexos 135
Grupo C – Agricultores(as) familiares com renda bruta anual atual entre R$ 2 mil
e R$ 14 mil, que apresentem explorações intermediárias com bom potencial de
resposta produtiva. Os limites de financiamento para custeio são de R$ 3 mil,
com juros de 4% ao ano, desconto (rebate) de R$ 200 e prazo de pagamento
de até dois anos. Já para investimentos, o limite é de R$ 6 mil, e o prazo de
pagamento é de até oito anos, com juros de 3% ao ano. Além do rebate do
crédito de custeio, há ainda um desconto de R$ 700 do crédito de investimen-
to para contratos coletivos. Se o(a) agricultor(a) respeitar os prazos, poderá se
beneficiar de um bônus de 25% sobre os juros.
O ESTADO DO PARANÁ
O PRONAF NO PARANÁ
Ano- Minipro-
A B C D E Total
safra dutores
98/99 350.759 13.032.047 13.382.806
99/00 43.275.252 68.462.698 104.804.354 216.542.303
00/01 19.095.090 160.764.904 98.988.159 278.848.153
01/02 17.561.823 140.716.316 123.516.322 281.794.461
03/04 16.045.596 139.871.497 145.073.458 300.990.551
04/05 10.217.331 2.000 215.500.512 201.011.951 119.929.140 546.660.933
05/06 9.657.140 1.236.000 224.298.546 255.116.211 185.002.796 50.854.319 726.165.013
Total 115.852.231 1.238.000 949.965.232 941.542.502 304.931.936 50.854.319 2.364.384.221
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
*Não inclui exigibilidade bancária
Mesmo com variações ao longo dos sete anos, podemos perceber que as duas
modalidades de crédito tiveram um grande salto de 1998–1999 para 1999–2000,
tanto em número de contratos como em montante de recursos. Nos demais anos,
essa variação foi mais equilibrada e sobre ela se basearam os recursos e os contratos,
uma vez que são mais consistentes ao longo do tempo. A quantidade de contratos
de custeio apresentou um aumento de 68% de 1999–2000 para 2004–2005, ano
em que chegou a registrar mais de 146 mil empréstimos, a maior quantidade do pe-
ríodo. Por sua vez, os contratos de investimento aumentaram 170% no mesmo pe-
ríodo, registrando quase 23 mil contratos. Em relação aos recursos, de 2000–2001
até 2002–2003, os valores das duas modalidades de crédito variaram pouco, girando
em torno de R$ 200 milhões para custeio e R$ 100 milhões para investimento. Em
2003–2004, o crédito de custeio aumentou em 100%, ao passo que o de investi-
mento apresentou um aumento mais tímido, de 40%, para, no ano seguinte, apre-
sentarem aumentos de 50% e 33%, respectivamente.
TABELA 8: VALOR TOTAL DO CRÉDITO DO PRONAF* (EM R$) NO PARANÁ, POR MODALIDADE
ANOS-SAFRA 1998–1999 A 2004–2005
17%
1%
16%
Casal com filhos
Unipessoal
Outros
14%
Masculino
Feminino
86%
54% 46%
Masculino
Feminino
97%
89% 92%
88% 89%
84%
77%
Masculino
23%
16%
12% 11%
11% 8%
3%
Feminino
1 2 3 4 5 6 7
27%
19% 18%
14%
10%
8%
4%
1 2 3 4 5 6 7
19% 20%
14% 16%
12%
11%
9%
1 2 3 4 5 6 7
3% 3% 4%
13
Nesse caso, “investir” não tem
f) Avaliação do Pronaf pelos(as) beneficiários(as)
relação direta com o crédito de
investimento do Pronaf. Como se Em relação à avaliação que os(as) beneficiários(as) fazem do Pronaf, nota-se
pode constatar, no questionário
a pergunta foi formulada de
uma diferença em relação às dificuldades encontradas por agricultores(as) de cada
forma genérica. grupo de crédito, que representam perfis diferentes de produção e de relação com
g) Impactos diferenciais
Quando se analisam vários dados em conjunto, como o de melhoria das condi-
ções de vida, da avaliação quanto à situação da família, sobre a perspectiva de os(as)
filhos(as) continuarem no trabalho rural e o plano de investir no estabelecimento,
pode-se compor um quadro geral, segundo o qual o tipo de família, o nível de renda
e as possibilidades apresentadas fora do trabalho rural influenciam no impacto mais
geral do programa.
Percebe-se que os(as) beneficiários(as) que puderam melhorar objetivamente
suas condições de vida depois do acesso ao Pronaf (com reforma na moradia) têm
uma visão mais positiva de todos os quesitos de avaliação da situação da família,
como acesso à saúde e à educação, e até do entorno, quando avaliam a integração
com a comunidade e o meio ambiente. Em relação, por exemplo, ao acesso a ser-
viços públicos, os(as) beneficiários(as) em cujas moradias houve melhorias avaliam
positivamente em 65,2% dos casos. A avaliação positiva para o mesmo quesito feita
pelos(as) beneficiários(as) em cujas moradias não houve melhoria é menor, signifi-
cando 60,3%. Até quando avaliam a possibilidade de melhorar os negócios, os(as)
beneficiários(as) em cujas moradias houve melhorias avaliam mais positivamente:
enquanto 50% destes(as) avaliam o quesito “oportunidade de melhorar o negócio”
como “muito bom” ou “bom”, 46,7% de beneficiários(as) que não realizaram me-
lhorias em suas moradias avaliam da mesma forma.
Em parte, isso significa que a avaliação sobre o bem-estar da família passa pela
possibilidade de melhorar objetivamente e no cotidiano a forma como vivem. Mas
também pode significar que a melhoria concreta das condições cotidianas de vida
possibilita a melhoria concreta de outros fatores que influenciam no bem-estar da
família. É possível supor, por exemplo, que a melhoria da moradia possibilite a me-
lhoria das condições de saúde da família.
h) Formas associativas
Outro aspecto interessante dos dados diz respeito às formas associativas de que
os(as) agricultores(as) familiares fazem parte. Perguntados(as) sobre se ingressaram
em alguma organização depois que passaram a acessar o Pronaf, 39% declararam
ter passado a integrar o sindicato, sendo a resposta entre os(as) agricultores(as) do
grupo C a maior: 44,4%. Das organizações listadas, em segundo lugar no percen-
tual de respostas, estão as cooperativas de crédito apontadas por 31,1% dos(as)
agricultores(as).
5%
22%
Até 10 ha
41%
De 10,01 a 20 ha
De 20,01 a 50 ha
Mais de 50 ha
32%
GRÁFICO 11: DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE ÁREA DOS ESTABELECIMENTOS POR GRUPO DE CRÉDITO
56,7%
52,4%
37,8%
30,8% 30,6%
26,8%
C
24,4%
D
13,4%
12,2%
6,7% E
4,6%
3,6%
Em parte, esse aspecto foi captado pela pesquisa quando se observou que um
número expressivo de cada uma das três categorias de beneficiários(as) mencio-
nou a existência de uma segunda parcela (lote) de terra na qual desenvolve ativi-
dades agropecuárias. Nesse caso, verifica-se que as condições de arrendatários(as),
posseiros(as), meeiros(as), comodatários(as), etc. são bastante relevantes, especial-
mente para beneficiários(as) do grupo C, indicando que a questão da posse da terra
é um elemento crucial para os(as) agricultores(as) familiares que buscam expandir
sua produção agropecuária a partir da incorporação de novas áreas agrícolas.
Do ponto de vista da utilização das terras dos estabelecimentos agropecuários,14
observa-se que grande parte delas é ocupada com culturas temporárias, e é pratica-
mente insignificante o percentual dos(as) agricultores(as) que declaram não possuir
esse tipo de atividade. Registre-se que tal comportamento é muito semelhante entre
os três grupos de beneficiários(as) do crédito rural do Pronaf. Deve-se ressaltar que
esse tipo de atividade é desenvolvido predominantemente em áreas de até 20 hecta-
res para todas as categorias, exceto no caso dos(as) beneficiários(as) do grupo E, pois
uma parte importante desse grupo também produz culturas temporárias em áreas de
14
Registre-se que, por até 50 hectares.
deficiência do instrumento de
pesquisa, não foi incluída a área
Já o uso das terras com culturas permanentes está presente em cerca de 50%
com pastagens. de todos os estabelecimentos das três categorias de beneficiários(as), porém com
93%
78%
59%
55%
45%
41%
Sim
22%
7% Não
92,7% 92,5%
86,5%
56,3%
38,8%
31,3%
4,6% 1,9%
Grupo C
1 safra De 2 a 3 safras De 4 a 5 safras De 6 a 7 safras
Agrotóxicos/defensivos 56,3 84,1 79,8 95,2
Fertilizantes orgânicos 17,3 18,3 8,3 4,8
Fertilizantes químicos 89,7 84,1 82,1 71,4
Inseticidas/fungicidas naturais 36 35,1 29,8 19
Produtos para agroindústria/
1,4 0,5 0 0
beneficiamento
Produtos veterinários 9,8 7,2 20,2 14,3
Sementes melhoradas 83 83,7 82,1 85,7
Outros 2,5 1,4 1,2 0
Grupo D
1 safra De 2 a 3 safras De 4 a 5 safras De 6 a 7 safras
Agrotóxicos/defensivos 88,8 94,4 97,4 96,4
Fertilizantes orgânicos 35 34,2 30,2 36,2
Fertilizantes químicos 88,8 94,7 93,7 97,7
Inseticidas/fungicidas naturais 40 41 39,7 47,5
Produtos para agroindústria/
2,5 3,8 1,1 1,4
beneficiamento
Produtos veterinários 51,3 60,5 59,8 63,3
Sementes melhoradas 73,8 85 89,9 93,2
Outros 5 4,1 5,8 5,4
continua
Sim
Não
30%
12%
3%
C D E
Outros 43%
Destinação adequada de
71%
recipiente de agrotóxico
Produtos C D E Total
Algodão 1,5 1,2 1,3 1,4
Cereais (arroz, aveia, trigo, etc.) 2,4 2,8 7 3
Café 4,5 2,9 0,4 3,5
Cebola 0,9 0,7 0,2 0,8
Feijão 16,4 10 5 13,2
Raiz (mandioca, batata, beterraba, cenoura, etc) 3,8 5,8 2,5 4,3
Milho 38 31,2 28,5 34,8
Soja 17,4 24,9 47,9 22,9
Frutas/Frutos 2,9 1,3 1,9 3,3
Fumo 7,2 10,7 4,3 8
Hortaliças 3,3 2,4 0,4 2,7
Couve-flor/brócolis 0,2 1 0,1 0,4
Legumes 1,4 1,4 0,1 1,3
Outros 0,2 0,7 0,5 0,4
Total 100 100 100 100
Fonte: Ibase, pesquisa Pronaf 2006
27%
24%
19%
11%
TABELA 11: OCUPAÇÃO POR GRUPO DE CRÉDITO APURADO E PONDERADO – SAFRA 2004–2005
TABELA 12: OCUPAÇÃO POR FORMA DE TRABALHO POR GRUPO DE CRÉDITO REFERENTE À
SAFRA 2004–2005
Assim, mais uma vez, aplicando a expansão, pode-se afirmar que, do ano-safra
2003–2004 ao ano-safra 2004–2005, houve uma variação positiva de cerca de 20
mil ocupações. Destaque-se que a criação de ocupações segue o padrão de ocu-
pação geral dos estabelecimentos de beneficiários(as), ou seja, criação de postos
para familiares.
Em se tratando de um programa que tem entre seus principais objetivos a fixa-
ção no campo, e não a criação de empregos, os dados da pesquisa mostram que
o programa vem cumprindo plenamente com seu objetivo. Mais uma vez, pode-se
constatar que o impacto do crédito no grupo C, ou seja, os estabelecimentos menos
capitalizados significam um impacto maior em termos gerais, em virtude do maior
público que atinge.
d) Renda
Quanto à renda dos estabelecimentos agropecuários, nota-se que grande parte
dela provém das atividades agrícolas relativas à produção vegetal, sobressaindo-se
aí a participação dos produtos mencionados anteriormente para todos os grupos de
beneficiários(as). No entanto, convém salientar que a distribuição pelo valor total
das vendas realça diferenças importantes entre esses grupos de agricultores(as).
Assim, mais de 73% de beneficiários(as) do grupo C afirmaram ter uma renda
advinda de vendas de produtos agrícolas que não ultrapassou R$ 5 mil na última
safra agrícola (2004–2005). Já cerca de 60% de agricultores(as) do grupo D tiveram
15%
Investimento
Custeio
85%
58%
45%
41%
28%
27%
20% 19%
15%
10% 11%
10%
8%
5%
2% 2%
C D E
48%
Sim
45%
Não
33%
C D E
61% 61%
58%
25%
23% 22%
9% 10%
8% 8%
5% 6%
2%
1% 0%
C D E
59%
55%
46%
41% 40%
32%
13%
9%
8%
C D E
Banco do
Indicadores de impacto Emater Prefeituras STRs
Brasil
Na diversificação da produção 2 11 3 7
Na mudança dos sistemas de
1 8 4 11
produção
No grau de tecnificação da produção 1 6 3 5
No desenvolvimento de
14 28 20 22
atividades não agrícolas
Na renda de agricultores 1 2 4 2
No cuidado com o meio ambiente 8 20 14 14
Fonte: Ibase, pesquisa Pronaf 2006
TABELA 19: PERCEPÇÃO DE AGENTES SOBRE AS ATIVIDADES E/OU POLÍTICAS PÚBLICAS IMPORTAN-
TES PARA O DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR NA REGIÃO – % DAS RESPOSTAS “MUI-
TO IMPORTANTE” NO TOTAL DAS RESPOSTAS DE CADA TIPO DE AGENTE CONSIDERADO – 2006
GRÁFICO 22: PERCEPÇÃO DE AGENTES – ATIVIDADES COM MAIORES PERCENTUAIS PARA RESPOSTA
“MUITO IMPORTANTE”
75%
Novos canais de 63%
comercialização 60%
58%
76%
Melhoria na educação 61%
62%
77%
72%
46%
Melhor infra-estrutura
40%
63%
77%
Mais crédito 74%
de investimento 64%
51%
73%
71%
Mais assistência técnica
72%
67%
77%
Garantia de 72%
compra da produção 62%
57%
71%
Diversificação 73%
da produção 53%
73%
GRÁFICO 23: PERCEPÇÃO DE AGENTES – ATIVIDADES COM MENORES PERCENTUAIS PARA RESPOSTA
“MUITO IMPORTANTE”
72%
Melhor 46%
infra-estrutura 40%
63%
50%
Crédito fundiário 44%
40%
38%
22%
27%
Fortalecimento do turismo
13%
16%
22%
Fomento ao 18%
artesanato 8%
16%
TABELA 21: PERCEPÇÃO DE AGENTES SOBRE AS ATIVIDADES E/OU POLÍTICAS PÚBLICAS IMPORTAN-
TES PARA O DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR NA REGIÃO – % DAS RESPOSTAS “MUI-
TO IMPORTANTE” NO TOTAL DAS RESPOSTAS DADAS PELO TOTAL DE BENEFICIÁRIOS ENTREVISTADOS,
DISTRIBUÍDOS SEGUNDO O GRUPO DE CRÉDITO EM QUE SE ENQUADRAM* – 2006
Nota-se uma unanimidade perfeita entre os três grupos de crédito acerca da im-
portância de um “pacote” de políticas públicas para o desenvolvimento da agricul-
tura familiar que inclua comercialização, crédito rural, assistência técnica e melhoria
27
No questionário aplicado na infra-estrutura (eletricidade, estradas, etc.). No caso dos grupos D e E, ganha
aos(às) agricultores(as)
beneficiários(as) do Pronaf, existe importância adicional a política de incentivo à agroindústria (48% e 49%, respec-
um item (57) que pergunta o
tivamente). Chama a atenção, por outro lado, que a “diversificação da produção”
que o(a) beneficiário(a) “acha
que é importante para o não figura nesse “pacote” comum das percepções dos(as) beneficiários(as) do Pro-
desenvolvimento da agricultura
familiar na sua região”. As
naf acerca das atividades e/ou das políticas públicas consideradas mais importantes
respostas são dadas em relação para o desenvolvimento da agricultura familiar local. Essa é, aliás, a grande diferença
a 12 indicadores, os mesmos
utilizados no questionário existente entre o “pacote” de prioridades dos(as) agricultores(as) beneficiários(as)
aplicado aos agentes, com a do Pronaf e o dos agentes locais do Banco do Brasil, do Emater, das prefeituras e
diferença de que os indicadores
“mais crédito para investimento” dos STRs.
e “mais crédito de custeio”, que Se considerarmos apenas as atividades e/ou políticas públicas que apresentam
figuram neste último, aparecem
agregados no indicador “mais freqüência de, no mínimo, 50% em relação ao total, sua distribuição por grupos de
crédito para produção” no
crédito é a seguinte (gráfico 23):
questionário aplicado aos(às)
beneficiários(as) do crédito rural.
54%
Novos canais de 54%
comercialização 58%
51%
55%
Melhor infra- 53%
estrutura 54%
55%
59%
Mais crédito para 56%
a produção 62%
57%
55%
Mais assistência técnica 51%
56%
56%
64%
Garantia de compra 67%
da produção 68%
62%
Se, por outro lado, considerarmos apenas as atividades e/ou políticas públicas
para as quais a freqüência de respostas “muito importante” foi, no máximo, de 35%
do total, sua distribuição por grupos de crédito é a que segue:
38%
Crédito fundiário 32%
36%
40%
33%
Fortalecimento do 33%
associativismo/cooperativismo 34%
32%
14%
10%
Fortalecimento do turismo
12%
15%
12%
Fomento ao 12%
artesanato 11%
12%
Com o tempo bastante exíguo para visita às regiões, utilizou-se um roteiro, que
vem anexado a este documento, para orientar, de forma bastante flexível, a coleta
de informações sobre esses seis elementos delimitados.
Estabelecido o referencial básico para a realização dos estudos de caso, a
equipe do projeto viajou a Curitiba para entrevistar dirigentes, técnicos(as) e
pesquisadores(as) de instituições governamentais e não-governamentais relevantes,
buscando subsídios para a escolha de três regiões do Paraná onde os estudos de
caso deveriam ser realizados. Chegou-se, então, a um consenso de que a avaliação
dos impactos do Pronaf sobre a sustentabilidade da agricultura familiar deveria con-
centrar-se nas regiões Oeste, Sudoeste e Vale do Ribeira.
A escolha da região Oeste deveu-se principalmente ao fato de que nela o mode-
lo tradicional de modernização da agricultura mais avançou no estado, com o predo-
mínio da integração de agricultores(as) familiares mais consolidados(as) nas cadeias
agroindustriais empresariais de aves e de suínos ou nas cadeias produtivas de soja e
de milho, que representam cerca de 80% da produção total de grãos no Paraná.
O Sudoeste foi selecionado porque – além de ser uma região onde o modelo
tradicional de modernização agrícola mais avançou, à semelhança do Oeste – carac-
teriza-se historicamente pelo desenvolvimento de um forte tecido associativo, o que
determina a presença de organizações econômicas importantes de agricultores(as)
familiares, dando-lhes maior capacidade de acesso às políticas públicas para o meio
rural, bem como a existência de algumas experiências de transição de sistemas pro-
dutivos tradicionais para agroecológicos.
Por fim, o Vale do Ribeira é uma região, ao contrário das duas anteriores, histo-
ricamente abandonada pelas políticas governamentais. Nela, predomina uma agri-
cultura familiar caracterizada pelas próprias lideranças dos(as) agricultores(as) como
“agricultura cabocla” e com um tecido associativo considerado ainda relativamente
frágil, não obstante a expansão recente de cooperativas do Sistema Cresol. Nesse
contexto, o Pronaf surge como a primeira oportunidade de os(as) agricultores(as)
familiares regionais terem acesso ao crédito rural, o que torna especialmente rele-
vante a avaliação de seus impactos sobre a sustentabilidade desse tipo particular de
agricultura familiar, comparando, ademais, esse caso com os das duas outras regiões
onde predominam agricultores(as) familiares mais consolidados(as) e com maior ca-
pacidade de acesso às políticas governamentais.
Densidade
Municípios Urbana Rural Rural (%) Total demográfica
(hab./km2)
Adrianópolis 1.613 5.394 77 7.007 4,58
Bocaiúva do Sul 3.562 5.488 61 9.050 13,22
Cerro Azul 3.916 12.436 76 16.352 11,09
Dr. Ulysses 701 5.302 88 6.003 7,99
Itaperuçu 16.234 3.110 16 19.344 69,75
Rio Branco do Sul 20.049 9.292 32 29.341 27,26
Tunas do Paraná 1.421 2.190 61 3.611 6,00
Total do VR 47.496 43.212 48 90.708 –
Total do Paraná 7.786.084 1.777.374 19 9.563.458 –
Fonte: Fórum de Desenvolvimento Sustentável do VR
Aflora claramente uma situação em que a lógica de gestão das estratégias de re-
produção da agricultura familiar mais se distancia da lógica de gestão do crédito por
parte dos bancos comerciais, o que limita significativamente os impactos do Pronaf
sobre a sustentabilidade da agricultura familiar numa região com as características
do Vale do Ribeira.
A pecuária de leite é uma cadeia produtiva em expansão na região. Segundo
dados de 2001 do Emater (FÓRUM, 2006, p. 13), as maiores áreas de pastagens
do Vale do Ribeira concentravam-se em Adrianópolis (mais importante), Rio Branco
TABELA 26: TOTAL ACUMULADO DO PRONAF PARA CUSTEIO E PARA INVESTIMENTO NO PERÍODO
– 2000–2005 NO VALE DO RIBEIRA - PR POR MUNICÍPIO
TABELA 27: EVOLUÇÃO DO PRONAF NO VALE DO RIBEIRA-PR POR GRUPOS DE CRÉDITO – 2000–2005
Grupo B Grupo B Grupo C Grupo C Grupo D Grupo D Grupo E Grupo E Total Total
Anos (1) (2) (1) (2) (1) (2) (1) (2) (1) (2)
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
2000 – – 21 32,2 55 187,3 – – 76 219,5
2001 – – 345 396,1 80 281,7 – – 425 677,8
2002 – – 657 930,2 102 414,5 – – 759 1.344,7
2003 – – 1.065 2.211,2 138 545,3 37 117,9 1.244 2.882,4
2004 174 174,0 1.274 2.849,7 145 699,8 10 35,7 1.617 3.797,0
2005 80 80,0 895 2.272,4 121 609,4 3 38,2 1.099 3.000,0
Observações: (I) Fazem parte do Vale do Ribeira-PR os seguintes municípios: Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro
Azul, Dr. Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná. (II) Na primeira linha da tabela, (1) significa o
número de contratos em cada grupo de crédito, e (2) representa o valor do crédito (em R$ mil) em cada grupo. (III)
Em 2003, o valor total na última coluna é maior do que a soma dos valores de cada grupo de crédito porque inclui 4
contratos do Grupo A/C. Em 2004, essa diferença se deve à inclusão no valor total de 1 contrato enquadrado como
de miniprodutores e de 13 contratos com recursos de exigibilidade bancária, sem enquadramento.
Fonte: Bacen (somente exigibilidade bancária), atualizado até 12/2004; Bancoob, até 05/2006; Bansicredi, até
01/2006; Banco do Brasil, até 04/2006; BNDES, até 05/2006, segundo o site do MDA (www.mda.gov.br)
TABELA 28: EVOLUÇÃO DO PRONAF NO VALE DO RIBEIRA-PR POR GRUPOS DE CRÉDITO E POR
MUNICÍPIOS - ACUMULADO NO PERÍODO – 2000–2005
Observações: (I) Fazem parte do Vale do Ribeira-PR os seguintes municípios: Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul,
Dr. Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná. (II) Na primeira linha da tabela, (1) significa o número de
contratos em cada grupo de crédito, e (2) representa o valor do crédito (em R$ mil) em cada grupo.
Fonte: Bacen (somente exigibilidade bancária), atualizado até 12/2004; Bancoob, até 05/2006; Bansicredi, até
01/2006; Banco do Brasil, até 04/2006; BNDES, até 05/2006, segundo o site do MDA (www.mda.gov.br)
Isso, no entanto, contrasta marcadamente com Itaperuçu, que também tem coo-
perativa do Cresol, mas deteve cerca de 20% do total de contratos dos outros grupos
existentes (D, E e B). No caso do Pronaf B, Bocaiúva do Sul e Dr. Ulysses realizaram a
metade do total dos contratos feitos no Vale – seguidos de Itaperuçu –, em contraste
com sua relativamente baixa participação no número total de Pronafs C, D e E.
Além do Pronaf ter viabilizado o acesso ao crédito dos(as) agricultores(as) fami-
liares do Vale do Ribeira, as entrevistas realizadas também destacaram seu impacto
sobre o desenvolvimento do tecido associativo dos(as) agricultores(as) familiares da
região, que, embora relativamente mais frágil do que em outras regiões do estado
(o Sudoeste, por exemplo), vem se fortalecendo nos últimos anos. Ou seja, a exis-
tência do Pronaf e a necessidade de torná-lo acessível aos(às) agricultores(as) foram
fatores fundamentais que estimularam e pressionaram a sua organização, por meio
dos sindicatos ou pelas cooperativas do Sistema Cresol.
A prática com crédito rural no Vale do Ribeira nasceu por volta de 1999
em Itaperuçu com a experiência de microcrédito construída pelo sindicato de
trabalhadores(as) rurais, a partir de recursos fornecidos pela cooperação técnica
internacional. Dois eram os objetivos centrais desse experimento, na visão das pes-
soas que o idealizaram: desenvolver um trabalho de organização e de cooperação
entre os(as) agricultores(as) e viabilizar a desvinculação de tais agricultores(as) dos
bodegueiros, por meio da promoção de um sistema de poupança e da elaboração
de uma estratégia de compra de alimentos. Começou, então, o trabalho com as
comunidades buscando organizar as famílias. O instrumento utilizado para tanto foi
a formação de grupos e a criação do aval solidário ou aval cruzado. Conseguiram,
dessa forma, organizar um pouco mais de 200 famílias. Surgiu, então, a idéia de
formar uma cooperativa, o que ocorreu em 2001 com cerca de 270 famílias organi-
zadas, após enfrentar um enorme obstáculo representado pela quase inexistência de
documentação dos(as) agricultores(as). Em 2002, a cooperativa estava acessando
mais de 200 contratos de crédito do Pronaf para custeio em Itaperuçu.
4.2.2 OESTE
A produção de leite tem sido a primeira iniciativa adotada pela agricultura fa-
miliar para diversificar a produção. O Emater desenvolve na região um programa de
Ater para produtores de leite que atualmente alcança oito municípios, com um total
de nove grupos com um número de 20 a 25 produtores cada um. O foco do trabalho
desenvolvido situa-se na produção de alimentos (pastagens) no âmbito do estabe-
lecimento e no planejamento da evolução do plantel. É essencial o estímulo aos(às)
agricultores(as), com seminários, programas nas rádios locais, presença constante
de extensionistas e reuniões periódicas dos grupos para que ocorra a diversificação
com a produção de leite.
As cooperativas recebem a produção, processam o leite e comercializam os
produtos resultantes. Existe na região uma cooperativa central – a Frimesa, loca-
lizada em Medianeira – que recebe e processa o leite recolhido nas propriedades
familiares por cooperativas de menor porte. Muitas dessas cooperativas, mais pró-
ximas dos(as) agricultores(as), também fornecem assistência técnica. Uma delas,
a Cooperlac, sediada em Toledo, tem um programa especial para seus associados:
produtores que estão fornecendo leite há pelo menos seis meses podem ter até
cinco animais financiados pela cooperativa com 24 meses para pagar, sendo o
pagamento feito em leite.
A agroindústria familiar é também uma alternativa de diversificação para o es-
tabelecimento. É, principalmente, uma atividade complementar às atividades agro-
pecuárias, cujo desenvolvimento vem tomando impulso na região, ao norte do mu-
nicípio de Cascavel e nos municípios do extremo oeste, lindeiros ao reservatório da
Usina de Itaipu. São pólos dessa “jovem” cadeia produtiva paranaense os municípios
de Corbélia e Missal, entre outros.
d) O tecido associativo
O sindicalismo presente na mesorregião Oeste tem origem nos movimentos rei-
vindicatórios de trabalhadores(as) rurais, surgidos no norte do estado, há mais de
40 anos. Os sindicatos existentes em quase todos os municípios da região são vincu-
lados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep),
que, por sua vez, é filiada à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
(Contag). A tônica de sua atuação é marcada por questões que afetam, especial-
mente, os(as) trabalhadores(as) assalariados(as).
Essa característica, embora fiel às origens e também compatível com a realidade
atual de mesorregiões onde prevalece o trabalho assalariado nas áreas rurais, sen-
sibiliza cada vez menos os(as) agricultores(as) familiares(as), que enfrentam proble-
mas de outra natureza. Em relação a essa categoria, desempenha apenas um papel
institucional, elaborando e fornecendo as Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs)
que os habilitam ao financiamento Pronaf. Além disso, divulgam as características
dos diversos tipos de crédito Pronaf e os parâmetros para o enquadramento das
pessoas interessadas na obtenção desse apoio financeiro.
Dessa forma, os(as) agricultores(as) familiares não se sentem motivados(as)
nem atraídos(as) por esse tipo de associativismo. Há opiniões, razoavelmente ge-
neralizadas, de que essa atuação sindical está desatualizada e desfocada, não se
justificando para os(as) agricultores(as) familiares a militância e a participação ati-
va nesses sindicatos.
Por outro lado, desenvolve-se na região um movimento para o associativismo
entre os(as) agricultores(as) familiares, articulando ações – individuais ou coletivas
– para diversificar a produção nos seus estabelecimentos, com agregação de valor, e
alcançando a etapa da comercialização entre consumidores finais. Esses movimentos
ocorrem em municípios lindeiros ao lago de Itaipu e contam com o apoio decisivo
Sendo a cadeia produtiva um campo de luta entre os diferentes atores que dela
participam, impõe-se o fortalecimento do elo mais fraco para que fique recomposto
o equilíbrio necessário à sustentabilidade desse sistema produtivo e de todos os
seus participantes. Para tanto, parecem indispensáveis duas ordens de providên-
cias: a articulação dos(as) agricultores(as) familiares para discutirem tais questões e
problemas e uma estratégia para enfrentá-los; a ação do estado, em suas diversas
instâncias, bem como a utilização de políticas públicas já existentes – como o Pronaf
– como instrumentos eficazes para garantir essa sustentabilidade.
Um quarto tipo de associativismo bastante difundido entre os(as) agricultores(as)
familiares da mesorregião Oeste é o cooperativismo. Existem diversas cooperativas
na região, diferenciadas pelas origens e idades, pelos tamanhos, pelas políticas ado-
tadas em sua gestão e relacionamento mantido com os seus associados. O quadro
apresentado na página seguinte relaciona alguns indicadores das cooperativas visita-
das, e cujos dirigentes foram entrevistados, que evidenciam tal diversidade.
4.2.3 SUDOESTE
7. No Vale do Ribeira, esse estímulo à organização coletiva foi fundamental para o in-
cremento do acesso ao crédito rural, mesmo em condições tradicionalmente adversas,
como a falta de documentação para as terras e para agricultores, entre outros. No caso
do Sudoeste, ocorre aparentemente o início de uma renovação das formas cooperativas
tradicionais, em favor do resgate da dimensão associativa nos campos não apenas do
crédito, mas também da produção, da comercialização e do consumo. De modo geral,
os(as) beneficiários(as) em todo o estado, quando solicitados a responder sobre a partici-
pação em algum tipo de organização, declararam ter passado a fazer parte de sindicatos
e de cooperativas de crédito depois que começaram a acessar o crédito Pronaf.
8. Embora essa tendência esteja relacionada ao papel que essas instituições desem-
penham na operacionalização do programa, deve ser destacado que, com essas
relações, são gerados vínculos que, mesmo sendo formais num primeiro momento,
podem se transformar em um processo mais amplo de organização coletiva dos agri-
cultores familiares. Ou seja, embora o impacto do programa no tecido social varie
em cada região pesquisada, está ocorrendo um fortalecimento progressivo do teci-
do associativo da agricultura familiar nos últimos anos em todo Paraná. Essa situação
permite concluir que a existência do Pronaf e a necessidade de torná-lo acessível aos
agricultores familiares foram fatores que estimularam e pressionaram a organização
desses agricultores, por meio de sindicatos, cooperativas, associações, etc.
5.1.1 NA FAMÍLIA
10. A família precisa ser considerada não apenas como o conjunto de pessoas envol-
vidas na atividade econômica dos empreendimentos, mas também como estrutura
social determinante – com seus laços de obrigação, de reciprocidade e de depen-
dência – para a compreensão do funcionamento da agricultura familiar e, por isso,
da forma como podem ser apreciados os impactos do Pronaf.
12. As mulheres, embora ainda com participação reduzida em relação a dos ho-
mens, representam 14% do total de beneficiários e vem crescendo nos últimos anos.
A proporção de mulheres que acessaram o Pronaf sete vezes é de apenas 3%. Entre
os que acessaram quatro vezes, as mulheres já representam 12% e entre os benefi-
ciários que obtiveram crédito apenas uma vez as mulheres são 23%. Isso acontece
a despeito da existência da linha de crédito especial dirigida ao público feminino, o
Pronaf Mulher, que atingiu, até agora, um número insignificante de beneficiárias.
Dessa forma, no Paraná, o Pronaf expande-se no sentido de atingir não só um pú-
blico maior, mas também uma categoria social, as mulheres, cujo acesso ao crédito
é relativamente precário.
15. Agricultores do grupo E puderam direcionar parte de sua renda, com maior fre-
qüência, para melhorias na moradia, mas, enquanto a principal melhoria entre agriculto-
res do grupo C foi a construção de novos cômodos na moradia (45% do total), no grupo
E foi a pintura ou colocação de azulejos (46%). Agricultores com renda menor, apesar de
realizarem melhorias em menor número, destinam essas melhorias a mudanças propor-
cionalmente mais substanciais na casa, como a construção de novos cômodos.
17. Os dados sobre o lugar de residência e o trabalho dos filhos permitem verificar
que o estabelecimento familiar não é capaz, em geral, de oferecer trabalho para
todos os membros da família, apesar de ter havido crescimento na ocupação nos
estabelecimentos dos três grupos de crédito. Mas também se verifica que o estabe-
lecimento rural pode ser a base para sustentar opções de reprodução fora do meio
rural, com filhos e filhas tendo possibilidades diferentes de inserção nesse processo.
Constatou-se que uma parte significativa de filhos com mais de 18 anos, que re-
sidem no estabelecimento dos pais, dedica-se a outros tipos de trabalho fora do
estabelecimento.
18. Considerando filhos mais jovens, em idade escolar – ou seja, que têm entre 7 e 14
anos –, o trabalho infantil não representa um problema nessa população, uma vez que
97% das crianças em idade escolar estão estudando.
5.1.2 NO ESTABELECIMENTO
22. A posse e o tamanho da terra são elementos cruciais para esse tipo de agri-
cultores, especialmente na situação atual em que buscam elevar sua produção
agropecuária a partir da incorporação de novas áreas agrícolas. Entre agricultores
do grupo C, 55% são proprietários da terra, percentual que aumenta considera-
velmente para os grupos D e E, passando, respectivamente, para 71% e 77% do
total. Para o grupo C, as condições de arrendatário, posseiro, meeiro, comodatá-
rio, etc. são bastante relevantes.
23. Grande parte das terras utilizadas pertencentes aos estabelecimentos agrope-
cuários está ocupada com culturas temporárias, sendo praticamente insignificante
o percentual de agricultores que declaram não possuir esse tipo de atividade. Tal
comportamento é muito semelhante entre os três grupos de beneficiários e é desen-
volvido, para as três categorias, predominantemente em áreas de até 20 hectares,
exceto no caso de beneficiários do grupo E, no qual uma parcela importante tam-
bém produz culturas temporárias em áreas de até 50 hectares.
25. Apesar dessa tendência geral, existem diferenças importantes quando se consi-
deram os estabelecimentos familiares por grupos de área e por categorias de agri-
cultores beneficiários (C, D, E). Agricultores do grupo C, apesar de apresentarem
predomínio do binômio milho/soja (55,4%) e do feijão (16,4%), cultivam também
outros produtos, como fumo (7%), café (5%), raízes e turbéculos (4%), hortaliças e
frutas (6,2%) e cereais (2,4%).
Agricultores do grupo D, mesmo mantendo alguma produção de hortaliças, fru-
tas e raízes, tendem a se concentrar em quatro produtos: milho, soja, fumo e feijão,
presentes nos estabelecimentos de 77% de beneficiários.
No grupo E, 76,4% de agricultores centralizam a produção no binômio milho/
soja, sugerindo uma tendência de maior especialização produtiva, apesar de manter
uma produção residual de fumo e de feijão, com menor participação percentual no
total em comparação com as outras categorias.
A maior diversificação produtiva ocorre nas unidades com até dez hectares, ex-
ceto no caso do grupo E, que apresenta sinais de especialização também nessa fra-
ção de área. Nas unidades com área acima de dez hectares, ocorre, no entanto, forte
tendência à concentração da produção em poucos produtos nas três categorias de
beneficiários consideradas. A diferença manifesta-se apenas nos tipos de produtos
cultivados em cada categoria, como indicado anteriormente.
28. O tipo de agricultura familiar que vem sendo desenvolvida no Paraná tem tido
um apoio expressivo da assistência técnica, tanto pública como privada. O percentual
de beneficiários que recebem esse serviço se situa ao redor de 80%. No entanto, as
informações relativas aos grupos de beneficiários mostram contrastes importantes.
Um desses contrastes refere-se à participação no total daqueles que declaram não
serem atendidos. No grupo C, 30% do total não recebe qualquer tipo de assistência.
Esse percentual cai para 12%, no grupo D, e para apenas 3%, no grupo E.
29. Existem também contrastes quanto ao tipo de organização que presta o serviço
de assistência técnica. No caso de agricultores enquadrados no grupo C, os maiores
prestadores de serviços são os órgãos públicos (Emater e prefeituras), enquanto as
cooperativas e as empresas fornecedoras de insumos têm uma participação bem
inferior. Esse cenário é diferente para os demais grupos. No caso de agricultores
enquadrados como D, além do Emater, são relevantes os serviços prestados pelas
cooperativas e pelas empresas de insumos. Para agricultores do grupo E, as coope-
rativas e as empresas de insumos são as mais importantes prestadoras de serviços,
mesmo que órgãos públicos também tenham participação expressiva na prestação
de serviços a esse grupo.
30. A lógica produtiva em que está inserida a agricultura familiar pauta-se cada
vez mais pelo uso intensivo dos fatores de produção, especialmente da terra,
sobrando pouco espaço para práticas voltadas à sustentabilidade da vegetação
35. Os dados obtidos sobre capitalização das unidades familiares de produção, par-
ticularmente do capital acumulado em máquinas e equipamentos por parte de be-
neficiários do Pronaf, sugerem uma característica adicional do modelo de produção
agrícola implementado.
Revelam o baixo grau de capitalização da agricultura familiar, que pode ser me-
dido pela propriedade de máquinas e de equipamentos necessários à prática agríco-
la. Exceto no caso de beneficiários do grupo E, os demais grupos de agricultores que
precisam de tais equipamentos são obrigados a fazer uso deles via locação e presta-
ção de serviços. Os dados demonstram, igualmente, as dificuldades do crédito rural
do Pronaf para promover o acesso aos bens de capital (máquinas e equipamentos)
que poderiam ampliar a capacidade produtiva das unidades familiares de produção,
o que explica que apenas 15% do crédito total do Pronaf no Paraná seja destinado
ao investimento.
36. É fortalecida, dessa forma, uma agricultura familiar que usa insumos químicos e
sementes melhoradas com muita intensidade, porém com baixo capital acumulado,
em termos de máquinas e de equipamentos disponíveis, exceto no caso de benefi-
ciários do grupo E. Em conseqüência, conforma-se um sistema familiar de produção
mais dependente das indústrias de insumos químicos do que das indústrias de má-
quinas e de equipamentos agrícolas, ou, expresso de outra maneira, tem sido esti-
mulado um padrão de agricultura familiar que combina o uso intensivo de insumos
ditos “modernos” e caros com uma baixa capitalização das unidades produtivas
em máquinas e equipamentos e um padrão mais “tradicional” de investimento em
animais como forma de reserva de valor.
37. A grande limitação do modelo do Pronaf tal como aplicado no Paraná é que
estimula, de modo geral, a consolidação de um modelo tradicional de modernização
tecnológica e de especialização da produção agrícola que aumenta fortemente os
riscos para a sustentabilidade da agricultura familiar, acentuando sua dependência
ao mercado e às grandes empresas agroindustriais.
39. Em relação aos impactos do Pronaf sobre a produção agrícola dos estabelecimen-
tos, 59% de beneficiários consideram que a produção aumentou após receberem o
crédito do programa, enquanto para 23% de beneficiários a produção permaneceu
igual e apenas 7% avaliam que ela diminuiu. Não aparecem grandes diferenças de
avaliação entre as categorias C, D e E de beneficiários. Cerca de 86% do conjunto de
beneficiários para os quais a produção aumentou após receberem o Pronaf julga que
a mudança ocorrida deve-se, em parte ou totalmente, às ações do programa. Existem,
40. 86% do conjunto de agricultores familiares acredita que o Pronaf foi o responsável
pelas mudanças ocorridas na região após a sua implementação (não existem diferenças
importantes nessa avaliação entre as categorias). Mais especificamente, para 93% de
beneficiários a vida em família mudou para melhor após o início das ações do programa;
para 72% a vida na comunidade mudou para melhor e para 91% a produção agrícola
também mudou para melhor. Em relação à preservação do meio ambiente, entretanto,
48% de beneficiários afirmaram que não houve melhorias e 6% avaliaram que a mu-
dança foi para pior. Quanto ao emprego, para 42% de beneficiários os impactos do
Pronaf foram sem importância e para 3% a situação ficou pior.
42. As respostas dadas pela maior parte de agentes locais entrevistados – do Emater,
do Banco do Brasil, do poder municipal e dos sindicatos de trabalhadores rurais)
destacam que o Pronaf teve impactos muito importantes tanto sobre o desenvolvi-
mento da agricultura familiar como sobre o desenvolvimento local de suas regiões.
Em relação à agricultura familiar, foram destacados os impactos sobre a renda de
agricultores familiares – mais de 50% das respostas dadas pelos quatro tipos de
agentes entrevistados acerca desse indicador apontavam que foi muito importante
– seguidos dos efeitos sobre a diversificação e o grau de tecnificação da produção e
sobre mudanças nos sistemas produtivos. Quanto ao desenvolvimento local, a ênfa-
se recaiu nos impactos do Pronaf sobre a fixação da população no campo – pratica-
mente mais de 45% das respostas dadas por agentes entrevistados indicaram que
foi um impacto muito importante – sobre as atividades comerciais locais/regionais e
sobre a arrecadação municipal.
43. A assistência técnica pública – que é fortemente financiada pelo Pronaf – tem
sido importante para a implantação do modelo de modernização tecnológica pre-
dominante na agricultura familiar do Paraná, tendo um efeito praticamente similar
ao produzido pela assistência técnica privada. Numa perspectiva de política pública
diferenciada, é uma séria limitação de tal tipo de assistência técnica: a baixa capaci-
dade de os serviços prestados influenciarem a mudança de rota do desenvolvimento
agrícola financiado pelo programa, ou seja, conseguir fazer prevalecer entre agricul-
tores familiares a tendência oposta à especialização produtiva.
44. Verificou-se uma concentração das vendas em três tipos de intermediários – atra-
vessadores, comerciantes locais e cooperativas –, sendo as vendas para o comércio
local as mais importantes. Existem, não obstante, contrastes bem nítidos entre as
diferentes categorias de beneficiários. A venda direta ao público consumidor é uma
forma de comercialização para 12% de beneficiários do grupo C, mas é relevante
para apenas 4% do grupo E. O inverso pode ser observado no caso das vendas para
cooperativas: para 41% do grupo E esse é o principal canal de comercialização, en-
quanto é utilizado por apenas 19% de beneficiários do grupo C. O comércio local é
bem mais relevante para agricultores do tipo C, comparativamente aos do grupo E,
enquanto a figura do atravessador é importante para 20% do conjunto de benefici-
ários, embora seja mais essencial para agricultores do grupo C.
47. Seja pelo poder que têm os atores produtivos dominantes nessas cadeias,
seja pela pouca informação e a insuficiente organização de agricultores familiares
que delas participam, não há ainda um forte clamor (ou demanda) por mudanças
– e menos ainda a mobilização necessária para alterar esse cenário. Os próprios
agricultores das três categorias (C, D e E) quando perguntados sobre quais são as
atividades e/ou políticas públicas que consideram mais importantes para o desen-
volvimento da agricultura familiar em suas regiões destacaram, em uníssono, um
“pacote” de políticas públicas que inclui comercialização, crédito rural, assistência
técnica e melhoria na infra-estrutura (eletricidade, estradas, etc), ou seja, um “pa-
cote” que pode ajudar a melhorar sua performance no modelo dominante, mas
que é insuficiente para mudar seu padrão de inserção ou para provocar alterações
significativas nele. Assim, os enormes obstáculos enfrentados para mudar o mode-
lo dominante não se devem apenas às dificuldades e às fragilidades da intervenção
governamental, mas estão também associados à força considerável do modelo
produtivista entre atores e beneficiários(as) do processo da política pública no
meio rural paranaense.
52. A reduzida relevância até agora das atividades não agrícolas para o desenvolvimen-
to da agricultura familiar paranaense é um consenso entre agentes locais (do Emater, do
Banco do Brasil, das prefeituras e dos STRs) entrevistados em 146 municípios do estado.
O impacto do Pronaf sobre o desenvolvimento de atividades não agrícolas é conside-
rado por eles o menos importante dos impactos do Pronaf sobre o desempenho da
agricultura familiar em suas regiões. Da mesma forma, na avaliação que fazem de um
elenco de políticas públicas importantes para o desenvolvimento da agricultura familiar
em suas regiões, o fomento ao artesanato e o fortalecimento do turismo aparecem
como as menos importantes. Essa percepção é idêntica à dos três grupos de beneficiá-
rios do Pronaf (C, D e E), quando confrontados com a mesma avaliação.
5.2 RECOMENDAÇÕES
56. No estágio já atingido pelo programa, a consecução desse objetivo exige, no entan-
to, um salto de qualidade substancial. Não basta a disponibilidade de crédito. É indispen-
sável que essa disponibilidade esteja cada vez mais adequada às exigências atuais das
estratégias de reprodução das famílias de beneficiários e do processo de desenvolvimen-
to e de consolidação da agricultura familiar. Urge, portanto, promover uma mudança
substantiva no modelo de concepção e de operacionalização do Pronaf.
58. O financiamento à agricultura familiar deve estimular, de forma mais ampla e efe-
tiva, a transição dos sistemas atuais de produção para formas mais sustentáveis, am-
biental e economicamente, que assumam as características de agricultura agroecoló-
gica, orgânica ou outro tipo de agricultura alternativa que reduza consideravelmente a
60. A realização dessas mudanças no modelo do Pronaf vai exigir que os diferentes
atores do processo da política – locais e federais, governamentais e não-governa-
mentais – definam uma estratégia de atuação com o Banco do Brasil, tendo em
vista a negociação de alterações nas normas e mesmo na estrutura do banco que
favoreçam uma maior flexibilidade operacional e melhor adaptabilidade do crédito à
lógica das estratégias de reprodução de agricultores(as). Dificilmente será revertida
a enorme discrepância existente entre o acesso ao crédito para custeio e para inves-
timento do Pronaf, sem que ocorram as mudanças sugeridas no modelo. Por outro
lado, o incentivo às cooperativas de crédito é uma política que deve continuar a ser
executada. Contudo, a exemplo do que está acontecendo com o Sistema Cresol no
Paraná, um modelo operacional mais adequado não será obtido pelas cooperativas
enquanto continuarem dependentes dos repasses via Banco do Brasil e, portanto,
das restrições impostas pelo modelo do banco. Talvez um comprometimento maior
do BNDES com os repasses do Pronaf, incluindo o crédito para custeio, seja um ou-
tro caminho a ser explorado, já que, nesse caso, não haveria os limites operacionais
impostos pelo agente financeiro Banco do Brasil.
GUILHOTO, Joaquim J.M.; SILVEIRA, Fernando G.; AZZONI, Carlos R.; ICHIHARA,
Silvio M. Agricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do Sul. Brasília: MDA,
2005. (Estudos Nead, n. 9).
SANTOS, Alvori Cristo dos (Coord.). O impacto do crédito rural na agricultura familiar:
uma experiência contada pelo Sistema Cresol. 2003. Mimeo.
Sites consultados
http://www.ibge.gov.br
http://www.mda.gov.br
http://www.mda.gov.br/saf/
http://www.sidra.ibge.gov.br/
http://www.iica.org.br
http://www.ipardes.gov.br
http://www.ocepar.org.br.
http://www.pr.gov.br/seab/
Grupos de crédito Grupo A Grupo A/C Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E Total
Nº de operações 35.656 17.384 17.384 621.961 366.025 51.869 1.631.094
Porcentagem de operações 2,2 1,1 22,0 38,1 22,4 3,2 100,0
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Estado C D E Total
Rio Grande do Sul 173.878 89.342 15.398 278.618
Paraná 81.907 41.512 14.238 137.657
Minas Gerais 44.704 63.047 2.846 110.597
Santa Catarina 39.714 56.930 9.246 105.890
Bahia 42.945 98.80 690 53.515
Outros 383.148 260.711 42.418 686.277
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
UF/Grupo de crédito C D E C, D e E
Paraná 48,4 24,5 8,4 81,3
Rio Grande do Sul 49,1 25,2 4,3 78,6
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Tipo Pronaf C D E
Universo 137.657 81.907 41.512 14.238
Subuniverso A 134.405 78.779 41.388 14.238
Subuniverso B 131.814 78.331 40.589 12.894
Tipo Total C D E
Municípios 144 77 76 62
O sorteio dos(as) beneficiários(as) foi feito de forma aleatória por município e tipo
de empréstimo. Para cada ponto apresentado na Tabela 6, foram sorteados dez
beneficiários(as) para serem entrevistados(as) e dez para eventuais substituições, ou
seja, houve um total de 20 beneficiários(as) sorteados(as) por ponto.
O resultado desse sorteio foi apresentado em listas nominais, para cada catego-
ria (“a entrevistar” e “eventuais substitutos”), ambas elaboradas com os elementos
necessários à localização do sorteado, por município e por tipo de crédito.
5
As respostas obtidas na
aplicação dos questionários
estão apresentadas em tabelas
anexas ao texto.
6
Dos 144 municípios da
amostra onde foram realizadas
entrevistas com beneficiários(as),
apenas em cinco não foram
aplicados questionários para os
agentes. Por outro lado, esses
questionários foram aplicados
em seis municípios não incluídos
na amostra de beneficiários(as).
Para evitar confusão, note-se
que a amostra de agricultores(as)
beneficiários(as) do Pronaf
incluiu 144 municípios, ao passo
que os questionários para os
agentes locais foram aplicados
em 146 municípios.
COORDENAÇÃO
TÉCNICA
COORDENAÇÃO
SECRETÁRIA
ESTATÍSTICA
COORDENAÇÃO
TÉCNICA
SECRETÁRIA
Ana Xavier
APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS E APOIO PARA OS ESTUDOS DE CASO
Equipe Emater–PR (responsáveis)
Sérgio Roberto Auffinger (Implementador de crédito rural)
Ademar Jorge Dressler (Coordenador de Desenvolvimentos de inclusão Social e Turismo Rural)
Equipe Ibase
IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
No do questionário: |__|__|__|__|
Grupo de crédito: C D E
Município: ___________________________________
Microrregião: ___________________________________
Entrevistador: ___________________________________
Dados do beneficiário
1.1) Nome do beneficiário:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
1.2) CPF |__|__|__|.|__|__|__|.|__|__|__|-|__|__|
1.3) Localização do estabelecimento:
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________
1.4) Telefone(s): |__|__| |__|__|__|__|-|__|__|__|__| ou |__|__| |__|__|__|__|-|__|__|__|__|
1.5) Município: __________________________________________________________
01. Fem. 99 NS/NR 01. Branca 01. Próprio 01. Mesmo 01. Analfabeto 01. Sim 01. Sim 99. NS/NR 01. Sim,
02. Mas. 02. Negra 02. Cônjuge estabelecimento- 02. Sabe ler/ escrever 02. Não 02. Não 02. As vezes
03. Amarela 03. Filho(a) mesma casa 03. 1º grau incompleto 99. NS/NR 99. NS/NR 03. Não
04. Parda 04. Pai/mãe; 02. Mesmo 04. 1º grau completo
05. Indígena sogro/sogra estabelecimento- 05. 2º grau incompleto
90. Não 05. Outros outra casa 06. 2º grau completo
declarou parentes 03. Mesmo 07. Curso Técnico
06. Agregado Município 08. 3º grau incompleto
07. Outros 04. Em outro 09. 3º grau completo
Município 99. NS/NR
3) O(a) sr(a). participa de algum tipo de organização? Qual(is)?
01.não participa
02.sim, como sócio No caso da resposta 04,
Tipo
03.sim, como diretoria qual?
04.sim, outro vínculo
01. Associação de moradores |__|
02. Cooperativa de produção e/ou comercialização |__|
03. Cooperativa de crédito |__|
04. Associação de produtores |__|
05. Sindicato |__|
06. Fórum de economia solidária |__|
BLOCO 3 – CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO/PATRIMÔNIO
4) Estabelecimento
Parcela Condição Localização Área (ha)
Parcela em que reside o beneficiário
Parcela 2
Parcela 3
Parcela 4
01. Proprietário 01. No mesmo
02. Arrendatário município em que reside o
03. Posseiro beneficiário
04. Parceiro 02. Em outro município
05. Meeiro 99. NS/NR
06. Assentado pelo PNRA
07. Beneficiário do Banco da Terra
08. Comodatário
09. Uso coletivo
10. Outro. Qual? Anotar.
99. NS/NR
5) Rebanho:
Tipo Quantidade de animais
01. Bovinos
02. Caprinos
03. Eqüinos
04. Ovinos
16) Quem fornece a assistência técnica? (pode-se marcar mais de uma alternativa)
01. Técnicos autônomos
02. Técnicos da Emater
03. Técnicos da prefeitura municipal
04. Técnicos de agroindústria
05. Técnicos de cooperativas ou associações de produtores
06. Técnicos de empresa de planejamento/empresas privadas
07. Técnicos de empresas fornecedoras de insumos
08. Técnicos de sindicatos
09. Técnicos de ONGs
10. Outros. Quais? _________________________
17) Produtos processados / transformados (Ano-safra 2004/2005)
Produção total
Produto Unidade Valor total de venda (R$)
(quantidade)
19) Quais ações voltadas para a preservação ambiental são adotadas no estabelecimento?
(pode-se marcar mais de uma alternativa)
01. Adubação verde / orgânica
02. Agrotóxicos seletivos
03. Controle de erosão
04. Correção de solo (calagem)
05. Destinação adequada de recipiente de agrotóxico
06. Destinação adequada dos resíduos da produção
07. Manejo integrado de pragas
08. Plantio direto na palha
09. Plantio em nível
10. Proteção de fontes
11. Reflorestamento ciliar / conservacionista
12. Sistemas agroflorestais
13. Tratamento adequado da água utilizada
14. Outras. Qual(is)? _________________
15. Nenhuma ação
20) Qual a principal forma de abastecimento de água para atividade agrícola / agroindustrial?
01. Açude
02. Carro-pipa
03. Cisterna
04. Poço ou nascente
05. Rede geral
06. Rio
07. Outra. Qual? ________________________________________
22) Quais as providências adotadas para reduzir as perdas? (pode-se marcar mais de uma
alternativa)
01. Camalhões
02. Construção de açude
03. Construção de cisterna/outras formas de captação de água da chuva
04. Contratação de carro-pipa
05. Práticas de cobertura de solo
06. Uso de irrigação
07. Uso de variedades resistentes ou mais bem adaptadas
08. Outras. Qual(is)? ______________________________________________________
09. Nenhuma providência
23) Produção animal e venda (ano-safra 2004/2005)
Tipo Quantidade Unidade Valor total de venda (R$)
01. Bovinos UNIDADE ANIMAL
26) Quais as formas de comercialização usadas pelo(a) senhor(a)? (pode-se marcar mais de uma
alternativa)
Programas governamentais
Venda direta aos consumidores
Venda em centrais urbanas de abastecimento
Venda para atravessador
Venda para comércio local
Venda para cooperativa
Venda para indústria alimentícia
Outra. Qual? ____________________________________
31) Na sua moradia houve reforma ou melhoria nos últimos cinco anos?
01. Não. PASSE PARA QUESTÃO 32
02. Sim. De que tipo? (pode ser marcada mais de uma resposta)
01. Construção de novo cômodo / expansão de cômodo
02. Instalação / melhoria de rede de água e esgoto
03. Instalação / melhoria de rede elétrica
04. Pintura / colocação de azulejos
05. Outra. Qual? ____________________________________
36) Quantos dos assalariados têm carteira assinada? ________ (Anotar 99 para NS/NR)
37) Qual a idade e o sexo das pessoas não familiares que trabalham no estabelecimento?
Faixas Etárias Homens (quantidade) Mulheres (quantidade) Quantas estudam?
Até 10 anos
de 11 a 16 anos
de 17 a 18 anos
de 19 a 21 anos
de 22 a 45 anos
de 45 a 60 anos
Mais de 60 anos
38) Se houve mudança no número de trabalhadores nos últimos anos, ela se deveu ao Pronaf?
01.Sim, totalmente
Categorias 02. Sim, parcialmente
03. Não
01. Assalariados permanentes |__|
02. Assalariados temporários |__|
03. Familiares |__|
BLOCO 7 – IMPACTOS DO FINANCIAMENTO
1999/2000
2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
2005/2006
Apenas para quem marcou INVESTIMENTO no tipo de utilização
41) Destino do crédito investimento (Pronaf): (pode-se marcar mais de uma alternativa)
01.
Compra de animais
02.
Compra de terras
03.
Culturas perenes
04.
Instalações e benfeitorias
05.
Máquinas, equipamentos e implementos
06.
Transição para orgânico
07.
Transição para agroecologia
08.
Outras atividades não agrícolas. Qual(is)? ____________________________________
09.
Outros. Qual(is)? ________________________________________________________
Æ PASSE PARA A QUESTÃO 43
44) Caso a resposta seja “sim”, qual dificuldade: (pode-se marcar mais de uma alternativa)
01. Baixa produtividade
02. Baixo preço de comercialização
03. Custo de produção
04. Condições de crédito (prazos, juros, etc.)
05. Frustração da safra
06. Outra. Qual? __________________________________________
48) Utiliza outras fontes de financiamento (além do crédito Pronaf concedido ao beneficiário)?
01. Sim
02. Não. PASSE PARA A QUESTÃO 50
49) Quais as outras fontes de financiamento que utiliza? (pode ser marcada mais de uma
resposta)
01. Cooperativa de crédito
02. Cooperativa ou associação
03. Comerciante
04. Crédito Pronaf para outro membro da família
05. Empresa integradora. Qual? __________________________
06. Parentes (empréstimos)
07. Particulares (não parentes)
08. Programa 12 meses
09. Programa Biodiversidade
10. Outra. Qual? ______________________________________
BLOCO 8 - PERSPECTIVAS
50) Como avalia a sua qualidade de vida e a de sua família nos seguintes aspectos: (marcar
“X”)
Aspecto Muito bom Bom Regular Ruim NS/NR
Alimentação
Acesso a serviços públicos (saúde, educação, etc.)
Consumo
Educação
Infra-estrutura pública (estradas, ruas, eletricidade, etc.)
Integração na comunidade
Meio ambiente
Moradia
Oportunidade de melhorar o negócio
Saúde familiar
53) Pretende investir no próximo ano para: (pode-se marcar mais de uma alternativa)
1. Agregar valor
2. Ampliar a produção
3. Diversificar a produção
4. Não pretende investir PASSE PARA A QUESTÃO 55
55) Passou a integrar alguma organização depois que passou a receber financiamento do
Pronaf? (pode-se marcar mais de uma alternativa)
01. Associação de moradores
02. Associação de produtores
03. Cooperativa de crédito
04. Cooperativa de produção e/ou comercialização
05. Fórum de economia solidária
06. Sindicato
07. Outro. Qual(is)? _______________
08. Não
56) Em que aspecto o(a) senhor(a) acha que o Pronaf deve mudar?
(pode-se marcar mais de uma alternativa)
01. Não deve mudar
02. Aumento do valor do crédito
03. Diminuição dos juros
04. Exigência de contrapartida por parte do banco
05. Menos burocracia
06. Menos exigência de garantias
07. Mudança no prazo para pagamento
08. Outro. Qual? __________________________________________________________
57) O que o(a) senhor (a) acha que é importante para o desenvolvimento da agricultura
familiar na sua região? (marcar um número por alternativa)
MUNICÍPIO: _________________________________
1) Sexo:
01. Masculino 02. Feminino
______________________________________
MARQUE COM UM “X” O QUE MELHOR EXPRESSA A SUA OPINIÃO SOBRE CADA
UMA DAS OPÇÕES NAS QUESTÕES ABAIXO.
Obs.: Caso a sua opção não seja pela primeira coluna (não houve / não é importante), marque a coluna
correspondente a um dos números de 1 a 4, significando a opção 1 “pouco importante”, e a 4, “muito importante”.
8. O que o(a) senhor(a) acha que é importante para o desenvolvimento da agricultura familiar
na sua região?
Não é
Mudanças importante Pouco importante ↔ Muito importante
1 2 3 4
Crédito fundiário
Diversificação da produção
Fomento ao artesanato
Fortalecimento do associativismo / cooperativismo
Fortalecimento do turismo
Garantia de compra da produção
Incentivo à agroindústria
Mais assistência técnica
Mais crédito custeio para produção
Mais crédito investimento para produção
Melhor infra-estrutura (eletricidade, estradas, etc.)
Melhoria na educação
Novos canais de comercialização
Anexo V
Roteiro para a coleta de informações
para os estudos de caso
1. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS CADEIAS PRODUTIVAS E TIPO DE IN-
SERÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR