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Universidade da
Beira Interior
Marta Dias
Universidade da Beira Interior
Enquadramento jurídico
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Marta Dias
Universidade da Beira Interior
Enquadramento histórico
No início dos anos 70 a reforma Veiga Simão (Lei nº 5/73) define um período de
escolaridade obrigatória de oito anos, sendo quatro nas escolas primárias e quatro nas
escolas preparatórias. Paralelamente a esta lei criaram-se num número limitado de
escolas preparatórias os 3º e 4º ano experimentais. Esta experiência embora com muito
sucesso do ponto de vista educativo levantou muitas polémicas sobretudo nos sectores
mais conservadores da sociedade portuguesa.
Com a democracia após 1974, aparece uma nova visão sobre o papel social da
educação e os sucessivos governos tentam por em prática uma efectiva escolaridade de
seis anos. Já tinha sido extinto em 1973 o ciclo complementar do ensino primário,
mantinha-se a Telescola nos locais mais afastados e vai-se alargando o âmbito do ciclo
preparatório directo. No pós 25 de Abril é criado o ciclo unificado do ensino secundário
que uniformizou os currículos das escolas técnicas e dos liceus nos 7º, 8º e 9º anos de
escolaridade.
É neste contexto que surge a Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86) que
consagra a escolaridade obrigatória de nove anos dividida por três ciclos (os que na
realidade existiam? O ensino primário, o ciclo preparatório do ensino secundário e o
ciclo unificado).
A Lei de Bases, ao consagrar a divisão do ensino básico nos três ciclos, criou um
2º ciclo organizado por áreas interdisciplinares. Mas o Decreto-Lei 286/89, que
estabelece os planos de estudo dos diversos ciclos, passa a falar em áreas
pluridisciplinares, mantendo praticamente intacta a subdivisão em disciplinas então
existente, afastando de vez a perspectiva do funcionamento por áreas. Daqui resulta que
a disciplina de Matemática fica completamente separada das outras disciplinas. Resulta
ainda uma falta de articulação com o 1º ciclo (veja-se o caso dos algoritmos das
operações que “devem ser iniciados no 1º ciclo”, mas que não são retomados, pelo
menos explicitamente, no 2º ciclo).
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Marta Dias
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- Não ser dado destaque para os algoritmos (métodos, anotações das diversas operações
e processos de calcular);
- O facto de terem sido “suprimidas” do programa mmc, mdc, entro outros conceitos
“por forma a facilitar a aprendizagem”;
- Continua a haver uma clara separação entre o terceiro ciclo e o ensino secundário.
Conclusão:
Considero que todos estes aspectos merecem atenção, e devem ser tidos em
conta no entanto com a implementação do programa, os professores irão com certeza
encontrar novos desafios e obstáculos a ultrapassar, que são resultado da colocação em
prática do mesmo. A minha opinião é neste momento de observadora, ou seja considero
importante a experiência de cumprir o programa para me poder pronunciar de forma
mais objectiva em relação ás dificuldades que este apresenta.
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