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I – Introdução
Os julgadores dos crimes não têm o direito de interpretar as leis penais por não
ser legislador. Isso cabe ao juiz, que, fazendo com que as leis penais sejam
cumpridas à letra, qualquer cidadão poderia calcular os incovenientes de uma
ação reprovável, o que seria útil, pois pode fazer com que o indivíduo se desvie
do crime.
A obscuridade das leis, fica ainda maior quanto estas são escritas em outra
língua. Estas leis devem ser escritas de uma forma mais popular, para que o
povo entenda as conseqüências que devem ter os atos que praticam sobre a
sua liberdade e sobre seus bens. Pois quanto mais pessoas as lerem, menos
será o número de delitos.
VI – Da prisão
Todo homem razoável, que puser ligação em suas idéias e que eexperimentar
as mesmas sensações que os demais homens, poderá ser recebido em
testemunho. Contudo, a confiança que se lhe depositar deve ser medida pelo
interesse que ele tem em dizer ou não a verdade. Vale dizer, que uma só
testemunha não é suficiente porque, se o acusado nega o que ela afirma, nada
resta de certo e a justiça então tem de respeitar o direito que cada qual tem de
se considerar inocente.
XI – Dos juramentos
XII – Da tortura
A soberania e as leis nada mais são do que a soma das pequenas partes de
liberdade que cada qual cedeu à sociedade. representam a vontade geral, que
resulta da reunião das vontades individuais. Mas quem já pensou em dar a
outros homens o direito de lhes tirar a existência? Se isso ocorresse, como
conciliar tal princípio com a máxima que proíbe o suicídio?
A pena de morte, pois, não se apoia em nenhum direito. É guerra que se
declara a um cidadão. A morte de um cidadão apenas pode ser considerada
necessária por duas razões: nos instantes confusos em que a nação está na
dependência de recuperar ou perder sua liberdade, nos períodos de confusão
quando se substituem as leis pela desordem; e quando um cidadão, embora
sem a sua liberdade, pode ainda, graças às suas relações e ao seu crédito,
atentar contra a segurança pública, podendo a sua existência acarretar um
revolução perigosa no governo estabelecido
XVIII – Da infâmia
Mais justa e útil será a pena, se aplicada o mais rápido possível e mais perto
acompanhar o crime. Mais justa, porque evitará ao acusado os cruéis
tormentos da dúvida. A rapidez do julgamento é justa também porque, senda a
perda da liberdade uma pena em si, esta apenas deve preceder a condenação
na exata medida em que a necessidade o exige.
Os meios que se utiliza a legislação para impedir os crimes devem ser mais
fortes à proporção que o crime é mais contrário ao bem público e pode tornar-
se mais frequente. Portante, deve haver uma proporção entre os crimes e as
penas. A população não quer apenas que se cometam poucos crimes, mas
principalmente que os crimes mais prejudiciais à sociedade sejam os menos
comuns.
Todo ato não enquadrado em certas divisões não podem ser classificados
como delitos. Tais divisões são seguintes: delitos que tendem diretamente à
destruição da sociedade ou daqueles que a representam, delitos que afetam o
cidadão em sua existência, em seus bens ou em sua honra, e por fim, delitos
são atos contrários ao que a lei determina ou proíbe, tendo em mira o bem
público.
Estes são considerados grandes crimes, pois são prejudiciais à sociedade. Tal
conceito foi usado erroneamente devido ao despotismo.
As injúrias pessoais, que são contra a honra, insto é, a essa justa parcela de
estima que cada homem tem o direito de esperar de seus concidadãos, devem
ser punidas pela infâmia. Existe uma contradição evidente entre as "leis"
ocupadas especialmente com a proteção da fortuna e da existência de cada
cidadão, e as leis do que se chama a "honra", que preferem a opinião a tudo o
mais.
A honra, que não é mais do que a necessidade dos votos públicos, deu origem
aos combates singulares, que só puderam se estabelecer na desordem das leis
más.
Se os duelos não eram comuns na Antiguidade, como muitos acreditam, é
porque os antigos não se reuniam armados com um sentimento de
desconfiança, nos templos, no teatro e entre os companheiros.
XXX – Do roubo
Um roubo praticado sem o uso de violência apenas deveria ser punido com
uma pena em dinheiro. É justo que aquele que rouba o bem de outrem seja
despojado do seu. A pena mais apropriada será essa espécie de escravidão, a
única que pode ser chamada de justa, isto é, a escravidão temporária, que dá à
sociedade domínio total sobre a pessoa e sobre o trabalho do culpado para
fazê-lo pagar.
XXXI-Do contrabando
XXXIV – Da ociosidade
Cabe às leis e não à severa virtude de alguns censores, definir a espécie de
ociosidade passível de punição.
XXXV – Do suicídio
O autor do livro, não fala dos crimes mais atrozes à humanidade, como um
corpo humano alimentando chamas. Ele apenas discorre dos delitos que
pertencem ao homem natural e que desrespeita o contrato social.
As falsas idéias que os legisladores fizeram da utilidade são uma das fontes
mais fecundas de erros e de injustiças. É ter idéias falsas de utilidade ocupar-
se mais com inconvenientes particulares do que com os ferais; desejar
comprimir os sentimentos naturais em vez de procurar excitá-los; fazer silenciar
a razão. Pode-se chamar ainda falsas idéias de utilidade aquelas que separam
o bem geral dos interesses particulares, sacrificando as coisas às palavras.
Esta é outra fonte geral de injustiças na legislação. Este espírito é uma minúcia
limitado pelos mais insignificantes pormenores; ao passo que o espírito público,
ligado a princípios gerais, vê os fatos com visão segura, coordena-os nos
lugares respectivos e sabe tirar deles efeitos úteis ao bem da maioria.
XL – Do espírito do fisco
XLII – Conclusão
A pena deve ser, de modo essencial, pública, pronta, necessária, a menor das
penas aplicáveis nas circunstâncias dadas, proporcionada ao delito e
determinada pela lei.