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Disciplina: Ciência Ambiental aplicada à engenharia Professora: Denise Torres

Assunto: Biologia da Conservação

A Biologia da Conservação surgiu como uma área da ciência que possui como principal objetivo
reduzir a acelerada perda de biodiversidade que o mundo vem sofrendo. A Biologia da Conservação foi
cristalizada como uma disciplina devido não somente ao crescimento da percepção de uma crise de
extinção, mas também devido a percepção de uma lacuna entre ecólogos e manejadores de recursos e
desenvolvida para combater a crise da biodiversidade, com dois objetivos principais: primeiro, entender os
efeitos da atividade humana sobre as espécies, comunidades e ecossistemas, e, segundo, desenvolver
abordagens práticas para prevenir a extinção de espécies e, se possível, reintegrar as espécies
ameaçadas ao seu ecossistema funcional (Primack e Rodrigues, 2001).
Os biólogos da conservação sabem que cada espécie é uma peça-chave da evolução,
potencialmente imortal exceto por chance rara ou escolha humana, sendo sua perda um desastre
(Wilson, 2000). As comunidades biológicas que levaram milhões de anos para se desenvolver vêm sendo
devastadas pelo homem em toda a terra e a lista de transformações de sistemas naturais que estão
diretamente relacionadas à atividades humanas é longa (Primack e Rodrigues, 2001), ou seja, a escolha
humana prevalece.
BIODIVERSIDADE
Biodiversidade ou diversidade biológica (grego bios, vida) é a diversidade da natureza viva.
Desde 1986, o termo e conceito têm adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e
cidadãos conscientizados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a
extinção, observado nas últimas décadas do Século XX.
Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e
espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a
variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de
comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos.
A Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à
abundância relativa (equitatividade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local (alfa
diversidade), complementariedade biológica entre hábitats (beta diversidade) e variabilidade entre
paisagens (gama diversidade). Ela inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos
recursos genéticos, e seus componentes.
A espécie humana depende da Biodiversidade para a sua sobrevivência.
Não há uma definição consensual de Biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa
entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da
espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas.
Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região". Esta
definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos:
• diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie.
• diversidade de espécies - diversidade entre espécies.
• diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos
os níveis de variação desde o genético.
A diversidade de espécies é a mais fácil de estudar, mas há uma tendência da ciência oficial em
reduzir toda a diversidade ao estudo dos genes. Isto leva ao próximo tópico.
Abordagens da biodiversidade
• Para os biólogos geneticistas, a Biodiversidade é a diversidade de genes e organismos. Eles
estudam processos como mutação, troca de genes e a dinâmica do genoma, que ocorrem ao
nível do DNA e constituem, talvez, a evolução.
• Para os biólogos zoólogos ou botânicos, a Biodiversidade não é só apenas a diversidade de
populações de organismos e espécies, mas também a forma como estes organismos funcionam.
Organismos surgem e desaparecem. Locais são colonizados por organismos da mesma espécie
ou de outra. Algumas espécies desenvolvem organização social ou outras adaptações com
vantagem evolutiva. As estratégias de reprodução dos organismos dependem do ambiente.
• Para os ecólogos, a Biodiversidade é também a diversidade de interações duradouras entre
espécies. Isto se aplica também ao biótopo, seu ambiente imediato, e à ecorregião em que os
organismos vivem. Em cada ecossistema os organismos são parte de um todo, interagem uns
com os outros mas também com o ar, a água e o solo que os envolvem.
A cultura humana tem sido determinada pela Biodiversidade. Ela é fonte primária de recursos para
a vida diária, fornecendo comida (colheitas, animais domésticos, recursos florestais e peixes), fibras para
roupas, madeira para construções, remédios e energia.
Os ecossistemas também nos fornecem "suportes de produção" (fertilidade do solo, polinizadores,
decompositores de resíduos, etc.) e "serviços" como purificação do ar e da água, moderação do clima,
controle de inundações, secas e outros desastres ambientais.
Se os recursos naturais são de interesse econômico para a comunidade, sua importância econômica é
também crescente. Novos produtos são desenvolvidos graças a biotecnologias, criando novos mercados.
Para a sociedade, a biodiversidade é também um campo de trabalho e lucro. É necessário estabelecer
um manejo sustentável destes recursos.
Finalmente, o papel da Biodiversidade é "ser um espelho das nossas relações com as outras
espécies de seres vivos", uma visão ética dos direitos, deveres, e educação.
Pontos críticos da Biodiversidade
Um ponto crítico (hot spot) de Biodiversidade é um local com muitas espécies endêmicas. Ocorrem
geralmente em áreas de impacto humano crescente. A maioria deles está localizada nos trópicos
Alguns deles:
• O Brasil tem 1/5 da Biodiversidade mundial, com 50 000 espécies de plantas, 5 000 de
vertebrados, 10-15 milhões de insetos, milhões de microrganismos.
• A Índia apresenta 8% das espécies descritas, com 47 000 espécies de plantas e 81 000 de
animais.
Biodiversidade: tempo e espaço
A Biodiversidade não é estática. É um sistema em constante evolução tanto do ponto de vista das
espécies como também de um só organismo. A meia-vida média de uma espécie é de um milhão de anos
e 99% das espécies que já viveram na Terra estão hoje extintas.
A Biodiversidade não é distribuída igualmente na Terra. Ela é, sem dúvida, maior nos trópicos.
Quanto maior a latitude, menor é o número de espécies, contudo, as populações tendem a ter maiores
áreas de ocorrência. Existem regiões do globo onde há mais espécies que outras. A riqueza de espécies
tendem a variar de acordo com a disponibilidade energética, hídrica (clima, altitude) e também pelas suas
histórias evolutivas.
O valor econômico da Biodiversidade
Ecólogos e ambientalistas são os primeiros a insistir no aspecto econômico da proteção da
diversidade biológica. Deste modo, Edward O. Wilson escreveu em 1992 que a Biodiversidade é uma das
maiores riquezas do planeta, e, entretanto, é a menos reconhecida como tal.
A maioria das pessoas vêem a biodiversidade como um reservatório de recursos que devem ser
utilizados para a produção de produtos alimentícios, farmacêuticos e cosméticos. Este conceito do
gerenciamento de recursos biológicos provavelmente explica a maior parte do medo de se perderem
estes recursos devido à redução da Biodiversidade. Entretanto, isso é também a origem de novos
conflitos envolvendo a negociação da divisão e apropriação dos recursos naturais.
Uma estimativa do valor da Biodiversidade é uma pré-condição necessária para qualquer
discussão sobre a distribuição da riqueza da Biodiversidade. Estes valores podem ser divididos entre:
• valor intrínseco – todas as espécies são importantes intrinsecamente, por uma questão de ética.
• valor funcional – cada espécie tem um papel funcional no ecossistema. Por exemplo, predadores
regulam a população de presas, plantas fotossintetizantes participam do balanço de gás
carbônico na atmosfera, etc.
• valor de uso direto – muitas espécies são utilizadas diretamente pela sociedade humana, como
alimentos ou como matérias primas para produção de bens.
• valor de uso indireto – outras espécies são indiretamente utilizadas pela sociedade. Por
exemplo, criar abelhas em laranjais favorece a polinização das flores de laranja, resultando
numa melhor produção de frutos.
• valor potencial – muitas espécies podem futuramente ter um uso direto, como por exemplo
espécies de plantas que possuem princípios ativos a partir dos quais podem ser desenvolvidos
medicamentos.
Em um trabalho publicado na Nature em 1997, Constanza e colaboradores estimaram o valor dos
serviços ecológicos prestados pela natureza. A idéia geral do trabalho era contabilizar quanto custaria por
ano para uma pessoa ou mais, por exemplo, polinizar as plantas ou quanto custaria para construir um
aparato que serviria como mata ciliar no antiaçoriamento dos rios. O trabalho envolveu vários "serviços"
ecológicos e chegou a uma cifra média de US$ 33.000.000.000.000,00 (trinta e três trilhões de dólares)
por ano, duas vezes o produto interno bruto mundial.
Inventário de espécies
A Sistemática mede a Biodiversidade simplesmente pela distinção entre espécies. Pelo menos
1,75 milhões de espécies foram descritas; entretanto, a estimativa do verdadeiro número de espécies
existentes varia de 3,6 para mais de 100 milhões. Diz-se que o conhecimento das espécies e das famílias
tornou-se insuficiente e deve ser suplementado por uma maior compreensão das funções, interações e
comunidades.
Manuseio da Biodiversidade: conservação, preservação e proteção
A conservação da diversidade biológica tornou-se uma preocupação global. Apesar de não haver
consenso quanto ao tamanho e ao significado da extinção atual, muitos consideram a Biodiversidade
essencial.
Há basicamente dois tipos principais de opções de conservação, conservação in-situ e
conservação ex-situ. A in-situ é a conservação no próprio ambiente natural, com a criação de reservas
(Unidades de Conservação), por exemplo. Entretanto, a destruição de hábitats de espécies raras ou
ameaçadas de extinção às vezes requer um esforço de conservação ex-situ, ou seja, fora do ambiente
natural. Exemplos de um esforços de conservação ex-situ seriam a plantação de germoplasma em
bancos de sementes, Hortos Botãnicos, coleções em Museus, Zoológicos. Alguns acham que ambos os
tipos de conservação são necessários para assegurar uma preservação apropriada.
Biodiversidade no Brasil
O Brasil é campeão mundial em biodiversidade: de cada cinco espécies do planeta, uma encontra-
se aqui. Essa enorme variedade de animais, plantas, microrganismos e ecossistemas, muitos únicos em
todo o mundo, deve-se, entre outros fatores, à extensão territorial e aos diversos climas do país. O Brasil
detém o maior número de espécies conhecidas de mamíferos e de peixes de água doce, o segundo de
anfíbios, o terceiro de aves e o quinto de répteis. Com mais de 50 mil espécies de árvores e arbustos, tem
o primeiro lugar em biodiversidade vegetal. Nenhum outro país tem tantas variedades de orquídeas e
palmeiras catalogadas. Os números impressionam, mas, segundo estimativas aceitas pelo Ministério do
Meio Ambiente (MMA), eles podem representar apenas 10% da vida no país. Como várias regiões ainda
são muito pouco estudadas pelos cientistas, os números da biodiversidade brasileira tornam-se maiores
na medida em que aumenta o conhecimento. Durante uma expedição de apenas 20 dias pelo Pantanal,
coordenada pela ONG Conservation International (CI) e divulgada em 2001, foram identificadas 36 novas
espécies de peixe, duas de anfíbio, duas de crustáceo e cerca de 400 plantas cuja presença naquele
bioma era desconhecida pela ciência. O levantamento nacional de peixes de água doce coordenado pela
Universidade de São Paulo (USP), publicado em 2004, indica a existência de 2.122 espécies, 10% a 15%
delas desconhecidas até então. A falta de um sistema padronizado de geração, organização, análise e
disseminação de informações científicas sobre a biodiversidade da Amazônia é uma das principais
lacunas para a definição de políticas públicas consistentes de conservação e uso sustentável dos
recursos biológicos da região.
A Conservação internacional, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), um dos mais tradicionais
institutos de pesquisa da região, e outros centros de pesquisa da Amazônia estabeleceram em 2002
parcerias para desenvolver um projeto de longo prazo intitulado Biodiversidade da Amazônia, que tem por
objetivos:
• a realização de inventários biológicos rápidos em áreas altamente ameaçadas;
• o desenvolvimento e teste de tecnologias para inventários biológicos em florestas tropicais;
• a organização, manutenção e disseminação das informações existentes em coleções biológicas;
• o mapeamento da distribuição da biodiversidade;
• o desenvolvimento de um sistema de avaliação do estado de conservação de espécies;
• o desenvolvimento de um sistema de apoio à implementação e gestão de áreas protegidas;
• a capacitação de recursos humanos em pesquisas sobre biodiversidade e biologia da conservação;
• a disseminação do conhecimento sobre a biodiversidade regional para o público em geral.
Potencial econômico
A biodiversidade pode contribuir de forma significativa para a agricultura, a pecuária, a extração
florestal e a pesca. No entanto, quase todas as espécies exploradas economicamente, seja vegetal, como
a soja e o café, seja animal, como o frango, são originárias de outros países, e sua exploração é feita de
forma freqüentemente danosa ao meio ambiente. Já o aproveitamento econômico de espécies nativas
ainda engatinha. Para o PIB brasileiro, o setor florestal representa pouco mais de 1% e a pesca, 0,4%. A
pequena participação das espécies nativas na economia tem, entre suas causas, a falta de políticas e
investimentos tanto para a pesquisa básica como para o desenvolvimento de produtos. Na falta disso, não
há como calcular quanto o Brasil poderia receber por patentes e tecnologias desenvolvidas com o estudo
de sua biodiversidade – algo que, segundo alguns especialistas, estaria na casa dos trilhões de dólares.
Um único medicamento para o controle da hipertensão, desenvolvido com o veneno da jararaca, espécie
brasileira, rendia cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano ao laboratório estrangeiro que o patenteou, um
valor comparável às exportações nacionais de carne bovina e suína somadas.
Extinção - A biodiversidade ameaçada
Durante as últimas décadas, uma erosão da Biodiversidade foi observada. A maioria dos
biólogos acredita que uma extinção em massa está a caminho. Apesar de divididos a respeito dos
números, muitos cientistas acreditam que a taxa de perda de espécies é maior agora do que em qualquer
outra época da história da Terra.
Alguns estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies de plantas conhecidas estão sob
ameaça de extinção. Todo ano, entre 17.000 e 100.000 espécies são varridas de nosso planeta.
Alguns dizem que cerca de 20% de todas as espécies viventes poderiam desaparecer em 30 anos.
Quase todos dizem que as perdas são devido às atividades humanas, em particular a destruição dos
hábitats de plantas e animais.
Alguns justificam a situação não tanto pelo sobreuso das espécies ou pela degradação do
ecossistema quanto pela conversão deles em ecossistemas muito padronizados. (ex.: monocultura
seguida de desmatamento). Alguns argumentam que não há dados suficientes para apoiar a visão de
extinção em massa, e dizem que extrapolações abusivas são responsáveis pela destruição global de
florestas tropicais, recifes de corais, mangues e outros hábitats ricos.
A história da Vida na Terra é uma história de extinções, tendo os paleontologistas identificado 5
períodos relativamente curtos (1 a 10 milhões de anos) de extinção em massa. O mais significativo
ocorreu no final do Pérmico, que terá eliminado entre 77 e 96% das espécies existentes na época.
Estas extinções naturais ocorrem, no entanto, ao longo de períodos relativamente longos, permitindo a
evolução de novas formas, talvez melhor adaptadas, talvez apenas "sortudas" ... Isso não é o que
acontece na atualidade, com a ajuda do Homem!
Atualmente, numerosos grupos de vida selvagem estão em sério perigo de extinção, devido à
destruição do seu habitat, captura excessiva (sobreexploração) ou caça furtiva, etc
Estima-se que a presente taxa de extinção na Terra é 50 a 100 vezes superior à que existiria em
condições naturais, ou seja, entre 100 e até 10000 espécies extinguem-se por ano. Este problema
ameaça a biodiversidade do planeta com perdas colossais e irreversíveis.
Em 2000, a maior alteração verificada na biodiversidade dos mamíferos foi o enorme aumento do
número de espécies de primatas ameaçadas (96 para 116, das quais 19 estão criticamente ameaçadas).
Na realidade, a única espécie de primatas não ameaçada é o Homem.
Nas aves, os albatrozes e petréis são os que sofreram perdas maiores, com 55 espécies
ameaçadas, quando em 1996 apenas 3 se encontravam nesta situação. Este facto deve-se à pesca com
redes e anzóis de linha longa. Atualmente, uma em cada 8 espécies de aves estão gravemente
ameaçadas (por exemplo, 25% das espécies de papagaios estão ameaçadas).
Um número importante de anfíbios têm desaparecido, rápida e inexplicavelmente, tanto da
América central como da Austrália, por exemplo, mas igualmente de zonas altas da América do Norte. O
número total destes animais desceu 15% entre 1960 e 1966 e desde então tem descido cerca de 2% ao
ano, em média. As principais causas para esta situação calamitosa são as de sempre, drenagem de
zonas úmidas para reprodução ou impedimento de acesso a elas (estradas, por exemplo), uso excessivo
de pesticidas e fertilizantes, introdução de predadores exóticos, etc.
Nos répteis são de salientar, por motivos pouco felizes, as tartarugas com 47 espécies
ameaçadas. Esta situação deve-se não apenas à deterioração do meio, mas também devido á excessiva
captura, tanto com fins "medicinais", como para alimentação. No entanto, não são as únicas espécies em
grande perigo, pois estudos parecem revelar que o número total de répteis apresenta um declínio ainda
mais acelerado que o dos anfíbios. Estes animais ocupam meios semelhantes frequentemente, sendo
sujeitos a pressões igualmente graves, com a agravante de necessitarem de territórios maiores e a
fragmentação de habitats ter uma maior influência no seu desenvolvimento.
Outros grupos marinhos, como tubarões, cavalos-marinhos, garoupas, mamíferos marinhos, entre
outros, confirmam a preocupante tendência dos ecossistemas marinhos para sofrer dos mesmos
problemas que os terrestres (fraco potencial reprodutor, doenças desconhecidas, redução de área de
distribuição, exploração excessiva, destruição de habitat e espécies invasoras).
Estudos relativos a invertebrados não são ainda muito extensos, mas mesmo assim já é
perceptível a mesma tendência: borboletas, libélulas, gastrópodes e crustáceos de água doce, são
apenas alguns exemplos de espécies ameaçadas.
Geralmente, apenas se mencionam animais, mas também as plantas estão em situação difícil,
com 5611 espécies em perigo (por exemplo, 25% das coníferas estão ameaçadas).
Considera-se que mais de 70% das florestas do mundo já desapareceram e os restantes 30%
estão em grande risco, devido à pressão de indústrias do papel, madeireira e farmacêutica.
Não há dúvida que a influência humana nos ecossistemas tem sido historicamente importante no
declínio da biodiversidade, tais como pode ser visto a seguir:
• Perda de megafauna (animais com mais de 44Kg de peso) - embora questionada por alguns
cientistas, que a atribuem a alterações climáticas, e sem que esses aspectos possam ser postos
de lado, tem sido notado que com o avanço geográfico da espécie humana nas Américas e
Austrália, cerca de 73% dos mamíferos de grande porte se extinguiram (mamutes, mastodontes,
camelos, preguiças gigantes, etc.). Como óbvia consequência dessas extinções, os predadores
que deles se alimentavam também desapareceram (leões, tigres dentes de sabre, etc.);
• Perda das grandes aves insulares - em todo o mundo, nos séculos XV e XVI, cerca de 1000 a
2000 espécies de grandes aves foram as vítimas seguintes, devido a caça, competição e/ou
destruição de habitat causada pelo Homem e pelos animais que introduziu (ratos, cães, gatos,
etc.). Estas aves geralmente não voavam e eram os predadores de topo nessas ilhas. Se
existissem mamíferos de grande porte seguiam o mesmo caminho, o da extinção;
• As "ilhas" terrestres - há cerca de 50 a 100 anos, o desenvolvimento da sociedade humana criou
as chamadas "ilhas" terrestres, ou seja, o habitat tornou-se fragmentado, impedindo migrações e
contacto entre as diversas populações de uma espécie. Os organismos são afectados num efeito
dominó, pois os maiores e as colônias não podem viver em fragmentos reduzidos e os restantes
são por estes arrastados. Neste momento, 4/5 das florestas do mundo foram perdidas;
• Proliferação de espécies invasoras - as atividades humanas (comércio, lixeiras, despejos,
fertilizantes, por exemplo) provocam a proliferação de certos tipos de organismo (algas, gado,
moscas, ratos, etc.), que se tornam nocivos para o habitat e para outros. O Homem introduz
plantas ornamentais, animais domésticos e até doenças nos ecossistemas, capazes de destruir
completamente a fauna e flora nativas, devido á ausência de predadores ou à existência de
toxinas para as quais os organismos não têm resistência;
• Poluição - materiais sintéticos e/ou orgânicos (fertilizantes, resíduos domésticos, etc.) são
lançados nos rios, oceanos e mesmo continentes, sem qualquer tratamento;
• Utilização excessiva dos recursos - indústria madeireira, médicas, pesca, caça (autorizada e
furtiva), captura de organismos para animais de estimação, etc. apenas se preocupam com os
lucros, não tendo em conta a sustentabilidade ou os danos causados;
Em Biologia, consideram-se três categorias de organismos em risco de extinção:
• vulnerável – Se existe uma probabilidade de 10% de que ela será extinta nos próximos cem
anos, ou seja, espécie que se tornará ameaçada brevemente, caso os factores de risco
permaneçam presentes;
• Em perigo – Se a probabilidade é de 20% nos próximos 20 anos ou em 10 gerações,
considerando-se a de maior duração
• Criticamente em perigo – Se o risco de extinção for igual ou superior a 50% nos próximos 5 anos
ou nas duas próximas gerações.
Infelizmente mais e mais organismos entram para estas listas a cada dia, pois nos poucos minutos
que demora a ler esta página milhares de Km 2 de floresta tropical estão a ser queimados ou cortados e
milhões de organismos estão a ser mortos, seja por puro prazer, pela sua pele ou penas, pelas suas
alegadas capacidades medicinais ou afrodisíacas, etc.

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