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Religião Egípcia

Considerado pelo historiador grego Heródoto de Halicarnaso (484 –


424 a.C.) como o povo mais espiritualizado da antiguidade, os egípcios possuem
registros de suas primeiras manifestações religiosas datadas de quatro a cinco mil
anos antes de Cristo.

Inicialmente os egípcios praticavam, como a maior parte dos povos


primitivos, o animismo (adoração à natureza), permanecendo neste estágio por
milênios, até que por volta de 3.000 a.C. começaram a acontecer modificações que
levaram, juntamente com a evolução da civilização, ao desenvolvimento de uma
religião complexa e cheia de divindades, embora com alguns resquícios do
animismo, visto que os deuses egípcios possuíam formas zooantropomórficas (parte
homem, parte animal). Apenas na XVIII dinastia, Amenófis IV, tentou estabelecer o
monoteísmo, adotando como deus único Áton, o sol. Mas o poderoso clero não
aceitou a mudança e passa a combater o Faraó. E logo após a sua morte, o culto
aos vários deuses retornou.

O próprio sistema político do Egito antigo e a vida cotidiana eram


fortemente ligados à religião. Os egípcios consideravam que os menores detalhes
de suas vida dependiam da vontade dos deuses. O Faraó, governante supremo da
região do Nilo, era considerado um deus encarnado, e como tal era merecedor de
todo o respeito e adoração. Esta associação fortaleceu o governo e o próprio Faraó.

A antiga religião do Egito era sectária, os templos, por serem lugares


sagrados, eram proibidos ao povo e apenas o Faraó e os sacerdotes tinham acesso
a ele o que criava diferenças entre a religião praticada pelo povo e pelas altas
camadas religiosas. Isto levava a adoração de diferentes deuses, inclusive era
comum que cada cidade tivesse o seu deus de preferência.

Uma das características mais importantes do culto egípcio era a


preocupação com a imortalidade e com a vida futura. Os egípcios acreditavam que
o homem era composto do corpo físico perecível (khat), da alma imortal (ba) e de
uma personalidade abstrata (ka), que seria um corpo espiritual. Após a passagem
pela vida na terra, que era um estado transitório, a alma (ba) ia para o mundo
espiritual encontrar-se com Osíris, onde seria julgado de acordo com as suas ações,
depois seria encaminhado para uma região de venturas, caso tivesse sido bom, ou
para um local de sofrimentos caso tivesse levado uma vida de maldades. E
posteriormente reencarnaria para nova experiência no mundo dos vivos.

Um dos maiores exemplos da importância que a imortalidade da alma


tinha para o povo e para a religião egípcia e o mito de Osíris. Conta a lenda que
Osíris, filho de Geb (a Terra) e com ajuda de sua mulher Ísis, ensinou aos homens a
agricultura (principal atividade econômica do Egito antigo). Seu irmão Seth, tomado
de ciúmes, afoga Osíris no rio Nilo e depois o esquarteja e espalha seus pedaços
pelo Egito. Ísis recolhe todos os pedaços, refaz-lhe o corpo e o ressuscita, tornando
ele a viver no céu. Hórus seu filho mata Seth, vingando Osíris, e como prêmio
recebe o trono do Egito. Esta lenda além de justificar a divindade dos Faraós, que
são descendentes de Osíris, representa, através do retorno de Osíris a vida, a
imortalidade da alma e a reencarnação.

Atualmente a antiga crença dos egípcios perdeu-se no tempo, a


população daquele país hoje segue o islamismo, entretanto a contribuição legada
por eles permanece. Através da sua grande preocupação com as questões
espirituais e da vida além da morte deixaram muitos ensinamentos que,
desenvolvidos por outras correntes religiosas, inspiram uma compreensão mais
ampla da relação entre o homem e o mundo espiritual.

Fontes:

Dibo, Dulcídio. Espiritismo e Religiões Reencarnacionistas – Um compêndio sobre


vidas passadas (2001), Masdras.

Challaye, Félicien, As Grandes Religiões – 6ª Edição (1998), IBRASA.

www.hystoria.hpg.ig.com.br/egit3.html

www.arvoredobem.ig.com.br

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