Sei sulla pagina 1di 23

O Bonsai enquanto Herança Cultural em Cáceres-MT 1

Franciely Laura de Arruda e Silva2; Josiane Magalhães3

RESUMO
O bonsai é uma arte e tem como sentido a transmissão de valores filosóficos e culturais
entre gerações. O estudo objetivou verificar a permanência da prática do cultivo do
bonsai entre os descendentes de japoneses em Cáceres-MT. Foram entrevistadas 20
famílias frequentadoras da Associação Cultural Nipo Brasileira.Os dados mostraram
que o bonsai não faz parte das tradições culturais locais, cuja arte se perdeu antes de
seus ascendentes terem chegado ao Brasil. Porém os descendentes procuram manter
essa tradição que não foi repassada no ambiente familiar, buscando o aprendizado das
técnicas e passando a cultivá-lo em casa. Percebe-se que há uma intenção da
comunidade de descendentes japoneses em preservar alguns traços da cultura japonesa.
Palavras-chave: Imigração japonesa, bonsai, cultura, preservação cultural, identidade
étnica

Bonsai as Cultural Heritage in Cáceres-MT

ABSTRACT
Bonsai is an art and its meaning the transmission of philosophical and
cultural values between generations. The study aimed toassess the
continuing practice of cultivating bonsai among Japanese descendants in Cáceres-
MT. We interviewed 20families attended the Cultural Association Nipo brasileira.A data
showed that the bonsai is not part of local cultural traditions, whoseart was
lost before their ancestors had come to Brazil. But thedescendants seek to
maintain this tradition was not passed in thefamily setting, seeking information about the
techniques andstarting to grow it at home. It is perceived that there is an intentionof
the community of Japanese descendants in preserving sometraces of Japanese culture.
Keywords: Japanese Immigration, bonsai, culture, cultural preservation, ethnic identity

1
Monografia obrigatória para obtenção do diploma de Engenheiro Agrônomo pela UNEMAT, escrita
seguindo as normas de publicação da revista “Tempo Social”
2
Graduada em Agronomia pela UNEMAT, Cáceres-MT.
3
Professora, Drª em Educação, responsável pela área de sociologia junto aos cursos de Agronomia,
Enfermagem, e Ciências Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso- UNEMAT, Campus
Cáceres-MT, coordenadora do Núcleo de Estudos em Ciências Humanas, Campus Cáceres-MT.
Introdução

Os processos sociais são dinâmicos e se mantém ou se transformam segundo as


necessidades humanas de significação e re-significação de suas práticas sociais.
Compreendê-los nos auxilia na interpretação da sociedade em que vivemos e na
proposição de uma sociedade mais justa e que possua práticas sustentáveis de existência
humana no planeta. Uma das formas de compreender os caminhos humanos é buscar em
suas práticas elementos que possam compor comportamentos que atendam aos anseios
postos pela sociedade atual, em ações que se desdobrem no sentido de respeitar a
natureza e estabelecer uma relação pacífica de existência entre os seres. Uma das
práticas humanas que podem ser exemplos a serem refletidos para as culturas atuais
pode estar em exemplos estabelecidos pelas culturas orientais milenares como o cultivo
dos bonsais.

Este pode ser entendido como um ícone de uma relação entre o ser humano e a natureza.
Simboliza por um lado, práticas sociais estabelecidas por uma cultura específica, cujo
significado dá sentido as relações sociais daquela cultura e por outro, enquanto
elemento sintetizador de uma filosofia de vida que ao mesmo tempo em que domina a
natureza através de uma técnica de cultivo, estabelece um profundo respeito para com
essa mesma natureza. Neste sentido, o bonsai e suas práticas de cultivo são por seu
caráter, um patrimônio cultural da humanidade, que merece ser registrado e
compreendido em seus diferentes aspectos.

O patrimônio cultural envolve bens naturais, culturais, intelectuais e emocionais. Onde


a natureza que envolve o ser humano, com suas obras e manifestações cívicas, religiosas
e folclóricas constrói uma identidade cultural que deve ser preservada.

Sakurai (2007) destaca no livro Os Japoneses a importância de trazer “um pedaço da


natureza” próximo a família. Afinal num país populoso, muitas pessoas são obrigadas a
morarem em casas pequenas, ou seja, pequenos espaços e em grandes centros urbanos
onde não tem o prazer de admirarem a natureza de perto. Com o cultivo dessa árvore em
vaso as pessoas poderiam ter uma representação da natureza em casa, além de
usufruírem dos benefícios de uma arte milenar da cultura japonesa.
O bonsai enquanto herança cultural4está muito presente entre japoneses. A compreensão
dos caminhos que o mantém enquanto símbolo de uma cultura e ícone de uma forma de
se relacionar com a natureza pode ser um caminho profícuo no sentido de
estabelecermos uma direção para uma revisão da relação do ser humano com a natureza.

A arte do bonsai envolve diversas histórias sobre sua origem. Isso se deve a inexistência
de documentos que comprovem como, quando e onde surgiu, porém na versão mais
aceita, a China é o local de origem.

Segundo Santos et al. (2004), “o bonsai surgiu na China, no século II d. C., na dinastia
Tang. Dois séculos depois, por intermédio dos monges budistas, chegou ao Japão e a
partir daí se difundiu para todo o mundo. No Brasil, o bonsai foi introduzido com a
imigração japonesa, no início do século XX .”

De acordo com Sakurai (2007), existe um grande apreço por parte dos japoneses pela
natureza, mesmo diante de grandes metrópoles de concreto. Ainda pode ser percebida a
grande a importância do ambiente natural, na religião, literatura, na arte e na forma em
que são exploradas as terras.

Neste aspecto Sakurai (2007) destaca “o desejo de uma ligação próxima com a natureza
faz parte do modo de ser japonês”.

O Bonsai, ao longo do tempo, passou a ser considerado um dos símbolos da cultura


japonesa e sua preservação considerada um ponto importante na preservação da
identidade étnica entre os imigrantes. É considerado parte da estrutura familiar, tendo
em vista que algumas plantas duram séculos, passando de geração a geração como
herança familiar, mas mais que isso, é considerado um elo entre o velho e o novo, sendo
símbolo da permanência da essência vital, aspecto muito importante da cultura japonesa
e de sua filosofia de vida. Representa nas relações sociais a possibilidade colocada na
idéia do Chi, que é a força vital que mantém a vida no planeta e flui por todos os seres,
mantendo o equilíbrio entre as diferentes existências. Além disso, a prática de cultivo do
bonsai também se mantém enquanto identidade cultural, tendo em vista que os
44
Acerca desse conceito temos uma reflexão desenvolvida por Stuart Hall, em A identidade cultural na
pós modernidade (2003) que analisa o processo de fragmentação do indivíduo moderno enfatizando o
surgimento de novas identidades sujeitas ao plano da história, da política, da representação e da diferença.
elementos da filosofia oriental são exercitados pela prática cotidiana de preservação da
essência vital do bonsai e de suas características de equilíbrio e harmonia.

Bonsai é uma palavra de origem japonesa que significa árvore em bandeja ou vaso,
(bom=vaso e sai=árvore). Corresponde a uma técnica utilizada em árvores para deixá-
las em miniatura. Na confecção de um bonsai podem ser utilizadas diversas árvores,
sendo que existem algumas que possuem uma tendência natural para se transformar e
outras precisam ser trabalhadas, ou seja, podadas, modeladas etc.. A forma de cada
bonsai esta relacionada com a condução, poda e cortes. O bonsai como qualquer outra
planta necessita de dedicação de quem cultiva. Sendo necessário seu transplante em
todos os anos, que é o momento em que as raízes são podadas e a terra fertilizada,
podendo ainda ser trocado de vaso que normalmente são rasos e largos, que funciona
como fator limitante para o bonsai, que por sua vez limita o crescimento das suas raízes.
A árvore necessita ainda de iluminação, sendo assim o vaso deve ser mudado de posição
de acordo com a estação do ano. Com todos esses cuidados o bonsai retribui as pessoas,
o prazer de ter um pedaço da natureza em casa.

Uma curiosidade que pode ser encontrada nos relatos acerca de bonsais está na história
do primeiro bonsai brasileiro o de Bouganvillea, que teve de ser plantada no chão por
ordem das autoridades daquela época. As autoridades afirmavam que usar técnicas em
uma planta para deixa - lá em miniatura, não estava correto, e por pura ignorância das
questões culturais japonesas construíram o receio de que pudessem fazer isso com o
povo brasileiro no futuro. Aquele bonsai no chão cresceu como qualquer outra planta,
mas com o formato estético de um bonsai, tanto pela estrutura do tronco, como pelas
podas. O ex-bonsai tornou-se atração na pequena cidade de Guaiçara-SP. Essa espécie
de bonsai o Bouganvillea, localmente era conhecida por três marias ou primavera,
chamou atenção dos imigrantes japoneses por ser avistada de longe, a espécie de bráctea
de cor rosa fazia lembrar o sakurá (cerejeira) em flor, fazendo aquele povo sentir
saudades da terra natal. (A história do bonsai o Brasil. Disponível em:
http://www.atelierdobonsai.com.br//. Acesso em: 03 de nov. 2010.)

Sob essa perspectiva, o objetivo desta pesquisa foi verificar a permanência da prática do
cultivo do bonsai como herança cultural entre os descendentes de japoneses na cidade
de Cáceres-MT.
Vale ressaltar que a herança da cultura japonesa no Brasil possui várias manifestações
que se relacionam com um contexto cultural de recriação de espaços sociais. Esses
espaços são relevantes do ponto de vista da manutenção da coesão do grupo de
imigrantes e descendentes, bem como permitem as trocas que irão manter ou não a
tradição do cultivo de bonsais.

De acordo com Sakurai (2007), “até o início da Segunda Guerra Mundial, os japoneses
no Brasil conseguiram se organizar criando redes de sociabilidade através de
associações. Elas se espalharam por onde houve núcleos de família japonesa”.

Segundo a autora, essas associações eram e ainda são, uma oportunidade de fazer
amigos, trocar idéias, e uma forma de sentir orgulho do lugar, sendo considerado o novo
lar da família. Além de ser uma maneira de estabelecer laços, arrumar casamentos, fazer
negócios, estabelecer espaços de socialização e confraternização. É o lugar para as
famílias se encontrarem depois do trabalho em suas terras, constituindo-se em um
espaço de lazer e aprendizado. A partir das associações, a comunidade japonesa passou
a construir escolas onde se ensina também a língua japonesa. As escolas seguiam o
currículo brasileiro, mas também o japonês devido ao sonho de retornar a terra natal.
Em localidades como as cidades de Marília, Dirceu, que se situam no oeste paulista,
região que recebeu forte migração japonesa, as associações são extremamente
organizadas e promovem além de cursos, festas como o Undokai e Bon Odori.

O Undokai é uma atividade tradicional da cultura japonesa e pode ser


descrita como uma gincana poliesportiva, que envolve atividades como cabo
de guerra, corridas de obstáculos e outras brincadeiras diversas. O principal
objetivo do Undokai é a confraternização das famílias e suas diversas
gerações (desde crianças a idosos) Para manter viva esta tradição, diversas
entidades ou escolas costumam realizar a gincana.
(http://www.kumamoto.org.br/2010/01/16/undokai-kyushu-bloco/)

O Undokai na região do oeste paulista passou a ser organizado junto ao feriado nacional
que comemora o dia do trabalho. Assim, as associações japonesas na região organizam
grandes festejos, contudo em comemoração ao dia do trabalho, sendo realizado este
único festejo com essa denominação. Esta também é uma demonstração de uma
característica da cultura japonesa: o estabelecimento de uma ponte entre o velho e o
novo - a inovação e o aprimoramento da tradição que se mantém, mas incorporando
valores do novo.
Já o Bon Odori mantém-se como comemoração religiosa. Na região do oeste paulista
está fortemente alicerçada através das várias igrejas budistas fundadas pela comunidade
de imigrantes japoneses. É definida inicialmente na cultura japonesa como:

Uma tradição milenar, que tem como objetivo a celebração dos antepassados
e boa colheita. Suas origens são budistas, vinda de uma oração chamada
nunbutsu-odori, que significa invocação-dança, no entanto no Japão
nenbutsu-odori era praticada ao longo de todo o ano, pois consideravam o
ano novo e o mês de julho como divisores do ano, e acreditavam que neste
período havia uma grande visitação dos mortos a esse mundo. Sendo assim
começaram a realizar anualmente o Bon-Odori, que significa mortos-dança,
oferecendo cultos aos espíritos que visitam este mundo, através de danças, no
Brasil esta tradição ganhou outra característica, sendo realizada na
comemoração do aniversário de cidades que possuem colônias japonesas,
com o intuito de celebrar boas colheitas e prosperidade no ano que se inicia.
(Disponível em: http://www.aems.edu.br/publicacao/revista_conexao_aems_.
Acesso em: 06 de nov.2010)

O Bon Odori na região do oeste paulista é realizado pelas igrejas budistas e ocorrem em
datas diferentes ao longo dos meses de Julho a Agosto. Todos os anos recebem, além da
comunidade de imigrantes e descendentes japoneses outros membros da sociedade, ou
os denominados brasileiros pela comunidade japonesa.

Além das igrejas budistas, as associações também organizam festejos de Bon Odori,
disseminando na região os hábitos alimentares, danças, músicas, vestimentas, objetos e
utensílios típicos da cultura japonesa. Em alguns eventos maiores são apresentadas a
cerimônia do chá, como forma de demonstrar as gerações e aos não japoneses a riqueza
da tradição cultural. É muito comum encontrarmos nos festejos exposições de Ikebanas
(arranjos de flores) e bonsais que são cultivados pelos imigrantes e descendentes locais.
Sakurai relata “as associações japonesas foram os centros de referência para todas as
comunidades japonesas no Brasil e continuam a ser até hoje”.

Material e métodos

Área de estudo
A caracterização da herança cultural foi executada na comunidade de imigrantes
japoneses, localizada na cidade de Cáceres no Estado de Mato Grosso, que possui uma
forma de manutenção de sua cultura herdada a partir da constituição do Clube Nipo.
Esse clube é associação de um grupo, com objetivo de preservar os costumes e tradições
japonesas por meio de eventos relacionados aos costumes dos antepassados.

Metodologias utilizadas

O presente estudo possui um caráter quali-quantitativo, baseado na coleta de dados por


meio de técnicas de observação, e entrevistas com aplicação de um roteiro dirigido
buscando conhecer a trajetória de vida dos imigrantes e seus descendentes locais, e sua
relação com a manutenção do cultivo do bonsai enquanto herança cultural.

O roteiro dirigido constitui-se de 23 questões. As questões foram elaboradas a partir da


observação dos objetivos a que o trabalho se propôs, possuindo uma relação direta com
a busca por respostas:

1. Caracterização dos informantes: (Questão 01 a 03) Idade, sexo, escolaridade;

2. Caracterização da origem dos descendentes: (Questão 04 a 06) local de nascimento do


entrevistado e seus descendentes, classificação da sua geração;

3. Caracterização da presença do bonsai: (Questão 07 a 13) Presença do bonsai na família,


motivo de não ter um bonsai, quantidade de bonsai presente ou que já teve, quantidade de
pessoas cultivando;

4. Caracterização do conhecimento técnico: (Questão 14 a 18) Saber fazer um bonsai, quem


ensinou a cultivar, qual espécie conhece, qual espécie cultiva ou já cultivou, diferença do bonsai
de uma planta da natureza;

5. Caracterização do sentido atribuído ao bonsai: (Questão 19 a 20) Vantagem de cultivar, o que


representa o bonsai;
6. Caracterização da preocupação na manutenção da cultura: (Questão 21 a 23) Transmissão de
conhecimentos do bonsai e de outros aspectos da cultura japonesa para filhos, netos ou parentes,
quais os conhecimentos transmitidos.

Coleta e análise de dados

A coleta de dados teve início a partir do levantamento dos membros associados à


Associação Cultural Esportivo Nipo Brasileira de Cáceres-MT, mais conhecida como
clube Nipo. O clube está há vários anos, localizado na parte central da cidade, e
funciona como ponto de encontro de descendentes japoneses, da comunidade cacerense
e de pessoas oriundas dos municípios vizinhos, sendo composta de 40 famílias
associadas. Adotou-se como critério de seleção a freqüência dessas famílias ao clube.

A participação dos descendentes e imigrantes na associação constitui-se um diferencial


do grupo, que procura manter espaços de trocas culturais da tradição japonesa. Assim,
constituiu-se um grupo de vinte famílias, as quais residiam em Cáceres e eram
freqüentadoras assíduas das atividades desenvolvidas pelo clube.

A coleta de dados teve início no dia 11 de outubro de 2010, com duração de uma
semana. Com a colaboração da presidente do Clube Nipo que forneceu a lista de
freqüência, iniciou-se a coleta de dados. O primeiro contato foi a partir de telefonemas,
onde era explicada a pesquisa e pedido a colaboração da família. No momento em que
aceitavam, os endereços eram fornecidos e o dia da visita era agendado.

Impressões acerca do contato com os entrevistados

O relacionamento entre pessoas geralmente não é tão fácil, se tratando de japoneses


parece ser ainda mais difícil, devido à estrutura familiar rígida. Nos telefonemas pode-
se perceber essa rigidez, mas tudo se transformava quando ocorria o primeiro contato
pessoal com as famílias. Todos recebiam da melhor forma que podiam, sempre com um
sorriso no rosto, eram bastante gentis e foram prestativos em suas contribuições.
Inicialmente os objetivos da pesquisa eram explicados novamente às famílias,
solicitando sua assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Após isso,
iniciava-se a coleta de dados. As perguntas eram direcionadas para uma pessoa que era
o escolhido pela família, contando com a participação de outros membros da família
que também contribuíam nas respostas. Entre uma pergunta e outra um sorriso e um
comentário.

Situações enriquecedoras como a visita realizada a casa do Sr A. Ao adentrar a casa do


senhor A, de 76 anos, filho de japoneses. Lá podia-se deparar com uma simplicidade,
harmonia, beleza e leveza, que aquele lar transmitia. Era um bem estar, uma
tranquilidade, uma paz, a sensação de estar em um ambiente diferente - uma casa
japonesa. Dizem que a casa da gente é igual ao dono, pois é, essa era. O senhor A com
toda simplicidade transmitia tudo isso.

No pequeno quintal foram avistadas diversas plantas, sendo que algumas cultivadas em
vasos, mas nenhuma caracterizando-se como um bonsai. Segundo aquele senhor a
técnica de fazer um bonsai não foi repassada para sua geração, mas o mesmo mostrou
interesse em ter e aprender a fazer um.

Ao iniciar a entrevista, com toda sua paciência relatou que a fundação do Clube Nipo
foi na década de 70. Comentou ainda que naquela época o clube era chamado de
Associação dos Japoneses, e quem freqüentava eram apenas japoneses. Contudo, com o
nascimento dos filhos, a associação teve que trocar de nome, afinal não seria mais um
clube apenas para os japoneses, e sim também para seus filhos. Com isso o nome foi
trocado, passando a ser chamado de Associação Cultural Esportivo Nipo Brasileira, que
abrange imigrantes e brasileiros, independente de raça, cor e religião.

Ao visitar a residência do senhor B de 39 anos filho de japoneses, pode-se notar que no


seu jardim havia uma planta na parte central do local. Contudo, não estava em um vaso
e sim plantada no chão. O senhor B explicou que ele tinha retirado o bonsai do vaso e
plantado no chão, e que de certa forma mantinha alguma semelhança com um bonsai
pois assegurou que a planta não crescia mais.
Dentre as casas de nisseis, ou seja, filhos de japoneses. A casa do Sr A e B foram as que
mais se destacaram por ter um toque japonês. Visto que outras casas visitadas não se
diferenciavam de residências de famílias brasileiras.

As entrevistas realizadas com os netos dos japoneses não permitiram a observação de


suas residências. Os netos de japoneses entrevistados, na sua maioria, não se
encontravam em suas residências, sendo que foram realizadas em seu local de trabalho,
o comércio da família que lhes dá sustento.

É interessante notar essa mudança, pois segundo a cultura japonesa, o japonês possui
uma enorme ligação com a terra. Havia inclusive um preconceito para com aqueles que
não lidavam com a terra, construindo uma imagem negativa acerca dos japoneses que
começaram a trabalhar no comércio. O principal argumento era de que o sustento da
família teria que vir da terra e não de outro meio e essa posição condenava o trabalho no
comércio. Hoje em dia podemos perceber que esse conceito mudou, sendo que a
principal atividade da comunidade de imigrantes e descendentes japoneses concentra-se
no comércio.

Segundo Sakurai (2007), “o comércio era uma atividade considerada marginal, sem
reconhecimento social e, por isso, voltada para aqueles que não tinham muitas
alternativas”.

Prosseguindo com as visitas, entrevistei três imigrantes japoneses. Ao adentrar na casa


do Senhor C de 77 anos, fui recebida por sua esposa que me pediu com toda sua
delicadeza que aguardasse na varanda seu esposo. Enquanto o esperava notei que aquele
Senhor estava mexendo com a terra no pequeno quintal possuía. O que me fez relembrar
a ligação do japonês com a terra e natureza. Ao iniciar a entrevista, me relatou sua
chegada a Cáceres que foi por volta da década de 50. Mesmo sendo um imigrante, não
se considera um. Diz ser uma mistura do brasileiro com o japonês, afinal apesar de
possuir os traços físicos, aprendeu a falar nossa língua e possui modos brasileiros.
Disse-me ainda que apesar de gostar da natureza e de cuidar do seu quintal, não cultiva
bonsai. Quando perguntei se conhece alguma espécie de bonsai me disse que sim, a
jabuticabeira. Uma espécie comum no Brasil. Não mencionando nenhuma espécie típica
do Japão.
Percebi que aquele imigrante já estava totalmente incorporado a cultura local, quando
na ultima pergunta questionei se passa a seus descendentes os conhecimentos da cultura
japonesa, me deparando com a resposta não. Então argumentou: “Não passo, eles são
brasileiros”.

Na casa da Senhora D de 52 anos, percebi a relação que tinha com a arte e beleza, afinal
sua profissão exigia. Comecei minha entrevista e notei que aquela senhora não sabia o
que era um bonsai, quando me interrompeu com um argumento e uma pergunta. “Você
esta falando de bonsai, mas o que é bonsai?”. Então expliquei o que é essa arte. Ela por
sua vez argumentou que o motivo de não saber sobre bonsai, ocorre porque seus pais e
avós não tinham, por isso não foi repassado a sua geração.

A entrevista com o Sr E ocorreu no seu trabalho, onde percebi a mesma ligação com a
natureza que tinha notado na casa do Sr C. O Senhor E por sua vez mesmo trabalhando
com plantas e retirando dali seu sustento não tem nenhuma ligação com o bonsai.

Os três imigrantes japoneses entrevistados mesmo não pertencendo à mesma família,


mostram um fator em comum. Eles não têm nenhuma relação com o bonsai, o que
mostra que essa arte se perdeu em algum momento da vida deles ainda no Japão.

Resultados e Discussão

Perfil sócio econômico

Foram feitas 20 entrevistas com as famílias associadas ao Clube Nipo no município de


Cáceres-MT, Os entrevistados foram 10 mulheres e 10 homens, com faixa etária entre
20 e 80 anos (Tab.1). A geração a que pertencia os entrevistados foram três:

a) issei – primeira geração, constituindo-se dos imigrantes japoneses;


b) nissei – segunda geração, composta pelos filhos dos imigrantes;

c) sansei. – terceira geração, composta pelos netos dos imigrantes.

A classificação das gerações foi feita a partir da informação da descendência por parte

de pai. O local de nascimento variou entre 3 estados brasileiros, e outro país (Japão).

Sendo no estado de Mato Grosso 6 nascidos, São Paulo 10, Paraná 1 e no Japão 3

(Tab.2) .

Tabela 1. Caracterização da faixa etária entre os descendentes japoneses. Cáceres-MT,


Data:16 de outubro de 2010.

Faixa etária Masculino Feminino


20-25 anos 1 1
26-30 anos 0 1
31-40 anos 3 1
41-50 anos 1 2
51-60 anos 2 3
61-70 anos 1 2
71-80 anos 2 0

Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.

Tabela 2. Local de nascimento e geração dos entrevistados. Cáceres-MT, Data:16 de


outubro de 2010.

Local de nascimento N° %
Mato Grosso 6 30
Paraná 1 5
São Paulo 10 50
Outro país (Japão) 3 15

Geração
Issei 3 15
Nissei 13 65
Sansei 4 20

Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.


Nos dados coletados, a Azálea Rhododendrom sp, Cerejeira Prunus serrulata e o
Pinheiro Pinus (sendo a mais comum a pentaphylla) são as espécies de bonsais que
mesmo sendo pouco cultivados, são os mais conhecidos (Fig.1). O motivo de serem os
mais citados mostra uma relação entre os descendentes e os seus antepassados, e o
interesse em preservar essa herança cultural, já que são espécies cuja origem esta
relacionada ao Japão.

Das três espécies citadas anteriormente o pinheiro é o mais conhecido e cultivado, o que
mostra o interesse de preservar essa espécie cuja origem é japonesa. Devido sua
importância pode ser encontrado em diversas formas, como na poesia, pintura, ikebana
(arte japonesa de arranjos florais) e no bonsai. O sentido para o grande apreço por essa
espécie pode estar relacionado com a força que transmite, sendo capaz de resistir a
ventos fortes e crescer em lugares inóspitos sem perder sua elegância, além de ser
símbolo de longevidade.
A jabuticaba Myrciaria cauliflora espécie comum no Brasil e a romã Punica granatum
originaria da Ásia oriental, mas muito cultivada no Brasil, igualaram-se ao número de
pessoas que relataram conhecer e cultivar em algum momento da vida, o que mostra a
relação Brasil/Japão. Com isso entende-se que ocorre dois interesses, ou seja, na espécie
brasileira e na de origem japonesa com o intuito de preservar essa cultura.

12
10
8
Espécie conhecida
6
Espécie cultivada
4
2
0
a
ir a

o
a

ã
ab

ir

m

je

he
ic
za

re

o
ut

in

R
e
A

Ja

P
C

Figura1. Espécies de bonsais conhecidas e cultivada em algum momento da vida dos


descendentes. Cáceres-MT, Data: 16 de outubro de 2010.
Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.
Os dados apresentados na tabela abaixo mostram o que os entrevistados entendem da
diferença do bonsai de uma planta na natureza (Tab.3). Sendo que 13 dos entrevistados
responderam que a diferença está no cultivo em vaso e o uso de técnicas para deixá-lo
em miniatura, mostrando que conhecem essa arte. E quando são questionados sobre a
vantagem de cultivar um bonsai, pode ser notado, que ocorre um grande interesse da
preservação dessa arte nos descendentes.

“É comum, no Japão, dizer-se que um Bonsai é iniciado por alguém, cujo filho
continuará o treinamento, para ser apreciado pelo neto” (KUSSAKAWA, 2008).

A herança cultural é uma questão muito importante e valorizada na família japonesa.


Pode ser considerada como um conjunto de valores que são transmitidos as gerações,
baseado na identidade de cada povo. A passagem dessa cultura pode ser percebida por
meio de objetos, símbolos entre outras formas.

Na caracterização da presença do bonsai, 70% dos entrevistados responderam que suas


famílias não possuem bonsai em casa (Tab.3). Quando os mesmos foram questionados
do motivo de não possuir, a questão mais apontada foi porque não foi repassada essa
técnica para sua geração (Tab. 4).

“As gerações dos descendentes que permanecerão no Brasil terão o desafio de preservar
os traços cada vez mais diluídos da cultura japonesa” (REIS, 2008).

Tabela 3. Caracterização do conhecimento técnico e do sentido atribuído ao bonsai.


Cáceres- MT, Data:16 de outubro de 2010.

Diferença do bonsai de uma planta na natureza N° %


Cultivo em vaso e o uso de técnicas para deixá-lo em miniatura 13 65
Não tem diferença 1 5
O cultivo ocorre em vaso 6 30

Vantagem de cultivar bonsai


Pequeno espaço que ocupa 7 35
Preservar essa cultura nos descendentes 12 60
Ter por perto um pedacinho da natureza 1 5
Presença do bonsai na família Sim %
6 30
Não
14 70

Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.

Tabela 4. Caracterização da presença do bonsai. Cáceres-MT, Data:16 de outubro de


2010.

Motivos de não cultivar bonsai N°


Falta de tempo 2
Não foi repassada a técnica de fazer bonsai para a minha geração 9
Não sei o que é bonsai 1
Por não me importar com essa cultura 1
Preço 1

Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.

A presença do bonsai na geração dos pais e avôs mostrou que a perda das tradições
dessa arte ocorreu ainda no Japão (Tab.5). Onde 55% dos entrevistados relataram que
seus pais não têm ou não tinham bonsai e quanto à geração dos avôs, 30% disseram não
e 30% não saber ou não lembrar, ou seja, somando os últimos dados são 60% que
afirmam que o bonsai não está ou não esteve presente na vida dos avôs. Sendo que o ato
de não saber ou não lembrar pode ser considerado um ponto negativo, pois a presença
de um bonsai na família não seria um fato que passaria despercebido.

Com a caracterização do conhecimento técnico percebe-se que 95% dos entrevistados


não sabem fazer um bonsai, o que corrobora com a idéia da perda dessa tradição
(Tab.6). Os demais 5% que relataram saber fazer um bonsai. Os mesmos quando
questionados com quem aprenderam essa arte, afirmaram que foi com uma pessoa que
não é membro da família. Isso mostra que apesar da perda dessa arte nas famílias, ainda
existe uma busca dos costumes dos antepassados pelos descendentes, que procuram
manter essa tradição que não foi repassada dentro do ambiente familiar.
Tabela 5. Presença do bonsai na geração dos pais e avós. Cáceres-MT, Data:16 de
outubro de 2010.

Sim Não Não lembra ou não sabe


Seus pais têm ou tinham bonsai 9 11 0
Seus avôs têm ou tinham bonsai 8 6 6

Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.


Tabela 6. Caracterização do conhecimento técnico da arte do bonsai. Cáceres-
MT, Data:16 de outubro de 2010.

Arte de fazer bonsai Sim Não


1 19

Geração que sabe fazer bonsai N°


Issei 0
Nissei 0
Sansei 1

Ensinamentos de como fazer um bonsai Ninguém Outra


ensinou pessoa

19 1

Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.

Percebe-se com isso que por não praticarem essa arte, a maioria dos entrevistados não
repassam os conhecimentos sobre o bonsai (Fig.2). Sendo que das 20 famílias
entrevistadas, apenas 3 relataram passar os conhecimentos, e dessas a apenas 1 sabe
fazer bonsai.
Conhecimentos
sobre a cultura
japonesa
não

sim

Conhecimentos
sobre bonsai não

sim

0 5 10 15 20

Figura 2. Caracterização da preocupação na manutenção da cultura.


Cáceres-MT, Data:16 de outubro de 2010. Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.

Com relação aos conhecimentos da cultura japonesa que não tem nenhuma relação com
o bonsai, as famílias afirmam que passam a seus filhos, netos ou parentes. Entre as 20
famílias, 18 afirmaram passar os conhecimentos. Dentre os costumes, o mais citado por
eles foi a comida, sendo uma necessidade primária, considerada o principal elemento
cultural japonês que é repassado para as gerações. Em segundo lugar ficou organizar e
participar de festas típicas.

De acordo com Pazinato (2007), “ao conceber a festa como lugar de memória revivida e
ritualizada no processo de identificação dos indivíduos e do grupo, revela-se a
importância do grupo para a sociedade na qual está inserido”.
18 Comida

16 Dança

14 Escrever alíngua
materna
12
Falar alínguamaterna

10
Frequentar igrejas
budistas
8
Músicas
6
Organizar eparticipar de
festas típicas
4
Tirar sapatos paraentrar
2 emcasa
Utilizaçãodeutensílios
0 domésticos

Figura 3. Aspectos presentes na cultura japonesa que são repassadas para filhos, netos
ou parentes. Cáceres-MT, Data:16 de outubro de 2010.
Fonte: SILVA, 2010, Dados da pesquisa.

Os dados mostram que hábitos comuns para a família japonesa como tirar sapatos para
entrar em casa, falar a língua, e uso de utensílios domésticos ainda permanecem para
alguns, mas está sendo esquecida. Isso pode ocorrer por esses descendentes estarem
inseridos em um país com costumes diferentes que acabam sendo assumidos por eles.

O ato de falar e escrever a língua materna depende muito da família, pois no Japão
existem vários dialetos que varia de região para região. Com isso cabe a família sua
permanência.

A dança e música típica do Japão ainda permanecem em algumas famílias, mas a


tendência é para que sejam transformados e modernizados na sociedade brasileira.

Segundo Machado (2008), o Matsuri dance é um estilo de dança que nasceu entre os
descendentes no Brasil, que mistura a dança típica Bon Dori (festival de tradição
budista) e o ritmo da música pop japonesa.
Os aspectos menos citados foram escrever a língua materna e frequentar igrejas
budistas. A ausência da aprendizagem da língua materna pode ser devida ao fato de que
possui uma estrutura muito complexa e diferente da língua portuguesa, sendo formada
por ideogramas. Já a segunda pode ser explicada pelo fato da cidade de Cáceres não
possuir igrejas budista. Mesmo assim, ocorre de forma pequena um ato de manifestação
religiosa por uma família de descendentes, que procuram manter as tradições.

Por meio dos resultados analisados, nota-se que ainda existem algumas tradições que
ainda são passadas para os descendentes. Contudo a arte de cultivar bonsai apesar de ter
uma origem milenar, cujo sentido é passar de geração a geração mais que uma técnica, e
sim uma filosofia de vida, é uma cultura que não faz parte das tradições da comunidade
local.

Conclusões

O bonsai é uma arte milenar, que tem sua origem na China, e por meio de monges
chineses foi levado ao Japão, onde foi modificado e desvinculado da religião, tornando
seu cultivo uma arte.

A chegada dos bonsais ao Brasil ocorreu em 1908, por meio dos primeiros imigrantes
japoneses. Como lembranças da sua terra trouxeram entre diversos objetos alguns
exemplares de bonsai. Mas apenas na década de 30, iniciaram a arte do seu cultivo. Um
dos motivos que justifica esse atraso é o fato que naquela época dedicavam-se apenas ao
trabalho nas lavouras de café.

A imigração japonesa no estado de Mato Grosso e, particularmente na cidade de


Cáceres, é muito reduzida se tomada proporcionalmente ao movimento migratório na
cidade de São Paulo, oeste paulista e norte do Paraná. Contudo, as manifestações de sua
cultura podem ser observadas localmente nas festas locais como o festival de pesca,
principalmente através das comidas típicas, que sempre instala uma barraca da
comunidade nipo durante o festival entre outros festejos como festas juninas. Algumas
exposições de ikebanas também são realizadas pela comunidade local e aos domingos a
venda de iaksoba, prato muito apreciado entre a comunidade cacerense.
Particularmente a partir dos dados coletados podemos perceber que o bonsai não faz
parte das tradições culturais locais, seja em função da ausência nas residências, a não
transmissão de seu modo de cultivar entre as gerações e mesmo do sentido e significado
do que seria um bonsai. Algumas das percepções apresentadas na comunidade
entrevistada parecem ter vindo da mídia, colocando o bonsai como um elemento da
cultura japonesa, mas totalmente descontextualizado de suas origens ancestrais nas
gerações de famílias japonesas. Parece que a tradição do cultivo de bonsais entre a
comunidade pesquisada perdeu-se muito antes de seus ascendentes terem chegado ao
Brasil, pois mesmo os imigrantes, não haviam recebido de seus pais como herança a
prática de cultivo de bonsais, tampouco se referindo a existência dessa prática entre seus
ancestrais mais distantes, não se referindo a presença de bonsais nas gerações
antecessoras. Por outro lado existe uma busca ainda que pequena dos descendentes que
procuram manter essa tradição que não foi repassada no ambiente familiar.

A culinária parece ser a pratica cultural que ainda se mantem entre os descendentes, fato
que pode ser entendido dentro de uma absorção da cultura desses alimentos junto a
comunidade cacerense, tendo se disseminado pelos restaurantes locais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Sandra. O Espaço Japonês: A Casa tradicional Japonesa, uma filosofia de


vida, um modo de estar. Design Industrial, ESAD, 1998.

A história do bonsai o Brasil. Disponível em: http://www.atelierdobonsai.com.br//.


Acesso em: 03 de nov. 2010

CANEDO, Daniele. Cultura é o que? Reflexões sobre o conceito de cultura e a atuação


dos poderes públicos. In: V Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura.
Salvador, 2009.

CLUBE DO BONSAI DE RIBEIRÃO PRETO. História da Imigração Japonesa.


Disponível em: <http://www.artedobonsai.com.br/>. Acesso em: 20 de jun. 2010.

CARLOS, Giovana Santana. Mangá: o fenômeno comunicacional no Brasil. In: X


Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul. Blumenau, 2009.
DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri. Relatos orais de famílias de imigrantes japoneses:
Elementos para a história da educação brasileira. Campinas: Educ. Soc. vol.21 n.72,
2000.

ELLIOTT, Sara. Como funciona o bonsai. Disponível em:


http://casa.hsw.uol.com.br/bonsai9.htm. Acesso em: 18 de ago de 2010.

FOUGEYROLLAS, Pierre. A crise da cultura. Salvador, 2009.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade.Trad. Tomás Tadeu da Silva e


Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro:DP&A. 2003. 7ª. Edição.

LAFALCE, Luiz Camilo. Criação. São Paulo: Todas as letras n.1, p. 93-98, 1999.

LIMA, Pâmela Rigolo. Tradição da festa do bon-odori: Uma análise sobre a restauração
cultural japonesa, utilizando-a como alternativa no turismo de eventos. Disponível em:
http://www.aems.edu.br/publicacao/revista_conexao_aems_. Acesso em: 06 de
nov.2010

KOSHIYAMA, Alice Mitika. Globalização e Comunicação: mudanças na comunidade


nikkei e construção de novas identidades na revista Made In JAPAN (1998-2002). São
Paulo, 2003.

KUSSAKAWA, Fabian. A arte e a filosofia do bonsai. Disponível em:


http://www.kazaviva.com/principal/artigos-interessantes/61-a-arte-e-a-filosofia-do-
bonsai.Acesso em:19 de ago de 2010.
MAGALHÃES, J. Vivencias junto a comunidade de imigrantes japoneses na região
oeste paulista. Anotações, mimeo.

MACHADO, Carlos Alberto. A cultura midiática e a formação de novos costumes. In:


IV Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Salvador, 2008.

______________, Carlos Alberto. Animencontros: A relação da cultura pop nipônica na


configuração de grupos juvenis. Rio de Janeiro, 2008.

MENDES, Joice. Bonsai. Disponível em: http://www.bicodocorvo.com.br/meio-


ambiente/natureza/bonsai. Acesso em: 26 de ago. de 2010.

MORENO, C.A.C; OLIVEIRA, J. Cosplay e a visão da cultura japonesa no Brasil. In:


XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Rio de Janeiro, 2009. .

MOTTA, Fernando Claudio Prestes. Cultura e Organizações no Brasil. São Paulo,


1996.
NOARA, Cleci Teresinha. A construção dos valores ambientais: Um estudo a partir dos
conselhos municipais de meio ambiente no Médio Vale do Itajaí/SC. Dissertação
(Mestrado em Desenvolvimento Regional)-Universidade Regional de Blumenau,
Blumenau, 2007.

OCADA, Fábio Kazuo. A Cultura e o Habitus Japonês: ingredientes da experiência. In:


Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, Ouro Preto: UNESP,
2002.

OLIVEIRA, Sonia. Bonsai. Disponível em: http://www.plantasonya.com.br/tag/bonsai.


Acesso em: 26 de ago. de 2010.

PAZINATO, Ivonete Aparecida. A festa IMIN: espaço de memória e identidades.


Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/. Acesso
em:03 de nov. de 2010.

PEREIRA, Ronan Alves. Antropologia, Cultura Japonesa e as Teorias Nihonjinron. In:


Anais do VIII Encontro Nacional de Professores Universitários de Língua, Literatura e
Cultura Japonesa, Centro de Estudos Japoneses, Universidade de São Paulo, 1997, p.97-
102.

RATTNER, Henrique. Impactos Sociais da Automação: O caso do Japão. São Paulo:


NOBEL, 1988.

REIS, Fernando G. Ensaios sobre a herança cultural japonesa incorporada à


sociedade brasileira / Fundação Alexandre Gusmão. – Brasília: FUNAG, 2008.

ROSSINI, Rosa Ester. O Brasil no Japão: A conquista do espaço dos Nikkeis do Brasil
no Japão. In: XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Caxambú, 2004.

ROSSINI, Rosa Ester. A memória congelada do imigrante: a solidariedade


intergeracional dos japoneses e dos nikkeis no Brasil e no Japão atual. São Paulo: SPP.
vol. 19 n.3, 2005.

SAKURAI, Célia. Os japoneses. São Paulo: Contexto, 2007.

SANTOS, Breno Régis; PAIVA, Renato; NOGUEIRA, Raírys Cravo; SOARES,


Fernanda Pereira; MARTINOTTO, Cristiano; LANDGRAF, Paulo Roberto Corrêa;
RODRIGUES, Tatiana Michlovska; PAIVA, Patrícia Duarte de Oliveira. Bonsai uma
arte milenar. Lavras: UFLA, 2004.

SOARES, André Luís R.; LIMA, Anita Estephane de Vargas; ALAGIA JUNIOR,
Humberto Gomes. Memorial de imigração e cultura japonesa: Articulando ensino,
pesquisa e extensão. Santa Maria: NEP-UFSM, 2008.

SUDA, Joyce Rumi; SOUZA, Lídio. Identidade social em movimento: a comunidade


japonesa na grande Vitória (ES). Porto Alegre: Psicol. Soc.vol.18 n.2, 2006.
TAKENAKA, Edilene Mayumi Murashita. Raízes de um povo: A colônia de japonesa
de Álvares Machado-SP. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais)-Universidade
Estadual Paulista- Presidente Prudente, Presidente Prudente, 2003.

Undokai. Disponível em: http://www.kumamoto.org.br/2010/01/16/undokai-kyushu-


bloco/. Acesso em: 3 de nov. 2010.

ZACCHI, Vanderlei J. A conveniência da cultura: Usos da cultura na era global. São


Paulo: Todas as letras I, vol.8, n.1, 2006.

ZAGONEL, Rosa Maria; CARVALHO, Marília Gomes. Influência da cultura de


origem dos descendentes de imigrantes japoneses no desempenho acadêmico e no
concurso vestibular/2000 da UFPR. , Curitiba, 2006.

WOORTMANN, E. F. Japoneses no Brasil/brasileiros no Japão: Tradição e


Modernidade. , Brasília, 1995.

Potrebbero piacerti anche