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A VEDAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE

EMPRESARIAL ENTRE MARIDO E MULHER


Antes da entrada em vigor do Novo Código Civil, era livre a constituição de sociedades
comerciais. Qualquer pessoa em pleno gozo de sua capacidade podia constituir ou
integrar uma sociedade comercial, desde que não estivesse proibido de exercer o
comércio.

Com o Novo Código Civil, essa situação mudou, tendo em vista o disposto no artigo
977, o qual determina que: "faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou
com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de
bens, ou no da separação obrigatória".

Desta forma, com a nova legislação, somente é permitido constituir sociedade entre
cônjuges casados nos regimes da comunhão parcial de bens ou no da separação
consensual.

Várias dúvidas surgiram a respeito, como por exemplo, se as sociedades integradas


por marido e mulher casados no regime da comunhão universal ou no da separação
legal (obrigatória), constituídas antes da entrada em vigor do Novo código Civil
(11/01/2003), estariam obrigadas a alterar o seu estatuto ou contrato social.

Outra dúvida era se as sociedades formadas por outras pessoas além dos cônjuges
estariam dentro da proibição.

Em entendimento anterior, manifestamos nossa posição no sentido de que as


exigências previstas no Novo Código Civil, com relação à formação de sociedades
empresariais entre cônjuges casados no regime de comunhão universal de bens ou no
regime da separação obrigatória, não se aplicam às sociedades já constituídas até
10/01/2003, pois o artigo 5º, inciso XXXVI da Constituição Federal de 1988, garante a
manutenção dos estatutos ou contratos sociais elaborados antes da vigência do Novo
Código Civil. Assim, elas não estariam obrigadas a reformular seu contrato social.

Recentemente, o Departamento Nacional de Registro do Comércio editou o parecer


jurídico DNRC/COJUR n.º 125/03, confirmando nosso entendimento.
Assim é a conclusão do referido parecer:

"De outro lado, em respeito ao ato jurídico perfeito, essa proibição não atinge
as sociedades entre cônjuges já constituídas quando da entrada em vigor do
Código, alcançando, tão somente, as que viessem a ser constituídas
posteriormente. Desse modo, não há necessidade de se promover alteração
do quadro societário ou mesmo da modificação do regime de casamento dos
sócios-cônjuges, em tal hipótese."

No referido parecer jurídico, ficou ainda consignado que a restrição abrange tanto a
constituição de sociedade unicamente entre marido e mulher, como destes junto a
terceiros, permanecendo os cônjuges como sócios entre si.
Como os pareceres do Departamento Nacional de Registro do Comércio possuem efeito
vinculante para as Juntas Comerciais, todas as dúvidas e controvérsias ficaram
resolvidas.
Assim, as sociedades empresariais formadas por outras pessoas além dos sócios-
cônjuges estariam dentro da proibição. Além do mais, as sociedades empresariais
integradas por marido e mulher casados no regime da comunhão universal ou no da
separação legal (obrigatória), constituídas antes da entrada em vigor do Novo Código
Civil (11/01/2003), não precisam alterar seus contratos ou estatutos sociais.

Importante notar que a Constituição Federal garante a manutenção dos contratos


sociais arquivados antes do dia 11/01/2003 nas Juntas Comerciais. Mas após esta
data, as sociedades já constituídas ficam proibidas de admitirem como sócio o cônjuge
casado sob o regime da comunhão universal ou da separação legal com o outro sócio.

O escritório LOPES E SOARES ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C permanece à disposição


para maiores esclarecimentos sobre a matéria.

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