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Cientistas explicam as causas dos

terremotos e tsunamis
Como é que uma tragédia como a do Japão acontece? De onde vem essa força toda da
natureza?

O desespero de quem estava no Japão foi tanto. A destruição, tão arrasadora. Que faz a
gente pensar: como é que pode isso acontecer? De onde vem essa força toda?

Você vai ver as explicações científicas para os terremotos e tsunamis.

Por que os terremotos acontecem? A camada mais externa da Terra, a crosta terrestre,
é formada por várias placas, como em um quebra-cabeça.

“Essas placas se movimentam, ora se afastando umas das outras, ora se trombando uma
com a outra”, explica o geólogo Agamenon Dantas.

“Quando chega a um limite a ponto de romper as estruturas das rochas, de quebrar, de


falharem, há liberação de tensão.”

É nesse momento que acontece um terremoto. Ao todo, 90% dos terremotos acontecem
nas bordas das placas tectônicas. O Japão fica bem onde duas delas se encontram.

Todo terremoto é seguido de um tsunami, como aconteceu sexta-feira?

“Quando as tensões de um terremoto cujo epicentro ocorre no mar são liberadas, é


suficiente para formar grandes ondas. Pode ocorrer tsunami. mas às vezes não é
suficiente. Na maioria das vezes, não é”, diz o geólogo.

Mas quando é, formam-se ondas que se propagam em várias direções.

“A onda tsunami, quando é formada em alto mar, tem característica de ter um grande
comprimento da ordem de 700, 600 ou 700 quilômetros, e a velocidade com que ela se
propaga chega até 700 km/h ou 800 km/h. Em alto mar, a altura dessa onda é da ordem
de 30 centímetros”, acrescenta o oceanógrafo, David Zee.

“Mas à medida que ela avança para o litoral, a frente dessa onda, sentindo o atrito com o
fundo, o atrito faz com que ela perca velocidade e ela começa a diminuir seu
comprimento e a ganhar altura. Ao chegar a quatro metros de profundidade, a
velocidade diminui para 20 km/h. Em compensação, o comprimento diminui
bruscamente e a altura dela vai ganhando contornos de oito, dez metros”, diz.

“É como se fosse o estouro de uma manada de elefantes. Os elefantes da frente vão


perdendo velocidade, contudo os elefantes de trás vão avançando e vão acumulando
energia. Aí, chegando a 20 km/h, praticamente não se segura mais essa onda. A energia
é suficiente para levar navios, carros, lixo e entulho”.

O terremoto no mar do Japão foi o mais forte daquele país. Atingiu magnitude 8,9 na
escala Richter, o suficiente para provocar um tsunami.

O que significa 8,9 pontos de magnitude?

“É a medida dessa energia liberada. Quando a gente fala que teve 5º na escala Richter
significa que é dez vezes mais do que quatro. Seis é dez vezes mais do que cinco,
porque a escala é logarítmica, não é uma escala normal. Então, no caso do terremoto
que teve no Japão, 8,9 é dez vezes mais do que 7,9”, responde o geólogo Agamenon.

É quase cem vezes mais do que sete pontos, a magnitude do que destruiu parte do Haiti
no ano passado. O do Haiti teve o epicentro em Terra. O desta semana foi no mar. Foi o
mais forte do Japão e o quinto da história mundial. O do Chile, também no início do ano
passado, atingiu 8,8 na escala.

Está havendo mais terremotos?

Não. A média de ocorrência de grandes terremotos tem permanecido constante, segundo


os dados de longo prazo do USGS, a agência americana de pesquisas geológicas.

“Temos percebido mais esse tipo de coisa devido à globalização e à grande capacidade
de comunicação que o homem tem. Qualquer problema que aconteça em qualquer parte
do globo é rapidamente transmitida para todos”, diz o oceanógrafo.

O terremoto deslocou o eixo da Terra?

Muita gente ficou preocupada também com a notícia de que o terremoto teria deslocado
o eixo da Terra, uma linha imaginária que cruza o centro da Terra e os dois pólos, em
torno da qual o planeta gira.

“Depois do terremoto o que aconteceu é que esse eixo deu um pequeno salto de dez ou
15 centímetros. Para nós, isso não tem absolutamente nenhum efeito. Tem problemas
para os astrônomos, que têm que apontar para as estrelas na posição certa, e já que a
latitude do observatório mudou, então ele tem que fazer uma correção. O sistema de
posicionamento global, o GPS, também tem que fazer essa correção”, aponta o
astrônomo do Museu de Astronomia e Ciências Afins, Eugênio Reis.

Ele acrescenta: “O eixo da Terra já se move naturalmente uns 4,5 metros por mês. Ele
tem um movimento contínuo. Ele se move porque a Terra não é uma esfera perfeita, é
irregular, ela tem uma distribuição de massa irregular. Quando tem um terremoto, isso
volta, isso se redistribui. Tem o movimento das águas dos mares. Tudo influencia o eixo
de rotação da Terra”.

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