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Resumo
Sumário
1. Introdução....................................................................................................................3
2. Referencial teórico.......................................................................................................4
3. Método..........................................................................................................................8
4. Resultados...................................................................................................................10
5. Conclusão....................................................................................................................13
6. Bibliografia…………………………………………….….......……………………..14
1. Introdução
A transparência na relação entre empresa e acionista esta sendo cada vez mais
valorizada no mercado financeiro. Prova disto foi a recente criação das segmentações
em Nível I, Nível II, Novo mercado e Bovespa Mais onde as empresas estão sendo
agrupadas de acordo com os níveis de informações e boas práticas de Governança
Corporativa, entre outros, e que passaram a diferenciar estas empresas em níveis
proporcionais de transparência e outras variáveis. Este estímulo, em parte, é
proveniente de ações da BOVESPA que preza por um mercado mais estável e seguro.
Assim, este trabalho se propôs a fazer uma análise da relação entre os pequenos
lucros e pequenos prejuízos apurados no demonstrativo de resultado divulgados ano a
ano, com o objetivo de encontrar indícios de gerenciamento contábil desta conta através
das demonstrações publicadas para os investidores.
2. Referencial teórico
Healy e Wahlen (1998) definiram gerenciamento de resultados como o uso do
julgamento dos administradores nas demonstrações contábeis para alterá-las com o
objetivo de iludir algumas das partes interessadas no relatório contábil divulgado pela
empresa.
Não importa se seja fraude ou não, se seja feita dentro dos princípios contábeis
ou não, se pode ser descoberto ou não. O administrador de uma empresa tem obrigação
de divulgar os resultados para seus acionistas de forma mais transparente possível,
portanto, num ponto, todas as definições estão de acordo: o gerenciamento de resultado
é uma manipulação dos dados com objetivo de atender os interesses do administrador, e
não dos acionistas de modo geral, portanto, é uma prática altamente reprovada.
Martinez (2001) não fez uma análise estatística destes dados para comprovar se
as diferenças encontradas eram significativas. Todavia, percebe-se que há um aumento
exagerado nos pequenos retornos positivos, sendo esta uma evidência da existência no
Brasil de gerenciamento de resultados para evitar a divulgação de pequenas perdas,
resultado coerente com os encontrados em demais países.
Este período foi escolhido por ser atual, de memória longa, e por possuir níveis
de inflação já considerados estáveis, podendo contribuir para a obtenção de resultados
robustos e livres das distorções provocadas pelo excesso de inflação dos períodos
anteriores. Os dados foram analisados de forma conjunta, numa análise para os 10 anos
pesquisados e, posteriormente, segmentados por ano, resultando em 10 novas amostras.
A amostra utilizada teve 3398 casos no período analisado, sendo distribuída conforme
tabela 1.
2004 2003 2002 2001 200 1999 1998 1997 1996 1995
Casos 314 319 337 359 370 390 391 341 296 281
Tabela 1 – Número de empresas analisadas em cada ano.
∆pn - MED(∆pi)
τn =
DP(∆pi)
Onde,
30 30
25 25
Freqüência
Freqüência
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
-0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22 -0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22
Bloco Bloco
Figura 4 – Resultado do ano fiscal 2004 Figura 5 – Resultado do ano fiscal 2003
25 30
20 25
Freqüência
Freqüência
20
15
15
10
10
5 5
0 0
-0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22 -0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22
Bloco Bloco
Figura 6 – Resultado do ano fiscal 2002 Figura 7 – Resultado do ano fiscal 2001
35 40
30 35
25 30
Freqüência
Freqüência
25
20
20
15
15
10 10
5 5
0 0
-0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22 -0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22
Bloco Bloco
Figura 8 – Resultado do ano fiscal 2000 Figura 9 – Resultado do ano fiscal 1999
Histograma - 1998 Histograma - 1997
40 35
35 30
30 25
Freqüência
Freqüência
25
20
20
15
15
10 10
5 5
0 0
-0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22 -0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22
Bloco Bloco
Figura 10 – Resultado do ano fiscal 1998 Figura 11 – Resultado do ano fiscal 1997
30 35
25 30
25
Freqüência
Freqüência
20
20
15
15
10
10
5 5
0 0
-0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22 -0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22
Bloco Bloco
Figura 12 – Resultado do ano fiscal 1996 Figura 13 – Resultado do ano fiscal 1995
300
250
Freqüência
200
150
100
50
0
-0,28 -0,18 -0,08 0,02 0,12 0,22
Bloco
Período 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 todos
Relação 2,90 2,00 2,46 2,44 3,00 1,87 1,53 1,41 2,14 2,71 2,07
Tabela 2 – Relação entre ocorrências de pequenos lucros em relação à ocorrência de
pequenos prejuízos.
Para aprofundar o conhecimento sobre os dados foi feita uma análise estatística
das diferenças encontradas. Os resultados da estatística τ são apresentados na tabela 3.
Período 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Estatística τ 7,73 4,51 8,36 3,55 9,86 4,97 2,20 0,99 2,61 2,97
Significativo a 99% 99% 99% 99% 99% 99% 95% n.s. 95% 99%
Tabela 3 – Resultados da Estatística τ
DECHOW, P.M.; SLOAN, R.G; SWEENY, A.P. Causes and consequences of earnings
manipulation: an analysis of firms subject to enforcement actions by the SEC.
Contemporary Accounting Research, Toronto, v. 13, n. 1, 1996. p. 1-36.