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SILVICULTURA TROPICAL
NOTAS DE AULAS
CUIABA
MATO GROSSO BRASIL
2006
1
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Regulação florestal
É o controle da estrutura da floresta
mediante a proporção entre árvores
caducas, maduras, jovens e mudas,
arbustos e herbáceas.
Ecossistema florestal
(agroecossistema)
Estrutura
Composição
Relações
animal planta
planta planta
meio físico meio biótico
Processos
Sucessão
Regeneração
Controle da estrutura
Tratamentos silviculturais
(refinamento, poda, desbaste, colheita...)
Região Tropical:
entre os paralelos 23º 27' latitude norte (Trópico de Câncer) e sul (Trópico de
Capricórnio);
Clima:
Temperatura média anual: 20ºC - lat. 30o N a 26o S - 47% da superfície terrestre;
Segundo Köppen: temperatura do mês mais frio superior a 18ºC - 30% da
superfície terrestre;
Oscilações térmicas diárias maiores que as anuais;
Pequena variação na luminosidade ao longo do ano; e
Umidade sem configuração típica.
Superfície emergida da terra com cobertura florestal: 3.442 milhões de ha (FAO,
1995); (cobertura florestal - sistemas ecológicos com mínimo de 10% de cobertura
arbórea)
1. INTRODUÇÃO
2. SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
DRUDE (1889): dividiu o império florístico (flora mundial) em: zona, região, domínio e
setor
Chave de classificação das formas de vida de Raunkiaer, adaptada ao Brasil (Veloso et al,
1991):
2. Plantas perenes...................................................................................................................3
5. Plantas com gemas situadas ao nível do solo, protegidas pela folhagem morta durante o
período desfavorável.........................................................................................Hemicriptófitos
7. Plantas lenhosas e/ou herbáceas com gemas protegidas por catafilos na parte aérea e
com órgãos regenerativos subterrâneos...............................................................Xeromórfitos
Tipo de vegetação
Classe de Formas de vida
Formação Fanerófito Camé- Hemi- Teró- Geó- Liana Epí-
fito criptó- fito fito fito
Macro Meso Micro Nano fito
Floresta x x x X
Savana x x x x x X x X
Savana x x x x x X x X
Estépica
Estepe x x x x X x X
Campinarana x x x x X
Tipo de vegetação
Classe de Subclasse de Clima
formação formação
Floresta Ombrófila 0 a 4 meses secos
Estacional 4 a 6 meses secos
Fisiologia (transpiração):
Higrófitas: plantas adaptadas às condições de alta umidade;
Xerófitas: plantas adaptadas às condições de déficit hídrico;
Mesófitas: plantas adaptadas às condições intermediárias de umidade;
Solo:
Eutrófico: alta fertilidade;
Distrófico: baixa fertilidade;
Álico: alto teor de alumínio trocável;
Tipo de vegetação
Classe de Formação Subclasse de Formação Grupo de Formação
Fisiologia Solo
Floresta Ombrófila Higrófita Distrófico
Eutrófico
Estacional Higrófita Álico
Xerófita Distrófico
Eutrófico
Campinarana Ombrófila Higrófita Álico
Distrófico
Savana Estacional Higrófita Álico
Xerófita Distrófico
Savana Estépica Estacional Xerófita Eutrófico
Estepe Estacional Higrófita Eutrófico
Xerófita
Tipo de vegetação
Classe Subclasse Grupo Sub-Grupo
Fisiologia Solo
Floresta Ombrófila Higrófita Distrófico Densa
Eutrófico Aberta
Mista
Estacional Higrófita Álico e Semidecidual
Xerófita Distrófico
Eutrófico Decidual
Campinarana Ombrófila Higrófita Álico e Florestada
Distrófico Arborizada
Gramíneo-lenhosa
Savana Estacional Higrófita Álico e Florestada
Xerófita Distrófico Arborizada
Parque
Gramíneo-lenhosa
Savana Estacional Xerófita Eutrófico Florestada
Estépica Higrófita Arborizada
Parque
Gramíneo-lenhosa
Estepe Estacional Higrófita Eutrófico Arborizada
Xerófita Parque
Gramíneo-lenhosa
Ecótono
FOD x FESd
Encraves (áreas disjuntas que se contatam) mosaicos de áreas edáficas são facilmente
delimitados cartograficamente mesmo quando o contato se dá entre dois tipos de vegetação
com estruturas fisionômicas semelhantes.
Encraves da S
em FOD
1. INTRODUÇÃO
3. ESTRUTURA HORIZONTAL
Dai = ni / S
Dri = ni / N x 100
ou
Onde:
ni = # de árvores da espécie "i";
N = # total de espécies;
S = área (ha);
3.2. Dominância
DOai = gi = ASi / S
DOri = ( gi / G ) x 100
Onde:
3.3. Freqüência
Fai = ( pi / P ) x 100
Onde:
Fornece um valor que congrega os parâmetros (Dri e DOri) que determinam a ocupação
de uma espécie numa associação;
4. ESTRUTURA VERTICAL
VFj = nj / N x 100
onde:
Posição sociológica absoluta (PSAi) da espécie i é obtida pelo somatório dos produtos
do valor fitossociológico de cada estrato (VFj) pelo número de plantas da espécie i no
referido estrato j (nij);
Ou
PSAi = VFij
Onde:
j = 1 (estrato inferior);
j = 2 (estrato médio); e
j = 3 (estrato superior).
Posição sociológica relativa (PSRi) é a razão entre a posição sociológica absoluta da
espécie i (PSAi) e o somatório da posição sociológica de todas as demais espécies;
a. Freqüência
FARNi = ui / ut x 100
b. Densidade
DARNi = ni / S
c. Classes de tamanho
kj = Nj / N
CATRNi = nij x kj
5. ESTRUTURA INTERNA
A estrutura interna é dada por características qualitativas das árvores, como a qualidade
de fuste, mas que podem ser convertidas em parâmetros quantitativos;
6. COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA
p i = ni / N
ni = # de indivíduos amostrados da espécie "i";
N = # total de indivíduos amostrados;
H=( x- y) . n / N
Onde:
x = # de espécies com freqüência absoluta entre 80 e 100 %;
y = # de espécies com freqüência absoluta entre 0 e 20 %;
N = # total de espécies;
n = # de classe de freqüência;
IGAi = Di / di
Onde:
Di = # densidade absoluta da espécie "i"
di = - ln ( 1 - FrAi / 100 )
Onde:
n
Ii = [ nij . (nij - 1 )] . P / ni . (ni - 1 )
i=1
Onde:
Mc = (N - ni²) / (N - ni)
Onde:
N = # total de indivíduos;
ni = # de indivíduos da espécie "i";
1. INTRODUÇÃO
2. ESTÁGIOS DE SUCESSÃO
Vegetação original
Distúrbio
Chegada de novas
espécies
Potencial florístico
Germinação de algumas
espécies
Predadores
Competição entre
plântulas
Seleção de conjunto de
microevolução
espécies
Disseminação e estabelecimento de
outras espécies
Tabela 1 - Características dos componentes arbóreos dos estágios seriais numa floresta
tropical úmida na América Latina
1. INTRODUÇÃO
Senescência
Planta
adulta
Plântulas Frutificação
Sementes
Regeneração
30
30
entalhe anelamento
Ponto positivos:
baixo custo;
não contamina o ambiente;
Pontos negativos:
favorece a queda de galhos;
muitas espécies resistentes ao anelamento - rebrota;
Envenenamento
É a injeção ou aplicação de arboricidas em incisões, folha, casca e raízes de árvores
resistentes ao anelamento, aplicados com injetor, pulverizador ou pincel;
Arboricidas são produtos químicos usados para eliminar árvores sem maiores danos à
vegetação remanescente;
A eficiência dos arboricidas depende:
da espécie florestal - madeira, casca, seiva, forma e tamanho;
forma de aplicação - pincelamento da casca, anelamento e pincelamento e injeção
no sistema vascular da planta;
Aspecto positivo:
reduzem a queda de galhos;
Aspectos negativos:
tóxico e perigoso ao homem;
não atinge todas as espécies;
contaminação do ecossistema;
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requer cuidado na armazenagem, no manuseio e na sua aplicação:
armazenamento em local arejado e em armário trancado, uso de equipamentos de
segurança pessoal e cuidados ambientais na lavagem de equipamentos de
aplicação e no descarte de embalagens;
Classificação:
quanto à composição:
base de arsênico
base butilésteres
quanto à seletividade:
não seletivo - amate, arsenito de sódio;
seletivo - ação hormonal: 2,4 - D, 2,4,5 - T e óleos derivados;
c. Tratamento de solo
d. Refinamento
e. Derrubada de melhoramento
Corte feitos no povoamento com objetivo de agregar o crescimento num menor número
de indivíduos com características superiores, pela retirada de indivíduos de espécies
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sem interesse econômico atual e aqueles indesejáveis quanto à forma, sanidade ou
crescimento;
Operação pode causar danos à regeneração natural e é de custo elevado, portanto,
deve ser feita somente para elevar o incremento pela redução da competição e quando
existe a possibilidade da utilização do material a ser retirado
Pode ser feita pela derrubada propriamente dita das árvores ou pelo anelamento e, ou,
envenenamento das árvores inferiores;
f. Derrubada comercial
g. Extração
É a reposição total ou parcial de uma floresta por meio de sementes ou por estruturas
vegetativas, na qual além da regeneração natural é feita a regeneração artificial;
É indicada para povoamentos com distribuição espacial agrupada dos indivíduos, com
necessidade de adensamento e, ou, enriquecimento;
Podem ser empregados os tratamentos silviculturais para a regeneração natural quanto
os para a regeneração artificial;
O povoamento florestal é originado por meio de estruturas vegetativas tais como: raiz,
ramo, folha, etc.
Indicado:
para espécies de difícil germinação de sementes;
para homogeneizar geneticamente o povoamento;
propagar híbridos superiores;
Limitações:
reduz variabilidade genética aumentando os riscos de ataques maciços de pragas ou
doenças;
Vantagens:
possibilidade de propagar material genético superior;
homogeneidade de produção e das características das árvores;
Cuidados:
plantar grande número de clones em pequenos talhões;
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trabalhar com clones resistentes a pragas e doenças;
1. INTRODUÇÃO
Domesticação: primeiro passo para o manejo de florestas até então não manejadas. É o
conjunto de medidas voltadas para a elevação da produtividade econômica dos
povoamentos até que seja atingido o manejo sustentado (LAMPRECHT, 1990).
A domesticação envolve transformações nos povoamentos que poderão ser profundas,
chegando até a sua substituição completa.
As medidas de domesticação têm como objetivo a instalação de povoamentos iniciais
aptos para a aplicação dos princípios de um manejo sustentado e ordenado
(LAMPRECHT, 1990).
Os fatores que influenciam na domesticação são:
condições e qualidade do sítio;
composição da vegetação;
legislação e política florestal;
custos de manutenção e aspectos administrativos da empresa;
acesso;
disponibilidade de mão-de-obra e de outros recursos;
mercado de produtos florestais.
Sistemas silviculturais são os processos pelos quais uma floresta é tratada, removida ou
substituída por outra, produzindo madeira. Envolve os métodos de regeneração,
distribuição, melhoria, utilização e formas de produção da floresta (TROUP, 1928);
Objetivo: atingir sucesso na regeneração de espécies desejadas, pelo uso de
tratamentos adequados que criam condições propícias para a regeneração;
O desenvolvimento de sistemas silviculturais requer conhecimento dos princípios
silviculturais, que se relacionam com o controle do estabelecimento, do crescimento, da
composição e da qualidade da vegetação florestal;
As práticas silviculturais variam com:
o objetivo da floresta;
características ambientais:
meio biótico: flora (composição e estrutura) e fauna (composição e estrutura);
meio físico: clima, solo, relevo, água, geologia;
meio antrópico: aspectos sociais, econômicos e culturais;
A extração de matéria-prima florestal deve ser feita segundo métodos silviculturais;
Os métodos silviculturais estão direcionados aos objetivos de (FLOR, 1985):
Estímulo, mediante cortes de aproveitamento e tratamentos silviculturais, das
espécies econômicas nas florestas naturais mistas;
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Enriquecimento das florestas naturais, com plantio em talhões, grupos, linhas ou
outro qualquer;
Substituição de florestas originais, improdutivas ou já exploradas, por outra com
regeneração artificial;
1 1 1 1 1 1 1 1
1 2 1 2 3 1 3 1 2 1 4 1 2 1
1 1 1 1 1 1 1 1
4 2 1 2 1 3 1 2 1 4 1
1 1 1 1 1 1 1
Vantagens:
a estrutura do povoamento facilita o monitoramento e os tratamentos silviculturais;
permite a extração de material proveniente de desbastes sem danos às árvores
remanescentes;
favorece a estabilidade do povoamento às intempéries;
b. Plantios consorciados
Vantagens:
menor estresse das mudas devido ao plantio;
reduz o custo;
uso de espécies já adaptadas;
Desvantagens:
requer estoque de sementes no solo, na própria área ou em áreas vizinhas;
requer a manutenção de árvores matriz;
Classificação:
Método uniforme
Método de floresta de cobertura
Método de melhoramento
a. Método Uniforme
Origem: Europa;
Desenvolvido para Quercus sp. e Fagus sp.;
Favorece a germinação de sementes que estão sobre o solo;
Efetuam-se aberturas de copas pela eliminação de arbustos e trepadeiras;
Remove-se a cobertura pela derrubada e baldeio de árvores maduras que já produziram
e dispersaram suas sementes, e por árvores caducas de valor comercial;
São deixadas árvores matrizes estrategicamente distribuídas para garantir uma
produção e distribuição de uniforme de sementes pela floresta;
Eliminação de espécies indesejáveis por anelamento e, ou, envenenamento - evita-se a
regeneração de espécies indesejáveis;
Vantagens:
Opção na determinação da época de remoção da cobertura, de acordo com a
regeneração natural;
Exposição lenta e gradativa à medida que as espécies vão adquirindo resistência;
Controle de plantas invasoras;
Oferece maior proteção ao solo e à regeneração;
Oferecer condições de aumento de umidade do solo aumentando a resistência da
vegetação ao fogo;
Fatores a considerar:
Aproveitamento do rendimento das fontes de sementes;
Quantidade e qualidade do estoque de sementes;
Condição sucessional do povoamento;
Intensidade de abertura do povoamento;
Método adotado em:
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Ilhas Andamans (Ásia)
Congo, Costa do Marfim e Nigéria (África)
Trinidad e Tobago e Guiana Inglesa (América Latina)
Diferenças entre os métodos de cobertura e o uniforme:
Método de cobertura:
mantém tetos superiores compostos por árvores matrizes, formando uma
cobertura alta na floresta;
mantém na floresta todas as árvores imaturas de bom fuste;
primeira derrubada é de semeadura - eliminação de grandes árvores não
comerciais e defeituosas de qualquer espécie, evitando a propagação de fenótipos
mal constituídos;
próximos cortes são: derrubadas de melhoramento;
realiza-se derrubadas sucessivas até a remoção e substituição da antiga
cobertura;
Método uniforme:
mantém tetos superiores compostos por árvores para proteger a regeneração já
existente das espécies de interesse;
a primeira derrubada é comercial, sendo aneladas e, ou, envenenadas árvores
sem interesse comercial;
são efetuadas aberturas gradativas no dossel, por meio de anelamento e, ou, de
envenenamento, até a remoção total e substituição da antiga cobertura;
c. Método de Melhoramento
Métodos:
Martineau
Plantio sob abrigo temporário em Trinidad e Tobago
Recrus
Limba
Okumé
Método Martineau
Costa do Marfim
Plantio de espécies florestais tolerantes sob coberturas primárias, secundárias ou
formadas com auxílio de bananeiras, mandioca ou mamona;
Objetivo: regenerar espécies exóticas ou nativas tolerantes, em povoamentos puros ou
mistos;
Origem na Europa;
Distribuição das árvores em diferentes idades e tamanhos;
Plenterwald padrão de distribuição diamétrica das árvores da floresta em j invertido;
y = k.e-ax
Florestas tropicais úmidas:
Possuem comportamento Plenterwald
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Possuem > amplitude de classes diamétricas por área;
Corte progressivo irregular em FTU forma o método de seleção em diversos países
tropicais.
a. Método de Seleção
1. INTRODUÇÃO
1.1. OBJETIVO
1.2. CONCEITOS
Sistemas Agroflorestais SAF: São formas de uso e manejo dos recursos naturais, nos
quais espécies lenhosas (árvores, arbustos e palmeiras) são utilizadas em associações
deliberadas com cultivos agrícolas e/ou animais, na mesma área, de maneira simultânea
ou seqüencial (OTS/CATIE, 1986), visando tirar benefícios das interações ecológicas e
econômicas resultantes (LUDGREN & RAINTREE, 1982; NAIR, 1983).
Prática Agroflorestal: Operação específica de manejo da terra de natureza
agroflorestal, em uma propriedade rural ou outra unidade de manejo e, geralmente,
consiste nos arranjos espacial e temporal dos componentes. Diversas práticas
constituem um SAF (NAIR, 1990).
Características dos SAF: Plantio deliberado de árvores, ou outras plantas lenhosas
perenes, com culturas agrícolas e/ou animais, na mesma unidade de terra ou em alguma
outra forma de arranjo espacial ou temporal, e pelas interações (ecológicas e/ou
econômicas) significativas (positivas ou negativas) entre os componentes arbóreos e os
não arbóreos do sistema (NAIR, 1990).
A presença de árvores nos sistemas de produção agrícola
Funções Ecológicas
Funções Sócio-Econômicas
Funções Ecológicas
Aumento da diversidade biológica
uso diferencial dos recursos naturais no espaço e no tempo (energia solar, água e
nutrientes);
amplia a base alimentar e o habitat para a fauna;
aumenta o número de componentes interagindo.
Controle das condições microclimáticas nos ambientes copa-solo e no solo
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radiação (intensidade e qualidade);
temperatura (amplitude e variação);
umidade (amplitude e variação);
vento (amplitude e variação).
Conservação ou melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo
redução do impacto direto da chuva sobre o solo;
redução da erosão hídrica e eólica;
restabelecimento da ciclagem de nutrientes;
enriquecimento das camadas superficiais do solo com matéria orgânica (raízes,
troncos, ramos, folhas, flores, frutos e sementes);
redução das variações microclimáticas do solo;
interações biológicas (mutualismo).
Funções Sócio-Econômicas
Resultam das interações ecológicas estabelecidas entre as árvores e os demais
componentes que fornecem produtos e serviços.
produtos das árvores: madeira para diversos fins, lenha, folhas, néctar, frutos,
sementes, forragem, substâncias químicas e/ou medicinais, óleos, resinas, gomas e
fibras.
Serviços
sombreamento de cultivos e pastagens;
redução da velocidade de ventos;
conservação do solo e da água;
melhoria da qualidade do solo.
Econômicos
rentabilidade líquida da propriedade (possibilidade de elevar a produtividade agrícola
e/ou florestal e reduzir os custos de manutenção e de capital);
redução de riscos de perdas da produção e de comercialização.
Sociais
efeitos na qualidade de vida do produtor rural:
condição de trabalho (sombreamento);
diversificação da alimentação;
diversificação de materiais para uso na propriedade
diversificação no conhecimento.
Sistema Componentes
Silviagrícola ou Agrissilvicultural Culturas agrícolas e árvores
Silvipastoril Pastagem e/ou animal e árvores
Agrissilvipastoril Culturas agrícolas e/ou animal e árvores
F A A A A A A A A A F F A F A F A F A F A F
A A A A F A A A F A A F A F A F A F A F A F
A F A F A A F A A A A F A F A F A F A F A F
A A A A A A A A A F A F A F A F A F A F A F
A F A A A F A A F A A F A F A F A F A F A F
F F F F F F F F F F F F F F A A A A A F F F
F A A A A A A A A A F F F F A A A A A F F F
F A A A A A A A A A F F F F A A A A A F F F
F A A A A A A A A A F F F F A A A A A F F F
F F F F F F F F F F F F F F A A A A A F F F
Arranjo Macrozonal em Bordas Arranjo Macrozonal em Faixas
Figura - Arranjos Espaciais das Culturas nos SAF (Adaptado de VERGARA, 1981)
FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAA
FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF
AAA AAA AAAAAAAAAAA
Figura - Arranjo Temporal dos Componentes dos SAF (Adaptado de NAIR, 1986)
Pastejo em
área de
floresta ou de
cultivos
arbóreos
Banco de
proteína
Sistemas Agrissilvipastoris
Jardins
domésticos
com animais
Sistemas
Agrissilvi-
pastoris em
áreas de
florestas ou
de cultivos
arbóreos
Sistemas
Agrissilvi-
pastoris em
áreas
agrícolas
Ar- espécie arbórea; Ag- espécie agrícola; An- espécie animal; E- arranjo espacial; D-
densidade;
T- arranjo temporal; Ee- escala econômica; Nt- nível tecnológico.
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