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Planejamento Estratégico

Por Berndt D. WolterD.Min.

Quando vou para a cozinha cozinhar, além dos ingredientes eu preciso


de uma boa receita, senão não sai nada que preste. Já um “Chef” de cozinha
administra e orienta vários cozinheiros e os pratos que eles estão fazendo.
Estive em uma cozinha destas e o “Chef” passava entre a fileira de fo-
gões e dizia para um sem experimentar: “aqui precisa de mais sal”; para o ou-
tro cozinheiro ele dizia: “aqui precisa de cheiro verde”; para o outro “deixe mais
3 minutos no fogo alto para pegar cor”... Percebi que ele dominava cheiros,
consistências, ingredientes, cores e sabores com tanta maestria que o que ele
mantinha em vista era o produto final que iria ser servido.
Creio que precisamos estabelecer uma visão com a ajuda de Deus e en-
volver métodos, atividades, pessoas e recursos conforme cooperam com o alvo
estabelecido de comum acordo com os envolvidos no plano.

Planejando a Estratégia:
Alguns elementos são necessários para a elaboração de uma boa estra-
tégia, que seja „adquirida‟ por todos os envolvidos e seja eficaz na busca dos
resultados parciais da visão e finalmente no cumprimento da visão como um
todo.

A Visão:
Tudo inicia com a visão. Você percebe que a igreja poderia alcançar pa-
tamares mais elevados de relevância na comunidade onde está inserida. Ela
poderia alcançar um estado de eficácia maior na proclamação do evangelho, ela
poderia crescer e se expandir mais do que ela está fazendo neste momento.
Pesquisas mostram que as igrejas raramente vivem à altura daquilo que elas
poderiam ser. O líder é o foco deste presente maravilhoso e carregado de sa-
gradas responsabilidades que Deus quer dar – a visão! Às vezes Deus chama
um Ancião consagrado, ou outro líder da igreja, mas na maioria das vezes
quem recebe esta bênção recheada de surpresas e acompanhada de aventuras
é o pastor.
De outro lado os pesquisadores mostram que a maioria das igrejas que
não crescem tem como fator comum e principal a falta de uma visão definida
por parte do líder principal.
Você busca a visão de um estado melhor para esta igreja. Você levanta
dados e ganha informações úteis. Você ora com paixão e entrega para Deus te
orientar. Você pede a visão que mais vai ajudar a igreja a cumprir com o plano
de Deus para ela. Lembre-se que não estamos buscando visão profética, mas
visão de liderança – um estado melhor do que o de hoje que é sonho de Deus
que alcancemos como comunidade de fé.
A visão vem acompanhada de uma certeza inconfundível, paz de cora-
ção, entusiasmo e um sentimento de poder renovado vindo de Deus. Você não
tem dúvida. É esta a visão de Deus.

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Você teve a visão e se entusiasmou com o estado que a igreja a você
confiada pode chegar. Lembre-se que visão é sempre uma imagem mental de
um estado final melhor do que o de agora.
Descreva este estado final em forma de uma imagem final. „Desenhe‟ es-
ta imagem desta igreja futura preferível à situação atual em sua mente. Traço
após traço vão ficando claro primeiro para você. Não esqueça que por enquanto
ela ainda está apenas em sua cabeça como líder. Ninguém sabe – e não tem a
obrigação de saber – o que Deus te presenteou. Elabore esta imagem mental,
em palavras, de tal maneira, que ao você apresentá-la a outros, a sua visão
seja compreensível a todos.
Exemplo: “Todos os bairros do distrito com igrejas adventistas.” Ou para
um departamento Jovem de associação: “Todas as igrejas da associação com
clube de desbravadores funcionando.” Ou ainda para a capelania de uma esco-
la: “50% dos pais não-adventistas evangelizados.” Ou ainda para a reforma e
despertamento espiritual de uma igreja doente: “100% dos membros espiritu-
almente motivados e envolvidos em algum ministério da igreja.” Ou para pe-
quenos grupos, sem que o pequeno grupo torne-se um fim em si mesmo:
“90% da igreja envolvida em comunhão espiritual significativa.”

Figura 1

Formule em forma de estado final alcançado. Seja ousado, mas não se


esqueça de fazer um levantamento adequado da realidade e uma leitura apro-
priada da área da sua jurisdição, bem como da máquina (escola, igreja ou de-
partamento) que está à sua disposição.
Uma visão precisa ser grande o suficiente para desafiar os envolvidos e
pequena o suficiente para que esteja ao alcance, se as pessoas se esforçarem
um pouco. Imagine uma criança que busca uma cadeira e se estica toda para
alcançar o pote de biscoitos. Na cabeça da criança a visão está clara: “biscoitos
comidos!”  E ele não se importa de fazer toda uma movimentação e de se
arriscar por aquela deliciosa visão.
Os detalhes da construção da visão serão apresentados passo a passo
mais abaixo.

Apresentação da visão:
Há 10 fases pelas quais a visão precisa passar (em situação normal) para
que seja aceita por todos os envolvidos e receba a paixão e o comprometimen-
to deles:
1. Fase da Gestação:

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a. Você precisa se apropriar da visão. Se você como líder ainda luta
com Deus por causa da visão, lute até adquirir paz e coragem pa-
ra executá-la.
b. Depois que você se apropriou da visão, defina-a com clareza para
você mesmo. Elabore-a de uma maneira que você saiba explicá-la
sem muito esforço. Lembre-se que você terá que desenhar a ima-
gem mental que você tem na mente de todos os envolvidos, se
necessário, um a um.
c. Critique-a, observando-a dos diversos pontos de vista que possi-
velmente representem as perspectivas das pessoas envolvidas.1
Ache respostas adequadas para dar a cada pessoa com a sua
própria complexidade.

Genialidade não
é saber guardar
muita informa-
ção no cérebro,
mas é enxergar
o mesmo objeto
dos mais diver-
sos ângulos.
Valdecir Lima

Figura 2

d. Veja a visão do ponto de vista de amigos e cooperadores, tanto


como do ponto de vista dos opositores. Ganhe argumentação para
cada grupo ou posição, estes argumentos serão muito úteis.
2. Fase do compartilhar: depois que o líder fez todos os exercícios mentais
com a visão ele precisa partir para a fase do compartilhar.
a. Compartilhe experimentalmente com um amigo, uma pessoa
na qual você confia e que vai ajudá-lo a ver pontos que em seu
exercício mental você não conseguiu fazer e que não vai queimar
a visão em comentários descuidados antes da hora.
b. Em visitas pessoais (não é ainda tempo de apresentá-la na comis-
são) aos líderes que estarão envolvidos, explique a visão em seus
aspectos positivos primeiro. Conquiste a pessoa e venda a visão
se ela for abrindo espaço para aceitá-la.
1
Muitas visões fracassam por que o líder pressupõe: “se veio de Deus, ninguém vai se
opor a esta visão”. Isto é um mito que já fez naufragar muitas visões de Deus, atrasando o
calendário de atividades de Deus e muitas vezes às custas da salvação de pessoas que poderi-
am ser salvas para o reino de Deus.

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i. Abra a sua visão para sugestões (se você não abrir espaço,
esta visão permanecerá apenas sua e não da igreja).
ii. Aceite sugestões e procure incorporá-las à visão tanto
quanto possível – prepare-se para dar crédito a quem deu
a sugestão.
iii. Valorize cada comentário e sugestão, isto auxilia o processo
de aquisição da visão por parte de cada um dos envolvidos.
c. Depois de todos os líderes visitados, apresente a visão na comis-
são dando crédito para todos os que cooperaram – ainda não pa-
ra votação, apenas para apreciação e para você “sentir o pulso”
dos envolvidos.
i. Nas visitas pessoais você já pôde ver quem está a favor e
quem está resistente.
ii. Procure não votar neste dia, apenas observar o impacto da
visão sobre a dinâmica relacional interna do grupo de lide-
rança.
iii. Sugira sigilo, para que a visão não vaze antes da hora para
a igreja como um todo.
3. Fase da confirmação: por meio de uma segunda rodada de visitas pes-
soais aos líderes precisa ser feito um trabalho de unificação da liderança
e de motivação para envolvimento máximo de cada líder.
4. Fase da elaboração da estratégia junto com a liderança.
a. Prepare bem o material-base para ser discutido.
b. Não permita com que preferências pessoais e questões de poder
interfiram no processo de elaboração da estratégia.
i. Não importa quem deu a sugestão, ou se a visão inicial to-
mou um formato que desvia da visão original que você re-
cebeu como líder.
ii. Não utilize instrumentos de poder para impor a sua idéia,
pois quanto mais for sua a idéia, menos apropriação de ou-
tros terá e a visão naufraga por falta de se tornar proprie-
dade dos envolvidos.1
c. Seja criativo e livre e permita que os seus co-líderes também o se-
jam. Depois ainda há tempo de discutir a validade legal, ou a apli-
cabilidade dentro dos princípios da Bíblia, do Espírito de Profecia e
do Manual da Igreja.
d. Não adiante demais o processo de crítica em grupo, pois inibe a
criatividade e liberdade desejada (pois são elas que envolvem as
pessoas).
5. Fase da avaliação: antes de apresentar para a igreja como um todo é
necessário que cada líder veja os possíveis pontos de crítica por parte da
igreja.
6. Fase da preparação da igreja: Prepare a igreja por meio de pregações
espirituais.
7. Fase da apresentação para a igreja:

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Quanto mais credibilidade você tiver diante da liderança e da igreja, mais fácil será o processo de a-
propriação da visão por parte dos envolvidos.

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a. Apresente o plano de maneira que a igreja o possa entender. Use
material visual, gráficos e tabelas para que entendam.
b. Estabeleça um tempo para observações. É possível que em todo o
trabalho realizado, algum detalhe tenha escapado à atenção.
i. De novo, quanto mais observações, maior a adesão de
mente e coração por parte da igreja.
8. Fase da visitação e pregação: o foco de todas as atividades precisa estar
no envolvimento da igreja na visão e na estratégia. Todos precisam en-
tender e estar envolvidos.
a. Lembre-se que ninguém é obrigado a aceitar uma nova visão –
apele para o espírito voluntário de cada membro.
b. Lembre-se também que não é óbvio que todos já tenham enten-
dido, captado as implicações e aderido ao plano.
c. Lembre-se também que há pessoas que por sua constituição de
personalidade já conseguem aderir imediatamente (os pioneiros),
outros levam mais tempo (seguidores) e por fim leve em conta
que vai haver os resistentes, que não importa a argumentação e-
les irão resistir. Paciência, pois muitos deles aderem ao plano uma
vez que seja colocado em andamento.
i. Não espere todos aderirem para então colocar o plano em
prática.

Figura 3

9. Fase da implantação: Marque o dia “D” e declare implantado o plano.


a. Envolva todas as atividades da igreja no plano estratégico em
forma da seqüência: Clareza, movimento, alinhamento e foco.1
i. Clareza: Todos devem poder entender de que se trata e o
que vai acontecer. Cada membro deve ter clareza sobre
qual será o impacto do plano em sua vida pessoal.
ii. Movimento: cada parte do plano estratégico deve movi-
mentar os membros de uma situação espiritual para outra
melhor e de maior comprometimento com o todo.

1
Rainer, Thom S. & Geiger, Eric. Simple Church. Nashville, TN: B&H Publishing Group,
2006, p.68.

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iii. Alinhamento: é o arranjo de todos os departamentos e mi-
nistérios na igreja, bem como toda a liderança ao redor do
mesmo processo.
iv. Foco: é o comprometimento do projeto (e das pessoas nele
envolvidas) de abandonar tudo o que não estiver coope-
rando com plano estratégico e com os alvos que ele quer
alcançar.
b. Dê a largada no processo de implantação.
10. Fase da correção de rumo (periodicamente):
a. Não tome por certo que o projeto crie pernas próprias. Uma visão
precisa ser renovada senão ela empalidece e perde vigor.
i. Seja persistente, mesmo diante de aparentes derrotas.
ii. O projeto vai sair do rumo planejado, avalie então se esta
saída foi ou não benéfica para alcançar os alvos. Se foi,
admita-o, se não tenha coragem de fazer correções.
iii. Repita com paciência e persistência os alicerces deste plano
e traga à mente de maneiras variadas à mente do povo.
iv. Elabore a visão em uma frase curta, não para que esteja na
parede em algum quadro, mas no coração e nas mentes
das pessoas
b. Reuniões periódicas com os chefes de departamento e líderes en-
volvidos, monitorando o andamento do projeto.
i. Aponte sempre de novo para os alvos intermediários, para
manter a motivação.
ii. Mude métodos e eventos, conforme eles cooperam com o
projeto ou atrapalham.
iii. Festeje periodicamente as vitórias parciais alcançadas
iv. Aponte constantemente para a direção estabelecida, isto
dará senso de direção e sentido para a vida das pessoas.

Saiba que o foco precisa estar certo. Faça mudanças se necessário ao


longo do processo naquilo que é o essencial para que ele funcione.
1. A pessoa:
a. Se as pessoas-chave não estiverem cumprindo com a sua parte,
guardadas as limitações que cada um tem, já que é trabalho vo-
luntário, procure elementos de motivação.
b. Se houver intencional abandono do comprometimento original,
pessoas precisam ser substituídas.
c. Se houver oposição trate-a com respeito, mas com firmeza. Você
precisa ter certeza que foi dado oportunidade a todos para que
dessem sua contribuição, pois a oposição aumenta se esta fase
não foi bem conduzida.

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2. A motivação:
a. Evite utilizar condicionamento, também chamado de motivação
exterior.1
b. Dê as razões que as pessoas precisam
c. Mostre como Deus se agrada da direção tomada.
3. Mantenha o objetivo maior em vista:
a. O objetivo maior sempre precisa ser FAZER DISÍPULOS.
b. Este é o maior elemento motivador.
c. Mostre como o plano estratégico se encaixa neste objetivo maior e
como ele funciona.
4. A estratégia:
a. Mostre como a estratégia está inserida no contexto da igreja local.
b. Mostre como o plano todo realça a vocação da igreja local
c. Mostre como a igreja local se torna mais relevante no meio onde
Deus a colocou por meio do plano e ação.
5. A avaliação:
a. Tenha um grupo-base, imutável (de preferência) que mantenha
uma constante atividade de avaliação.
b. Envolva o mais variado grupo de pessoas para continuamente
avaliar o plano. Dê espaço para que outros vejam com olhos dife-
rentes o andar do plano estratégico.
c. Compartilhe com a igreja imediatamente as mudanças que forem
sendo implantadas, as correções de rumo.
d. Ouse cortar qualquer atividade ou ação que de fato não estiver
cooperando com o plano estratégico. Se você não o fizer, a igreja
fica confusa sobre a direção que a igreja está tomando.
e. Mantenha constante feed-back com a igreja para que se sinta par-
te do processo inteiro.

Na “parábola dos talentos” os servos que são louvados com a expressão


“Muito bem, servo bom, fiel” (cf. Mt.25:21-23) são aqueles que foram frutíferos
com os meios entregados pelo senhor. Isto me diz que é parte da fidelidade ser
frutífero. Quem não for frutífero é chamado como “Servo mal, negligente (ou
preguiçoso, ou inútil)” (cf. Mt. 25:26,30). O foco está no Mestre. Os mordomos
tomam os recursos do mestre e os usam para os propósitos do Mestre e devol-
vem estes recursos para o Mestre. Somos mordomos do Mestre.
Observe que anos de sermões ouvidos não transformam ninguém em
discípulo ou em cooperador capaz. Muitos membros não são discípulos ainda, e

1
Existe a motivação intrínseca e a extrínseca. A primeira não é passível de ser desper-
tada por outro ser humano. Esta é a motivação que a pessoa sente na própria atividade que
está executando. Esta motivação vem de cada pessoa. O que pode ser feito se não houver mo-
tivação interior, é por meio de aconselhamento pastoral ou às vezes até terapia psicológica,
ajudar a pessoa a descobrir onde estão os nós que a impedem de se motivar e ter alegria na
atividade em si.
A motivação extrínseca, ou exterior é aquela provocada por outra pessoa e consiste na
oferta de elementos recompensatórios externos à atividade em si. Ex. prêmio para quem con-
seguir alcançar certa meta. Leia o livro: de Edward Deci, Por que Fazemos o que Fazemos –
entendendo a auto-motivação. São Paulo, SP: Negócio Editora, 1998.

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uma estratégia, além de querer atingir algum alvo externo tem que contemplar
o discipulado dos envolvidos. Isto arranca as pessoas de sua zona de conforto
para levá-las a um discipulado comprometido e fiel.
Quando o projeto é relevante e envolvente, todos querem participar e se
envolver, pois todos gostam de estar envolvidos em coisas que lhe tragam sen-
tido, sem contar que o amor de Deus move nos á ação, como diz a Bíblia: “Por-
que o amor de Deus nos impele” (cf. 2 Co. 5:14).
Todo o projeto estratégico precisa: ”Fazer discípulos” (cf. Mt. 28:18-
20). Os meios podem ser os mais diversos: ir, pregar, batizar, ensinar, teste-
munhar e enviar, conforme a grande comissão o ordena. Poderemos adicionar:
imprimir, transmitir via radio, e televisão, usar as Tendas ou salões, colportar,
etc.. mas o objetivo final sempre será: “Fazer discípulos”.
Um dos principais erros no crescimento da igreja é confundir os meios
com o fim. Batizar ainda é um meio. É um meio de demonstrar publicamente
nossa união com Cristo e com a igreja. É um meio tão importante que Cristo
falou que “quem acreditasse e fosse batizado será salvo” (Mar.16:16). Mais a-
inda assim é um muito, porque o objetivo é eu o batizado seja um discípulo de
Cristo, que revelemos a imagem de Deus que tense perdido.
Hoje a igreja adventista esta regressando a esta teologia, pondo a ênfa-
se no imperativo da grande comissão, a única maneira de chegar a todos os
grupos humanos da terra será se tivermos discípulos e não só membros batiza-
dos. Esta foi “a revolucionaria Teologia do Ministério” proposta por Rex Eduards
no Concílio Mundial de pastores adventistas celebrado em Foz de Iguaçu em
Julho de 1997.

Construindo a Estratégia:
Se o pastor apresentar a visão como um todo ele não terá adesão, pois
apenas poucas pessoas conseguem visualizar o todo deste o princípio, já por
que não sabem por onde andarão e não tiveram a mesma experiência e exposi-
ção à visão como o Pastor. Este é o motivo de elaborarmos uma estratégia.
Como dito tudo inicia na visão.

Figura 4

A visão pode levar anos para ser atingida, em alguns casos até mais
(quando se trata da mudança da cultura corporativa, ainda por décadas temos
os saudosistas que persistem no modelo antigo).

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Figura 5

A estratégia inicia quando subdividimos a visão geral em pedaços meno-


res que chamamos de Resultados parciais. Estes Resultados parciais precisam
ser alcançáveis em um tempo curto o suficiente para que todos os envolvidos
sejam motivados. Estes objetivos parciais podem ser divididos em objetivos que
sejam alcançados numa sucessão de tempo, num cronograma de atividades ou
pode ser em partes geográficas.

Figura 6

Cada uma destas subdivisões precisa de métodos específicos para ser al-
cançada. Estes métodos precisam ser escolhidos conforme aquilo que se deseja
alcançar naquele objetivo parcial. Exemplo: se houver necessidade de treinar a
igreja para pequenos grupos vou utilizar outro método de trabalho (ferramenta)
do que se um bairro precisar de atendimento médico-dental para iniciar o tra-
balho evangelístico.

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Figura 7

A estruturação do plano estratégico é feita vinda do macro para o micro,


isto é, da visão geral, para os objetivos parciais e para as atividades e métodos.
Na execução, no entanto a direção é oposta.
Cada igreja foi chamada por Deus para uma finalidade especial e precisa
ser direcionada para cumprir com o seu chamado específico.
Liderança é o elemento desencadeador e a visão de Deus fornecerá os
meios.
Agora veja o plano no formato que ele deve ser praticado. Preste aten-
ção nos comentários, onde o plano é comentado passo a passo.

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Plano Estratégico (PE) – Modelo sugestivo
Como quer medir Onde vai medir
Visão Geral: Crescimento sustentável na Crescimento interno e nu- Estatísticas da ANP
ANP da IASD mérico nas IASDs da ANP
Visão Específica: Taxa de Crescimento - TCA da ANP elevada pro- Secretaria da ANP
anual incrementada na ANP gressivamente até 10% até
o final de 2012
Resultados Parciais (RP):
1. Equipe pastoral motivada espiritualmen- - 90% dos pastores da ANP - Lista de presença nos
te, treinada e equipada para o crescimento motivados e treinados até o concílios da ANP
final do projeto
2. Visão das igrejas locais desenvolvidas - 60% pastores com Plano - Planos Estratégicos entre-
pelos pastores Estratégico (PE) elaborado gues na ANP
no primeiro ano - Relatório dos pasto-
- 100% no final do projeto res/comissões
3. Equipe de líderes locais envolvidos, - 90% dos líderes de igreja - Relatório comissões
motivados e treinados envolvidos até o final do - Relatório do diretor de
projeto Ministério pessoal
4. Membros das Igrejas locais envolvidos - 55% membros envolvidos - Diagnóstico DNI e relatório
até o final do projeto de saneamento
5. Taxa de crescimento anual e decenal - chegar a 10% de TCA até - Secretaria da ANP
incrementada o final do projeto
ATIVIDADES: Observações:
1.1. Apresentação da realidade da ANP
1.2. Reciclar a base teológica/espiritual do
crescimento
1.3. Motivar, treinar e equipar equipe
pastoral da ANP
1.4. Organizar concílios, materiais, aulas.
1.5. Ensinar a elaborar visão local
2.1. Elaborar visão da igreja/distrito local
2.2. Revisar visão com Ministerial
3.1. Compartilhar visão c/ líderes locais
3.2. Discutir visão com líderes – para que
tomem posse
3.3. Treinar e equipar os líderes para PE
4.1. Compartilhar visão com a igreja local
4.2. Discutir visão com a igreja local –
para que tomem posse
4.3. Treinar e equipar membros
5.1. Criar estrutura interna à igreja para
bom funcionamento do CD
5.2. Distribuir responsabilidades
5.3. Treinar membros mais antigos para
discipular os mais novos
5.4. Pequenos grupos orientados para o
discipulado
5.5. Checar o funcionamento do CD
5.6. Fazer diagnóstico junto ao DNI
5.7. Implementar ações para incrementar
as 8 marcas de qualidade*

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1. Elaboração da visão Geral:

A visão Geral é mais como uma missão de vida. É o que orienta o seu ministério
por vários anos e que é a sua marca em cada distrito ou função que você tra-
balhar.
A Visão Geral é o que orienta todo o processo. A visão específica que já é o
projeto específico, palpável e mensurável de uma parte da visão Geral. Enquan-
to a visão Geral é mais orientadora geral, a específica vai às vias de fato.
Exemplos de visão geral:
a. Mais igrejas missionárias implantadas no distrito
b. Crescimento percentual incrementado
c. Municípios do distrito alcançados

Cuidado para não filosofar e divagar na elaboração da visão geral. Exemplos de


divagação:
a. Desenvolver na igreja o espírito de serviço e o amor que Jesus tinha...
b. Animar a irmandade para cumprir com a grande comissão...
c. Desencadear um processo que venha a levar os irmãos a refletirem na
importância do evangelismo para o cumprimento da pregacao e a volta
de Jesus

Nos exemplos positivos, perceba que os verbos estão no particípio descrevendo


desta maneira, uma situação acabada concluída. É isto que é visão. Segundo
Barna “é um estado posterior preferível ao de hoje.” Na descrição deste estado
o verbo não pode estar no infinitivo (ser, fazer, motivar, etc.), pois o infinitivo
denota um processo e não um estado final.

A Visão Geral é o que você gostaria de ver realizado ao longo de um período


significativo de sua vida. Esta visão está intimamente ligada com a sua perso-
nalidade e seu “pacote” de dons. Deus não dá visões contrárias à personalidade
que Ele lhe deu, ou ao seu jeito de ser. Ele aproveita o que você é, todo o seu
potencial, suas experiências, seu entusiasmo e suas preferências.

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As colunas “como quer medir” e “onde vai medir” existem para você quantificar
e se comprometer com o resultado. Na visão Geral você dá o “como você quer
medir” em termos de resultados que você quer ver ao longo de seu ministério
(na visão geral ó como medir é muito parecido com a própria visão geral). Na
visão geral esta parte fica meio vaga, pois precisa ser compatível com a visão
geral que é ampla e um tanto vaga.
O “onde você quer medir” é o local que vai dar acesso a esta informação – o
local ou fonte de informações deve ser o mais formal e pública possível. Exem-
plo: secretaria da associação ou união. Tudo depende de como é a sua visão
geral.
Veja o exemplo a) então você pode observar se você teve mais igrejas missio-
nárias depois de um período, se você puder assim comprovar na secretaria da
associação.

2. Elaboração da Visão Específica:

A visão específica já tem que traduzir minuciosamente o que você quer ver al-
cançado depois de determinado período de tempo previsível em determinado
espaço físico. A visão específica é a parte que mostra o que de específico, pal-
pável e mensurável você de fato quer alcançar.
As colunas “como quer medir” e “onde quer medir” complementarão a visão
específica.
Na coluna “como quer medir” precisa constar e medida do que se quer alcançar
(%, números), o local em que isto deve acontecer e a data limite para terminar.
Na coluna “onde quer medir” você de novo apresenta a fonte de verificação,
onde você quer checar os fatos planejados no final do período planejado.

Exemplos de visão específica correlacionados com os exemplos de visão geral


acima já dados:

a) Uma IASD fundada no bairro Saracura – Como quer medir: uma IASD no
bairro Saracura até o final de 2010.
b) Crescimento percentual elevado ao patamar de 12% ao ano – Como
quer Medir: Igreja Central de Ninho Verde com TCA de 12% de 2010 em
diante.
c) Igreja plantada no Município de Afonso Junqueira – Como quer medir:
IASD plantada em Afonso Junqueira até o final de 2011.

Como na visão geral, use linguagem curta, verbos no particípio. Evite di-
vagações que não podem ser medidas com verbos no infinitivo. Não planeje
atividades ou métodos aqui. Eles servirão para alcançar esta visão.

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Visão específica é uma parte da visão geral e ela se subdivide em unida-
des de trabalho mais fáceis de serem executadas.

3. Resultados parciais:

Estas unidades de trabalho, mais fáceis de serem manejadas, trabalha-


das e alcançadas serão chamadas aqui de Resultados Parciais (RP). É como se
você determinasse trechos de uma viagem: A visão específica seria o destino
final da viagem, exemplo: Estou em São Paulo quero ir para Curitiba. Os RPs
seriam os trechos 1) São Paulo – Pé da serra, 2) Pé da serra – Registro, 3) Re-
gistro – Alto da Serra, 4) alto da serra – Curitiba. Ao você dividir a viagem em
trechos, ela fica mais fácil de ser entendida e viajada.
No plano você toma a visão específica e a divide em visões menores, al-
gumas partes que são mais fáceis de ser trabalhadas.
Ninguém estabelece uma igreja em um só ato. Há partes vitais que não
podem ser dispensadas que vão levando pouco a pouco esta visão específica a
ser alcançada.
A linguagem continua a mesma até aqui. Não se usa verbos no infinitivo
e nem linguagem prolixa ou vaga, verbos no particípio
No exemplo acima fizemos o planejamento fictício de uma associação
ANP (qualquer semelhança terá sido mera coincidência). Os 5 resultados parci-
ais ao serem executados irão completando a visão específica e esta por sua vez
vai completando a geral.

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Muita Atenção! Não se usa planejamento de métodos até aqui. Você
não coloca na visão Geral, nem na específica ou mesmo nos resultados parciais
a utilização de métodos e atividades. Estas vêm depois como um meio de al-
cançar os resultados parciais. Exemplo: Duplas missionárias, visitas, sermões,
pequenos grupos, evangelismo público, reuniões, seminários, aulas, festivais,
etc. Estes métodos e atividades serão utilizados como meios para alcançar os
resultados parciais e a soma deste cumprem com a visão específica.
Os métodos são meios p/alcançar um fim e nunca um fim em si
mesmo (por melhores que sejam os métodos)!!! Ninguém denigre ou prejudi-
ca a utilização de um método, apenas por utilizá-lo como método.
Para cada resultado parcial você precisa definir como quer medir se o al-
cançou e onde vai estar o instrumento de medida dentro da mesma lógica a-
presentada acima (veja os exemplos).

4. Atividades e métodos:
Aqui é o lugar para se planejar a utilização de todos os meios e ações
que serão utilizados para alcançar os resultados finais e conseqüentemente a
visão específica.
Observe a figura abaixo como as atividades 1.1; 1.2; 1.3; 1.4 e 1.5 são
planejadas para cumprir com o resultado parcial 1. Respectivamente as ativida-
des 2.1 e 2.2 são planejadas para cumprir com o resultado parcial 2.
As atividades 3.3; 3.4 e 3.5 para o resultado parcial 3 e assim por diante.
Use as atividades e os métodos como o

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Finalmente você está terminando o seu plano Estratégico.
Nunca passe de uma página para esta parte. O poder deste tipo de pla-
nejamento esta na concisão e visibilidade.

Discutindo o plano:
Quando o plano estratégico estiver neste ponto, é hora de discuti-lo em
detalhes com os envolvidos. Tenha coragem de fazer as adequações para con-
seguir o envolvimento e a apropriação todos os envolvidos.
O resultado final pode ser um tanto diferente do que o plano inicial, não
se preocupe é assim mesmo. Se você quer praticar a liderança servidora que
conta com a participação, com o comprometimento da maioria das pessoas, é
compartilhando o plano que se consegue envolvimento.

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