Depósito elisivo, é a possibilidade do devedor de fazer
cessar o processo de falência, dando ao credor uma garantia de depósito com valor correspondente ao crédito que serviu de base para o pedido do mesmo, sendo este ato possível apenas quando o escopo do pedido do processo for fundamentado pela impontualidade ou pela resistência processual, sendo esta novidade em relação à antiga lei. O devedor só poderá fazer o pedido de depósito elisivo, no mesmo prazo de 10 dias de sua defesa. Havendo concordância judicial ao pedido, suspende-se o processo de falência e inicia-se um processo semelhante a um pedido de cobrança. Caso algum credor não tenha ingressado no processo falimentar, ele poderá se beneficiado pela efetivação do deposito elisivo. Caso o devedor efetive o depósito, apresentando contestação ou não, o processo falimentar será suspenso, não podendo o juiz de forma alguma decretar a falência embora esteja obrigado a julgar o pedido de existência ou não do crédito (existência, liquidez, valor, certeza e regularidade).
Arrecadação dos Bens na Falência
É um ato procedimental necessário do processo
falimentar, utilizada com o fim de resguardar o patrimônio ainda pertencente à massa falida (art. 75, IRF), tornando assim factível a proteção legal dada aos eventuais credores (art.15). Para tanto afaste-se a efetiva administração anterior, nomeando-se novo administrador para efetivar as determinações legais. O processo de arrecadação de bens vem disposto entre os artigos 108 à 114 da LRF.
Pedido de Restituição
Trata-se de ferramenta dada a algum terceiro em relação
ao processo falimentar,de restituir um bem que eventualmente tenha sido arrecadado de forma indevida pelo administrador legal da massa falida. Isto pode ocorrer, por ventura, da sabida utilização, por parte do devedor, de bem que por razão de negocio anterior ou outra hipótese, não lhe pertencia, induzindo assim o administrador a erro.
Existem outras três hipóteses de restituição que ocorrem
sob forma de pecúnia, todas previstas no artigo 86, I, II e III da LRF, sendo estas:
a) se o bem não existia ao tempo do pedido de
restituição , ou nesse mesmo tempo já havia sido alienada
b) A coisa consistiu em determinada importância,
em moeda nacional, entregue ao devedor sob forma de adiantamento a contrato de câmbio para exportação.
c) Se algum valor foi entregue ao devedor em
razão de negócio jurídico de boa-fé, porém sujeito aos efeitos de ineficácia ou de revogação, nos termos do art. 136 da RLF.