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Retirado de http://forum.cifraclub.com.

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Caro bassbrother WormKrash,

Estou alinhado com o Bertola. Me parece muito inconsistente a colocação.

Seu tópico "regulagem de baixo de dois tensores" instou-me a colocar algumas notas, até mesmo porque alguns músicos
teimam em sedimentar algumas crenças reinantes e deveras, errôneas.

A primeira observação mister de ser feita é que, estas informações não substituem o conhecimento, a experiência, o
senso de julgamento, a intuição, a percepção, a avaliação, a análise dedutória, e sobretudo a interveniência de um
luthier, porquanto - a médio juízo -, não se mostram não realizáveis sem sua ajuda.

Eu aqui no fórum mais observo e quase nunca me pronuncio. São tantas as colocações inadequadas quanto sem
elegância - para não adjetivar pejorativamente.

Mas acho que nós poderíamos fazer o fórum evoluir com a troca de mais informações.

A esse respeito eu tenho algumas colocações que acolhi nessa vida de baixista-amador errante, seja pesquisando, lendo,
ouvindo e acima de tudo praticando com meus erros e acertos, e essas eu quero compartilhar com você, esperando que
possam ir ao encontro de suas dúvidas.

Eu lhe diria em primeiro lugar que nós devemos abandonar "as crenças limitantes", a de que, por exemplo, " baixo só
pode ser tocado pelas mãos de um luthier, sob pena de acabar com o instrumento". Isso não existe.

Eu eu até imagino que caras da estatura do Maurício Bertola - a quem reputo as mais altas considerações - sejam
consonantes neste ponto, não osbtante, de ele seja um experimentado profissional e prestigiado membro dessa
comunidade e que as suas objeções a este que escreve, estejam na ambiência técnica, momento em que declino que
rivalizar-me com ele, dado o respeito e enorme consideração que tenho por seu conhecimento.

Não tenha medo. Mesmo porque as alterações que você fizer terão dimensões reduzidas, a cerca do escopo mecânico
que envolve o instrumento.

Procure desenvolver uma sintonia fina com seu instrumento. É nesse ínterim a que me reporto.

Assim como o mestre luthier que escolhe a madeira que lhe parece a mais apta a utilização que pretende dar-lhe,
tentando penetrar no segredo de cada prancha, onde tenta ler a história individual da árvore que lhe deu origem e seus
agregados de valor para cada fim em si, tente estabelecer uma "relação" com seu instrumento.

A grosso modo, qualquer pedaço de madeira que seja transpassado por cordas retesadas irá produzir necessariamente
algum ruído, que captado e amplificado, proporciona som. Observe que, na medida em que nos familiarizamos com
nossos instrumentos, aprendemos que este relacionamento deve migrar para patamares cada vez mais íntimos e
passamos, isto posto, ao longo do tempo, a relacionarmos com nosso instrumento de uma forma cada vez mais pessoal,
aprendendo a lidar com seus detalhes.

Não tendo a mesma acuidade sensitiva, perceptual e técnica dos luthiers, cabe-nos conhecer, pelo dever - de forma
rudimentar, ao menos – as peculiaridades que se lhe apresentam nosso instrumento de paixão – o contrabaixo.

Com estas informações condensados espero em princípio “encorajar-lhe” a assumir os riscos e num plano secundário
possibilitar que você possa efetuar uma regulagem básica no seu contrabaixo, se este não apresentar deficiências – ditas
“congênitas”.

É importante frisar que algumas variáveis - especificamente - climáticas exercem um fator preponderável no “status
quo” de seu instrumento. Alternâncias bruscas de temperatura combinadas com variações abruptas da umidade relativa
do ar, impõem um certo grau de impacto na estrutura física do instrumento e por analogia na qualidade do som por ele
produzido. Isto é facilmente compreendido quando se consensa que as madeiras são sensíveis as flutuações de
temperatura, umidade. O são porque as madeiras são “organismos respiradouros” com singularidades específicas. Os
instrumentos de cordas baseiam-se na teoria das ondas estacionárias, ou seja, na freqüência das ondas sonoras que as
cordas emitem. Essas freqüências naturais dependem de três principais fatores: a densidade linear das cordas (a massa
da corda dividida pelo volume que a mesma ocupa), o módulo da tração a que elas estão submetidas (se a corda está
mais apertada ou frouxa no braço do instrumento - tensão) e o comprimento linear da corda - entonação.

As madeiras, portanto, empregadas para construir instrumentos são de diversas espécies. Em muitos casos, para além da
espécie, especifica-se também a origem geográfica, deste modo traduzindo a influência das condições de crescimento
nas respectivas propriedades acústicas. Acho que apenas o luthier e uns poucos “não profissionais” - e isto naturalmente
não inclui a mim - tentam penetrar na alma de cada corte, extraindo-lhe as lembranças e prazer intelectual em dar-lhes
vida, de outra forma.

Assim, cedro, pau-marfim, espruce, rosewood, abeto, pinho, jacarandá, pau santo, mogno, freijó, nogueira, marupá,
ébano, pau preto, maple, pau santo, ash, pau ferro, roxinho entre outras tantas, são como identidades individuais e
nominais em que a ressonância e outros atributos - das peças de madeira -, conferem “traços” únicos em cada
instrumento.

Nas madeiras em geral, se considerarmos do ponto de vista da organização espacial dos tecidos e dimensões das células,
do teor e níveis de extractivos, da densidade e variações dimensionais em função da humidade e da frequência
fundamental, além do tempo de reverberação, estaremos pois, imiscuindo-nos num terreno que eu - seguramente - não
tenho e muitos poucos - o teriam, envergadura para opor-lhes defesa estritamente científica.

Tratemos neste caso das especificidades que nossa percepção urge alcançar: anatomia, física e acústica.

É por esse e outros motivos, que as madeiras que constituem um contrabaixo são necessariamente diferentes, para
corpo, braço e escala. Cada uma dessas partes deve concorrer cada uma a seu turno - em elasticidade e freqüência - para
uma melhor dinâmica na reflexão das vibrações. Isto posto, conclui-se que: além das propriedades inerentes da madeira,
deve-se levar em grande conta sua resistência mecânica.

Tensão

As cordas perfeitamente afinadas exercem uma considerável força de tração no braço do instrumento. É preciso ajustar-
se a idéia de que para toda e qualquer força aplicada, uma outra força é naturalmente demandada para colocar o sistema
em equilíbrio.
Veremos pois, que esta “lei” não se ajusta na sua completa extensão quando falamos na tensão aplicada ao braço.

As cordas quando são tocadas produzem uma perturbação elíptica que tem seu maior ponto de contato e amplitude no
centro. Ora, se se imagina que as cordas devem vibrar obedecendo a este princípio, elas naturalmente precisarão de uma
"folga adicional" entre sí e o braço do instrumento, mais precisamente entre os trastes e o ponto de máximo de sua
vibração para poderem produzir um som "sem trastejamento".

As aspas referem-se a uma certa reserva de compreensão. É absolutamente normal haver um trastejamento mínimo em
determinados trastes ou regiões do braço. Isto pode ser causado por, desde variações milimétricas de altura dos mesmos,
a pequenas falhas estruturais e/ou tratar-se de um nível maior de tensão ou até mesmo fragilidade em determinada
região do instrumento.

Ocorre que nesta conta soma-se: o braço, a força empregada, a tocabilidade, e o tipo de corda usada.

Daí já podemos concluir que o braço não pode ser reto! Ele deve ter uma pequena curva para possibilitar que a corda
vibre.

Neste posto concluímos também que esta “folga” apresenta uma variância de um instrumento para outro, além de
representar o estilo de tocar e principalmente o desejo e expectativas pessoais de cada músico.

Como avaliar o "alinhamento" do braço?

Agora sabemos que todo braço tem de ter algum "empeno" - curvatura -, mínimo, ou não.

Então precisamos checar agora se esta "curva" está dentro dos padrões aceitáveis ou requeridos.

1º - Tome seu baixo e coloque-o no sentido do comprimento do corpo para a mão. Pense que você está fazendo uma
"mira". Posicione o olho como se fizesse do início da escala, sua "alça de mira".

2º - Já é possível determinar visualmente esta folga, principalmente a partir do 8º até 14º traste.

3º - Apoiando seu instrumento sobre a perna, utilize o cotovelo para apertar a corda na altura do final do braço, em
seguida, pressione com o dedo indicador da mão esquerda em cima do 1º traste.

4º - Ainda pressionando com o cotovelo do braço direito, com o dedo indicador da mão direita - parcialmente livre -
aperte a corda na altura do 9º traste ou meio do braço.
Esta folga é o "status quo" do seu braço.

Agora se suas cordas estão excessivamente altas, você poderá baixa-las.

Isto significa que você irá diminuir a "ação das mesmas".

Como já vimos, a corda tensionada produz uma força que é absorvida em toda a extensão do braço.

Esta força precisa ser contrabalançada. Se não ela irá impor severos danos ao braço devido a exposição permanente de
tensão em uma só direção, além do que irá proporcionar uma tocabilidade mais difícil, porque elas estarão mais
distantes dos trastes.

Como efetuar ajustes no seu tensor?

Os tensores tem peculiaridades inerentes.

O tensor pode ser uma vareta, barra, haste, bastão de metal, ou aço e até mesmo uma peça de grafite que perfaz "a alma"
do braço. Ele é incrustado no interior do braço a fim de asseverar rigidez mecânica ao braço do instrumento.

Sua função principal é opor-se as solicitações empreendidas pelas cordas que "puxam" o braço para frente. Uma vez
apertando o tensor reduz-se as forças aplicadas sobre o braço pelas cordas, mantendo-o - o braço - dentro uma
solicitação mecânica - tensão - suportável.

Mas o tensor serve a mais demandas: para corrigir, atenuar e acentuar a tensão do braço em uma direção, de maneira a
favorecer que o instrumento trabalhe dentro de uma carga de tensão razoável.

E porque digo razoável e não específica?

Porque ninguém pode precisar - absolutamente ninguém - a real tensão empregada quando se aperta ou afrouxa o tensor.

Pense: os luthiers devem empregar um enorme escopo sensitivo e empírico na hora de "calcular" quantos quartos ou
oitavos de volta são necessários para aquele determinado instrumento.

Os mais comuns de tensores são, os simples, os de duas ações, os de dupla ação e os tensores não ajustáveis de braços
reforçados.

Vamos agora ver como fica na prática:

Neste caso é preciso estabelecer um marco para as ações de ajustes. Você precisa talvez fazer anotações de todo os
dados de seu instrumento, para poder a partir dessas informações ter configurado um perfil inicial.

Se tiver de abaixar as cordas você invariavelmente irá diminuir a tensão sobre o braço, porque a corda ficará "mais
frouxa". Neste caso você terá de apertar o tensor no sentido horário. Existem peculiaridades que me fogem ao
conhecimento que certamente estão no exclusivo campo de domínio de um luthier, e à elas evito discorrer.

Em igual medida, se você trocar a calibragem terá de efetuar um mínimo ajuste. Tome como média o seguinte: se o seu
instrumento estiver pouco desregulado, faça o ajuste antes de efetur a troca de corda.

Para aperto, não dê mais de 1/2 volta numa única sessão de ajuste. Preferencilamente, vá de 1/4 de volta em cada
sessão. Aprenda com os erros, mas não vá além de um ponto em que não se possa voltar ou reconsiderar suas ações.

A propósito, eu tenho 3 baixos. Dois Tagimas TG6B e um Thunder Five de 5.

Vou ver se tiro umas fotos das minhas medidas e mando-as para você, ou até mesmo ilustro passo a passo com fotos
como podemos nos aventurar nesse terreno, nem tanto pantanoso quanto fazem parecer “alguns”.

Boa sorte e boas tentativas e acertos, bassbrother!

Magno Santos
Cachoeiro de Itapemirim - ES

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