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Capitulo 4 - Autonomia e srk in profissional Tornar-se professor é mais do que adquirir um diploma ou conhecer bem uma ciéncia. Ao mesmo tempo, a definicao do que ¢ ser professor nao & simples. Ela depende do tedrico escolhido, mas seu sentido certamente esta carregado de ideologia, uma vez que essa profissa0 implica comprometer-se ideologicamente com uma causa que envolva 0 ser humano. Contreras (2002) explica que a docéncia néo pode ser significada apenas pelo que de pratico ocorre na escola. A docéncia e a educacio sf0 0 produto daquilo que ocorre em sala de aula, mas também daquilo que se espera dela, Faz parte, portanto, do debate sobre ser professor, aquilo que a educacéo deveria ser, aquilo que ela & aquilo a que se propée e aquilo que ela se torna. Pacheco e Flores (1999) explicam que 0 processo de aprender a ensinar & complexo e requer a anélise do processo de formagao e do desenvolvimento profissional do professor. Assim, tornar-se professor envolve mudangas de natureza cognitiva, afetiva e de conduta. O desenvolvimento de concepgées de aprender a ensinar é metacognitivo, ‘0 que se refere a um proceso de abstracao e analise de situagbes que darao origem ao conhecimento pratico. Essa andlise refere-se & reflexéo sobre si, sobre 0 contedido a ser gnsinado, sobre os alunos, sobre 0 curriculo e sobre os métodos de ensino (CALDERHEAD citado por PACHECO e FLORES, 1999). Para além de um técnico que executa 0 que 0 Estado regulamenta, para Pimenta e Lima (2010, p. 88), © professor & um profissional do humano que ajuda 0 desenvolvimento pessoal e intersubjetivo do aluno, sendo um. sum ser de cultura que seus aportes. para sociedade, que membro de uma comunidade ci sobre sua Area e sobre a sociedade, : aaa saws iw legal a Para Contreras (2002), a autonomia profissional, que legitim: © docente, enquanto profissio, esta seriamente afetada ay nena lea, O autor argumenta que o trabalho docente teve ae : Ee iiices que levou 08 professores & perda do controle e sentido sobre seu trabalho, gerando o que se a Isso significa dizer que as tranaformagbes oe ao ig6es de trabalho nos aproximam cada vez mais das caracte ath opera A explicagao para esse fendmeno advém da anélise obre as condigbes de trabalho decorrentes da racionalizacéo icagio © especificagio das atividades do sistema Races paragiio entre a concep¢ao e a execugao do processo produtiv ae __No Ambito escolar, essa racionalidade refletiu-se na a riculo a0 cumprimento de atividades e objetivos. Como ake ‘A a Por Pereira (2008), as politicas geradas pelo Banco a iscursos inovadores condizem, na pratica, com a \G40 do professor como um técnico e, portanto, Si Bien », com autonomia Contreras (2002) explica que a oferta e 0 incentivo governamental Para uma sofisticacgo técnica pode encobrir uma sutil estral ae peels \deoldgico. Portanto, refletir sobre a autonomia profissional ¢ eee ese transcender as aparéncias os discursos ‘earacterizam a autonomia dos professor 1, A busca pela superacéo da proletarizagio do ensino refletida aes de sentido da profissao e da sua reduclo a0 camper) le regras caminha para a defesa da autonomia. Esta, entretanto, © autor elenca alguns aspectos que Ilo 6 algo que se deve esperar de um decreto, mas precisa se feconhecida como uma necessidade educativa; ‘ tivos pedagégicos e da: i “Defender, nesse caso, a autonomia dos professores & um programa politico para a sociedade e um comp mi a profissiio” (CONTR que ocorre na sala de aula, implica pensar e posicionar-se diante das politicas publicas, compreender a comunidade e os interesses dos estudantes ¢, também, desenvolver valores educativos sociais nos quais 0 compromisso politico da escola seja o de uma sociedade mais justa e igualitéria e contra qualquer forma de dominagdo e marginalizagio; _ A formacio de profissionais auténomos também envolve 0 desenvolvimento da dimensao afetiva ¢ emocional que implica 0 autoconhecimento e a compreensio dos desejos e das interferéncias pessoais no trabalho docente. Essa dimensio também compreende perceber a pluralidade de opinides ¢ interesses que compiem a escola, e que ¢ com o didlogo, para a compreensio do outro, que as diferencas e a opressio podem ser superadas; Finalmente, implica a busca dinamica pelo desenvolvimento da definicao de quem o professor é, enquanto profissional, ou seja, a construgo permanente da identidade docente. Finalmente, Loguercio e Del Pino (2003) partem do principio de que ser o “ser professor” nasce de discursos académicos, sociais, escolares e histéricos, ou seja, ele se constitui na cultura. Esta producéo nao é exclusiva da escola, mas ¢ 14 onde o docente exercita seu papel de professor. Os autores explicam que nas salas dos professores, onde os digcursos escolares ficam mais evidentes, criam-se 0s esteredtipos também se constitui a propria identidade docente: “Considerar um/a Ya evidencia 0 que ola professoria pensa sobre as priticas permitidas ou nifo ¢ sobre 0 que é ser professoria” (LOGUERCIO e DEL PINO, 2003, p. 20), Na discussao sobre a profissdo docente, os tedricos da Pedagogia © lam com 0 caréter de transformagio social que tal profissao guarda como contraponto aos objetivos alienantes da Indtistria Cultural ma capitalista, Nessa perspectiva ¢ parte fundamental da e do -a sobre a sociedade e 0 definigio do ser profes eomprometimento em fazer da sala de aula um espago em que praticas democriticas possam ser implementadas, com vistas A formagao d estudantes independentes¢ transformadores da sua realidade, Nesse sentido, Paulo Freire explica que a prépr \ ideologia de izar” (FREIRE, 1996, p. 47), ou seja, alienar as PPess0as, manobrada pelo discurso neoliberal, € que se acomete de uma pane dle que a desgraca atual é uma fatalidade de final de século. ante, ¢ indispensével um posicionamento politico do professor, de = 10 a postar-se como alguém que se indigna perante as injusticas ¢ as desigualdades. E utiliza a experiéncia pedagégica para mostrar aos Outros que transformacées sociais so possiveis e necessarias: Nao posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de no importa o qué. Nao posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a coneretude da pratica educativa. (..) Sou Professor a favor da esperanca que me anima apesar de tudo. Sou Professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou Professor a favor da boniteza de minha prépria prética, boniteza que ssérias sem ag uais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de jé nao ser 0 testemunho que deve ser de lutador pertina: no desiste (FREIRE, 1996, p. 39-40), foc a 0 n capit tm projegio para o futuro e formam-se pout ‘ados com os problemas sociais e pouco conscientes idacle de tomada de pos foram te cl quando NE icon gesincs someny lee Por outro lado, como explica Zabala (2006), as intengdes educativas, seja, aquilo que se pretende conseguir com os estudantes € reflexo da yncepgao social de educagao e, portanto, consequéncia da posigao Neste sentido, a escolha dos contetidos de essencialmente politico. Assim, mesmo quando o professor decide ser eutro”, ele ndo o é pois passa a compactuar com os ditames woliberais. Ainda, para Nosella (2005), quando o professor assume sua Ingo de educador, aprimora-a; quando a renega, atrofia-a. Assim, a nao é ser educador ou nao ser, mas sé-lo de maneira consciente io. ‘or isso, 0 autor defende que o dominio das técnicas é pprescindivel para a leitura de mundo, referenciando-se & esséncia da 1a de conhecimento de Paulo Freire, o qual aponta que a leitura das linvras é insepardvel da leitura de mundo. Porém, existe uma sarquia, na qual o engajamento ético-politico se sobrepde a técnica, ilo que esta assume valor quando reflete uma determinada posicao Isso ocorre pelo delineamento dos objetives do seu ensino pelo prio docente, a partir da reflexdo sobre os estudos tedricos 3 durante sua formag&o, os quais nortearao a escolha dos instrumentos didaticos para seu uso em sala de aula. 0, colocar elas préprias em questionamento, uma vez que as ipre provisorias da realidade”. As autoras acrescentam s, culturais, org: idade docente ocorre, 0 que possi formagées. | nio é o recurso ino, O docente dev

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