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CENTRO DE TECNOLOGIA
Departamento de Estruturas e Construção Civil
Disciplina: ECC 1008 – Estruturas de Concreto
1. INTRODUÇÃO
1.1 Generalidades
2o piso
pilar
nervura
alvenaria viga
laje de piso
1o piso
escada
muro de arrimo
patamar
térreo pilar
bloco de
fundação
A título de exemplo, pode-se citar o cuidado que se deve ter ao verificar a localização
de vigas nas regiões de banheiros e área de serviço, onde o engenheiro que cuida do
projeto hidráulico, muito provavelmente, procurou localizar pontos para passagem de dutos
de esgoto e instalações de água fria e quente.
Nos casos de edifícios comerciais constituídos por pavimentos-tipo, o projeto
arquitetônico feito para esta finalidade é pouco alterado, ou seja, deve ser destinado o
subsolo para área de garagem, térreo para recepção e acesso a elevadores e escada,
pavimentos-tipo com distribuição arquitetônica compatível com a finalidade do edifício.
Existem casos de edifícios com utilização mista, isto é, parte dele é de utilização
comercial, por exemplo, do primeiro ao quarto andar e, os andares seguintes são de
Concepção Estrutural de Edifícios 3
Em alguns casos, as posições dos pilares dos subsolos não são compatíveis com a
distribuição de pilares estudada para o pavimento-tipo. Nessa situação é usual (embora
deva ser evitado) projetar-se uma estrutura de transição, responsável por transferir as ações
dos pilares posicionados de acordo com o projeto arquitetônico do andar tipo para pilares
posicionados segundo a compatibilidade com os projetos arquitetônicos do andar térreo e do
subsolo.
Deve-se prever ainda as estruturas de contenção de terra nos subsolos, podendo ser
empregados, por exemplo, os muros de arrimo convencionais ou cortinas de elementos pré-
moldados de concreto.
Figura 4: Exemplo de contenção de solo por cortinas pré-moldadas. Fonte: Revista Téchne
Laje: Elemento plano bidimensional, apoiado em seu contorno nas vigas, constituindo os
pisos dos compartimentos; recebe as cargas (ações gravitacionais) do piso transferindo-as
para as vigas de apoio; submetida predominantemente à flexão nas duas direções
ortogonais.
carregamento
vertical
laje
carregamento viga
horizontal
pilar
fundação
solo
Figura 5: Fluxo das ações nos elementos estruturais em edifícios
pilar pilar
bloco de tubulão
coroamento estaca
Fundações profundas
pilar
pilar
sapata
h sapata
corrida
radier
A
Fundações diretas
Figura 6: Elementos estruturais de fundações.
Concepção Estrutural de Edifícios 6
• Estruturas de pórticos
• Estruturas de pórticos com núcleos de rigidez ou paredes estruturais
P1 V1 P2 P3 Pórtico 1
V1
V1
VENTO V1
P4 V2 P5 P6
V1
V1
V4
V5
V6
V1
V3 P1 P2 P3
P7 P8 P9
ARRANJO ESTRUTURAL EM PLANTA CORTE: PÓRTICO 1
Além dos pórticos, o sistema pode apresentar um núcleo estrutural rígido - composto
por pilares de grande inércia das caixas de escadas e ou de elevadores (figura 8) – ou por
pilares-parede colocados em posições adequadas para melhor enrijecimento lateral do
edifício (figura 9).
Núcleo de rigidez
P1 P2 P3 P4 P5 P6
(20/65) V1(20/55) (110/20) (20/40) (20/40) V2(20/55) (110/20) (20/65)
V24(20/55)
L1 L4
h=10cm h=10cm
V15(20/55)
L2 P9 V3(12/55) P10 L3
h=10cm (20/140) (20/140) h=10cm
V19(12/40)
P7 P12
(19/65) V4(20-12/55) P8 P11 V5(12-20/55) (20/65)
(20/285) (20/285)
V6(12/55)
V22(12/55)
V16(12/55)
L5 V7(12/55) V8(12/55) L6
h=10cm L7 h=10cm
h=10cm P16
V9(20-12/55) (20/65)
V10(12-20/55)
P13
(20/65) P14 P15
(20/160) (20/160)
V23(20/55)
L10
V17(12/55)
V21(12/55)
L9
V18(12/55)
V20(12/55)
h=10cm h=10cm
L8 L11
h=10cm h=10cm
V14(20/55)
LE
Figura 9: Exemplo de planta de formas de edifício com sistema estrutural constituído por
pórticos associados a pilares-parede.
Para edifícios mais altos, outros sistemas estruturais podem ser utilizados, como por
exemplo os sistemas tubulares e os que empregam paredes de cisalhamento alternadas.
Tendo em vista o conteúdo e o enfoque da disciplina, neste material serão abordados
apenas os edifícios que empregam sistemas estruturais em pórticos.
Concepção Estrutural de Edifícios 8
• A transferência de carga deve ser a mais direta possível. Desta forma, deve-se
evitar, na medida do possível, a utilização de vigas importantes sobre outras vigas
(chamadas apoios indiretos), bem como o apoio de pilares em vigas (chamadas de
vigas de transição).
5) Procurar, sempre que possível, o posicionamento das vigas de tal forma que as
mesmas formem pórticos com os pilares, a fim de enrijecer a estrutura frente às
Concepção Estrutural de Edifícios 10
6) Procurar lançar vigas onde existam paredes, evitando que as mesmas fiquem
aparentes, contribuindo para o aspecto estético. Entretanto, não é obrigatório lançar
vigas sob todas as paredes. Eventualmente, uma parede poderá apoiar-se
diretamente na laje, devendo-se fazer as devidas verificações na laje em virtude do
carregamento introduzido pela parede. Quando existirem paredes leves, como por
exemplo paredes de gesso acartonado e divisórias, a tarefa do lançamento de vigas
torna-se mais flexível.
Quanto aos limites dos vãos das lajes de concreto armado, apresentam-se as seguintes
recomendações:
10) Lajes com vãos muito grandes podem requer espessuras elevadas e grande
quantidade de armaduras. Além disso, a verificação do estado limite de deformações
excessivas pode ser crítico. Para vencer grandes vãos, torna-se mais viável a
utilização da protensão.
Concepção Estrutural de Edifícios 11
Conceber e projetar uma estrutura é uma tarefa iterativa, pois busca um refinamento
constante das soluções propostas. O uso do computador, de forma responsável, agiliza esta
tarefa, tornando possível a análise de mais de uma solução.
Concepção Estrutural de Edifícios 12
4.1 Lajes
Lx
h≅ (Equação 1)
40
Viga
Lx
Ly
Viga
Viga
Laje (Planta)
Viga
h
(Corte)
Cabe ressaltar que devem ser respeitadas as espessuras mínimas em função do uso da
laje, conforme prescreve a NBR 6118 (ABNT, 2003) em seu item 13.2.4. Para as lajes
maciças, citam-se alguns limites mínimos de espessura prescritos pela norma brasileira:
Deve-se frisar ainda que as lajes dos edifícios necessitam de espessuras adequadas para
garantir um isolamento acústico mínimo entre pavimentos e evitar deformações
indesejáveis. BATLOUNI NETO (2005) recomenda espessuras mínimas maiores que 10cm
para as lajes, na tentativa de minimizar efeitos negativos com a falta de isolamento acústico
e com as deformações excessivas.
Concepção Estrutural de Edifícios 13
4.2 Vigas
Em geral, a altura da seção transversal da viga (h) pode ser estimada por:
L L
h≅ a (Equação 2)
10 12
onde L é o vão da viga. Para fins de pré-dimensionamento, L pode ser tomado como sendo
a distância entre os eixos dos pilares em que a viga se apóia.
Algumas considerações adicionais sobre a escolha das dimensões devem ser destacadas:
• No caso de vigas contínuas com vãos comparáveis (relação entre vãos adjacentes
entre 2/3 a 3/2), costuma-se adotar uma altura única estimada a partir da média dos
vãos. No caso de vãos muito diferentes entre si, deve-se adotar uma altura própria
para cada vão como se fossem independentes.
Viga h
L1 L2
• No caso de apoios indiretos (viga apoiada em outra viga), recomenda-se que a viga
de apoio tenha uma altura maior ou no mínimo igual à viga apoiada.
Viga bw
PD
parede em alvenaria:
pode conter janelas e
portas
Figura 14: Vigas em relação à laje: a) Viga normal. b) Viga semi-invertida. c) Viga invertida.
Segundo a NBR 6118, a largura mínima para vigas é de 12cm e para vigas-parede
15cm. No também, é importante frisar que a mínima largura permitida para a viga também
está condicionada ao bom alojamento das armaduras, devendo-se respeitar o espaçamento
mínimo livre (ah) entre as barras e o cobrimento mínimo (c) em função da classe de
agressividade ambiental prescritos pela NBR 6118.
Øt Øt
c c
ah Ø ah
bw
Figura 16: Dimensões envolvidas na determinação da mínima largura possível para a viga
4.3 Pilares
pavimentos, como no caso nos edifícios residenciais, que possuem garagem e pavimento
tipo. Nesses casos, utiliza-se uma estrutura de transição como a mostrada na figura 17.
Convém salientar que, quanto maior for a uniformidade no alinhamento dos pilares e
na distribuição dos vãos e das cargas, maior será a precisão dos resultados obtidos. Em
alguns casos, dependendo da complexidade da geometria dos pavimentos, este processo
pode levar a resultados muito imprecisos.
Logo, a força normal utilizada para o pré-dimensionamento dos pilares é dada por:
N *d = β.n.N k (Equação 3)
onde
Nk é a força normal nominal do pilar no pavimento analisado. Esta força normal pode ser
obtida calculando-se as reações de apoio das vigas sobre o pilar em questão;
n é o número de pavimentos acima da seção do pilar analisada (incluindo a cobertura).
Tais limites são valores médios e foram identificados pela observação de projetos de
edifícios realizados pelo meio técnico – GIONGO (1996). Dentro desse critério, a força
normal de dimensionamento seria calculada por:
onde
Ai é a área de influência do pilar;
(g+q) é a soma das cargas nominais (permanentes e acidentais) por unidade de área - entre
10 kN/m2 e 12 kN/m2 nos edifícios correntes.
N*d
Ac = (Equação 5)
0,85.fcd + ρ.σ s
onde
ρ é a taxa de armadura longitudinal total no pilar. Para efeito de pré-dimensionamento,
pode-se adotar valores em torno de 2%.
σs é a tensão de compressão nas barras das armaduras para uma deformação de 0,2%. Em
se tratando de aço CA-50, essa tensão corresponde a 42kN/cm2
0,80 x 0,60
1,50 x 1,10
1,00
1,50
3,30 1,20 2,00
1,95
3,65
1,20
0,80 x 0,60
1,20
A.S. CORREDOR
1,50
4,50
2,65
SALA DE
JANTAR
3,30 3,35
1,50 x 1,10
1,00
A posição das paredes no pavimento tipo, indicada na figura 20, fornece uma
orientação inicial para o lançamento das vigas e, conseqüentemente, para a definição das
lajes. Uma primeira solução possível (solução A) seria a apresentada na figura 21,
lançando-se vigas sob todas as paredes do pavimento.
Concepção Estrutural de Edifícios 20
L1 L2 L3
L4
L5
L6
L7
L8
Na solução B (figura 22) procurou-se lançar as vigas de tal forma que os vãos das
lajes estejam compreendidos entre os valores recomendados na prática. Além disso, a
solução B apresenta lajes menos recortadas que as lajes da solução A. Logo, embora
surjam paredes que se apóiam diretamente em lajes (L1, L2 e L3) na solução B, pode-se
afirmar que esta última solução resultará em maior economia de materiais para as fôrmas
em relação à solução A.
L1
L2
L3
L4
L5
L1
L2
L3
L4
L5
P1 P2 P3
( /20) V1 (19x35) ( /20) ( /20)
19
19 337,5 12 342,5 19
392,5
L1
V6 (12x45)
417,5
(h=10cm) L2
(h=10cm)
V2 (12x35)
12
P4 P5 P6
(20/ ) ( /20) (20/ )
L3
(h=10cm)
V7 (19x45)
V5 (19x45)
L4
457,5
L5
(h=10cm)
P8
P7 P9
19
362,5 367,5
Figura 24: Planta preliminar de formas estruturais do pavimento tipo.
Os elementos estruturais que devem ser indicados na planta de formas são as lajes
(L1, L2, ....) com a indicação da espessura, as vigas (V1, V2, ...) e os pilares (P1, P2, ...)
com a indicação das dimensões da seção transversal dos mesmos.
Maiores detalhes sobre como devem ser executados os desenhos referentes às
formas estruturais de obras em obras de concreto armado, bem como as informações que
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devem ser fornecidas na planta de formas, serão apresentados mais adiante, em aulas
posteriores.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, J.R.L. (1985). Estruturas de concreto armado - 2.a parte, EESC-USP - Curso
de Especialização em Estruturas.