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PENETRANDO NO ÂMAGO DAS MIRONGAS

A Camarinha é uma conjunção de várias influências receptivas e repulsivas, que vindo


do Cosmos, cristalizam em um determinado ponto; cujo ponto, são as cerimônias ali
realizadas, dentro de sua fórmula cabalística. Tanto é que a Camarinha só entra em ação
no momento em que ela recebe o seu visitante, isto é, o Iniciante (Ioboré) e adapta-lhe
naquilo que tem de vocação espiritual.

Essas cerimônias são também para dar num futuro próximo da iniciação quando atingir
o grau de Sacerdote, o domínio razoável de alto controle sobre as forças cabalísticas
vindas do Cosmos.

E sobre as Entidades (Orixás), dizemos que elas dirigem e não são dirigidas, portanto
suas irradiações vindas do Cosmos, comanda a cabeça (Orí) do iniciante através de sua
Dijina, que influi, orienta e se desperta, para que o mesmo possa dirigir e manejar essas
forças com segurança.

Ao término da iniciação, o Tata (sacerdote) dentro de sua vocação passa a fazer


incursões em outras dimensões, em outros planos de vida, porque já sabe penetrar no
âmago das mirongas, conhecendo o bem e o mal; pois para se fazer o bem temos que
conhecer o mal, para isso no começo da iniciação o Ioboré, gozando de seu Livre
Arbítrio, escolheu dentro de sua vocação, a hierarquia que irá ocupar dentro do Culto.

Os graus hierárquicos de iniciação do Culto Afro-brasileiro do Omolocô são:


Tata Ti Inkice - o que faz o santé nos filhos.
Tata Zambura - o que joga búzios.
Tata de Orogogi - o que conhece a reza de todas as Entidades.
Tata Oponguê - o que recebe as bênçãos de Zâmbi (na saudação do pai para o filho, o
pai diz: Zâmbi Oponguê; Deus te abençoe).
Tata Ne - Mestre de cerimônias.
Tata Zâmbi - título sem confirmação, porém feito no santo.
Ginja - Sacerdotisa.

Graus hierárquicos (menores) de iniciação:


Bafâ-Ofá, Oloxum (*), Oxogum (**), Onã-Ofá, Ogam Kalofé, Cambone de Ebó, Abaô,
Mãe Pequena, Macuta, Iaô, Iadogan, Macamba, Cota, Camba. Iaba, Samba.
Ganga - Sacerdote conhecedor das vinte e uma (21) palavras sagradas e mágicas, e o
manejo das forças ocultas da natureza; os segredos da Terra, o que há nas nuvens,
florestas, rios, mares, montanhas, lagos e nas cacimbas; As relações entre Zâmbi,
Orixás, Bacuros, Voduns e os homens.

Observações: (*) Oloxuns, são especialmente qualificados para ouvir a fala dos Orixás
(Nagô) no jogo dos deloguns onde seu intermediário é Exu Legba e acompanhante de
Ifá.
(**) Oxoguns, que sacrificam os animais, quando necessário ao ritual (Omolocô)

Ao penetrarmos no âmago das mirongas da camarinha, torna-se mais fácil conhecer os


sentidos dos mistérios dogmáticos.

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Nesse momento ficará claro que as forças que nela transcendem, são forças viventes da
natureza.

Contudo para se iniciar um Ioboré na camarinha, primeiro temos que ver sua vocação
(Carma).

Segundo o grau de sua espiritualidade (Mediunidade).

A vocação é uma parte de vida anterior do espírito evolutivo; é também a Lei de Causa
e Efeito, lei que se realiza no decorrer da reencarnações.

Ela é a lei do determinismo relativo, que em cada encarnação, pode ser modificada pode
ser modificada pela vontade firme de uma pessoa (Ioboré). Como iniciante no culto, os
pensamentos, as palavras, os atos são a causa determinante da vocação lançada na
corrente da evolução; a alma humana atravessa como individualidade, períodos
alternativos de existências físicas e espirituais.

No começo de cada nova encarnação, a vocação da lei, determina o gênero de


personalidade, o grau de mediunidade que a nossa individualidade assume dentro de
uma missão ao voltar à Terra; sendo que é a vocação que decide de onde, e de como,
isto é, em que condições o reencarnado deve nascer, para cumprir sua missão e assumir
um compromisso com as Entidades invisíveis, pois o Médium é, o seu representante
legal neste Planeta.

Estas são as razões pelas quais o iniciante (Ioboré) passa pela camarinha, para receber
na sua estrutura de matéria sólida, líquida e gasosa, as forças viventes na natureza,
(Natural ou Espiritual, Cabalística e Magnética); cumprindo assim os preceitos
ritualísticos da preparação

Como já dissemos, as Entidades dirigem e não são dirigidas, isto é, não recebem
doutrinação, pois são espíritos puros da natureza, observadores de nossos atos nesta
paranga, e nós só teremos aquilo que merecemos.

Depois do Tata fazer a classificação do grau de mediunidade do Ioboré ou Iaô de acordo


com o jogo dos búzios, começam as grandes preparações para o iniciante entrar na
camarinha.

Primeiramente o iniciante toma um Banduaxé, banho de ervas, e os aromas (essências)


nele contido pertence à Entidade (Orixá –Eledá), contudo essas ervas têm que ser
colhidas pelo idôneo (Mão de Ofá) obedecendo as fases lunares.

Nos Cultos Afro-brasileiros, tem uma Entidade (orixá), seu nome é Iroco e pertence à
gameleira branca, e seus troncos servem para assentar as divindades no roncó.

Os Africanos têm um grande conhecimento da farmacodinâmica das plantas, sobre as


virtudes benéficas e nocivas. A verdade é que são forças irradiantes, dentro do seu
aroma.

Ossanhe, é a divindade das folhas curativas e Litúrgicas; nenhuma cerimônia pode ser
realizada sem as essências de suas folhas.

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Para isto existem os sacerdotes desta Divindade, Ossanhe. No Culto Nagô, seu nome é
babolossanhe. No Omolocô, seu nome é Bafa-Ofá (Mão de Ofá) conhecedores de todas
as ervas benéficas e nocivas pertencentes as Entidades.

O Mão de Ofá ao fazer sua colheita, obedece à cabala, colhendo-as em lugares


selvagens, de acordo com as fases lunares.

O Ioboré para entrar na camarinha, precisa de Padrinho e Madrinha, para isso os búzios
decidem nas escolhas.

O Mão de Ofá entrega à Cotas, as ervas, para esta quiná-las para o preparo do Amaci.
Logo após são escolhidas, se necessário, as aves ou animais que serão usados nas
cerimônias.

No primeiro dia do iniciante na camarinha ele recebe o Banduaxé e o Amaci no ronco


onde estão os assentamentos das Entidades.

No segundo dia, recebe o Kirimbu (atributo) correspondente ao selo de seu Eledá de


Origem, também comida própria pertencente a Entidade, Cabala oral e cânticos, e outras
cabalas reservadas ao culto.

Durante três dias que o iniciante estiver na camarinha, dá-se 72 toques de atabaques.
Esta cabala pertence aos 72 Elemins que rodeiam o nosso planeta Terra.

Terceiro dia (último na camarinha), o iniciante recebe o Obi e o Orobo de quatro quinas.

No terceiro dia na camarinha, dar-se-á o levantamento do Ioboré, e ele recebe o Axé,


que são forças das Entidades (Orixás), cuja a Cabala é:

A = 1
X = 300
E = 5
______
306

9. Corresponde a um atributo Divino que se designa pela letra (thet) Tehor, Puro.

No mundo Angélico - KheRubim. Ministros do Fogo Astral, os Anjos de Guarda.

Os quatro dias restantes são de preceitos reservados, que o Ioboré, faz em pé, dentro do
Abaçá (terreiro).

O Alá serve para o Ioboré, entrar e sair da camarinha. É um pano branco, no centro
deste tem os caracteres cabalísticos.

O iniciante é levado debaixo dele para a camarinha. Seis (6) pessoas o conduzem, com
ele completando sete (7), representando assim as forças cabalísticas; o Espírito.

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Dois (2) são os Padrinhos, um (1) o Ioboré, quatro (4) são as Sambas, que com as mãos
seguram as pontas do Alá.

Dentro da camarinha dá-se sete (7) passos, representando as forças cabalísticas dos
Kirimbuns da Entidades, e sete toques que juntando com as sete pessoas temos:
(7+7=14) reduzindo (1+4=5). Cinco (5) é o homem; Mestre dos Mistérios Sagrados.

Esse Arcano significa inspiração, indicação, ensino.

No mundo intelectual, representa a Religião, relação entre o Ente Absoluto e o Ente


Relativo, entre o Infinito e o Finito.

No mundo físico, a inspiração comunica-se pelas vibrações do fluido astral; a prova do


homem pela liberdade de ação no círculo intransponível da Lei Universal.

No Mundo Divino, a Lei Universal, reguladora das manifestações infinitas do Ente na


unidade da substância Este Arcano o representa dentro do Magnetismo Universal e diz:
O homem é feliz ou infeliz; é preciso saber que emprego faz da sua vontade, pois o
homem cria a sua vida, pelas suas obras.

O Gênio do Bem está à sua direita. O do Mal à esquerda; sua voz só é ouvida pela sua
consciência, recolhe-te e ela te responderá.

CABALAS DO OBI E DO OROBO


Obi 61 7 (Espírito)
Orobo 232 7 ( '' )
---------
293 14
14 5
5 (o homem)

As cabalas 1/4 - 7, servem para classificar as quantidades de partes de Obi que o Ioboré
comerá a cada ano que passar.

Tendo o Obi quatro quinas, o iniciante comerá 1/4 , isto é, uma parte por ano de
aprendizado.

No fim de quatro (4) anos o iniciante estará feito no santé, e acha-se independente para
fazer o santé em outro Ioboré, dentro do seu culto em toda a parte do Mundo.

Pois no fim de quatro anos completam (28 anos de conhecimentos) o Obi, que vem a
corresponder ao mesmo número de fases lunares, fechando o ciclo da lua.

A Letra ALEPH, exprime a idéia de unidade e do princípio; designa a causa, a força, a


atividade, o poder, a estabilidade; o homem como unidade coletiva.

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A Letra DALETH, denota a natureza divisível, divisão, nutrição.

A Letra ZAIN, designa a tendência, o esforço dirigido a um fim determinando a causa


final, refração luminosa, a indicação.

Arcano 1, significa habilidade, diplomacia, astúcia, vontade, energia, poder. Este


Arcano exprime, no Mundo Divino, o Ente absoluto, que contém tudo e do qual emana
o infinito dos possíveis.

Arcano 4, significa apoio, estabilidade, poder, proteção. Representa um grande


personagem. Exprime no Mundo Divino, a realização perpétua e hierárquica da
virtualidade contida no Ente Absoluto.

Entretanto, todas as cerimônias que seguem a Cabala, estarão dentro do princípio.

Não devemos ser vaidosos, pois aquele que dentro da falsa Mironga pretende enganar
aos outros, acabará enganando-se a si mesmo, caindo dentro daquele ponto da magia
que se refere à negatividade. Tudo isto parece muito difícil, porém o sacerdote tem a
consciência que representa este princípio de harmonia de Saber o que sabe, do seu
conhecimento iniciatório, ele fará uma força, uma energia, da qual extrairá a essência
maravilhosa que se chama Fé ou Força Cabalística.

Bibliografia:
TECNOLOGIA OCULTISTA DA UMBANDA
Tancredo da Silva Pinto

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