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Essas cerimônias são também para dar num futuro próximo da iniciação quando atingir
o grau de Sacerdote, o domínio razoável de alto controle sobre as forças cabalísticas
vindas do Cosmos.
E sobre as Entidades (Orixás), dizemos que elas dirigem e não são dirigidas, portanto
suas irradiações vindas do Cosmos, comanda a cabeça (Orí) do iniciante através de sua
Dijina, que influi, orienta e se desperta, para que o mesmo possa dirigir e manejar essas
forças com segurança.
Observações: (*) Oloxuns, são especialmente qualificados para ouvir a fala dos Orixás
(Nagô) no jogo dos deloguns onde seu intermediário é Exu Legba e acompanhante de
Ifá.
(**) Oxoguns, que sacrificam os animais, quando necessário ao ritual (Omolocô)
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Nesse momento ficará claro que as forças que nela transcendem, são forças viventes da
natureza.
Contudo para se iniciar um Ioboré na camarinha, primeiro temos que ver sua vocação
(Carma).
A vocação é uma parte de vida anterior do espírito evolutivo; é também a Lei de Causa
e Efeito, lei que se realiza no decorrer da reencarnações.
Ela é a lei do determinismo relativo, que em cada encarnação, pode ser modificada pode
ser modificada pela vontade firme de uma pessoa (Ioboré). Como iniciante no culto, os
pensamentos, as palavras, os atos são a causa determinante da vocação lançada na
corrente da evolução; a alma humana atravessa como individualidade, períodos
alternativos de existências físicas e espirituais.
Estas são as razões pelas quais o iniciante (Ioboré) passa pela camarinha, para receber
na sua estrutura de matéria sólida, líquida e gasosa, as forças viventes na natureza,
(Natural ou Espiritual, Cabalística e Magnética); cumprindo assim os preceitos
ritualísticos da preparação
Como já dissemos, as Entidades dirigem e não são dirigidas, isto é, não recebem
doutrinação, pois são espíritos puros da natureza, observadores de nossos atos nesta
paranga, e nós só teremos aquilo que merecemos.
Nos Cultos Afro-brasileiros, tem uma Entidade (orixá), seu nome é Iroco e pertence à
gameleira branca, e seus troncos servem para assentar as divindades no roncó.
Ossanhe, é a divindade das folhas curativas e Litúrgicas; nenhuma cerimônia pode ser
realizada sem as essências de suas folhas.
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Para isto existem os sacerdotes desta Divindade, Ossanhe. No Culto Nagô, seu nome é
babolossanhe. No Omolocô, seu nome é Bafa-Ofá (Mão de Ofá) conhecedores de todas
as ervas benéficas e nocivas pertencentes as Entidades.
O Ioboré para entrar na camarinha, precisa de Padrinho e Madrinha, para isso os búzios
decidem nas escolhas.
O Mão de Ofá entrega à Cotas, as ervas, para esta quiná-las para o preparo do Amaci.
Logo após são escolhidas, se necessário, as aves ou animais que serão usados nas
cerimônias.
Durante três dias que o iniciante estiver na camarinha, dá-se 72 toques de atabaques.
Esta cabala pertence aos 72 Elemins que rodeiam o nosso planeta Terra.
Terceiro dia (último na camarinha), o iniciante recebe o Obi e o Orobo de quatro quinas.
A = 1
X = 300
E = 5
______
306
9. Corresponde a um atributo Divino que se designa pela letra (thet) Tehor, Puro.
Os quatro dias restantes são de preceitos reservados, que o Ioboré, faz em pé, dentro do
Abaçá (terreiro).
O Alá serve para o Ioboré, entrar e sair da camarinha. É um pano branco, no centro
deste tem os caracteres cabalísticos.
O iniciante é levado debaixo dele para a camarinha. Seis (6) pessoas o conduzem, com
ele completando sete (7), representando assim as forças cabalísticas; o Espírito.
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Dois (2) são os Padrinhos, um (1) o Ioboré, quatro (4) são as Sambas, que com as mãos
seguram as pontas do Alá.
Dentro da camarinha dá-se sete (7) passos, representando as forças cabalísticas dos
Kirimbuns da Entidades, e sete toques que juntando com as sete pessoas temos:
(7+7=14) reduzindo (1+4=5). Cinco (5) é o homem; Mestre dos Mistérios Sagrados.
O Gênio do Bem está à sua direita. O do Mal à esquerda; sua voz só é ouvida pela sua
consciência, recolhe-te e ela te responderá.
As cabalas 1/4 - 7, servem para classificar as quantidades de partes de Obi que o Ioboré
comerá a cada ano que passar.
Tendo o Obi quatro quinas, o iniciante comerá 1/4 , isto é, uma parte por ano de
aprendizado.
No fim de quatro (4) anos o iniciante estará feito no santé, e acha-se independente para
fazer o santé em outro Ioboré, dentro do seu culto em toda a parte do Mundo.
Pois no fim de quatro anos completam (28 anos de conhecimentos) o Obi, que vem a
corresponder ao mesmo número de fases lunares, fechando o ciclo da lua.
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A Letra DALETH, denota a natureza divisível, divisão, nutrição.
Não devemos ser vaidosos, pois aquele que dentro da falsa Mironga pretende enganar
aos outros, acabará enganando-se a si mesmo, caindo dentro daquele ponto da magia
que se refere à negatividade. Tudo isto parece muito difícil, porém o sacerdote tem a
consciência que representa este princípio de harmonia de Saber o que sabe, do seu
conhecimento iniciatório, ele fará uma força, uma energia, da qual extrairá a essência
maravilhosa que se chama Fé ou Força Cabalística.
Bibliografia:
TECNOLOGIA OCULTISTA DA UMBANDA
Tancredo da Silva Pinto