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TWITTER:

O MICROBLOG COMO MÍDIA DE


RESULTADOS.

Autores:
Rodrigo Duguay
Rodrigo Rodrigues
Rogério Bronsztein
Karla Macena
SINOPSE

As redes sociais tem se tornado a experiência de maior audiência


da internet colaborativa. Dentre as ferramentas clássicas, um novo
tipo de rede começa a ganhar espaço entre os usuários e a mídia
por seu crescimento exponencial e pelo incrível potencial de
convergência de conteúdos. Baseada em posts rápidos e no total
controle do usuário sobre que conteúdos receber, o Twitter se
tornou a mais nova esfinge midiática a ser decifrada pelos
profissionais da área. Este trabalho dá um panorama da
ferramenta, suas origens e prognósticos, mostrando como o
Twitter pode ser usado pelo mídia de hoje para exposição de
mensagens publicitárias e construção de marcas vitoriosas.

O NOSSO TRABALHO DEVE SER O VENCEDOR PORQUE...

Promove uma reflexão ampla, fundamentada e pertinente sobre os


conteúdos convergentes e a nova publicidade colaborativa na
mídia digital, apontando tendências e perspectivas para a utilização
das redes sociais de maneira otimizada e racional, sem desperdício
de verba e com cobertura eficaz.
1
Samuel Morse

DECIFRA-ME OU TE DEVORO...

A internet tornou-se o maior laboratório das novas formas de


comunicar-se com diversos públicos – quer massivos ou de nichos.
Seu alcance, diversidade de conteúdo e pluralidade de ferramentas
transformou-a na maior esfinge midiática a ser decifrada pelos
profissionais de propaganda. Decifrada, sim, pois falar do uso e do
potencial da web como suporte midiático para mensagens
publicitárias é apenas ecoar o senso comum. Entendê-la e mostrar
novas maneiras de utilizar seu potencial e as diversas ferramentas
existentes é a busca que deve motivar os profissionais de mídia
ao debruçar-se sobre o entendimento e aplicação da grande rede.

A Fundação Americana de Pesquisa para Publicidade2 (2007,


PLUMMER ET AL.) afirma que conceitos clássicos de alcance e
freqüência precisam ser analisados de outra forma: diretamente
dentro da exposição de mensagens via internet, por sua
construção atual ainda levar muito em conta o formato tradicional
das audiências. Os formatos convergentes, que misturam
publicidade e entretenimento parecem, para seus pesquisadores,

1
Inventor do código morse e do telégrafo.
2
The Advertising Research Foundation
trazer os melhores resultados, quer seja através do uso de rich
media3 até a implementação de sofisticados advergames4.

Há muito a publicidade busca formas de melhor explorar o


potencial da internet, sempre se baseando em seu atual
conhecimento, pesquisas, dados e ferramentas de mensuração.
Acontece que todo o conhecimento de mídia produzido até a
década de 1990, da indústria da publicidade para uso dos
departamentos de mídia, era prioritariamente focado em
broadcasting – ferramentas de transmissão de dados em rede para
uma quantidade massiva de pessoas. Partindo desse princípio, os
profissionais de mídia terminaram por concentrar seus
investimentos na rede em grandes portais de acesso massivo. Estes
sites agrupam informação agregando uma grande quantidade de
links tornando-se, dentro da web, nada mais que versões digitais da
distribuição em massa das redes adaptadas ao meio.

Ao lado desses grandes portais, diversas ferramentas baseadas na


interação e produção de conteúdo transformaram a internet num
grande laboratório midiático. Essa evolução terminou por
consolidar o movimento chamado de web 2.0 – a web colaborativa.
Acontece que a lógica construtiva desta mídia não é mais a da
veiculação de conteúdos massivos para grandes grupos com
características homogêneas: em vez de broadcasting os blogs, as
mídias sociais e as comunidades digitais desenvolvem o conceito de
narrowcasting5: veiculação para nichos específicos. Aparentemente
antagônicas, essas duas correntes tem conseguido encontrar seu

3
A Rich Media é um conjunto de linguagens e ferramentas de programação que podem ser
usadas em banners e outros formatos publicitários na internet, permitindo o uso de conteúdos
convergentes e interação com as peças. Entre as ferramentas de Rich Media podemos
destacar o uso de Banners, DHTML, Streaming de vídeo e áudio e emails com conteúdo
multimídia.
4
Jogos que têm como objetivo anunciar ou promover um produto, organização ou idéia,
fidelizando os consumidores e divulgando a marca de maneira inovadora. Os jogos trazem
diversão junto à mensagem publicitária, fazendo com que o jogador reaja positivamente ao
anúncio numa experiência interativa com a marca.
5
Enquanto o broadcasting é um sistema de transmissão para grandes massas (o termo broad
em inglês significa largo), o narrowcasting é um sistema de transmissão baseado em atingir
pequenas porções de públicos, daí o uso do termo narrow como prefixo, que em inglês quer
dizer limitado, estreito.
espaço na web, convivendo de forma simbiótica, apesar de a
primeira vertente ser claramente uma adaptação da comunicação
mainstream ao universo midiático da grande rede.

6
As lógicas construtivas da mídia

6
Fonte: LASSALVIA, 2008.
Ao lado disso, a internet deixou de ser apenas um repositório de
informações hipertextuais ligadas umas as outras, passando a
integrar uma série de programas capazes de permitir a interação
entre público e o universo de conteúdo disponibilizado por esta
mídia. Esses programas de conexão baseados na internet (também
chamados de web based tools ou browser based tools) permitem
ligar informações entre sites, mapear dados, mensurar o nível de
interação do público, e até mesmo fazer créditos especiais
eletrônicos que remunerem o usuário pelo conteúdo
disponibilizado ou pela recomendação de determinados
conteúdos.

Esquema de utilização de software colaborativo

Apesar de amplas, as possibilidades têm sido usadas pela


indústria da propaganda apenas em sua dimensão experimental.
Poucas são as empresas que tem se preocupado em mapear, de
forma consistente, a ascensão e estabilização de determinadas
ferramentas que são ensaios práticos da mídia convergente que
agora começa a nascer. Entre essas ferramentas temos o Twitter,
uma promissora iniciativa ligada a diversos outros aplicativos
baseados em web e que tem tido enorme penetração, tanto entre
nativos quanto entre imigrantes digitais7.
7
Os nativos são aqueles que já nasceram em um mundo submerso pelas novas TICs e os
imigrantes são as pessoas que nasceram em um período anterior, ou no início do surgimento
das novas tecnologias. Os imigrantes se adaptam gradativamente, mas ainda encontram
algumas dificuldades. Já os nativos encaram o mundo digital de maneira diferente: conseguem
fazer várias atividades simultâneas com o computador (como uma extensão do mundo "real"),
A CONVERGÊNCIA E OS CONTEÚDOS CONVERGENTES

O uso dos conteúdos convergentes – áudio, áudio com vídeo,


animações digitais, TV e rádio em formato de Streaming – é tão
grande que iMedia Research aponta o crescimento da sua
penetração como o principal meio de publicidade para o fim dessa
década. Seus dados de 2006 (Plummer et al, 2007, p. 91) sinalizam
para uma grande penetração desses conteúdos entre os
internautas. Conforme pode ser visto no gráfico a seguir a música
tem a maior penetração entre os conteúdos convergentes, em
parte explicável pelo menor peso (tamanho em bytes) dos
arquivos, o que facilita o acesso rápido a tais conteúdos, desde
bandas com maior tamanho de acesso (banda larga, acima de 0.5
Mbps) aos celulares de gerações mais antigas, com acesso a
internet.

O fato é que a convergência das mídias é bem mais do que


simplesmente uma mudança tecnológica. A convergência
instaurada altera, em todos os meios, a relação entre tecnologias
disponíveis, indústrias, mercados, gêneros e públicos. Ou seja, a
convergência desfigura a lógica pela qual a indústria midiática e
publicitária tem operado e pela qual os consumidores consomem a

conseguem ler diretamente na tela do computador, consideram e confiam na Internet como


uma fonte segura de informações etc. (PRENSKY, 2001).
notícia, a propaganda e o entretenimento, e ela refere-se a um
processo e não a um ponto final. (PATRIOTA, 2009)

Tal processo, ainda com contornos não totalmente definidos, faz


surgir uma nova “indústria”: a “indústria da convergência” que,
sob o ponto de vista econômico, de acordo com Lamardo e Silva
(2005, p.02) pode ser segmentada em quatro grandes blocos:

1. Convergência das indústrias - Referente à indústria de


equipamentos de comunicação, computação e mídia – como
eletro-eletrônicos, por exemplo - que se fortalece neste cenário de
maior consumo de informação.
2. Convergência de terminais - Concernente ao desenvolvimento
de dispositivos de acesso a informação – incluindo celulares, MP3
players, video games e PDA’s - que garantem as funcionalidades de
mobilidade, comunicação, entretenimento e produtividade remota.
3. Convergência de serviços e aplicações - Envolve a utilização das
plataformas disponíveis para entrega de conteúdo e serviços
interativos, jogos on-line, transmissão de programação da TV
através de dispositivos móveis, entre outras possibilidades.
4. Convergência das redes de acesso - Propicia o ambiente para
integração das redes de acesso móveis e fixas, incluindo as redes
wireless, VoIP e demais redes e backbones.

Tudo isso, na visão dos autores cria novas oportunidades e


apresenta modernos desafios aos modelos de negócio previamente
estabelecidos para a nova conformação da “cadeia de valor da
informação”. Tal cadeia, definida por Lamardo e Silva (2005, p.06),
como a somatória dos interesses de todos os envolvidos no
processo de transmissão da informação, incluindo geração de
conteúdo, distribuição, infra-estrutura e serviços. Para os autores,
trata-se de uma cadeia de valor de informação mais complexa do
que a anterior à convergência, pois neste momento os interesses
dos players estão distribuídos ao longo de toda a cadeia, e não
mais limitados e orientados às suas operações produtivas. Lamardo
e Silva (2005) ainda defendem que o novo cenário contemporâneo
exige das empresas envolvidas no processo de comunicação uma
visão integrada às necessidades de negócio da cadeia e orientada
ao usuário final, buscando neste momento de mudança, seu
espaço de destaque e presença:

As possibilidades baseadas na integração e sinergia dos


diversos elos da cadeia de valor da informação são
potencializadas pelas novas tecnologias, forçando
muitas empresas a reverem seus papéis em modelos
de negócio anteriormente estabelecidos. Por exemplo,
o formato para distribuição dos vídeos dos gols de uma
rodada do campeonato regional na TV tradicional era
definido exclusivamente pela emissora. Enquanto que
para o delivery desta mesma informação através da
telefonia móvel, devem ser conciliados os interesses da
emissora, da operadora de telefonia, muitas vezes até
do fabricante de aparelhos e demais provedores de
infra-estrutura. Dentre as diversas mudanças e
desafios, o modelo de publicidade tradicional é um
dos principais conceitos a serem revistos (grifo nosso).
(LAMARDO e SILVA, 2005, p.02-03).

Por conseguinte, como indica Jenkins (2008), o conteúdo, o público


e o status social dos meios que acenderam em torno dessa
tecnologia podem mudar (e mudam) ao satisfazerem as demandas
humanas essenciais e funcionarem dentro de um sistema maior de
opções de comunicação. É por isso que, na opinião do autor, a
convergência parece mais plausível como uma forma de
compreender os últimos dez anos de transformações dos meios
de comunicação do que o velho paradigma da revolução digital, já
que os meios antigos não são meramente substituídos por novos
meios, suas funções e status é que estão sendo alterados pela
introdução de novas tecnologias (JENKINS, 2008, p.39-40).

Um dos mais expressivos exemplos dessa convergência tecnológica


pode ser observado nos aparelhos de telefone modernos, que hoje
empregam diversas funções, não só a de comunicação por voz, mas
também funcionam como máquinas fotográficas, videogames,
estabelecem conexão à Internet (sendo amplamente usado para
“tuitar”), gravam vídeos, permitem que se assista a trailers de
filmes ou que se “compareça” a concertos e shows musicais em
lugares afastados. Todavia, e é bom que se diga, qualquer uma
dessas funções pode ser realizada usando outros aparelhos
(PATRIOTA, 2009).

Destarte, alimentar essa convergência, da forma como ela é


construída na contemporaneidade, implica na mudança dos
padrões de propriedade dos meios de comunicação. Enquanto os
“focos” dos antigos meios eram bem delimitados e resumidos,
hoje os novos conglomerados de comunicação têm interesse e
disposição para controlar toda uma indústria de entretenimento:
“produzem filmes, televisão, música popular, games, websites,
brinquedos, parque de diversão, livros, jornais, revistas e
quadrinhos” (JENKINS, 2008, p.42).

Tudo isso vem a refletir, como argumenta Becker (2007), que


estamos em um ambiente no qual, aparentemente, os antigos
limites entre mídia, suporte e conteúdo tornam-se difusos e
confusos e neles imagem, texto e áudio não apenas trafegam
juntos, mas se completam entregando ao usuário um conteúdo
multimídia. Além do fato de que um único aparelho pode ser
utilizado para suprir todas as necessidades pessoais de lazer,
entretenimento, educação, cultura, informação e comunicação de
forma interativa (STRAUBHAAR e LAROSE, 2004). Isso, sem dúvidas,
impacta sobremaneira o modo como acessamos os novos meios:
alternamos tarefas, consultamos e consumimos vários deles
simultaneamente, fazemos praticamente tudo ao mesmo tempo,
pois a convergência também ocorre nas nossas mentes de
consumidores das mídias, e envolve uma transformação tanto na
forma de produzir, quanto na forma de acessar os meios de
comunicação (PATRIOTA, 2009).

DOS BLOGS AO MICROBLOGS

O blog pode ser considerada a ferramenta responsável por grande


parte do crescimento da web 2.0. Da ferramenta inicial – uma
espécie de versão digital dos antigos “diários pessoais”, ele se
tornou um verdadeiro gênero narrativo dentro da internet, com
capacidade expressiva, tipologias e características de usabilidade
próprias. Alex Primo (2008, p. 123) destaca esta questão de forma
precisa quando afirma: “Deve ficar claro que blogs são muito mais
que uma simples interface facilitada para a publicação individual,
como são freqüentemente definidos”. O profissional de mídia
precisa entender que blogs se tornaram espaços coletivos de
interação.

Sendo eles pessoais ou profissionais, coletivos ou organizacionais,


os blogs ganham na internet colaborativa a corporificação de uma
mídia própria, onde a mensagem é exposta e busca audiência
coletiva como em qualquer outro meio de comunicação. O próprio
Primo destaca isso quando afirma que “Diários pessoais se voltam
para o intrapessoal, tem como destinatário o próprio autor. Blogs,
por outro lado, visam o interpessoal, o grupal”.

Nessa dimensão coletiva o blog passou a ser alvo de interesse da


indústria da comunicação como um todo, mas em particular da
publicidade que tenta promover produtos se valendo da
credibilidade dos autores de blog junto a nichos específicos de
mercado.
Os BLOGS em 2008 (Fonte: Ibope/NetRatings, 2009)

Em dezembro de 2008, 11,6 milhões de pessoas acessaram blogs


contra 9,5 milhões de brasileiros de dezembro de 2007, um
crescimento de 22,1%.

o número de pessoas que acessam a internet de suas residências


cresceu 14,5%, passando de 21,4 milhões de internautas para 24,5
milhões em dezembro de 2008.

O melhor mês para a blogosfera brasileira em 2008, segundo o


Ibope/Netratings, foi em novembro, quando 12,4 milhões de
pessoas acessaram blogs. Isso representa 51% da base de
internautas que navegam na web de suas casas.

Cada vez mais o indivíduo passa a ter um valor considerável sobre a


opinião de muitos, o que antes do advento da internet colaborativa
só era possível através das mídias de massa. Em parte isso também
se deve a evolução das ferramentas de busca e do uso de etiquetas
de informação (chamadas tags) com referências aos assuntos
inclusos nos posts publicados pelos blogueiros. Graças à
combinação dessas duas ferramentas é possível encontrar, em
ferramentas gerais da internet (Google, Yahoo) ou específicas para
blogs (Technorati, Google Blogs) posts publicados com as
informações mais recentes sobre determinados assuntos de
interesse, áreas correlatas ou até por um blog/autor determinado.
Com o desenvolvimento da comunicação para plataformas móveis
(como smartphones, celulares e dispositivos portáteis de acesso a
internet via wi-fi) isso se tornou, no entanto, muito mais complexo.
Consultas tornaram-se instantâneas e de qualquer lugar, mas as
postagens também passaram a ter a mesma lógica. Ficou possível
blogar notícias do lugar onde está acontecendo, assim como enviar
imagens e vídeos diretamente destes locais.

O blog, portanto, transformou-se em um meio de informação


baseado no imediato e no sem fronteiras, refletindo um novo
padrão de consumo de mídia e um nível de interferência do
público e produção de conteúdo nunca antes percebido. Nesse
caldeirão de influências nasce a blogagem curta, instantânea,
telegráfica: o microblog. O ato de microblogar, como o dos blogs,
no entanto segue a mesma lógica. Desde microposts de notícias a
microposts pessoais ou profissionais, temos uma nova maneira de
escrever e postar – uma tipologia específica dentro do gênero blog.

O ato de executar microblogging pode ter seu nascimento


registrado em diferentes ferramentas que não o blog. Diversas
redes sociais como o Orkut - a rede preferida dos brasileiros –
investiram em ferramentas de mensagens curtas que se
assemelham ao ato de postagens curtas. A popularização desse
conceito, no entanto, veio com a rede social Facebook, em
particular a partir de sua barra de status na página principal.
Situações semelhantes podem ser observadas no painel de recados
do Orkut, na barra de status de alguns comunicadores instantâneos
(como o MSN Messenger, da Microsoft) e até mesmo na escolha de
nomes em determinadas salas de bate-papo do Internet. Essa
necessidade de comunicar-se de forma imediata, mesmo que
superficial, pareceu surgir de forma latente das novas relações com
o público e mídia, e infectaram diversas ferramentas colaborativas
de maneira que não é possível identificar a origem da idéia como
ferramenta. Se formos além da internet dos antigos sistemas de
Pager, ao uso de mensagens de texto e multimídia em celulares, a
lógica da postagem de textos curtos direcionados a alguém é
bastante comum e até antiga. Um telegrama poderia ser
considerado um post analógico direcionado a apenas um indivíduo.

É possível, contudo, observar que a necessidade foi comum aos


usuários da web e que a base de usuários dessas redes é
fundamental para o sucesso e alcance de uma rede de blogs com
mensagens curtas. Nesse caldeirão de propostas de uso, o Twitter
surge como o provável primeiro microblog: criado em março de
2006, apenas no ano passado passou a configurar entre as
principais redes sociais do mundo, trazendo junto sua enorme
massa de novos usuários seguidores fiéis, apesar da enorme
quantidade de bugs e apagões: períodos em que o serviço fica off-
line pelo excesso de acessos e falta de troncos digitais capazes de
suportar a ferramenta.

O Twitter captando e difundido informações em qualquer lugar e a qualquer hora

ÍNDIA ACIDENTE AÉREO CIRURGIA


Durante os ataques Logo depois de um Médicos do hospital
terroristas a Mumbai, avião fazer um pouso Henry Ford, nos EUA,
os twitteiros forçado no Rio Hudson, narraram uma
transmitiram em Nova York, um rapaz complicada cirurgia da
informações em tempo que estava em uma extração de um tumor
real e fotos da cidade, balsa de resgate de rim pelo Twitter.
mostrando os danos do informou sobre o Queriam compartilhar
ataque que matou 173 acidente no Twitter. Ele com o público avanços
pessoas foi o primeiro a enviar da tecnologia médica
uma foto

(Fonte: Revista Época)

O nascimento do Twitter, no entanto, é apenas o primeiro passo de


uma ferramenta de microblog que aprendeu a se reinventar tão
rápido quanto seus posts são publicados - o que permite ao
pesquisador de mídia ir além e apontar sua usabilidade como algo
que transcende um modismo na web: falar de forma instantânea
por texto aparenta ser uma nova tendência de uso da internet
interativa e convergente.

O TWITTER: CONCEITOS E NÚMEROS

O Twitter é a evolução de diversos conceitos de convergência e


usabilidade, existentes há muito na internet. A grande inovação, no
entanto, está na sua facilidade de uso e foco para uma geração que
usa o instantâneo e o mobile como formas de expressão básicas em
seu dia-a-dia. O termo Twitter deriva de “Tweet”, vem do inglês e
se refere ao som do canto de passarinhos: um conjunto curto de
chilreados musicados é um tweet. Seguindo essa lógica um Twitter
seria uma espécie de “propagador destes cantos”. Não à toa
escolheram este nome para a ferramenta que visa envio de
mensagens sintéticas, na qual a figura símbolo é um pequeno
pássaro azul e branco.

A grande novidade do Twitter é o ritmo. Por algum motivo inexplicável,


as pessoas não param de trocar mensagens. O site do Twitter tem uma
pergunta básica – “O que você está fazendo?” – e todo mundo responde,
várias vezes ao dia: contam que estão almoçando, dizem que o ônibus
quebrou, avisam ter visto uma celebridade. Como é possível postar do
celular, os twitteiros não descansam na narração do trivial. É um fluxo
contínuo de minudências que os americanos chamam de “intimidade
ambiental”. A comunicação é rápida e contínua, uma pequena e
organizada gritaria digital. Visto de fora parece histérico, mas para os
envolvidos soa natural. E é um sucesso. (REVISTA ÉPOCA, 12/03/2009)

Inicialmente o Twitter é uma ferramenta de microblogging: uma


espécie de máquina de postar textos de blog instantânea, com
limite de até 140 caracteres. Um olhar leigo poderia apresentar o
Twitter como um blog com menor poder de postagem ou
capacidade limitada de expressão. O que não é verdade: o grande
agente diferencial do Twitter é o total controle do usuário sobre o
que os outros lêem de seus posts e quais posts podem ou não ser
lidos. Ao misturar rede social e blogs o Twitter permite que
usuários escolham as pessoas que querem ler as mensagens, se
todos poderão ler seus posts ou só amigos, ou ainda quem pode
interagir diretamente com eles. Num mundo onde ferramentas
anti-spam8 proliferam, ter o controle sobre o que ver e ler torna-se
um diferencial competitivo enorme. Muitas das redes sociais como
o Orkut e o facebook foram ineficientes em controlar essas
mensagens, o que abre espaço para ferramentas como o Twitter
que o adotam como princípio.

8
Spams são mensagens indesejadas enviadas por email na internet. Com o crescimento do uso
da internet e das maneiras de se comunicar com as pessoas, hoje em dia podem ser considerados
spams desde respostas indesejadas em blogs a comentários em murais de redes sociais não
autorizados, passando a ser sinônimo de mensagem ou informação não desejada ou invasiva.
Portanto um SMS de celular não desejado pode caracterizar Spam.
Além do Twitter diversas outras ferramentas de microblog
terminaram surgindo na internet: de alcance regional como o
Bloggino, alternativas como o Identi.ca ou claramente concorrentes
desta primeira, como o Jaiku e o ainda em fase de testes Yahoo!
Meme.

A abundância de possibilidades na rede

O que torna o Twitter especial, no entanto, foi sua capacidade em


gerar adesão e se tornar uma rede de largo alcance de forma
uniforme: existem usuários do Twitter no mundo todo, em grandes
quantidades, o que a torna uma mídia potencialmente
interessante.
9
Aumento da plataforma de microblog desde fevereiro

Em fevereiro, o Twitter contabilizava cerca de 7,9 milhões de usuários


únicos diários, contra 9,1 milhões do wsj.com e 16 milhões do
nytimes.com. No meio do caminho, o serviço fundado por Evan Willians e
Biz Stone encontrou Oprah Winfrey e Ashton Kutcher. Nos dois meses
seguintes, o tráfego do Twitter quase triplicou, atingindo 19,4 milhões de
usuários no final de abril, quando o nytimes.com tinha 15,5 milhões e o
wsj.com, 12,2 milhões. Na comparação com abril de 2008, o Twitter
cresceu 1.192%. Não é só em tráfego que o serviço faz os jornais comerem
poeira. O Twitter só não ganha com folgas de ambos no número de termos
buscados que levam ao The New York Times - 63 mil contra 50 mil do
Twitter. Dada a folga em critérios como número de referências e tráfego
repassado para outros sites, não seria espantoso que o Twitter batesse o
The New York Times também na categoria termos buscados. (APÓS... 2009)

Para completar a questão, por mais que outras redes com mais
recursos surjam, os usuários ao priorizam o Twitter pela sua ampla
penetração nesse segmento, ou seja, quanto maior o Twitter fica,
mais as pessoas querem optar por ele em detrimento de outras
ferramentas de microblogging. Com mais usuários, o Twitter
deixou de ser uma ferramenta de conexão entre pessoas e pessoas
e passou a conectar pessoas e empresas e até mesmo produtos.

9
Fonte: Idéia 2.0, disponível em:
http://idgnow.uol.com.br/internet/ideia20/archive/2009/05/12/aps-oprah-e-guerra-pelo-1-
milho-Twitter-passa-nytimes-e-wsj-em-trfego/, consultado em 15/05/09.
Algumas estatísticas de crescimento do Twitter.

É atualmente a mídia
social que cresce mais
Crescimento de 1382% do
rapidamente (seguido
número de usuários
pelo Zimbio com 240% e
Facebook com 228%)

O número de visitantes Em janeiro de 2009 o


unicos cresceu de Twitter teve 735.000
475.000 para 7 milhões acessos via celular

O usuário comum acessa … e gasta em média 7


o Twitter em torno de 14 minutos navegando no
vezes ao mês… site

Fonte: Nielsen On-line (obtidos entre fevereiro de 2008 e fevereiro de 2009)

Apesar da empresa que controla a ferramenta não divulgar


números oficiais, mais de 7 milhões de contas já foram abertas no
site de acordo com o Twitterholic.com que analisa os números
seqüenciais gerados para identificar os usuários pela empresa. O
twitdir.com, que registra profiles ativos (perfis de usuários) aponta
um número menor, mas nem por isso menos superlativo – 1 milhão
de contas ativas, com usuários que acessam em sua maioria
diariamente a ferramenta.

Usando as ferramentas clássicas de mensuração de dados para a


internet, baseadas em audiência e impressões de página o Twitter
já é, no entanto, uma ferramenta impressionante em seus
números: números auditados na internet mostram que em abril de
2009, o site superou o número de visitantes únicos diários do jornal
norte-americano New York Times: foram 19,4 milhões no Twitter
contra 15,6 milhões do NYTimes.com, segundo comparação da
consultora Compete10. Apenas o crescimento observado no fluxo
em abril do ano passado – um número de acesso pouco superior a

10
Dados disponíveis em http://siteanalytics.compete.com/Twitter.com/.
1,5 milhão de usuários únicos - já justificaria o estudo do microblog
como ferramenta na web11. Entretanto, essa importância vai além:
já hoje o número de contas de empresas e produtos no Twitter
cresce em ritmo ainda maior já atingindo 2% dos usuários ativos no
Brasil12.

Ainda de acordo com a Compete, o Twitter é considerada a terceira


maior rede social da Internet, perdendo apenas para o
facebook.com e o myspace.com, ambas consideradas as redes
sociais de maior influência global hoje em dia. Grande parte do
sucesso do Twitter está na velocidade com que as informações
chegam ao público e a uma subcultura poderosa que criou termos
como Tuitar, Retuitar e “dar” reply.

11
O crescimento no período do site computa 1.192% o maior crescimento entre as redes
sociais líderes conforme o Compete.com, com uma tendência de manutenção deste ritmo de
crescimento. Nesta velocidade, a ferramenta poderia alcançar os patamares atuais de líderes
como o facebook em pouco menos de um ano, já que a rede líder hoje tem pouco mais de 100
milhões de acessos diários.
12
Fonte IDG! Now
Fortemente focada na indicação e no poder de influência de cada
indivíduo, as ações mais exitosas nesse tipo de ferramenta
dependem do seu poder de contágio – como as estratégias de
viral marketing. Assim como o canto de vários pássaros precisa de
um bom interprete, é necessário dominar pelos menos os
conceitos básicos para entender seu funcionamento.

O TWITTER: CONVERGÊNCIA “NA PELE” DE FERRAMENTAS


ANEXAS

Por mais que os números impressionem, por trás do Twitter existe


bem mais do que uma ferramenta de construção de posts curtos.
Além dos 140 caracteres, o Twitter se tornou uma espécie de
ferramenta mãe, uma central de links capaz de levar seus usuários
bem além da usabilidade de blogs. Grande parte do seu sucesso se
deve a ligação de redes conexas à matriz do Twitter, criadas e
controladas ora pelo própria equipe do Twitter, ora por outras
empresas. Uma das preferidas dos usuários é o Twitpic: um álbum
eletrônico de imagens que gera endereços curtos para Twitter.
Ainda existem ferramentas estatísticas, de vídeo, jogos e
“encurtadores de url” – estas últimas se tornaram essenciais ao
site e vamos explicar a frente seu poderoso uso dentro do
controle e realização da publicidade on-line utilizando-se do site.
Na verdade essa aglomeração de ferramentas sob um único canal
de acesso tem nome e já é antiga conhecida dos publicitários:
convergência.

Segundo o cientista político Sola Pool (apud JENKIS, 2008, p.28), o


conceito de convergência é algo antigo, mas que se desnuda de
forma clara no mundo midiático contemporâneo. Ele afirma que
um processo, por ele chamado, “convergência de modos” estaria
tornando as fronteiras entre os diversos meios de comunicação
difusas:

Um único meio físico – sejam fios, cabos ou ondas –


pode transportar serviços que no passado eram
oferecidos separadamente. De modo inverso, um
serviço que no passado era oferecido por um único
meio – seja a radiodifusão, a imprensa ou a telefonia –
agora pode ser oferecido de várias formas físicas
diferentes. Assim, a relação um a um que existia entre
um meio de comunicação e seu uso está se corroendo.

A idéia de mídias separadas com lógicas separadas se dissolve


nessa era de convergência. Programar web ou televisão a cabo não
são mais ações complementares, muitas vezes integram a mesma
ação. O uso de ferramentas de realidade aumentada em revistas e
outros meios também termina por dissolver os limites entre a
veiculação das peças e ação. Ciente disso, o Twitter se tornou um
laboratório: com suas ferramentas anexas – que podem ser
classificadas como widgets – extrapola os limites da postagem e
passa a convergir todas as mídias num único canal de acesso
imediato.

Os widgets13 são programas ou ferramentas adicionais que podem


ser acrescentados a softwares, sistemas operacionais,
equipamentos, sites etc. Essas funcionalidades adicionais –
também chamadas de addons – se tornaram obrigatórios na
internet colaborativa ou 2.0. No caso do Twitter, os widgets são
outros sites ou portais dotados de funcionalidades que ampliam a
função original do Twitter. Através deles, a convergência no portal
de microblog se torna possível com ferramentas capazes de
mostrar trailers de filmes, comentários, fotos, outros sites, todos a
partir do Twitter. Outras dessas widgets ainda estão levando o
Twitter para novas plataformas: inicialmente pensado para ser
acessado via internet de computadores de mesa e laptops, o
Twitter hoje tem diversos programas que permitem acessar o site
de forma rápida e simples de diversos aparelhos.

O Twitter optou por usar uma plataforma aberta, onde diversos


associados podem produzir ferramentas, passando a ser donos de
seus resultados. Entre as widgets encontraremos tanto
13
A palavra Widget é uma fusão dos termos ingleses Windows (janela) e Gadget (dispositivo).
São softwares adicionais a um software principal – também chamados de addons. Com o
tempo todo o tipo de ferramenta adicional a uma ferramenta principal – no nosso caso um
portal de microblogging – passou a ser chamada de widget.
ferramentas úteis, como aquelas de puro entretenimento. O
Gigatweet é uma ferramenta útil para entender a dimensão e
instantaneidade da rede: enquanto concluíamos este trabalho mais
de 1,9 bilhão de mensagens já haviam sido trocadas pelo
programa. O Gigatweet também analisa a quantidade de tweets
por hora, assim como mostra outro gráfico de tweets por dia,
permitindo aos mídias analisar os horários de pico e dias de maior
fluxo. Outras widgets, como o Twitterholic, mostram os 100
usuários mais seguidos (com maiores audiências) – entre eles está
o líder Ashton Kutcher (com mais de 1,9 milhão de seguidores), o
profile da CNN (com 1,6 milhão de seguidores) e o oficial do
presidente americano Barack Obama – com cerca de 1,2 milhão de
seguidores.

Gigatweet – Quantidade de tweets e gráficos por hora e dia mostram picos de uso da
ferramenta.

Tais aplicativos específicos, chamados de Twitter clients, estão


disponíveis para celulares baseados em Windows, Symbiam e até
no onipresente Iphone. Tocadores de Música e Vídeo com acesso a
internet – como o Ipod Touch – também tem versões de clientes
que permitem usar o Twitter, o que torna a penetração do portal
extrema – vai além do acesso via browser e das limitações de
bateria e acesso de computadores de maior porte.

TWITTER E MENSURAÇÃO: CONTROLE GRATUITO E INSTANTÂNEO

Graças, em parte, a algumas das widgets é possível ao mídia


mensurar, em tempo real e de graça, os acessos a determinados
links postados dentro do Twitter. Uma vez que o espaço é muito
curto para mensagens publicitárias, as empresas de varejo tem se
concentrado em duas estratégias – a primeira quer aumentar o
número de seguidores e a segunda lança mão da linguagem do
próprio Twitter para aguçar a curiosidade do público e fazer que
eles sigam no link.
Nem sempre tudo é verdade no Twitter, mas gera adesão...
O último álbum do rapper americano Eminem, "The Relapse",
foi lançado no dia 19 de maio de 2009 e gerou burburinho
devido à sua engenhosa campanha de lançamento. Abusando
das ferramentas de mídia social, a agência Omelet fez muito e
gastou pouco. Tudo começou no Twitter de Eminem, onde ele
postou uma imagem que o mostrava entrando em uma clínica
de reabilitação. Ao clicar na imagem, o internauta era
direcionado ao site da clínica e podia deixar mensagens de voz
para o rapper por meio de um número de telefone. Com o
passar dos dias, Eminem alimentou seu Twitter com frases
sobre os dias na rehab e os fãs desconheciam tratar-se de uma
campanha de lançamento de álbum. O mistério foi desvendado
pouco a pouco, via frases no Twitter, e mesmo antes do
lançamento toda a comunidade de fãs já havia disseminado a
campanha. Tudo era ficção, inclusive a clínica. E quando "The
Relapse" foi lançado, o buzz tomou conta não só das páginas de
música como também das de publicidade. "Em vez de criarmos
uma campanha gigante e cara em várias mídias, deixamos os
fãs fazerem esse trabalho", afirmou Shervin Samari, executivo
da Omelet.

Fonte: Revista IstoÉ, edição de 27/05/09, p. 18


De um jeito ou de outro é preciso ter um comportamento
próximo a um usuário, ser colaborativo, instantâneo e antes de
tudo verdadeiro.

O site de vendas on-line submarino vem fazendo ações pertinentes


nesse aspecto: Começou por criar uma série de concursos culturais
nos quais o público é convidado a seguir o profile14 do Submarino e
tuitar frases sobre o site ou produtos. Os ganhadores concorrem a
diversos prêmios. A última ação vai além e pede que os usuários
chamem mais amigos para seguir (follow) o Submarino: à medida
que a audiência do site aumentar ele oferece mais e mais prêmios.

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Profile é o nome dado ao perfil de cada usuário que fica armazenado em uma página
específica para cada usuário do Twitter, que mostra apenas as mensagens publicadas por
aquele usuário, começando pelo endereço do microblog e terminando com o nome do
usuário. No caso do submarino é http://www.Twitter.com/novo_submarino.
Dessa forma é premiada a assinatura e o contágio - o que aumenta
o poder do público, inclusive, nos resultados de uma determinada
campanha. Esta lógica viral é muito observada em diversas
estratégias na rede – entre elas ações no You Tube – mas nunca foi
tão visível e mensurável quanto o Twitter. Enquanto o número de
usuários que viram um filme no You Tube indica apenas a
audiência daquele programa, o número de followers (seguidores)
de um membro da comunidade corresponde à audiência real das
suas mensagens.

Numa segunda instância, o mídia não pode abrir mão de


ferramentas gratuitas de mensuração de resultados. Uma das mais
fáceis de serem usadas – o migre.me - não foi desenvolvida
especificamente para isto, o que mostra mais uma vez a
necessidade dos mídias estarem antenados com as novas
tendências buscando seguir os novos comportamentos de
consumo de mídia, sem abrir mão da análise da rentabilidade. O
migre.me é um encurtador de urls – uma ferramenta que torna
endereços colossais na internet em outros bem pequenos. Uma
façanha e tanto para quem quer postar mensagens como o
tamanho máximo de 140 caracteres.

A vantagem de usar o migre.me é enorme: pode-se fazer uma


ligação com uma página externa – um hotsite15, por exemplo – e
mandar novas mensagens pra o público. No caso de um site de
comércio eletrônico pode-se ligar diretamente com uma página
de venda, o que potencializa o fechamento do negócio. Se o link
for exclusivo para quem está seguindo aquele profile do Twitter o
retorno pode ser ainda maior: a idéia de descoberta e
exclusividade atiça o desejo dos consumidores. No varejo on-line
estas ferramentas podem se tornar o futuro. Hoje grandes

15
Hotsites são sites e páginas web com mensagens publicitárias, normalmente com curta
duração de exposição. Sua baixa vida útil e maiores resultados de curto prazo o título lhe
valeram o título de “Hot” (quente no inglês), como algo que precisa ser aproveitado ainda
novo (ou quente). Tecnicamente não há nenhuma diferença entre um "website" e um
chamado "hotsite" a não ser as estratégias de exposição da mensagem sob a qual foram
concebidos, podendo um hotsite ter todas as tecnologias e características de um hotsite.
varejistas usam pop-ups16 para enviar ofertas em portais de grande
audiência – uma ferramenta intrusiva que pode ser bloqueada. Em
portais como o UOL existem ainda pop-ins17 nas imagens,
mensagens disruptivas que também incomodam os usuários.

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O pop-up (do inglês = explosão, estouro) é uma janela extra que se abre no navegador
quando um usuário visita uma página web ou acessar uma hiperligação específica. Um pop-up
pode ser utilizada pelos criadores do site tanto para abrir alguma informação extra ou como
meio de propaganda.
17
Publicidade que, como o pop-up, abre uma janela de mensagem para o usuário. Aqui, no
entanto, em vez de uma janela avulsa do browser do usuário, a mensagem continua dentro da
tela do portal, sendo impossível bloqueá-la através de bloqueadores de pop-up. A estratégia
ganha em visibilidade mas pode perder em adesão por irritar alguns internautas por seu
aspecto invasivo.
A usabilidade da ferramenta é fácil: acessando o portal do
migre.me digita-se a URL que se quer ver encurtada e recebe-se
outra curta, precedida de “http://migre.me”. Quando o usuário
clica no link vai para o endereço longo através de um atalho que
passa pelos servidores da ferramenta.

A diferença é que o migre.me monitora quantos clicaram naquele


link e deixa os números disponíveis para quem quiser acessar.
Contas Premium – pagas - ainda contam com monitoramento mais
detalhado. O site ainda monitora quem retuitou a mensagem e
mostra um link para seus profiles.

Além dos encurtadores de URL ferramentas de análise de dados


gratuitas e pagas podem ser usadas nas páginas que recebem
internautas para monitorar sua fonte. Ferramentas gratuitas que
sediam sem custos blogs, tais como o Wordpress ou Blogger
informam quantidade diária de acessos, forma de acesso desses
usuários por período, horário, país de origem, entre outras
informações. A grande vantagem do monitoramento é permitir a
mídia interagir com o planejamento gerando dados específicos
para o cliente, mostrando qual tipo de ação foi mais proveitosa
ou qual tipo de incentivo rende retorno mais rápido ou mais
efetivo. Com tantos dados o mídia deixa de ser um estrategista
intuitivo – como em várias ações de marketing viral – e pode
encontrar a dinâmica de audiência de cada cliente.

POR QUE PLANEJAR A MÍDIA PARA O TWITTER?

Depois de todas as colocações, recolocações e explicações sobre o


Twitter, cabe adentrarmos numa área específicas para os mídias:
Como aproveitar todo esse potencial, peculiaridades e
características para estabelecer alcances eficazes com os nossos
targets?

A primeira coisa que temos em mente se baseia nas


transformações advindas da própria evolução da sociedade e da
globalização. Em outras palavras, devemos considerar que o
avanço e a popularização da tecnologia da informação vêm
mudando radicalmente a comunicação, transformando o novo
cenário mercadológico. Trata-se de atentar, para o que Mauro
Segura (2008) chama de os “5Cs” da era da comunicação moderna:

CONHECIMENTO (O conhecimento está espalhado entre as


pessoas. A era da informação escondida, da informação
concentrada em poucas cabeças e da informação protegida está
acabando). Por isso, precisamos entender a audiência:
acompanhar as estatísticas para entender o hoje e pensar o
amanhã.

COMUNIDADES (A organização corporativa, da maneira


hierarquizada e rígida como conhecemos, está com seus dias
contados. As pessoas hoje se juntam em comunidades - formadas
por pessoas que têm interesses comuns, hobbies comuns, que
falam a mesma língua ou jargão). Como Mídias, temos que saber
qual a informação mais estratégica e necessária para cada grupo.

COLABORAÇÃO (As pessoas querem compartilhar. Querem contar


e ouvir histórias de pessoas, querem trocar experiências. A
explosão das redes sociais é o melhor exemplo desse fenômeno da
sociedade). Trata-se de uma característica dos tempos digitais que
os mídias não podem ignorar.

CAOS (Porque num mundo colaborativo, onde cada um fala com


qualquer um, onde todos falam com todos, onde as comunidades
crescem e evoluem a cada dia, no qual você desenvolve
relacionamentos virtuais com pessoas que não conhece, é caótico.
O mundo de colaboração intensiva é meio caótico. É um mundo
sem controle, sem padrão, em mudança constante). Nada melhor
do que ferramentas que possibilitem mensuração e controle, para
fugirmos do caos e rentabilizarmos as nossas estratégias.

CULTURA (A cultura tem que mudar. É necessário criar fóruns e


espaços para que as comunidades apareçam e influenciem
positivamente as organizações. E essa não é uma mudança fácil,
não é uma mera decisão administrativa. É mais do que isso. Essa é
uma transformação cultural, significa ousadia e risco). A estratégia
também reside na conscientização e aculturação de quem não
está nem aí para o que é novo.

Em seguida temos que considerar o que as redes sociais oferecem


em termos de diferenciais. Diferenciais estes que não
encontramos nas mídias de massa tradicionais, com seus índices
de audiência mensurados, mas que, na atualidade, não garantem,
necessariamente, envolvimento, alcance efetivo e consumo real
da mensagem.

15 RAZÕES PARA USAR O TWITTER NOS NOSSOS PLANOS DE


MÍDIA

Recuero (2009) afirma que hoje em dia, as pessoas estão mais


acostumadas com as ferramentas sociais e já são rapidamente
capazes de julgar se são úteis ou não. A autora argumenta que não
há mais o fator “novidade”. E justamente, ela se espanta que uma
dessas ferramentas consiga apresentar algum novo tipo de valor
tão inédito que convença uma massa crítica a adotá-la, diante do
mar de ferramentas sociais que temos hoje.

Tudo isso porque o crescimento do Twitter em meio aos outros


sites de rede social sugere que ele apresenta formas diferentes de
acesso ao capital social e formas diferentes de capital social.

Para que tais diferenciais fiquem claros e nos ajudem a entender o


porquê podemos e devemos usar o Twitter em nossos
planejamentos de mídia, tomamos como base algumas “razões”
que Segura (2009), aponta para a utilização das redes sociais por
parte das empresas, traçamos os links e ainda acrescentamos
diversos outros, promovendo o entrelaçamento do potencial do
Twitter para um planejamento de mídia eficaz para o formato.

EIS AS 15 RAZÕES...

1. REDUÇÃO DOS CUSTOS NO PLANO (Veicular no Twitter é de


graça). Dentro das limitações orçamentárias com as quais os
planejadores de mídia são sempre obrigados a trabalhar, a tarefa
de otimizar tanto a cobertura de público quanto a freqüência,
acaba por determinar que alguma oscilação em direção à
maximização de um desses componentes sacrifica o outro. Ou seja,
aumentar a cobertura aumenta, conseqüentemente, os custos, o
que pode gerar a diminuição da freqüência, ou vice versa. O
Twitter, por não demandar verba de veiculação, não apresenta
uma relação imediata de aumento de freqüência com aumento de
custos.

2. O SER HUMANO ADORA REDE SOCIAL (Os brasileiros adoram


conversar. Somos campeões de Orkut, de acesso à internet e na
utilização de mídias sociais virtuais). Agora estamos “bombando”
no Twitter! Nada melhor do que aproveitar essa tendência e ir
“tuitar” para o nosso target.

3. A INOVAÇÃO APARECE (O ambiente aberto e colaborativo


permite às pessoas, independentemente de suas posições, expor
suas idéias, feedback e comentários, que por mais aleatórios que
possam parecer, certamente oferecerão um ponto de vista
diferente). Uma vez que a plataforma de programação é aberta,
sempre surgem novas ferramentas para utilizar o programa e
ampliar suas possibilidades de postagens (exemplos: twitpic,
buytter e twtradio).

4. QUEBRA DA BARREIRA GEOGRÁFICA (Uma rede social virtual


permite o relacionamento de pessoas que estão distantes
fisicamente, em locais com fusos horários distintos e idiomas
diversos). Essa característica é particularmente importante nos
planejamentos de mídia para marcas globais.

5. QUEBRA DA BARREIRA HIERÁRQUICA (Uma rede social permite a


expansão dos relacionamentos de pessoas diferentes e que nunca
teriam contato se não fosse por ela). Todos acabam se sentindo
iguais no Twitter, tendo acessos, sendo seguidos e seguidores (ver
o exemplo do Twitter e os seguidores dos famosos) Em resumo, o
Twitter quebra barreiras e aproxima pessoas, produtos e marcas.
Tudo que um produto/serviço quer a seu favor.
6. COMUNICAÇÃO DIRETA SEM INTERMEDIÁRIOS (Uma rede social
estabelece um canal de diálogo direto sem intermediários). De
maneira contrária às outras mídias, onde o consumidor é exposto
aos anúncios de forma passiva, as informações e conteúdos
publicitários no Twitter geram uma aproximação muito grande
com o consumidor em potencial, sem intermediários, inclusive.

7. IDENTIDADE PESSOAL (A rede social permite que a marca e a sua


identidade seja conhecida pelas pessoas). Devemos considerar que
a experiência com a marca tem se tornado mais significativa do
que a mensagem em si. As mídias tradicionais, normalmente,
apenas dão suporte para a mensagem, se fragilizando nos
aspectos do conteúdo e experiências com o target da campanha.
No Twitter a marca demonstra a sua identidade e se “relaciona”
com os outros.

8. POLÍTICA DE PORTAS ABERTAS (A inserção das marcas nas redes


sociais é sinônimo de transparência e portas abertas). As pessoas
gostam e precisam disso. Essa liberdade é valorizada nos dias
atuais, especialmente pela geração Y que considera essencial
viver e consumir com facilidades de troca de idéias e opiniões.

9. MENSURAÇÃO DE RESULTADOS (Suas diversas ferramentas de


mensuração tornam o Twitter um instrumento seguro para aferir
resultados). O Twitter permite o monitoramento de todo o
alcance. Isso significa mais do que interação da mídia com o
planejamento ao gerar dados específicos para o cliente, já que
mostra qual tipo de ação foi mais proveitosa ou qual tipo de
incentivo rendeu retorno mais rápido ou mais efetivo.

10. REFERÊNCIAS (Uma rede colaborativa é pródiga em referências


e testemunhos, o que “pode” ser muito útil no dia a dia das
marcas). O Twitter facilita essa exposição e até incentiva o
compartilhamento de experiências. E fica lá tudo registrado.
Outra coisa que valoriza as redes sociais como o Twitter é a
credibilidade que as pessoas desfrutam umas com as outras. As
pesquisas indicam que temos a tendência a acreditar muito mais
nas pessoas que conhecemos (que passam a ser as nossas
referências).

A mensagem é clara. As pessoas querem recomendação de outras


pessoas, querem saber as experiências de seus amigos e colegas de
sua confiança e relacionamento. É com essa informação nas mãos
que eles começam suas pesquisas. Depois vem as outras fontes.

11. TECNOLOGIA SIMPLES E FÁCIL (Qualquer marca/produto pode


fazer uso de ferramentas como o Twitter para veicular numa rede.
Sua facilidade de acesso através de quaisquer dispositivos móveis e
computadores interligados à internet o tornaram um meio único de
contactar o internauta.) O Twitter valoriza isso quando permite
que você utilize seus recursos de qualquer dispositivo com acesso
a internet, sem a necessidade de instalação de nenhum
programa, nem domínio da tecnologia. Influenciando,
sobremaneira, no consumo da mídia e na propagação da
mensagem do anunciante.

12- ACESSO FÁCIL E RÁPIDO AO CONHECIMENTO (Uma rede social


permite aos usuários listar suas habilidades, experiências e
capacidades). O que gera uma experiência cheia de significados. A
circularidade dessa experiência no Twitter, além de potencializar
o consumo, faz com que o usuário “compre” conteúdo
publicitário, em vez de simplesmente expor-se a ele.

13. TERMÔMETRO DE ACEITABILIDADE E RESPOSTAS POSITIVAS OU


NEGATIVAS. Através dos comandos follow e unfollow, o usuário
instantaneamente expressa sua adesão ou desinteresse nas
mensagens de um determinado autor no Twitter. Essa situação
permite que o planejador ajuste o foco, a mensagem e a
estratégia para que o plano seja mais eficaz, sem ser invasivo na
abordagem.

14. MAPEAMENTO DE PERFIS DE INTERESSE. Através do


Twittanalizeer é possível mapear e, conseqüentemente, dirigir
mensagens aos perfis de interesse para a marca anunciada. Sem
desperdício de cobertura.

15. INTERATIVIDADE E PERSONALIZAÇÃO DAS MENSAGENS. As


visões mais modernas sobre marcas afirmam que somente uma
experiência holística pode criar uma percepção correta da marca.
Ou seja, só a experiência com a marca diz quem ela é. A
interatividade e a personificação das mensagens no Twitter são
incomparáveis quando analisamos as outras mídias e os recursos
que elas oferecem.

Bem, basicamente é isso. Agora, pedimos licença, pois vamos


“tuitar”...

REFERÊNCIAS

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Outro site: < http://www.codigofonte.net/dicas/web/391_o-que-


sao-gadgets-e-widgets> acessei ontem 26.05.09

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