Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
O que somos, somos sexualmente. Expressões tais como “eu sou João” ou “eu sou
Maria” expressam que no centro de nossa identidade encontra-se nosso gênero sexual.
Em decorrência do ato criador divino, somos feitos “macho” ou “fêmea” (Gn 1.27).
Interagimos sexualmente
A sexualidade define, ainda, como nos relacionamos com o mundo. O modo com um
homem lida com outras pessoas ou com alguns detalhes da vida é singular e difere da
forma como uma mulher relaciona-se com as mesmas pessoas e fatos. Em decorrência
do ato criador divino, relacionamo-nos com o universo como “macho” ou “fêmea” (Gn
1.27).
Outro detalhe a considerar é que a sexualidade permite que deixemos marcas singulares
na história. Abraão, Isaque, Jacó, Sarah, Débora e Maria são exemplos de pessoas que
abençoaram o mundo como homens e mulheres de Deus.
Realizações multiformes
Procriação
A prática da relação sexual pelo casal, sob o matrimônio, não é apenas reprodutiva, mas
voltada para o desfrute do prazer e comunhão com o cônjuge (Pv 5.5-19, Ec 9.9 e Ct
7.6-13).
Prazer que aponta para a bondade de Deus e obediência
Prazer paciente
A sexualidade bíblica é norteada pelo amor, que é paciente (Ct 3.5; 1Co 13.4). O amor
verdadeiro sabe esperar, não força ações precipitadas.
O prazer sexual bíblico é poder sob controle do Espírito Santo (Gl 5.22-24).
A união profunda entre um homem e uma mulher refere-se ao mistério da união entre
Cristo e a Igreja (Ef 5.31-32). O prazer sexual é um significativo mas ainda pálido
vislumbre das delícias desfrutadas na comunhão com o Senhor Jesus Cristo (Sl 16.11;
Pv 8.31).
Percebe-se, destarte, que a sexualidade não é diminuída pela Bíblia. Pelo contrário, por
representar o maravilhoso vínculo entre o Senhor e seu povo, é destaca e devidamente
valorizada. A sexualidade é diminuída e assumida como caricatura pela sociedade pagã,
que reduz o sexo a mera busca insaciável de prazer impessoal e momentâneo.
1. A prostituição
A NVI – Bíblia Nova Versão Internacional (2003, p. 2013) e a NTLH – Bíblia Nova
Tradução na Linguagem de Hoje (2005, p. 1195) traduzem a palavra por “imoralidade
sexual”. Hendriksen (1999, p. 315) conclui que o termo tem a ver com toda espécie de
relação [sexual] ilícita e clandestina” e relaciona-se, no paganismo, à prática da
idolatria. Stott (2003, p. 134) afirma que porneia indica, primariamente, a fornicação
que é a prática de relações sexuais “entre pessoas que não são casadas”, mas pode
referir-se também “a qualquer tipo de comportamento sexual ilegal”. A prostituição
aponta, literalmente, para o “pecado dentro de uma área específica da vida, a área das
relações sexuais” (BARCLAY, Ibid., p. 31).
2. A impureza
A palavra usada pelo apóstolo Paulo para referir-se à segunda deturpação sexual é
akatharsia, traduzida por “impureza”. Akatharsia significa, literalmente, sujeira ou
imundícia. Para Stott (op. cit., loc. cit.) a palavra indica “comportamento anormal”.
Barckay (Ibid., p. 30-31) sugere que o termo indica algo que “dá nojo à pessoa que a
presencia” e possui três idéias principais:
Indica “um tipo de mente que é poluída em si mesmo e que polui tudo quando
passa por ela” (Ibid., p. 31).
Refere-se a uma impureza repulsiva que desperta ojeriza nas pessoas decentes
que olham para ela.
Akatharsia tem um sentido ritual. Era usada para aquilo que impossibilitava a
pessoa de entrar na presença de Deus. Assim sendo, seu uso descreve “a
impureza ritual e cerimonial” que exclui “o homem da presença de Deus” e
contrapõe-se à pureza de coração exigida na verdadeira adoração (Mt 5.8 – Ibid.,
loc. cit.).
3. A lascívia
A lascívia aponta, literalmente, para “um amor ao pecado tão desenfreado e tão audaz
que o homem deixou de importar-se com aquilo que Deus ou os homens pensam a
respeito de suas ações” (Ibid., loc. cit.).
4. Os padrões da sociedade
No século XXI é desafiador quanto aos padrões bíblicos de pureza moral. As pressões
de grupo e, principalmente, a força da mídia, empurram o indivíduo para a aceitação da
promiscuidade ou formas antibíblicas de vivenciar a sexualidade.
5. Potenciais destrutivos
Idolatria
Desvalorização do corpo
A quebra dos padrões bíblicos de sexualidade mancha o corpo. Este, por sua vez, deve
ser consagrado como templo do Espírito Santo (1Co 6.9-11, 15-20).
Pulverização da personalidade
6. Situações de risco
Namoro precoce
Não há uma idade-padrão para o início do namoro, mas devem ser considerados os
seguintes fatos.
O namoro estabelece uma relação afetuosa entre um rapaz e uma moça, com
vistas ao conhecimento mútuo.
Tal relação tende ao aumento da intimidade entre o casal, que produz, por
conseguinte, pressão sexual (Ct
1.1-4 e 2.3-6).
Tal pressão é um dos indicadores de que o casal deve pensar em casamento (1Co
7.8-9). O rapaz e a moça devem aguardar até o casamento para satisfazerem
completamente o desejo sexual (Ct 2.7, 3.11, 5.1).
Assim sendo, o namoro não deve ser assumido antes que o casal tenha convicção
de que deseja iniciar uma relação séria, que talvez desdobre-se em união
matrimonial. É claro que o namoro não significa que ambos irão, de fato, casar-
se, mas deve pressupor tal disposição. Nesses termos o namoro é, ainda que em
primeiro estágio, uma aliança.
Isso exige do casal maturidade e disposição para consolidar uma estrutura de
estudos e recursos, necessária para a possível manutenção de um lar.
Apesar de algumas felizes exceções, o namoro iniciado muito cedo possui riscos
tais como desvio de atenção dos estudos, violação dos padrões bíblicos de
pureza sexual e gravidez indesejada.
“Ficar”
O problema dessa prática é que, mesmo que não haja relação sexual, trata-se de porneia
ou prostituição, uma vez que o outro ser humano está sendo “usado” sem nenhum
vínculo de aliança.
Pornografia
A pornografia propõe determinados padrões de prática sexual, tais como o sexo oral,
anal, grupal ou troca de parceiros, que terminam sendo assumidos como normais. O
contato com a pornografia estimula a prática de jogos sexuais que contrariam os
princípios bíblicos de sexualidade.
Além disso, não há diferença, na essência, entre carícias pré-maritais e sexo pré-marital.
Uma vez que carícias são consideradas pelo sexólogos como estímulos preparatórios,
uma carícia só difere de uma penetração em termos de conseqüências físicas tais como o
rompimento do hímen ou a possibilidade de uma gravidez (WHITE, 1994, p. 62-64).
Mesmo que a prática de carícias pré-maritais não seja “descoberta” pelos homens,
constitui-se em ofensa a Deus pela quebra dos padrões divinos de pureza sexual.
Todas essas deturpações são desvios da vontade divina relacionada ao sexo e têm o
poder de causar dependência, ou seja, viciar (HENDRIKSEN, 1999. p. 314).
O vício sexual é um problema reconhecido por estudiosos das ciências humanas e
sociais. Atualmente existem grupos e instituições especializados em tratar de pessoas
que não conseguem ter vidas normais por causa da escravidão à pornografia.
Conseqüências naturais
Conseqüências espirituais
Conclusão
A sexualidade, como vimos, é uma das mais poderosas dádivas divinas e influencia
nossa personalidade. Somos e fazemos e fazemos qualquer coisa como homem ou
mulher, ou seja, como seres sexuais.
Liberdade é graça concedida pelo conhecimento de Jesus Cristo e pela direção poderosa
do Espírito Santo (Jo 8.34-36; Rm 8.1-2; Gl 5.16-25). “Aqueles que são dirigidos pelo
Espírito respiram o ar alegre e revigorante da liberdade moral e espiritual”
(HENDRIKSEN, 1999, p. 313).
Encontrar o prazer é tão difícil quanto perseguir o fim de um arco-íris. Se você procura
o prazer, nunca vai encontrá-lo. Toda vez que você tenta agarrá-lo pelo rabo, ele escapa.
(…)
Busque a Deus e você encontrará, entre outras coisas, um prazer penetrante. Busque o
prazer e, no fim das contas, você vai encontrar tédio, desencanto e escravidão (WHITE,
op. cit., p. 68).
Palestra ministrada em 30 de Junho de 2006, pelo Rev. Misael Batista do Nascimento,
aos alunos de quinta a oitava séries da Escola Presbiteriana do Gama.
Referências Bibliográficas
BARCLAY, William. As obras da carne e o fruto do Espírito. 1ed. Reimp. 1988.
Trad. Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 1985. 118 p.
BARKER, Kenneth. et al. (Orgs.). Bíblia de Estudo NVI. Trad. Gordon Chown, Notas.
São Paulo: Vida, 2003. 2424 p.
COURT, John H. Pornografia: Uma resposta cristã. Trad. José Clóvis Chagas. São
Paulo: Vida Nova, 1992. 100 p.
HENRY, Carl F. H. Christian personal and social ethics in relation to racism, poverty,
war and other problems. In: DOUGLAS, J. D. (Ed.). Let the earth hear his voice.
Mineapolis: World Wide Publications, 1975. p. 1169-72.
PIPER, John. Sexo e a supremacia de Cristo. Cuiabá: Web Site Monergismo, [s.d.].
Disponível em Acessado em: 28 Jun 2006.
SUPLICY, Marta. Conversando sobre sexo. 17ed. rev. ampl. Petrópolis: Edição da
Autora, 1991. 407 p.
WHITE, John. Eros e sexualidade: Uma perspectiva cristã. Trad. Lucy Yamakami.
São Paulo: ABU, 1994. 193 p.
As ilustrações utilizadas neste estudo são de autoria de Biry, e foram extraídas do livro
Transar ou não transar, de Sérgio e Magali Leoto.