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Uma Visão Cristã da Sexualidade

Sexualidade é “o conjunto dos fenômenos da vida sexual” (Dicionário Aurélio Século


XXI). Biblicamente, a sexualidade é uma das mais poderosas dádivas divinas e situa-se
no centro da personalidade humana.

A partir da adolescência a sexualidade deve ser compreendida sabiamente. Conceitos e


hábitos estabelecidos nessa fase acompanham o indivíduo no restante de sua vida.

Sob a ótica da sociedade atual, a sexualidade é destacada, embalada e vendida, como


bem de consumo. Ela é tanto a motivação quanto o produto final de muitas iniciativas
de marketing.

É importante refletir sobre a sexualidade do ponto de vista de Deus, a partir de sua


revelação contida nas Escrituras.

I. Aspectos positivos da sexualidade


A sexualidade é mostrada na Bíblia positivamente. Sexo, de acordo com a Escritura, é
dom divino vivenciado de acordo com os padrões do Criador.

1. A sexualidade é uma dádiva de Deus


26
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança (…). 27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o
criou; homem e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra (Gn 1.26-28, ênfase
acrescentada).
Os gêneros sexuais refletem a imagem e semelhança do Criador. Daí a dignidade tanto
do homem quanto da mulher. A prática de relações sexuais está implícita na referência
do v. 28 à procriação.
18
Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
auxiliadora que lhe seja idônea. (…) 20 Deu nome o homem a todos os animais
domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia,
não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. 21 Então, o SENHOR Deus fez cair
pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o
lugar com carne. 22 E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a
numa mulher e lha trouxe. 23 E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e
carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. 24 Por isso,
deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. 25
Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam (Gn
2.18, 20-25, ênfases acrescentadas).

A sexualidade implica em união mútua e profunda intimidade.

2. Na sexualidade encontramos um fundamento para a individualidade

Como indivíduos, identificamo-nos, interagimos com o mundo, cumprimos nossa


vocação e até nos relacionamos com Deus como homens ou mulheres.

O que somos, somos sexualmente. Expressões tais como “eu sou João” ou “eu sou
Maria” expressam que no centro de nossa identidade encontra-se nosso gênero sexual.
Em decorrência do ato criador divino, somos feitos “macho” ou “fêmea” (Gn 1.27).

Interagimos sexualmente

A sexualidade define, ainda, como nos relacionamos com o mundo. O modo com um
homem lida com outras pessoas ou com alguns detalhes da vida é singular e difere da
forma como uma mulher relaciona-se com as mesmas pessoas e fatos. Em decorrência
do ato criador divino, relacionamo-nos com o universo como “macho” ou “fêmea” (Gn
1.27).

Há complementaridade entre masculino e feminino

Conforme lemos em Gênesis 2.18 e 20-25, a sexualidade pressupõe complementaridade.


Adão precisava da companhia de Eva. Ele estava incompleto sem ela. Eva foi necessária
para possibilitar o estabelecimento de relações afetuosas, conjugais e sociais.

A masculinidade e feminilidade são importantes para o cumprimento dos


mandados divinos

Outro detalhe a considerar é que a sexualidade permite que deixemos marcas singulares
na história. Abraão, Isaque, Jacó, Sarah, Débora e Maria são exemplos de pessoas que
abençoaram o mundo como homens e mulheres de Deus.

A sexualidade é parte imprescindível de nossa comunhão com Deus. O Criador é


Senhor sobre tudo, inclusive nossas inclinações, desejos e corpo. Deus mesmo é fonte
de verdadeiro prazer. Ele é quem legitima o prazer sexual e concede poder para a pureza
e santidade. Como afirma Piper ([s.d.]), “a sexualidade é designada por Deus como uma
maneira de se conhecer a Deus em Cristo mais completamente” e, por sua vez,
“conhecer a Deus em Cristo mais completamente é designado como uma maneira de se
guardar e guiar nossa sexualidade”.

3. Na sexualidade existem diversos potenciais construtivos

A fé bíblica percebe os potenciais da sexualidade no enriquecimento das relações entre


as pessoas, no estímulo às realizações, na procriação e, finalmente, na intimidade e
prazer conjugal.

Interação enriquecedora com indivíduos do sexo oposto

A sexualidade possibilita a amizade enriquecedora. Homens e mulheres são


aperfeiçoados no convívio fraterno e santo.

Realizações multiformes

Em determinados contextos organizacionais, equipes de trabalho formadas por homens


e mulheres produzem resultados melhores qualitativa e quantitativamente. Cada gênero
sexual contribui com idéias e modos singulares e relevantes de realizar as coisas.

Procriação

A sexualidade encontra seu espaço de maior intimidade na cópula ou relação sexual, no


casamento. O matrimônio gera a família, estrutura da bênção de Deus, amor e aliança,
sob a qual os filhos são gerados, nutridos e desenvolvidos (Gn 1.28; Sl 126.2 e 128; Ef
6.1-4).

Intimidade e prazer conjugal

A prática da relação sexual pelo casal, sob o matrimônio, não é apenas reprodutiva, mas
voltada para o desfrute do prazer e comunhão com o cônjuge (Pv 5.5-19, Ec 9.9 e Ct
7.6-13).
Prazer que aponta para a bondade de Deus e obediência

O prazer proporcionado pela relação sexual, do ponto de vista bíblico, é qualificado.


Não se trata de prazer pelo prazer, mas de prazer centrado em Deus. O prazer sexual
bíblico é desfrutado considerando-se a bondade divina e obedecendo-se aos padrões
bíblicos de orientação e conduta sexual. Nesse termos, há quatro proibições explícitas
na Escritura.

 Adultério (Êx 20.14; Lv 18.20).


 Incesto, relações sexuais com parentes próximos (pai e mãe, filhos ou filhas,
irmãos, avós ou netos, tios e sobrinhos, genros e noras, uma mulher e sua filha
ou duas esposas ao mesmo tempo — Lv 18.6-18).
 Homossexualismo, relações sexuais com pessoa do mesmo sexo (Lv 18.22; Rm
1.26-27).
 Bestialidade, relações sexuais com animais (Lv 18.23).

Prazer paciente

A sexualidade bíblica é norteada pelo amor, que é paciente (Ct 3.5; 1Co 13.4). O amor
verdadeiro sabe esperar, não força ações precipitadas.

Prazer casto e temperante

O prazer sexual bíblico é poder sob controle do Espírito Santo (Gl 5.22-24).

Prazer que aponta para a aliança entre Cristo e a Igreja

A união profunda entre um homem e uma mulher refere-se ao mistério da união entre
Cristo e a Igreja (Ef 5.31-32). O prazer sexual é um significativo mas ainda pálido
vislumbre das delícias desfrutadas na comunhão com o Senhor Jesus Cristo (Sl 16.11;
Pv 8.31).

Percebe-se, destarte, que a sexualidade não é diminuída pela Bíblia. Pelo contrário, por
representar o maravilhoso vínculo entre o Senhor e seu povo, é destaca e devidamente
valorizada. A sexualidade é diminuída e assumida como caricatura pela sociedade pagã,
que reduz o sexo a mera busca insaciável de prazer impessoal e momentâneo.

A necessidade humana do homem e da mulher um pelo outro surge de uma relação


original fundamentada no ato criador de Deus (Gn 2.18ss). A família é a ordem natural
e básica da criação e um microcosmo da humanidade (Ef 3.14). Os pais descobrem
juntos uma vida nova na união: os filhos são gerados divinamente como dádivas
sagradas. (…) Por causa da integridade da personalidade humana, o que se pensa e se
faz sexualmente tem conseqüências no ser total do indivíduo, nesta vida e na próxima.
Para os cristãos, o sexo envolve terna gratidão, devoção pessoal e responsabilidade
gratificante sob os cuidados de Deus (HENRY, 1975, p. 1169-72 apud COURT, 1992,
p. 13).

II. Deturpações da sexualidade na lista das obras da


carne
As deturpações da sexualidade são mostradas na lista das “obras da carne”, registrada
em Gl 5.19-21: prostituição, impureza e lascívia.

1. A prostituição

A prostituição é a primeira obra da carne (Gl 5.19). Prostituição é “comércio habitual ou


profissional do amor sexual” (Dicionário Aurélio Século XXI). No Novo Testamento a
palavra porneia, indica, simultaneamente, tanto a indecência de modo geral como o uso
do corpo como objeto de prazer momentâneo. Barclay (1985, p. 25) considera que o
termo liga-se a pernumi, vender, e propõe o seguinte significado:

Essencialmente, porneia é o amor que é comprado e vendido – o que não é amor de


modo algum. O erro grande e básico nisto é que a pessoa com quem semelhante amor é
satisfeito não é realmente considerada uma pessoa, mas um objeto. Ele ou ela é mero
instrumento através de quem as exigências da concupiscência e da paixão são
satisfeitas. O amor verdadeiro é a união total entre duas personalidades de modo que se
tornam uma só pessoa, e que cada uma acha sua própria realização na união com a
outra. Porneia descreve o relacionamento em que uma das partes pode ser comprada e
descartada como um objeto, e onde não há união de personalidade nem respeito por
estas (op. cit., p. 25-26).

A NVI – Bíblia Nova Versão Internacional (2003, p. 2013) e a NTLH – Bíblia Nova
Tradução na Linguagem de Hoje (2005, p. 1195) traduzem a palavra por “imoralidade
sexual”. Hendriksen (1999, p. 315) conclui que o termo tem a ver com toda espécie de
relação [sexual] ilícita e clandestina” e relaciona-se, no paganismo, à prática da
idolatria. Stott (2003, p. 134) afirma que porneia indica, primariamente, a fornicação
que é a prática de relações sexuais “entre pessoas que não são casadas”, mas pode
referir-se também “a qualquer tipo de comportamento sexual ilegal”. A prostituição
aponta, literalmente, para o “pecado dentro de uma área específica da vida, a área das
relações sexuais” (BARCLAY, Ibid., p. 31).

2. A impureza
A palavra usada pelo apóstolo Paulo para referir-se à segunda deturpação sexual é
akatharsia, traduzida por “impureza”. Akatharsia significa, literalmente, sujeira ou
imundícia. Para Stott (op. cit., loc. cit.) a palavra indica “comportamento anormal”.
Barckay (Ibid., p. 30-31) sugere que o termo indica algo que “dá nojo à pessoa que a
presencia” e possui três idéias principais:

 Indica “um tipo de mente que é poluída em si mesmo e que polui tudo quando
passa por ela” (Ibid., p. 31).
 Refere-se a uma impureza repulsiva que desperta ojeriza nas pessoas decentes
que olham para ela.
 Akatharsia tem um sentido ritual. Era usada para aquilo que impossibilitava a
pessoa de entrar na presença de Deus. Assim sendo, seu uso descreve “a
impureza ritual e cerimonial” que exclui “o homem da presença de Deus” e
contrapõe-se à pureza de coração exigida na verdadeira adoração (Mt 5.8 – Ibid.,
loc. cit.).

A impureza aponta, literalmente, para “uma contaminação geral da pessoa inteira,


maculando todas as esferas da vida” (Ibid., loc. cit.).

3. A lascívia

A terceira deturpação sexual da lista de obras da carne é a lascívia (“libertinagem” na


NVI e “ações indecentes” na NTLH). A palavra original é aselgeia, que indica uma
postura completamente desavergonhada. A pessoa aselgēs não se importa em chocar a
decência pública. Platão (República 424 E.) usa o termo para referir-se à insolência da
iniqüidade. Barclay (Ibid., p. 33) chama a atenção para o fato que a aselgeia “é o ato de
uma personalidade que já perdeu aquilo que deveria ser sua melhor defesa – seu
respeito-próprio, e seu senso de vergonha”.

A lascívia aponta, literalmente, para “um amor ao pecado tão desenfreado e tão audaz
que o homem deixou de importar-se com aquilo que Deus ou os homens pensam a
respeito de suas ações” (Ibid., loc. cit.).

4. Os padrões da sociedade

As regras da Escritura são desconsideradas pela sociedade em geral. A idéia de pureza


sexual é ridícula para o mundo sem Deus. As coisas não eram diferentes na cultura
greco-romana dos tempos apostólicos. Barclay (Ibid., p. 26-27) descreve o panorama
moral daquela época citando os próprios autores pagãos. Dizia-se que, na primeira
metade do século II, “a vergonha parecia ter sumido da terra” (p. 26). Sêneca (Da Ira
2.8) disse com exatidão: “A inocência não é rara: é não-existente” (p. 27). Com relação
à homossexualidade, tanto Platão como Sócrates desfrutavam do “amor de meninos” (p.
28). Dos quinze primeiros imperadores romanos, somente Cláudio era heterossexual.
Mesmo assim, Messalina, sua esposa, saía “às escondidas do palácio real à noite, a fim
de servir num prostíbulo público” (p. 27, 28s).

No século XXI é desafiador quanto aos padrões bíblicos de pureza moral. As pressões
de grupo e, principalmente, a força da mídia, empurram o indivíduo para a aceitação da
promiscuidade ou formas antibíblicas de vivenciar a sexualidade.
5. Potenciais destrutivos

Uso indevido da dádiva da criação

Os pecados sexuais constituem-se em uso indevido da dádiva da criação. Ao invés de


glorificar a Deus, o ser humano desconsidera os padrões divinos e explora a sua
sexualidade para o desfrute de seus próprios desejos desenfreados.

Idolatria

Ao descartar as informações bíblicas sobre a sexualidade, o ser humano estabelece seu


ego como centro da existência. Deus é colocado de lado e os apetites da carne são
entronizados. Isso é pecado de idolatria (Êx 20.1-4 e 14).

Desvalorização do corpo

A quebra dos padrões bíblicos de sexualidade mancha o corpo. Este, por sua vez, deve
ser consagrado como templo do Espírito Santo (1Co 6.9-11, 15-20).

Pulverização da personalidade

O resultado final da quebra dos padrões relacionados à sexualidade é a deformação


integral do caráter. O início da lista de obras da carne (Gl 5.19) sugere uma escada de
degraus descendentes: da prostituição (uso do corpo como objeto) para a impureza
(mancha moral e espiritual), e desta última, para a lascívia (conduta completamente
desavergonhada). O texto de Romanos 1.18-32 descreve uma deterioração crescente.

6. Situações de risco

Namoro precoce

Não há uma idade-padrão para o início do namoro, mas devem ser considerados os
seguintes fatos.

 O namoro estabelece uma relação afetuosa entre um rapaz e uma moça, com
vistas ao conhecimento mútuo.
 Tal relação tende ao aumento da intimidade entre o casal, que produz, por
conseguinte, pressão sexual (Ct
 1.1-4 e 2.3-6).
 Tal pressão é um dos indicadores de que o casal deve pensar em casamento (1Co
7.8-9). O rapaz e a moça devem aguardar até o casamento para satisfazerem
completamente o desejo sexual (Ct 2.7, 3.11, 5.1).
 Assim sendo, o namoro não deve ser assumido antes que o casal tenha convicção
de que deseja iniciar uma relação séria, que talvez desdobre-se em união
matrimonial. É claro que o namoro não significa que ambos irão, de fato, casar-
se, mas deve pressupor tal disposição. Nesses termos o namoro é, ainda que em
primeiro estágio, uma aliança.
 Isso exige do casal maturidade e disposição para consolidar uma estrutura de
estudos e recursos, necessária para a possível manutenção de um lar.
 Apesar de algumas felizes exceções, o namoro iniciado muito cedo possui riscos
tais como desvio de atenção dos estudos, violação dos padrões bíblicos de
pureza sexual e gravidez indesejada.

“Ficar”

Para quem não deseja assumir as responsabilidades de um namoro, a sociedade sugere


uma nova opção de relacionamento: o “ficar”. “Ficar” é desfrutar fisicamente de uma
pessoa, sem compromisso, apenas por poucos minutos ou horas. Em seguida, rapaz e
moça estão disponíveis para “ficarem” com outras pessoas.

O problema dessa prática é que, mesmo que não haja relação sexual, trata-se de porneia
ou prostituição, uma vez que o outro ser humano está sendo “usado” sem nenhum
vínculo de aliança.

Pornografia

A junção de todas as deturpações citadas em Gálatas 5.19 dá origem à pornografia, que


multiplica-se sobremaneira na esteira da liberdade de expressão. Lopes ([s.d.]) descreve
a pornografia nos seguintes termos:

De forma geral, podemos dizer que pornografia é a representação da nudez e do


comportamento sexual humano com o objetivo de produzir excitamento sexual. Esta
representação é feita através de imagens animadas (filmes, vídeos, computador),
fotografias, desenhos, textos escritos ou falados. A pornografia explora o sexo, tratando
os seres humanos como coisas e, em particular, as mulheres como objetos sexuais.

A palavra pornografia vem do grego e significa literalmente “escrever sobre prostituta”.


Com o tempo, passou a referir-se a qualquer material, escrito ou gráfico, de conteúdo
sexual. O termo é usado hoje de forma negativa. A indústria pornográfica que produz
filmes, revistas, vídeos e sites na Internet, prefere usar outros termos, como “material
adulto”. Esta manobra é um eufemismo que visa retirar deste sórdido comércio a pecha
negativa que ele possui.

A pornografia desorienta seus usuários a partir de informações falsas. Além de homens


e mulheres serem mostrados de forma irreal, como máquinas sexualmente incansáveis;
homens são dominadores incapazes de demonstrar ternura e as mulheres são meros
objetos passivos (SUPLICY, 1991, p. 373).
A palavra pornografia tem a ver com porneia, e movimenta uma indústria milionária
que tem ligações com o crime organizado (LOPES, loc. cit.). Court (op. cit., p. 48-55)
demonstra que em países que abriram espaço para a pornografia, houve aumento
significativo na quantidade de crimes sexuais relatados, tais como estupros. Em Los
Angeles, capital mundial da pornografia, tais crimes cresceram 56% entre 1958 e 1973.
Na Inglaterra e País de Gales, o aumento foi de 62%, entre 1950 e 1970. No Japão, onde
foi adotada uma política mais restritiva quanto à pornografia, os crimes sexuais
diminuíram 49%.

Pornografia e Jogos sexuais

A pornografia propõe determinados padrões de prática sexual, tais como o sexo oral,
anal, grupal ou troca de parceiros, que terminam sendo assumidos como normais. O
contato com a pornografia estimula a prática de jogos sexuais que contrariam os
princípios bíblicos de sexualidade.

Pornografia e sexo precoce (antes do casamento)

Um dos resultados das estimulações da pornografia é a prática do sexo antes do


casamento. É claro que alguns casais relacionam-se sexualmente antes do casamento
mesmo sem consumirem conteúdos pornográficos. A pornografia, no entanto, induz
fantasias que pressionam o usuário à masturbação e à prática de relações sexuais.

Além disso, não há diferença, na essência, entre carícias pré-maritais e sexo pré-marital.
Uma vez que carícias são consideradas pelo sexólogos como estímulos preparatórios,
uma carícia só difere de uma penetração em termos de conseqüências físicas tais como o
rompimento do hímen ou a possibilidade de uma gravidez (WHITE, 1994, p. 62-64).
Mesmo que a prática de carícias pré-maritais não seja “descoberta” pelos homens,
constitui-se em ofensa a Deus pela quebra dos padrões divinos de pureza sexual.

Pornografia e vício sexual

Todas essas deturpações são desvios da vontade divina relacionada ao sexo e têm o
poder de causar dependência, ou seja, viciar (HENDRIKSEN, 1999. p. 314).
O vício sexual é um problema reconhecido por estudiosos das ciências humanas e
sociais. Atualmente existem grupos e instituições especializados em tratar de pessoas
que não conseguem ter vidas normais por causa da escravidão à pornografia.

Conseqüências naturais

As deturpações da sexualidade produzem prejuízos financeiros, enfraquecimento da


relação conjugal, destruição de lares e outras frustrações.

Conseqüências espirituais

As deturpações da sexualidade produzem prejuízos espirituais: quebra da comunhão


com Deus (distanciamento da leitura bíblica devocional e oração), afastamento do
serviço cristão e pulverização do testemunho evangelístico. A Bíblia ensina claramente
que pessoas presas a pecados sexuais não foram regeneradas e, portanto, não entrarão
no reino dos céus (1Co 6.9-11; Ef 5.3-14; Ap 22.15).

Conclusão
A sexualidade, como vimos, é uma das mais poderosas dádivas divinas e influencia
nossa personalidade. Somos e fazemos e fazemos qualquer coisa como homem ou
mulher, ou seja, como seres sexuais.

Biblicamente, a sexualidade foi estabelecida para a liberdade. Liberdade, porém, não


significa a autonomia de orientar-me e assumir relações sexuais fora dos padrões de
Deus. Liberdade também não é sinônimo de promiscuidade. White (op. cit., p. 66)
coloca a questão adequadamente, ao afirmar que “nosso corpo foi feito para a liberdade.
Só encontramos liberdade sexual (ou em qualquer outra área) quando cumprimos o
propósito da nossa criação”.

Liberdade é graça concedida pelo conhecimento de Jesus Cristo e pela direção poderosa
do Espírito Santo (Jo 8.34-36; Rm 8.1-2; Gl 5.16-25). “Aqueles que são dirigidos pelo
Espírito respiram o ar alegre e revigorante da liberdade moral e espiritual”
(HENDRIKSEN, 1999, p. 313).

A sexualidade foi concedida para encontramo-nos significativamente uns com os outros


e, nesses encontros, refletirmos nossa união com Deus. Ela não foi concedida para o
prazer egoísta. Na verdade, quanto mais buscamos o prazer fora de Deus, mais sentimo-
nos frustrados.

Encontrar o prazer é tão difícil quanto perseguir o fim de um arco-íris. Se você procura
o prazer, nunca vai encontrá-lo. Toda vez que você tenta agarrá-lo pelo rabo, ele escapa.
(…)

O prazer, na verdade, é um subproduto, um efeito colateral. Ele nos toma de surpresa,


quando estamos à procura de alguma outra coisa. (…)

Busque a Deus e você encontrará, entre outras coisas, um prazer penetrante. Busque o
prazer e, no fim das contas, você vai encontrar tédio, desencanto e escravidão (WHITE,
op. cit., p. 68).
Palestra ministrada em 30 de Junho de 2006, pelo Rev. Misael Batista do Nascimento,
aos alunos de quinta a oitava séries da Escola Presbiteriana do Gama.

Referências Bibliográficas
BARCLAY, William. As obras da carne e o fruto do Espírito. 1ed. Reimp. 1988.
Trad. Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 1985. 118 p.

BARKER, Kenneth. et al. (Orgs.). Bíblia de Estudo NVI. Trad. Gordon Chown, Notas.
São Paulo: Vida, 2003. 2424 p.

BÍBLIA DE ESTUDO NTLH. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2005. 1504 p.

COURT, John H. Pornografia: Uma resposta cristã. Trad. José Clóvis Chagas. São
Paulo: Vida Nova, 1992. 100 p.

HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Gálatas. Trad. Valter


Graciano Martins. São Paulo: Cultura Cristã, 1999. 367 p.

HENRY, Carl F. H. Christian personal and social ethics in relation to racism, poverty,
war and other problems. In: DOUGLAS, J. D. (Ed.). Let the earth hear his voice.
Mineapolis: World Wide Publications, 1975. p. 1169-72.

HOLANDA, Aurélio Buarque. Dicionário Aurélio Século XXI. Versão digital.

LOPES, Augustus Nicodemus. Pornografia: Realidade, perigos e libertação. Cuiabá:


Web Site Monergismo, [s.d.]. Disponível em Acessado em: 28 Jun 2006.

PIPER, John. Sexo e a supremacia de Cristo. Cuiabá: Web Site Monergismo, [s.d.].
Disponível em Acessado em: 28 Jun 2006.

STOTT, John. A mensagem de Gálatas: Somente um caminho. 1ed. 1989. 3reimp.


2003. Trad. Yolanda Mirdsa Krievin. São Paulo: ABU, 2003. 171 p.

SUPLICY, Marta. Conversando sobre sexo. 17ed. rev. ampl. Petrópolis: Edição da
Autora, 1991. 407 p.

WHITE, John. Eros e sexualidade: Uma perspectiva cristã. Trad. Lucy Yamakami.
São Paulo: ABU, 1994. 193 p.

As ilustrações utilizadas neste estudo são de autoria de Biry, e foram extraídas do livro
Transar ou não transar, de Sérgio e Magali Leoto.

Publicado por Rev. Misael em 30/06/2006

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