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As convulsões febris são extremamente frequentes, e têm um

prognóstico muito bom. Acontecem mais frequentemente em


filhos de pais que tiveram convulsões febris na infância.
Geralmente a convulsão surge na subida térmica, e os pais só se
apercebem da febre já durante ou após a convulsão. Começa de
repente, e caracteriza-se por "abanões" dos braços e pernas, por
vezes com "revirar dos olhos" e "espumar da boca", com o corpo
tenso. Geralmente duram pouco tempo (5 minutos, mais coisa
menos coisa - o que parece, eu sei, uma eternidade aos pais) e
segue-se um período de grande sonolência, discurso incoerente,
olhar vago, a que chamamos "estado pós-crítico". Depois
devagarinho voltam a si, e recuperam o estado geral que tinham
antes da convulsão. Só nesta altura a maioria dos pais começa a
ficar um pouco mais tranquilo. A maioria das crianças com
convulsões febris tem apenas um episódio, mas mesmo da
minoria com episódios repetidos são muito poucos os que
efectivamente têm uma epilepsia. Daí que, se a crise é típica, só
após o primeiro episódio vale a pena fazer exames
complementares de diagnóstico (electroencefalograma, por
exemplo). A longo prazo não há qualquer consequência das
convulsões febris. Em regra estas crianças são internadas, durante
menos que 24h, fundamentalmente para que os pais vão
"entranhando" essa noção de benignidade das convulsões febris.
Vêm o filho deles bem disposto, ouvem a mesma coisa de
múltiplos profissionais, e ficam então preparados para voltar a
casa.

A maioria dos pais vêm na convulsão um evento muito perigoso.


Não os censuro, é um episódio extremamente stressante, em que
os pais têm a sensação de que os filhos (chamemos as coisas pelos
nomes) vão morrer. Tentam uma série de coisas para evitar a
mordedura da língua (o que já agora não se faz: nunca se coloca
nada na boca de alguém com uma convulsão!), e esquecem-se de
os proteger (impedir que caiam da cama, ou que batam nos
móveis). Por vezes abanam as crianças (uma reacção também
natural mas errada), o que pode por si provocar muito mais lesões
que a convulsão em si. Depois esquecem-se, na aflição, de colocar
os cintos de segurança no automóvel, e conduzem como loucos
para o Hospital mais próximo - sujeitando-se a acidentes graves
sem que a criança vá adequadamente presa...

O meu filho pode ficar com Epilepsia?


De um modo geral as convulsões febris não aumentam significativamente a probalidade de vir
a desenvolver mais tarde uma epilepsia relativamente à população em geral (0,5%). No
entanto nas convulsões febris complexas (prolongadas ou que afectam só um lado do corpo), a
evolução para a epilepsia é mais frequente (2,5%).

Os episódios de convulsão normalmente acontecem entre os 6 meses e os 6 anos de idade, mas são

mais comuns antes dos 2 anos. A criança tende a ter convulsão uma vez só (felizmente!), e há indícios de

componente familiar: se o pai ou a mãe tiveram convulsão febril quando crianças, a probabilidade de o

filho ter é maior.

Temperatura axilar - Normal até 37,2ºC


- Temperatura bucal (boca) ou timpânica (ouvido) - Normal até 37,5ºC
- Temperatura retal (ânus) - Normal até 38ºC

Convulsão febril

A convulsão febril ocorre normalmente em crianças entre seis meses e seis


anos de idade (pico entre 1 ano e 1 ano e meio) que apresentam quadro febril
acima de 38ºC. Apesar de ser um quadro assustador para os pais, é benigno e
não causa lesão cerebrais na criança. É comum e ocorre em até 5% das
crianças.

Se a criança só tem convulsão quando está febril, ela não é considerada como
portadora de epilepsia.

O que desencadeia a convulsão é a febre, independente da sua causa. A crise


pode ser parcial (mais comum) ou complexa, inclusive com crises tônico-
clônicas. A convulsão febril costuma ser mais demorada do que as crises nas
epilepsias. Podem durar até 15 minutos. Não se assuste se a criança
apresentar fraqueza em um dos membros logo após o fim das crises. É
temporário.
Não adianta dar banho em água fria ou encher a criança de anti-térmicos. Isso
não impede o aparecimento das crises. também não é necessário usar drogas
anti-epiléticas. O quadro é benigno e os efeitos colaterais não justificam o seu
uso.

A convulsão febril não traz maiores complicações e desaparece com a idade. O


ideal é sempre levar a criança ao pediatra após a crise para que ele possa
investigar o motivo da febre e confirmar que se trata apenas de convulsão
febril, e não de epilepsia.

O que fazer quando presenciar uma crise convulsiva?

Primeiro de tudo, mantenha a calma. A imensa maioria das crises são auto-
limitadas, desaparecendo espontaneamente.

É importante saber que uma crise generalizada pode ser precedida por crises
parciais, por isso, se o paciente estiver em pé ou sentado, o ideal é deitá-lo
para evitar quedas. Afaste objetos que possam vir a machucá-lo.

Se o paciente estiver tendo uma crise convulsiva tônico-clônica, eis alguns


conselhos:

- Não tente imobilizar seus membros. Deixa o paciente se debater. Procure


apenas proteger a cabeça com uma almofada
- Se o paciente estiver se sufocando com a própria língua, NUNCA ponha a
mão dentro da boca para tentar ajudá-lo. Ele pode subitamente contrair
violentamente a mandíbula, e você pode perder os dedos. O simples ato de
girar a cabeça para o lado é suficiente para a língua cair e desobstruir as vias
aéreas.
- O ato de virar a cabeça para o lado também impede que o paciente se afogue
na própria saliva.
- Se a crise estiver durando mais que 3-5 minutos, ligue para algum serviço de
socorro médico.
- Após a crise é normal o paciente permanecer desacordado por algum tempo.
Coloque-o de lado e deixe-o dormir.
- Nunca ofereça nada para beber ou comer logo após a crise. Nesta fase o
paciente pode não conseguir engolir direito, sofrendo risco de aspirar o
alimento ou o líquido.

As crises convulsivas febris são diagnosticadas como epilepsia?


Não, pois não se trata de uma epilepsia, mas sim de uma crise convulsiva
desencadeada por uma intercorrência que é a febre. Trata-se de uma
hipersensibilidade ao quadro febril.

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