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A terapia estuda e coloca em prática os meios necessários para aliviar ou curar os doentes.
Radioterapia, braquiterapia, aplicadores e radioisótopos são exemplos de terapia.
A Radioterapia consiste em eliminar tumores malignos (cancerígenos) utilizando radiação
gama, raios X ou fontes de elétrons. O princípio básico é eliminar as células cancerígenas e evitar
sua proliferação, e estas serem substituídas por células sadias. O tratamento é feito com
aplicações programadas de doses elevadas de radiação, com a finalidade de matar as células alvo
e causar o menor dano possível aos tecidos sadios intermediários. Como as doses aplicadas são
muito altas, os pacientes sofrem danos orgânicos significativos e ficam muito debilitados. Por
isso são cuidadosamente, acompanhados por terapeutas, psicólogos, apoio quimioterápico e de
medicação.
A radioterapia destrói o tumor, absorvendo energia da radiação. Os irradiadores,
denominados de bomba de cobalto, nada mais são que uma fonte radioativa de cobalto-60
utilizada para tratar câncer de órgãos mais profundos. As fontes de césio-137, já foram bastante
utilizadas na radioterapia, mas estão sendo desativadas, pois a energia da radiação gama emitida
pelo césio-137 é relativamente baixa. Graças à radioterapia, muitas pessoas com câncer são
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curadas hoje em dia, ou se não, têm a qualidade de vida melhorada durante o tempo que lhe resta
de vida.
A Braquiterapia é um tratamento com elemento radioativo perto dos tecidos e em locais
específicos do corpo humano. Para isso são utilizadas fontes radioativas emissoras de radiação
gama de baixa e média energia, encapsuladas em aço inox ou em platina, com atividade da ordem
de dezenas de Curies. Os isótopos mais utilizados são Irídio-192, Césio-137, Rádio-226. As
fontes são colocadas próximas aos tumores, por meio de aplicadores, durante cada sessão de
tratamento. Sua vantagem é afetar mais fortemente o tumor, devido à proximidade da fonte
radioativa, e danificar menos os tecidos e órgãos próximos. Devem ser manipuladas por técnicos
bem treinados e oferecem menor risco que a Bomba de Co-60.
Os Aplicadores são fontes radioativas betas emissoras distribuídas sobre uma superfície,
cuja geometria depende do objetivo do aplicador. O Estrôncio-90 é um radionuclídeo, muito
usado em aplicadores dermatológicos e oftalmológicos. O princípio de operação é a aceleração
do processo de cicatrização de tecidos submetidos a cirurgias, evitando sangramentos. Alguns
tratamentos utilizam medicamentos contendo radioisótopos, inoculados no paciente por meio de
ingestão ou injeção, com a garantia de sua deposição preferencial em determinado órgão ou
tecido do corpo humano. Por exemplo, isótopos do iodo para o tratamento de câncer na tireóide.
Um paciente submetido a este tratamento torna-se uma fonte radioativa, pois as radiações gama,
além de acertar os tecidos alvo, podem sair com intensidade significativa da região de deposição
e atingir pessoas nas proximidades. Neste caso, deve-se utilizar radioisótopos de meia-vida curta,
para facilitar o breve retorno do paciente à sua casa, sem causar irradiação significativa a seus
familiares ou pessoas próximas.
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radiação é emitida pelo paciente enquanto a atividade administrada nele for significativa. Por
isso, devem ser usados radioisótopos de meia vida e tempo de residência pequeno.
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É uma técnica que se baseia na atenuação dos raios gama, quando estes passam através de
um material qualquer. Pode-se assim determinar a espessura do material e os dados obtidos
podem ser retransmitidos às máquinas para controlar a espessura dentro dos limites desejados.
Entre os materiais produzidos por esse método incluem-se vários tipos de papéis e metais, forros
de vinil para paredes, adesivos cirúrgicos, lonas para pneus, borrachas, zinco galvanizado,
materiais para assoalhos, adesivos, lixas, etc. As folhas de muitos desses materiais passam pelos
medidores a uma velocidade de centenas de metros por minuto.
Usando o mesmo princípio, medidores de densidade servem para medir e controlar a
produção e manufatura de tipos semelhantes de materiais. Outro tipo de medidor é o medidor de
nível, que emprega a refração dos raios gama por parte da superfície envernizada de um tubo a
fim de medir a espessura do verniz, ou a do tubo, ou as superfícies em que só um lado é acessível.
Esse tipo de medição pode ser também usado para controlar a espessura da camada enferrujada
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Atualmente, os radioisótopos são importantes para os agricultores, não como algo usado
diretamente no cultivo da terra, mas devido a diversas possibilidades de aplicação. Por exemplo,
empregam-se elementos radioativos traçadores para estudar os fertilizantes e o metabolismo dos
minerais nas plantas, usam-se fertilizantes marcados com Fósforo-32 para medir a quantidade de
fosfato existente no solo e o consumo de fósforo pelas plantas.
As radiações têm sua utilidade na luta contra os insetos. O método usado é o da
esterilização dos machos, e consiste no seguinte: insetos são criados em massa e, antes que
cheguem à maturidade, são esterilizados por meio de radiação controlada. Em seguida são
libertados na região infestada. O acasalamento improdutivo dos machos com as fêmeas que
estavam em liberdade acaba por levar a extinção da espécie. Esta técnica foi empregada para
acabar com as moscas das frutas, que danificavam laranjas e outros frutos.
Os recursos mundiais de alimentos serão aumentados por meio de alterações genéticas
produzidas em algumas plantas pelas radiações. Entre as plantas assim modificadas se incluem a
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soja, o arroz e o trigo. As radiações também servem para impedir a deterioração dos cereais nos
armazéns. Usa-se radiação controlada para matar ou esterilizar insetos que atacam os grãos
reduzindo a infestação.
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Os radioisótopos são utilizados como elementos para gerar energia térmica ou elétrica.
Além das baterias que geram corrente elétricas, existem os reatores nucleares que podem gerar
muita energia. O choque de um nêutron livre com o isótopo Urânio-235 causa a divisão do núcleo
desse isótopo em duas partes dois outros átomos e ocasiona uma liberação relativamente alta de
energia. Esse fenômeno é a fissão nuclear.
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não é fatal. A dosagem excessiva de radiação pode causar efeitos imediatos como perda de
apetite, emagrecimento, garganta dolorida ou ainda efeitos tardios como úlcera, câncer, catarata,
leucemia, esterilidade e envelhecimento precoce.
Um dos impactos produzidos e gerados, que trazem bastante transtorno, são os materiais
radioativos produzidos em Instalações Nucleares (Reatores Nucleares, Usinas de Beneficiamento
de Minério de Urânio e Tório, Unidades do Ciclo do Combustível Nuclear), Laboratórios e
Hospitais, nas formas sólida, líquida ou gasosa, que não têm utilidade, não podem ser
simplesmente jogados fora ou no lixo , por causa das radiações que emitem. Esses materiais, que
não são utilizados em virtude dos riscos que apresentam, são chamados de Rejeitos Radioativos.
Os rejeitos radioativos precisam ser tratados, antes de serem liberados para o meio
ambiente, se for o caso. Eles podem ser liberados quando o nível de radiação é igual ao do meio
ambiente e quando não apresentam toxidez química. Rejeitos sólidos, líquidos ou gasosos podem
ser, ainda, classificados, quanto à atividade, em rejeitos de baixa, média e alta atividade.
Os de meia-vida curta são armazenados em locais apropriados (preparados), até sua
atividade atingir um valor semelhante ao do meio ambiente, podendo, então, ser liberados. Esse
critério de liberação leva em conta somente atividade do rejeito. É evidente que materiais de
atividade ao nível ambiental mas que apresentam toxidez química para o ser humano ou que são
prejudiciais ao ecossistema não podem ser liberados sem um tratamento químico adequado.
Rejeitos sólidos de baixa atividade, como partes de maquinário contaminadas, luvas
usadas, sapatilhas e aventais contaminados, são colocados em sacos plásticos e guardados em
tambores ou caixas de aço, após classificação e respectiva identificação.
Já os produtos de fissão, resultantes do combustível nos reatores nucleares, sofrem
tratamento especial em Usinas de Reprocessamento, onde são separados e comercializados, para
uso nas diversas áreas de aplicação de radioisótopos. Os materiais radioativos restantes, que não
têm justificativa técnica e/ou econômica para serem utilizados, sofrem tratamento químico
especial e são vitrificados, guardados em sistemas de contenção e armazenados em Depósitos de
Rejeitos Radioativos.
No Brasil, o acidente de Goiânia que envolveu uma contaminação radioativa, isto é,
existência de material radioativo em lugares onde não deveria estar presente foi o mais
expressivo até hoje no país. Segundo investigação, uma fonte radioativa de césio-137 era usada
em uma clínica da cidade de Goiânia, para tratamento de câncer. Nesse tipo de fonte, o césio-137
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ser mantido sob controle institucional da CNEN por 50 anos, coberto por um programa de
monitoração ambiental, de forma a assegurar que não haja impacto radiológico no presente e no
futuro.
Importante: a irradiação por fontes de césio-137, cobalto-60 e similares não torna os objetos ou o
corpo humano radioativos.
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