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Você.

Eu não sei seu nome...


Nem de onde você veio, onde está ou para onde vai...
Talvez eu te conheça, ou tenha te visto....
O estranho é sentir a sua falta, o inexplicável é não saber, e a
minha resposta é que apenas sei que você existe.
Esse seu codinome: Você.
Talvez a falta de ouvir a sua voz me faça cantar, a falta de ler suas
cartas que nunca chegaram, ou ver a sua letra, me ensinou a
escrever, ou até mesmo a ausência de ouvir a melodia de seus
olhos, tenha me impulsionado a aprender alguns dons...
Eu não sei quando tudo isto, ou apenas isto começou, ou como vai
terminar, ou se existe de fato um final... Porque temos escolhas e
com você não seria diferente...
Não sei se você vai chegar a conhecer esses pensamentos, ou se
eles de fato vão continuar neste papel... Talvez as palavras que
hoje saem do meu pensamento, recolham-se novamente ao
silêncio... E talvez o seu silêncio e a sua ausência, sejam as causas
dessas sílabas...
Não acredito que te neguei, mas o contrário pode existir ou não...
Os sentimentos, e a causa deles podem ser verdadeiros ou
simplesmente influenciáveis... Pode ser apenas um momento, um
deslize, uma memória, uma lembrança que o coração guardou, em
meio a tanta papelada que eu quis lançar fora.
Não sei exatamente o que te dizer... Talvez essa seja única
oportunidade de te dizer algumas palavras...
E Deus bem sabe, que não é mentira.
Se eu te conheço, me perdoe pelas mentiras, ou pelo descaso, ou
pelo medo, ou até mesmo pelos sonhos....
Pensei em criar um mundo e logo na primeira palavra da criação
não consegui ver, consegui deixar a cegueira me segurar com mãos
firmes, olhos que provaram que eu não posso nem sequer fazer um
silêncio existir....
Se eu tenho medo da tua censura? Sim...
Somos censurados dia e noite pela secularidade, pelas pessoas,
por confiar e por querer ser feliz... A felicidade não se baseia na
chegada de um coração, mas já deve estar presente na espera
dele...
E o que se consome depois é só a ansiedade, porque todo o resto
será uma grande novidade...
Novidade de quando o coração sabe antes de ouvir as palavras,
novidade de compreensão através de um olhar... E qual a finalidade
de tudo isto? Encaminhar-se à procura da felicidade...
Talvez hoje eu não me conforme com as coisas que ocorreram no
passado, mas tudo isto passou... Ou talvez eu não entenda porque
os nossos pensamentos nem sempre são da maneira como a
realidade vai traduzi-los...
Não sei o tempo, nem a hora em que o amor vai bater à minha
porta, e se o deixarei entrar, e não sei se depois, se eu for até a
casa dele, se ele fechará a porta discretamente sob os meus
olhos....
Portas, janelas, venezianas, cortinas... Há épocas que tudo parece
bem aberto, escancarado, e muitas pessoas desconhecidas
acenando de dentro, com sorrisos alegres no rosto, oportunidades
cingindo nossas portas... E a vida seguindo um rumo azul... Então
surge o medo de não saber acenar. O medo de conquistar um dos
olhares, ou de negligenciar um sorriso, ou de acabar fazendo parte
da fala dos que observam, ou simplesmente de estar no caminho
errado...
Então às vezes, as janelas se fecham...
E nessas vezes, o peito arde, e o sonho se desfaz do mesmo jeito,
e a vida continua da mesma forma.
Não sei se você entende, ou se nunca se sentiu desta maneira...
Tal qual uma palavra esquecida em um texto, não pelo sentido
dramático, mas por estar rodeado de palavras e ainda assim se
sentir só.
É quase uma mentira contada a uma criança que ainda não
aprendeu a ler... É quase uma história para a vida desobediente.
É tudo tão simples! Nem de tão estranho, ou difícil, é isto e apenas
isto: procura.
E para quem se cansou de procurar, não fez errado, cabe a vida
trazer o que se espera, nada por força ou por poder...
Simples, natural, lânguido... Nem o desalento batendo a porta do
coração, nem o medo assolando a mente, nem as próprias mãos
querendo fazer ou constituir o universo.
Não coube a mim nascer, nem caberá a mim morrer, talvez não se
destine às minhas mãos a questão de amar...
Não cabe a você o seu silêncio, nem te penalizo por talvez saber e
não agir... A ação é um meio muito fácil de errar, e a espera às
vezes é o intermédio da sabedoria sendo adquirida...
Claro que não serei hipócrita afirmando que sei exatamente como
aguardar, porque não sei, sou tão humana como qualquer ser, sou
tão preocupada como qualquer um pode ser, mas posso ser, se
tentar, posso ser extremamente discreta e paciente.
E já provei bastante do cálice da ansiedade, e das conseqüências
do desespero que prefiro tentar, provar dessa taça que me
oferecem agora.
Mas quem nunca gritou contra o vento, ou contra as próprias
palavras jorrando da mente, como as lágrimas escorrendo dos
olhos, num ímpeto de dizer: Basta!!
Basta daquilo que eu não posso controlar, ou daquilo que eu não
tenho certeza de ocorrer...
Queria ter a vida aguardando com olhos ardentes sobre as minhas
mãos... Mas não é exatamente assim para quem sempre se dispôs
a procurar...
E quanto a você...? Onde será que está...? Enquanto eu aqui me
distorço em apologias e dialéticas comigo mesma.
Será que sei exatamente o seu nome, ou que nem sequer o ouvi,
ou o que está transcorrendo na minha mente é só um sussurro de
um sonho...?
Como será que pensa? Que age? Que sonha? Que acredita, que
vislumbra o futuro mesmo sem planos, como uma tela branca, de
cujo pintor não tem inspiração para pintar em vinte e quatro horas:
um ultimato.
Por favor, me entenda... É a solidão que me apressa que me
espreme a alma... E aperta tão fortemente meu coração, que quase
sinto-o pulsar sob seus dedos...
Eu olho a estrada, tantos e tantos caminhos sem fim, de onde você
não vem, de onde eu fico aguardando um reflexo seu...
No momento eu saberei...? No momento que eu te vir, eu saberei?
Eu prefiro esquecer de mim nessas horas de tamanho conflito aqui
no peito, de grandes perguntas na mente... Eu saio nesses
momentos, e abro minha boca sob a chuva para gritar o seu nome,
por entre as gotas que acariciam meu rosto... E inutilmente percebo
que eu não o sei... Então calo-me, preferindo o negrume da noite, a
acreditar nas minhas ilusões... Me perdoe se eu acredito que você
existe e insisto na tua chegada...
E o que eu faço então? Se nem sei o seu nome, se nem sei o seu
sorriso, se nem sei de mais nada?? Será que já segurei a sua mão?
Ou será que nem em sonhos não o conheço...?
Talvez bem longe, bem distante tenha se perdido nas próprias
procuras como eu... E eu aqui entregando os pontos e esperando, a
sua procura, ou seu encontro...
E o que eu faço para que me encontres? Você vai saber quem eu
sou? Vai saber? Será que vai saber? O que devo fazer para que me
note?
Vou ser eu, vou ser apenas eu mesma...
Enquanto seu pseudônimo rebate por trás dos meus olhos:
Estranho.
Um Estranho para mim... Como eu posso saber se passar por você
na rua? Prefiro parar, esperar e simplesmente acreditar...
E por você eu paro meu querido, seja lá quem for, seja lá onde
estiver, seja lá quando vier...
Não se resigne no tempo... E se você não vier... Bem, se não vier...
Se... Não sei então...
Se você não vier os abraços vão morrer, os beijos vão secar, e os
carinhos vão ser sepultados como delatores de um sonho secreto...
Meu segredo para você Estranho: não escondo meu medo, me
escondi demais...
E sobre tudo, meu querido, eu te prometo:
Não deixarei que se esconda de um sonho, pedirei que me dê sua
mão para que eu possa segurá-la quando não tiver forças, ou
quando a esperança for forjada...
Encostarei teu rosto em meus ombros quando os cristais de sal
insistirem em correr dos teus olhos...
Ouvirei teu sorriso quando a alegria quase explodir no seu peito...
Abaixarei minha cabeça junto com a tua, quando em reverência
agradecermos o tempo...
Peço apenas que me entenda quando eu não souber te entender...
Perdoe-me se eu chorar, ou simplesmente errar...
Deixe-me abraçá-lo quando o tempo for injusto com seu coração...
No seu ouvido cantarei uma bela canção de paz, para fazê-lo
sorrir...
E quando tudo isto passar... Deixe-me então fechar os olhos
contigo, quando o fôlego finalmente se for de nós, e então só ficar a
lembrança no olhar e no pensamento dos que nos viram,
nitidamente a palavra: felizes.... E um sorriso brotará dos lábios
deles, na memória da tradução das nossas vidas...
Tudo isto um pequeno sonho que já foi sonhado antes desse todo
acontecer...
Bem...
E se você não vier Estranho... Vou sentir tua falta dia-após-dia, e a
cada sorriso meu vou pensar que poderia estar sorrindo
acompanhada... E a cada sonho, vou lembrar que poderia estar
sonhando junto e não só... E a cada peça faltando desse quebra-
cabeça, vou saber que são seus sonhos, seus planos, e seus
pensamentos que faltam na minha vida...
Vou esperar ouvir me chamar... Seja onde estiver... Que nome
tiver...
Vou esperar até que então eu veja seu sorriso real, e não apenas
uma imagem fosca na minha mente...
Cada pedaço da vida guarda uma surpresa, como uma curva
íngreme ao que caminha para uma esquina... Talvez a alegria
repentina que às vezes sentimos, sejam elas, as surpresas, as
dádivas que se manifestam em nossa alma antes de se
realizarem... Momentos que almejamos, ou que nunca esperamos.
Sei apenas que independente do caminho que trilharmos, dos
planos que fizermos, as dádivas não deixarão de existir, não
deixarão de estar lá, quando virarmos a tal esquina da vida, não
porque mereçamos, mas simplesmente porque Ele tem todas sob
sua mão, e no instante oportuno as concede pelo Seu amor.
Assim dessa forma, espero-te.

À você Estranho.

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