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Princípios de Ford:
- Organização do trabalho em linhas de montagem
- Rítimo determinado pela velocidade da esteira
- Posto de trabalho fixo
- Produção em grandes volumes
Anos 70: Inicia-se a era da informatização que iniciou-se lentamente e hoje muda a
cada dia.
DEFINIÇÃO ERGONOMIA:
Disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres humanos
a outros elementos de um sistema e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e
métodos, a projetos que visam otimizar o bem estar humano e a performance global
dos sistemas. A ergonomia visa adequar sistemas de trabalho às características das
pessoas que nele operam. Nos projetos de sistemas de produção a ergonomia faz
convergir os aspectos de segurança, desempenho e de qualidade de vida, através de
sua metodologia específica, a análise ergonômica do trabalho. (ABERGO – 1998)
Estatísticas - Dados da Human Factors and Ergonomics Society (HFES), demonstram que a
ergonomia reduz em mais de 70% o índice de doenças e acidentes de trabalho, em empresas americanas
que aplicam o conceito.
No Brasil, embora não se tenha número real, cresce o número de empresas que aplicam conceitos de
ergonomia através de profissionais qualificados. Isso porque já percebem que a ergonomia é uma
importante ferramenta para reduzir gastos e ampliar a produtividade e competitividade.
Os dados estatísticos que envolvem o assunto revelam que sem as medidas necessárias as
conseqüências podem impactar não só na vida dos funcionários, mas também no bolso dos empresários.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) nos últimos 20 anos foram
registrados mais de 80 mil óbitos diretamente relacionados ao trabalho - mais de 12 mortes por dia, o que
coloca o País na quarta posição no ranking mundial de óbitos no local de trabalho. O Brasil está entre os
15 países do mundo com mais acidentes no trabalho.
O montante gasto com acidentes e doenças ocupacionais corresponde a cerca de 4% do Produto Bruto
do mundo (PIB). Os prejuízos diretos e indiretos atingem a média anual de R$ 22 bilhões.
Outros dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que 1,1 milhão de trabalhadores
morre, por ano, vítimas de acidentes e doenças do trabalho. Essa estatística ultrapassa a média anual de
mortes em acidentes de trânsito, guerras, violência e Aids.
A OMs (Organização Mundial da Saúde) designou o período de 2001 a 2010 como a "Década do
Osso e da Articulação", para que se realizem debates e revis ões desses temas relacionados ao
trabalho e à atividade diária. Nos Estados Unidos numa lei que acaba de ser aprovada transformou
a avaliação da dor no quinto sinal vital do ser humano. Isso é quando alguém é internado num
hospital americano, o médico precisa medir, alem dos quatro sinais tradicionais do estado de
saúde de uma pessoa a temperatura, respiração, press ão arterial e pulso, agora também deve
avaliar o nível de dor a que o paciente está sentindo. Não aliviar a dor é considerado negligência
médica, e como tal o medico pode ser denunciado.
A Revista Veja na sua edição de 2/12/2002, trouxe extensa matéria de capa sobre o problema da
Dor, baseada numa enquete cientifica de 2000 brasileiros , entre 18 e 60 anos existentes na
mesma proporção da população em geral do pais , a dor de cabeça crônica, atingiu 27% dessas
pessoas , a seguir a lombalgia, dor nas costas afetando 20% das pessoas . Dores nas pernas , nos
braços e nos ombros também estão entre as mais freqüentes . (s ão devidos a artrose, artrite,
fibromialgias , e outros padecimentos reumáticos etc..) Cerca de 63% dos 2000 entrevistados tem
um tipo de dor crônica, ou seja a dor crônica esta presente em seis de cada dez brasileiros O
número de pessoas com mais de 60 anos que se queixam de epis ódios dolorosos é 51% mas o
numero de pessoas mais jovens de 18 anos é maior 63%.
Outros tipos de dores que foram relatados como dor do trigêmeo, dor do herpes , as dores devidos
aos tumores malignos , diabete, tromboflebite nas pernas etc., são muito mais raras . Mas o
queremos chamar a atenção que a maioria dessas dores crônicas que se queixa a população são
rotuladas de "reumatismo". A reportagem trata de forma correta das dores constantes dos
portadores de LER (les ões por esforços repetitivos ) ou Dort (distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho) O Datafolha realizou uma pesquisa semelhante publicada no dia
7/10/2001. Afirmando que 47% das pessoas da enquete tiveram um dos sintomas da LER e depois
deduziu que existem 310 mil paulistanos com LER/Dort Os dados estatísticos publicados na Folha
pecam pelo exagero. Essa s índrome, que é muito rara.( não mais que 1% dos queixosos ) Os
números apresentados correspondem à totalidade das doenças reumáticas , ortopédicas ,
neurológicas e dos acidentes que acometem os trabalhadores , acumulados durante toda a vida
em qualquer profiss ão e que evidentemente podem resultar em dores no punho, no braço, no
ombro, atribuídas a esses movimentos repetitivos , mas como já se sabe não são específicos de
nada e de nenhuma doença .Esse é um erro de interpretação, misturando sintomas e sinais que
podem ser identificados nos exames e associados a sintomas subjetivos , como dores difusas ,
formigamentos , choques etc., existentes em vários distúrbios ps íquicos e depressivos , que não
tem nada a ver com o trabalho repetitivo, pois a enorme porcentagem desses pacientes
entrevistados sequer associavam os sintomas ao trabalho.
Cerca de 80% das queixas de dores crônicas em todo corpo são chamadas de dores "reumáticas ",
pela população por falta de uma designação mais adequada. Um exemplo desse tipo de dor que
espalha é a LER/Dort, que em 70% dos casos trata-se de uma fibromialgia Na fibromialgia as dores
que se estabelecem junto com a LER, podem surgir nas costas , nas pernas e pés . Em 30% dos
casos rotulados de LER restantes são devido a um pinçamento dos nervos na coluna cervical, que
resultam em formigamentos nos braços , mãos e dedos .
As LER/Dort não são consideradas doenças e, por isso, não constam da Classificação Internacional
das Doenças (CID-10), da OMs . Não são reconhecidas pelo SUs nem pela perícia médica do INSs
com essas designações , mas , sim, como s índrome cervicobraquial, com o código -M54.0 (doença
relacionada à coluna vertebral, da região cervical).
Na realidade o portador de LER tem um distúrbio nervoso em relação à sensibilidade a dores em
geral e ao cansaço muscular, chamado de fibromialgia, apontado na reportagem da Veja e nem
sequer mencionado na pesquisa do Datafolha. Nas pesquisas cientificas feitas na Universidade
Federal de são Paulo revelam que 70,3% desses portadores de LER/Dort têm, além das dores ,
cansaço e outros sintomas de origem ps íquica, como ansiedade, ins ônia, alterações da ideação,
histeria e depress ão sintomas que nada têm a ver com o tipo de trabalho que desempenham.
Outros diagnósticos como miosite, s índrome do túnel do carpo , bursite etc., que pioram com os
movimentos , não têm nada a ver com LER, pois são doenças autônomas .
Apesar disso, um lobby organizado com auxílio de alguns sindicatos conseguiu algo que não existe
em nenhum lugar do mundo: que essas supostas LER/Dort fossem equiparadas a doenças
profissionais e consideradas como acidente de trabalho, ligadas a condições inadequadas de
trabalho, não fornecidas pela empresa, sob o ponto de vista ergonômico.
Uma mudança desse enfoque é fundamental. Mas esse "modelo" dá vantagens econômicas ao
trabalhador, mesmo não sendo verdade. A empresa também não fica prejudicada, porque o
trabalhador aposentado torna-se encargo do Previdência. Mas a pretensa vítima tem direitos
indenizatórios enormes alem da aposentadoria precoce a serem pagos pelo INSs e pela sociedade.
O diagnóstico de LER/Dort, que é inadequado sob o ponto de vista médico, dá direito, quando
aceito pela Previdência do Brasil a estabilidade no emprego, auxílio-acidente, aposentadoria,
quitação da casa própria, a isenção de imposto na aquisição do veículo etc. Quando não aceito
pela Previdência, os sindicatos oferecem, gentilmente, advogados para defender os
trabalhadores . O INSs tem de se defender em processos exaustivos para demonstrar o óbvio.
O pior que essa interpretação de que o LER é devido a um problema ergonômico, exclusivamente,
não tem sustentação cientifica, pois melhorando as posturas no trabalho, já ficou demonstrado
que não há melhoria dos sintomas . O Estadão publicou em 5 janeiro de 2002 matéria sobre
LER/Dort, o que chamava a atenção é que a fisioterapeuta entrevistada, autora de um estudo de
mestrado, surpreendeu-se com o fato de que 90% dos 108 trabalhadores tratados continuam
tendo dores , mesmo sem trabalhar. O Centro de Referência de Saúde do Trabalhador da Zona
Leste, aonde trabalha essa fisioterapeuta, insiste em que a solução é ergonômica, ou seja,
melhorar a postura no trabalho, e afastamento das tarefas contratadas . Já está demonstrado que
isso isoladamente, não resolve o problema, pois existe um componente psicossomático envolvido
na LER,( pois a maioria dos pacientes sofre de fibromialgia). A dor e a fadiga s ó serão aliviadas
com antidepressivos e a regularização do sono, na maioria das vezes as fisioterapias e melhoria
das posições ergonômicas ajudam pouco. Os pacientes com LER/Dort, já deprimidos e instruídos
de seus poss íveis direitos , querem a aposentadoria e a indenização, mas não são tratados
adequadamente, continuando a piorar da sua qualidade de vida. Na década de 1930, no Reino
Unido, 60% dos telegrafistas apresentavam dores do tipo LER; nos EUA eram apenas 4%.
Os sindicatos mobilizados contra as novas tecnologias transmitiam insegurança aos
trabalhadores ; as LER não tinham nada a ver com o trabalho. Nos anos 1980, foi constatado que,
na Austrália, 30% dos trabalhadores que trabalhavam com computadores em serviços públicos
tinham LER; naqueles que trabalhavam por conta própria, esse tipo de afeção não passava de 1%.
O nome “oficial” por assim dizer é Stain Index (ou índice de esforço) e foi desenvolvido
em 1995 por MOORE, J. S e GARG, A.; com principal objetivo de avaliar o risco de
lesões em punhos e mãos.
• O que é repetitividade?
1. Inteiramente automatizado, onde uma tarefa é feita por uma máquina, por um
motor, ou pelo equipamento;
2. Semi-automatizado, onde uma tarefa é compartilhada por uma máquina e por
um trabalhador; e
3. Manual, em que a tarefa é realizada inteiramente pelo trabalhador
Apesar de ainda muito a acrescentar nestes conceitos, eles servem de base para
“tentarmos” definir o que é uma atividade repetitiva. Vejamos que essa não é uma tarefa
fácil. Podemos até delimitar o que é uma tarefa repetitiva, porém a dificuldade está
justamente em determinar até que ponto esta tarefa é potencialmente causadora de
lesões.
• Aplicação de forças
Neste livro, os autores ainda permitem discutir alguns fatores que podem interferir na
geração de forças:
Portanto, conclui-se neste ponto que os parâmetros repetitividade e força são complexos
e envolvem uma gama de fatores que podem contribuir para avaliações precisas ou não
de uma situação de trabalho.
O fator freqüência do esforço nada mais é do que o número de esforços que ocorre
durante um período de observação. Deve-se observar que cada ação técnica é um
esforço distinto; Quando o esforço for estático considere a freqüência máxima.
O fator ritmo do trabalho é uma estimação do quão rápido a pessoa está trabalhando.
Segundo a classificação do método o ritmo pode variar desde muito lento à muito
rápido.
O fator duração do trabalho expressa, em horas, o tempo em que a pessoa fica exposta a
atividade de trabalho. Quantifica-se a jornada de trabalho
• O cálculo
1 Apreciação ergonômica
Diagnose ergonômica
Projetação ergonômica