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Prezado Aluno,
A Coordenação Pedagógica
Derivativos – Banco do Brasil SUMÁRIO
SUMÁRIO
ABERTURA ................................................................................................................................. 9
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................................... 9
OBJETIVO E CONTEÚDO .......................................................................................................................................................... 9
ATIVIDADES ............................................................................................................................................................................... 11
GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES .......................................................................................................................... 11
SEÇÕES ........................................................................................................................................................................................ 12
MATERIAL .................................................................................................................................................................................... 13
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................................................................ 13
AVALIAÇÃO PRESENCIAL ...................................................................................................................................................... 14
MARCAÇÃO DA AVALIAÇÃO PRESENCIAL ..................................................................................................................... 15
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................................... 16
NAVEGAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 17
PROGRAMAS E PLUGINS .................................................................................................................................................... 18
PROFESSORAS-AUTORAS ..................................................................................................................................................... 18
EQUIPE DE PRODUÇÃO ......................................................................................................................................................... 19
ABERTURA
APRESENTAÇÃO
O Derivativos parte do pressuposto de que, com o desenvolvimento dos mercados de bolsa,
surgiram novos tipos de mercado, utilizados por empresas e bancos para garantirem preços
de produtos, taxas de câmbio e juros.
Mais ainda... Ao optar por fazer o Derivativos, você optou também por participar de um novo
método de ensino – o ensino a distância. Dessa forma, você terá bastante flexibilidade para
realizar as atividades nele previstas. Embora você possa definir o tempo que irá dedicar a esse
trabalho, ele foi planejado para ser concluído em um prazo determinado. Verifique sempre, no
calendário, o tempo de que você dispõe para dar conta das atividades nele propostas. Lá estarão
agendados todos os trabalhos, inclusive aqueles a serem realizados em equipe ou
encaminhados, em data previamente determinada, ao Professor-Tutor da disciplina.
Finalmente, sempre que você tiver qualquer dúvida sobre a utilização do programa, clique no
ícone , na barra de ferramentas. Nesse momento, será aberta uma janela de help com
vários itens. Selecione aquele a que se refere sua questão. Caso não consiga esclarecê-la, entre
em contato com o help desk do FGV Online, pelo telefone (21) 2210-1440...
de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h30min;
aos sábados e aos domingos, das 9h às 18h.
Lembre-se...
Estamos aqui, no FGV Online, prontos para ajudá-lo a realizar bem este trabalho.
OBJETIVO E CONTEÚDO
No Derivativos, além de discutirmos o conceito de derivativos, trataremos dos contratos futuros
e de opções, ou seja, dos derivativos ou produtos derivativos. Analisaremos ainda as estratégias
e as metodologias como ferramentas que possibilitam um ganho de capital e de patrimônio.
Sob esse foco, o Derivativos foi estruturado em seis módulos, nos quais foi inserido o seguinte
conteúdo...
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ABERTURA Derivativos – Banco do Brasil
Módulo 6 – Encerramento
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Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA
ATIVIDADES
Aqui foram definidos os seguintes tipos de atividades...
Auto-avaliação: cujo objetivo é possibilitar que você verifique até que ponto apreendeu o
conteúdo tratado no módulo. Por se tratar de auto-avaliações, estas tarefas são constituídas
de questões objetivas devidamente gabaritadas. Dessa forma, tais tarefas não serão
encaminhadas ao Professor-Tutor e delas não resultará uma nota a ser considerada em sua
média final.
Fórum: atividades predeterminadas visando à participação dos alunos nos debates que serão
realizados on-line. Aqui foram definidas as seguintes tarefas...
tarefa individual: participações individuais visando à produção de texto escrito;
análise de textos: comentários a serem feitos nos trabalhos dos colegas;
discussão de trabalhos: réplicas às análises recebidas dos colegas;
reunião on-line: debate entre os alunos, divididos por equipe, a partir da
problemática trabalhada no fórum.
Reunião on-line: debate, via ferramenta de chat, entre todos os alunos da turma e o Professor-
Tutor a partir de questões gerais ou do trabalho realizado no fórum.
É importante que você, ao receber o resultado de uma atividade, analise seu desempenho de
maneira detalhada. Só assim você saberá em que pontos especificamente você precisa
melhorar.
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ABERTURA Derivativos – Banco do Brasil
SEÇÕES
Aqui você poderá navegar pelas seguintes seções...
desempenho – no site do FGV Online, na área de alunos, você terá acesso aos
resultados das avaliações feitas, podendo, dessa forma, acompanhar seu
desempenho acadêmico, consultando, sempre que desejar, sua área de
desempenho.
área de estudos – aqui você terá acesso às disciplinas em que estiver inscrito; aos
módulos, às unidades e às seções, onde está estruturada a parte teórica; às orientações para os
trabalhos individuais e em equipe, e às avaliações. Pela área de estudos, você também poderá
acessar o seguinte recurso...
biblioteca virtual – esta área funciona como um centro de recursos multimídia. Neste
espaço, ficarão a sua disposição as questões colocadas com mais freqüência pelos alunos que
já fizeram esta disciplina, verbetes, biografias, textos, estudos de caso, indicações de filmes e
sites, FAQs...
sala de aula – por ser este espaço interativo, você poderá desenvolver trabalhos em
equipe, interagir com os demais participantes da turma e receber um atendimento
personalizado do Professor. Pela sala de aula, você poderá acessar ainda a área de...
perfis – onde você poderá registrar seus dados pessoais, assim como saber
quem/como são seus colegas de turma e seu Professor. Este é o espaço reservado
ainda para e-mails.
reunião on-line – uma ferramenta de chat por onde você poderá trabalhar
com qualquer participante da turma, seja ele um colega, um grupo ou o Professor-
Tutor.
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Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA
MATERIAL
Aqui você terá acesso aos seguintes tipos de material, via web...
textos teóricos relativos à temática tratada;
atividades diversas;
jogos didáticos;
vídeos e desenhos animados;
textos complementares de diversos tipos;
biografias das pessoas citadas nos textos;
verbetes de termos técnicos, conceitos, processos...
links para diversos sites;
modelos específicos de documentos.
Além disso, você recebeu, via correio, uma apostila contendo também todo o conteúdo aqui
tratado. Nesse material, foi incluído ainda um CD onde foram inseridos tanto os textos e os
vídeos – em formato digital – quanto os programas e plugins necessários à adequada utilização
do material na web.
Ainda em relação ao material disponibilizado no CD, lembramos que, por estar fora do
ambiente da web, nele você não contará com os links, recurso que, certamente, enriquece as
informações contidas nos textos.
AVALIAÇÃO
Por estarmos tratando de ensino a distância, aqui não nos preocupamos em utilizar os métodos,
as técnicas e os instrumentos tradicionais de avaliação da aprendizagem. Preocupamo-nos,
de fato, em criar mecanismos que nos possibilitem acompanhar seu desempenho,
possibilitando ainda que você possa reelaborar e construir o conhecimento necessário ao
aperfeiçoamento que se propõe a obter.
Ainda por se tratar de ensino a distância, estamos cientes de todas as vantagens e limitações
que um trabalho como este pode apresentar. Das vantagens, não precisamos agora falar.
Acreditamos que você poderá, concretamente, avaliá-las. Das limitações, uma que muito nos
incomoda é a percepção de solidão, que se manifesta pela ausência da sala de aula... pela
necessidade do grupo... pela falta do bate-papo dos intervalos...
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ABERTURA Derivativos – Banco do Brasil
Por estarmos conscientes disso, optamos aqui por uma metodologia centrada na interação, na
participação e na auto-avaliação. Nesse sentido, interessam-nos também os trabalhos em
equipes, equipes dinâmicas que compartilham trabalhos... que trocam experiências... que se
avaliam... que avaliam o outro. Nos trabalhos em equipe, todos, de alguma forma, deverão
contribuir com suas idéias, suas sugestões, seus levantamentos de dados... Contudo, a cada
tarefa, apenas um dos integrantes da equipe será indicado por ela como o responsável tanto
pela edição quanto pela apresentação do trabalho ao Professor-Tutor.
Embora sejam propostas atividades em equipe, isso não quer dizer que aqui não se valorize o
esforço solitário... o trabalho individual. Valorizamos e muito... até porque, no ensino a distância,
definir o local, a hora, o tempo de trabalho é regra geral. Não há como não procedermos assim.
MO = (AI + Fo + PI) / 3
AVALIAÇÃO PRESENCIAL
Após concluir todas as atividades da disciplina on-line, deve ser realizada uma avaliação
presencial de acordo com o calendário do curso. A avaliação presencial é obrigatória e sua
nota compõe a média final da disciplina.
Para realizar a avaliação presencial (AP), você tem de ter obtido média on-line (MO) igual ou
superior a 5,0 (cinco). Caso não obtenha a média mínima on-line, você será considerado
reprovado.
Para aprovação, a média final (MF) de cada disciplina – 7,0 (sete) – é assim computada...
Você tem direito, em uma única oportunidade, à realização de uma segunda avaliação
presencial que substitui a primeira avaliação. Essa oportunidade contempla duas situações...
ausência justificada – junto ao FGV Online – à primeira avaliação presencial;
não obtenção da média final para aprovação na disciplina, após a primeira
avaliação presencial.
Você tem direito ainda a realizar um outro tipo de prova, denominado verificação
suplementar.
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Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA
Atenção...
Contudo, você sempre será lembrado dessas avaliações, quando então você também será
informado do local em que ocorrerão essas provas.
Atenção...
Caso não tenha obtido média final para aprovação ou caso não tenha comparecido
a nenhuma das duas primeiras avaliações presenciais – tendo média on-line igual
ou superior a 5,0 (cinco) –, você receberá – também por e-mail – comunicação para
marcação de sua verificação suplementar.
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ABERTURA Derivativos – Banco do Brasil
BIBLIOGRAFIA
BRIGHAM, Eugene F.; EHRHARDT, Michael C. Financial management: theory and practice.
Thomson: South-Western, 2005.
De longe, o mais clássico dos livros-texto americanos sobre finanças corporativas é
muito conhecido e, há tempos, adotado nas boas faculdades brasileiras. Além disso,
é ricamente ilustrado, colorido, com grande variedade de cases, problemas e
exercícios, inclusive com CD-Rom, e prima por uma abordagem moderna e agradável
de se estudar. Seus capítulos são cuidadosamente dimensionados e podem ser
estudados em qualquer ordem.
COPELAND, Tom; KOLLER, Tim; MURRIN, Jack. Valuation: measuring and managing the value of
companies. 2nd ed. [S.l.]: John Wiley & Sons, Inc., 1996.
Manual clássico e pioneiro na área. Os autores são reconhecidos profissionais do
ramo, e sua abordagem é completa e sólida. Cobre extensivamente a teoria e a prática
de avaliação de empresas no contexto internacional.
HAWAWINI, Gabriel; VIALLET, Claude. Finance for executives: managing for value creation.
Thomson: South-Western, 2002.
Texto indicado e muito usado em programas de educação continuada internacionais.
Moderno na seleção dos tópicos, sua abordagem é rigorosa e faz uso de exemplos
práticos. Entretanto, uma dose de conhecimento prévio seria interessante para um
melhor aproveitamento dos temas. Os autores são professores do INSEAD, na França.
HAZZAN, Samuel; POMPEO, José Nicolau. Matemática financeira. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
É um texto consagrado no mercado, há vários anos, pela qualidade do conteúdo e
pela reconhecida didática de seus autores. É recomendado tanto para principiantes
quanto para os que desejam reciclar seus conhecimentos no assunto. Contém
inúmeros exemplos e exercícios, demonstra os cálculos matematicamente e também
com o uso da calculadora financeira HP 12-C.
HIGGINS, Robert C. Analysis for financial management. New York: Irwin Mcgraw-Hill, 2001.
Obra pequena e enxuta, mas que cobre tópicos interessantes de finanças. Adota
exemplos práticos, uma linguagem livre de jargões e tecnicismos, além das
oportunas pitadas de humor. Seu autor é reconhecido pela didática e é uma pena
que o texto não esteja disponível em português.
MARTELANC, Roy; PASIN, Rodrigo; CAVALCANTE, Francisco. Avaliação de empresas. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005.
Escrito por profissionais experientes no mercado e com formação acadêmica, este
texto apresenta a teoria e a prática da avaliação de empresas. Ilustrado com exemplos
extraídos da realidade brasileira, constitui uma boa fonte de consulta para os que
desejam conhecer bem os métodos e as abordagens relativas a esse tema.
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Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA
NETO, Alexandre Assaf. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.
Busca priorizar o estudo das finanças corporativas dentro do contexto econômico
brasileiro, o que lhe confere especial destaque. É um livro-texto que apresenta um
tratamento completo dos principais temas das finanças modernas, inclusive,
aspectos inflacionários e outros elementos típicos de nosso país. É denso, às vezes,
um pouco prolixo, mas, seguramente, bem escrito e consistente.
NAVEGAÇÃO
O LearningSpace é um sistema de aprendizado baseado na web, criado para atividades
individuais, em equipe ou orientadas por um professor-tutor. Todo o trabalho on-line é feito
por meio de um browser.
A maioria das atividades é inserida na área de estudos. Desta seção, você poderá se dirigir a
outras seções, tais como a sala de aula – para realizar um trabalho com seus colegas de equipe
– ou a biblioteca virtual – para ler ou consultar um material.
Para exibir as disciplinas nas quais você já está inscrito, clique no botão . A seguir, clique
na disciplina que lhe interessa para exibir seu conteúdo programático na janela à direita. Nesta
seção, você acessará o conteúdo teórico disponibilizado e as atividades propostas. Para acessar
a biblioteca virtual, clique em , na barra de ferramentas.
Para iniciar uma atividade na , clique em seu respectivo nome. Se a atividade for individual,
leia as telas associadas a ela e siga as instruções fornecidas. Se a atividade for em equipe ou
interativa – ou seja, uma reunião on-line –, clique nela para abrir a ferramenta de chat do
LearningSpace.
Para realizar, adequadamente, esta disciplina, você deverá observar a seqüência em que as
atividades foram planejadas. Para isso, fique atento, ao final de cada seção, às seguintes
possibilidades de navegação...
navegação a partir dos botões específicos do curso, localizados na barra de
ferramentas, na base das telas;
navegação a partir da função back/retorna do browser.
Por meio dos botões que aparecem na barra inferior de tarefas, você poderá se locomover,
livremente, revendo textos, exercícios, avaliações... Porém, não esqueça que, para acompanhar
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ABERTURA Derivativos – Banco do Brasil
a seqüência em que as atividades foram planejadas, você deverá caminhar pelas seções
utilizando os procedimentos apontados acima.
Ao final de algumas seções, indicamos alguns materiais que complementam o conteúdo que
está sendo trabalhado.
PROGRAMAS E PLUGINS
Para que você possa usufruir de todos os recursos aqui disponibilizados, é necessário que
você tenha instalados, em seu micro, alguns programas e plugins. São eles...
Zip Central – programa necessário à descompactação dos arquivos em Word;
Adobe Acrobat Reader – programa que possibilita a visualização dos arquivos
criados pelo Adobe Acrobat;
Flash Player – plugin que possibilita a visualização das animações criadas em
Flash;
Windows Media Player – programa que permite a reprodução de aúdios e vídeos.
Todos esses programas e plugins poderão ser instalados, em seu micro, por meio do CD que
você recebeu ao se matricular no FGV Online.
PROFESSORAS-AUTORAS
Sandra Blanco, além de ter realizado cursos em Administração
Financeira pela University of North Carolina, EUA, é formada em
Matemática pela PUC-SP e pós-graduada em Finanças pelo IBMEC-
SP. Com 10 anos de experiência no mercado financeiro nacional e
internacional, atuou em instituições como a Merrill Lynch e o Credit
Suisse First Boston Garantia. Possui profundos conhecimentos em
mercados monetários e de capitais, cartões de crédito e contas
correntes.
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Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA
EQUIPE DE PRODUÇÃO
Sandra Blanco – Professora-Autora
Coordenação
Prof. Carlos Longo – Diretor Geral
Operações
Ângela Campos – Suporte Operacional
Produção
Alan Rabelo – Supervisor de Biblioteca
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ABERTURA Derivativos – Banco do Brasil
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 1
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, explicaremos, em linhas gerais, o que é o mercado à vista de ações – matéria
necessária para o entendimento do mercado de derivativos.
Entenderemos também alguns conceitos tais como sociedades anônimas, ações ordinárias e
preferenciais, dividendos.
Além disso, observaremos que há investidores que utilizam análises gráficas e fundamentalistas
para auxiliá-los em suas decisões de investimento.
Vamos começar!
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
O banco holandês ING assumiu a dívida do Barings, adquirindo o banco pela irrisória quantia
de 1 libra esterlina.
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MÓDULO 1 Derivativos – Banco do Brasil
Os derivativos não só podem como devem também ser utilizados para neutralizar o
risco de outros investimentos. Nesse caso, o termo empregado pelo mercado é
hedge – do inglês, cercar, proteger, abrigar.
Dessa forma, os derivativos mostram-se instrumentos muito úteis no mundo atual, cada vez
mais arriscado e globalizado.
Ainda que esses profissionais sejam analistas com mestrado ou doutorado na área, eles devem
ser extremamente cautelosos e conscientes na hora de fazer seus investimentos.
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 1
Embora exista uma variedade muito grande de derivativos, há poucos tipos básicos a partir
dos quais todos os outros tipos de derivativos podem ser estruturados. Esses building blocks
são os futuros a termo e as opções.
Para que uma empresa abra seu capital, é necessária a autorização da Comissão de Valores
Mobiliários – CVM –, uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que regula e fiscaliza
as operações da bolsa, e garante a confiabilidade das demonstrações financeiras das
companhias de capital aberto.
2.3 AÇÕES
Podemos definir ações como...
...títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração
do capital social de uma dada empresa.
As ações tradicionais das bolsas de valores – as chamadas blue chips ou ações de primeira linha
– têm como características a grande liquidez e a expectativa de segurança e de rentabilidade.
Contudo, para qualquer ação, não há garantia formal nem para liquidez, nem para
segurança ou rentabilidade. Com isso, é transmitida ao mercado de ações uma forte
conotação de risco.
O investidor cauteloso deverá escolher ações de empresas cuja história indique maior
esperança de liquidez, de segurança e de rentabilidade.
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MÓDULO 1 Derivativos – Banco do Brasil
Há, contudo, investidores com maior propensão ao risco, que escolhem ações menos líquidas
e de menor tradição no mercado, na esperança de obterem lucros maiores.
Ações ordinárias...
Concedem a seus detentores o poder de voto nas assembléias deliberativas da
companhia, cujos membros votam com o peso da quantidade das ações que possuem.
Ações preferenciais...
Possuem predileção na distribuição de resultados ou no reembolso do capital em
caso de liquidação da companhia. Seus detentores só podem votar nas assembléias
em ocorrências excepcionais – por exemplo, quando a companhia passar três anos
consecutivos sem distribuir dividendos.
A parte não distribuída do lucro, que pode alcançar 75% do total auferido, deve ser reaplicada
nas atividades da própria empresa. Com isso, há um potencial aumento do lucro no futuro e,
portanto, dividendos progressivamente maiores.
Os dividendos são isentos de imposto de renda. Atualmente, há uma única forma de dividendos
– juros sobre capital próprio – sujeita à retenção de imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%.
2.5 SUBSCRIÇÕES
Os acionistas possuem ainda o direito de preferência na compra de novas ações emitidas ou
na subscrição.
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 1
Elas cobram uma remuneração – corretagem – na compra e na venda das ações entre 0,5% e
2% do montante negociado pelo investidor em um determinado dia.
Mercado à vista...
Compradores e vendedores estabelecem um preço para um determinado lote de
ações, a ser entregue e pago no prazo determinado. Atualmente, a entrega é feita
na Bolsa de São Paulo, no terceiro dia após a operação.
Mercado a termo...
As partes fixam um preço para a liquidação físico-financeira da ação em prazo futuro
determinado.
Mercado futuro...
A compra ou venda de ação é feita a um preço acordado entre as partes para
liquidação em data futura específica.
A União Federal exerce o controle da PETROBRAS, com cerca de 56% das ações
ordinárias, ou seja, 23% das ações totais da companhia.
No Brasil, o tag along é previsto na Lei nº10.303/01 – Lei das SAs –, em seu artigo 254-A, e assegura
a extensão das condições oferecidas aos acionistas controladores, no caso de venda do controle
da companhia, aos outros acionistas detentores de ações com direito a voto.
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MÓDULO 1 Derivativos – Banco do Brasil
Há também empresas que, voluntariamente, estenderam o tag along aos possuidores de ações
preferenciais, tais como a Braskem, a Gerdau e a Sadia, garantindo-lhes, em caso de transferência
de controle, um valor entre 80 e 100% do preço das ações de controle. Esse percentual é
estabelecido por cada uma das empresas consideradas.
Cada um de nós, em sua vida pessoal e familiar, tem de tomar decisões ligadas a experiências
que terão um desfecho efetivo. É muito ruim quando esse desfecho – dentre todos os que
poderiam existir, dependendo de nossa escolha – nos é adverso.
Logo, assumir riscos faz parte de nosso cotidiano, ainda que o desfecho adverso não tenha
sido considerado no momento da decisão.
No momento da decisão, o fracasso não pode ser negligenciado, devido a sua alta possibilidade
de ocorrência.
Isso é o que chamamos de projetos de risco, dentre os quais podemos incluir a compra de
ações, atividade que pode acarretar prejuízos importantes contra nossas expectativas de lucros
exitosos.
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 1
Saber o que vai acontecer em termos de futuro permite tomar a decisão certa no
presente.
Infelizmente, contudo, a antecipação de eventos futuros não está ao alcance do homem, com
algumas exceções, em casos muito especiais, em que o resultado desconhecido pode ser
calculado por meio de leis físicas e de suas equações.
Calculamos também o tempo que um corpo leva para cair até o solo a partir da altitude, da
velocidade inicial e da aceleração da gravidade no local.
Com a fórmula estabelecida por Darcy para calcular a quantidade de água potável a ser
fornecida a Paris, calculamos até a vazão de um fluido através de um meio poroso, a partir de
algumas variáveis estratégicas, como pressão, espessura, permeabilidade e viscosidade.
Thales de Mileto previu o eclipse do sol de 585 a.C. Dois séculos depois, Hiparco de Nicéia
antecipou, corretamente, os eclipses do sol e da lua, que iriam ocorrer nos 600 anos seguintes.
No dia 21 de agosto de 2126, o cometa Swift-Tuttle passará raspando a Terra, com uma
diferença de apenas duas semanas...
Alguns, como recurso, atuam no mercado de ações de acordo com sua intuição. Outros se
utilizam de análises gráficas, financeiras ou fundamentalistas.
Seja como for, é necessário agir com cautela e estudar as informações disponíveis.
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MÓDULO 1 Derivativos – Banco do Brasil
Para os grafistas, as médias móveis de 5 dias – de baixo para cima – cruzam as médias
móveis de 20 dias em um ponto de compra. Contudo, de cima para baixo, essas
mesmas médias se cruzam em um ponto de venda.
Nessa indicação, o que se reflete é uma tendência do mercado – a percepção do efeito manada
pode ser uma comparação –, não os dados intrínsecos da empresa considerada.
3.4.1 EXEMPLO 1
Um especulador utilizou os gráficos de média móvel de 5 e 20 dias para especular com ações
da Vale do Rio Doce.
A decisão foi tomada no dia 14 de março. O gráfico a seguir demonstra suas decisões de compra
e venda.
A curva pontilhada representa a média móvel de 5 dias. A curva cheia, a média móvel
de 20 dias.
Perto do dia 24 de março, a curva pontilhada corta a curva cheia de baixo para cima. Portanto,
nesse dia, o especulador adquiriu ações da Vale, cotadas, cada uma, a R$ 43,00.
Perto do dia 15 de maio, a curva pontilhada corta a curva cheia de cima para baixo. Portanto,
nesse dia, o especulador vendeu cada uma de suas ações a cerca de R$ 47,50, obtendo um
lucro de R$ 4,50 por ação – mais de 10%.
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 1
3.4.2 EXEMPLO 2
Há investidores mais cautelosos, sobretudo, os de médio e longo prazo, que investem de acordo
com as análises financeira e fundamentalista da companhia, examinando o preço da ação, o
lucro anual, o lucro anual por ação, os dividendos anuais, o valor patrimonial da ação, o dividend
yield, entre outros dados do balanço anual.
Esse investidor poderá adotar critérios pessoais, como o de adquirir ações de uma companhia
de primeira linha com preço/lucro do último balanço anual inferior a 8 e dividend yield
(dividendo anual/preço) x 100 superior a 4%. Em longo prazo, dificilmente, sairá perdendo.
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MÓDULO 1 Derivativos – Banco do Brasil
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 1
Se comprássemos hoje ações da Vale do Rio Doce a R$ 44,00 (A = 44), daqui a 1 mês,
caso o preço da ação seja R$ 54,00 (AT), teríamos um lucro de (AO - AT) = R$ 10,00.
Se, por outro lado, o preço fosse R$ 34,00 (AT) daqui a 1 mês, o resultado seria negativo, pois
(AO - AT) = -R$ 10,00.
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MÓDULO 1 Derivativos – Banco do Brasil
Representamos, no gráfico de lucros a seguir – que será muito útil nas estretégias com
opções –, todos os resultados possíveis...
Nas operações no mercado à vista, o imposto é cobrado sobre a receita de venda das ações
em um determinado mês, após a subtração do custo real das ações vendidas.
O imposto pela venda de ações em um determinado mês deve ser recolhido por DARF até o
último dia do mês subseqüente ao que se efetuaram as operações de venda das ações.
...são isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em
operações efetuadas com ações, no mercado à vista de bolsas de valores, se o total das
alienações realizadas no mês não ultrapassar R$ 20.000,00.
32
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 1
4.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a
uma cena do filme Pi no CD que acompanha a apostila.
UNIDADE 5 – ATIVIDADES
5.1 AUTO-AVALIAÇÃO
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 2
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, analisaremos o surgimento dos mercados a termo e de futuros. Além de discutirmos
suas características principais, seus participantes, avaliaremos sua importância econômica.
UNIDADE 1 – CONCEITUAÇÕES
1.1 DERIVATIVOS
Os contratos futuros e de opções são exemplos do que chamamos derivativos ou
produtos derivativos.
Os derivativos ou produtos derivativos são títulos cujos valores dependem de outras variáveis
mais básicas.
Uma opção de ação da Telemar é um derivativo, pois seu valor depende do preço da
ação da Telemar.
Um contrato futuro de café arábico é um derivativo, pois seu valor depende do preço
do café.
Contudo, participar do mercado futuro não significa, necessariamente, ser responsável por
receber ou entregar vultuosos estoques de commodities.
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MÓDULO 2 Derivativos – Banco do Brasil
1.3 ORIGENS
O que sabemos das origens do mercado futuro é que ele teve um modesto começo...
Até 1850, os Estados Unidos ainda não utilizavam os mercados futuros para comprar
e vender commodities como algodão, milho e trigo.
Por outro lado, quando dada commodity estava fora de época, tudo que era
produzido a partir dela tornava-se excessivamente caro porque não havia estoque
disponível.
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 2
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MÓDULO 2 Derivativos – Banco do Brasil
A quantidade...
A unidade de comercialização é padronizada. Cada unidade representa uma
quantidade fixa do produto.
A qualidade...
O preço de um produto está diretamente ligado a sua qualidade. Determiná-la de
forma correta é muito importante.
A data de vencimento...
Como o pico de comercialização dos produtos ocorre na safra ou na entressafra, as
bolsas estabelecem datas específicas para a liquidação dos contratos.
O local da entrega...
As bolsas, normalmente, estabelecem pontos de entrega próximos dos centros de
consumo e produção do bem.
Caso um desses itens não possa ser especificado, muito dificilmente o contrato
poderá ser negociado.
Com a padronização dos contratos, o único item que está livre para negociação,
realmente, é o preço pelo qual o contrato será liquidado em seu vencimento.
A maioria dos contratos futuros é cumprida sem que haja a entrega física da mercadoria.
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Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 2
Nos últimos anos, os bancos de investimentos têm sido muito criativos no desenvolvimento
de novos produtos derivativos, como criação de novas estratégias para minimização do risco,
alavancagem das posições para entrega de maior rentabilidade, entre outros, com o intuito de
satisfazer às necessidades de seus clientes.
Normalmente, tais títulos não são negociados em bolsa, mas vendidos no mercado de balcão
por instituições financeiras ou incorporados à emissão de ações ou títulos no intuito de torná-
los mais atrativos.
2.5 EXEMPLO
Devido à redução de investimentos no setor rural por parte do governo, novas formas
de captação de recursos se faziam necessárias. Uma das soluções encontradas foi a
busca de investidores, realizada pela Cédula do Produto Rural – CPR. A venda do
produto rural por meio da CPR antecipa recursos ao produtor.
A CPR – regulamentada pela Lei n. 8.929, de 22 de agosto de 1994 – foi criada como um título
a termo.
O emitente desse título cambial vende sua produção a termo, recebe o valor da venda à vista
e se compromete a entregar o produto negociado na quantidade, na qualidade, no local e na
data estipulados.
A partir de 20 de janeiro de 2000, a CPR passou a ser admitida com liquidação financeira, o que
ampliou o leque de compradores àqueles que não queriam, de fato, receber a mercadoria – e
que, no prazo estipulado, receberiam o dinheiro equivalente à mercadoria comprada.
Por outro, um produtor de pães está tentando assegurar o preço de compra para determinar
quantos pães poderão ser produzidos e quais os lucros projetados.
39
MÓDULO 2 Derivativos – Banco do Brasil
Nesse caso, o agricultor e o produtor podem firmar um contrato futuro para a entrega
de 5.000 sacas de grão, em junho próximo, ao preço de R$ 4,00 por saca.
É esse contrato – e não o grão em si – que pode ser comprado ou vendido no mercado futuro.
O produtor – como detentor da posição de compra – lucrou R$ 1,00 por saca porque o preço
que irá pagar no futuro será menor do que aquele que o resto do mercado será obrigado a
pagar.
No dia em que a mudança ocorre – como são 5.000 sacas –, são debitados da conta do agricultor
R$ 5.000,00. Na conta do produtor, são creditados R$ 5.000,00.
Como o mercado varia todos os dias, esses tipos de ajustes são realizados
diariamente.
Da mesma forma que, em um contrato futuro, as contas das partes são ajustadas diariamente,
a maioria das transações no mercado futuro é completada em dinheiro, e a mercadoria física,
comprada ou vendida no mercado spot com dinheiro vivo.
Depois de encerrado o contrato futuro, o produtor ainda precisa do trigo para fazer
o pão.
40
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 2
Para adquirir sua mercadoria, o produtor ainda paga o preço acertado de R$ 4,00
por saca (R$ 25.000,00 - R$ 5.000,00), ou seja, R$ 20.000,00.
O agricultor – depois de fechar contrato – pode vender seu trigo no mercado spot a R$ 5,00
por saca. Contudo, por ter perdido no contrato futuro fechado com o padeiro, na realidade, ele
receberá do padeiro apenas R$ 4,00 por saca.
2.7.1 ESPECULAÇÃO
Um contrato futuro é, na verdade, mais uma posição financeira.
UNIDADE 3 – PARTICIPANTES
3.1 CATEGORIAS
Os participantes do mercado futuro estão subdivididos em duas categorias...
Hedgers...
Compram ou vendem no mercado futuro para assegurar o preço futuro de um
produto no mercado spot.
Especuladores...
Pessoa ou grupo de pessoas com uma tarefa fixa e encarregado de montar uma das
partes do produto.
41
MÓDULO 2 Derivativos – Banco do Brasil
3.2 HEDGERS
O hedger compra ou vende no mercado futuro para assegurar o preço futuro de um
dado produto no mercado spot, ajudando na proteção contra os riscos da oscilação
de preços.
Os detentores de posições de compra nos contratos futuros tentam assegurar o preço mais
baixo possível.
Fazer – por meio de contratos futuros – um hedge também pode possibilitar que
seja mantida uma margem de preço aceitável entre o custo de matéria-prima e o
custo de varejo do produto final vendido.
3.2.1 EXEMPLO
Um joalheiro tem de garantir – por pelo menos seis meses – o estoque de prata para brincos e
pulseiras que já foram anunciados em um catálogo, a preços específicos.
Se o preço da prata aumentar nos próximos seis meses, o custo extra da prata não poderá ser
transferido ao comprador de varejo – uma vez que os preços dos brincos e das pulseiras já
foram definidos e divulgados.
Se, ao final do sexto mês, o preço da prata no mercado à vista for R$ 6,00 por onça,
o joalheiro terá se beneficiado com os contratos futuros e escapará dos preços mais
altos.
Se, ao final do sexto mês, o preço da prata no mercado à vista baixar, o joalheiro terá
prejuízo.
Como o mercado de prata é muito volátil, o joalheiro pode-se proteger usando contratos futuros
como estratégia de minimizar risco.
42
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 2
3.3 ESPECULADORES
Os especuladores – em vez de tentarem minimizar o risco – tentam-se beneficiar do
risco inerente aos mercados futuros.
43
MÓDULO 2 Derivativos – Banco do Brasil
Nos Estados Unidos, esse mercado é regulado pela Commodity Futures Trading Commission –
CFTC – e também está sujeito à regulação da National Futures Association – NFA.
Formação de preço...
Instrumentos econômicos para determinação de preços, baseados nos montantes
de oferta e demanda presentes e futuras.
Redução de risco...
Os participantes devem saber, anteriormente, o valor que será necessário
disponibilizar para comprar ou vender.
O processo que leva em consideração todos esses fatores é conhecido como formação de
preço.
44
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 2
5.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse uma
cena do filme Quanto vale ou é por quilo? no CD que acompanha a apostila.
UNIDADE 6 – ATIVIDADES
6.1 AUTO-AVALIAÇÃO
45
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
APRESENTAÇÃO
Além do mercado à vista de ações, há também, em Bolsa de Valores, o mercado a termo, o
mercado futuro e o mercado de opções.
Neste módulo, em linhas gerais, vamos estudar o funcionamento dos mercados a termo e de
futuros em Bolsa. Após conhecermos as estratégias usadas nesses mercados para fazermos
bons investimentos, nos concentraremos em exemplos mais práticos do mercado futuro.
Quando se opera um contrato futuro, a bolsa de futuros exige que um mínimo de dinheiro
seja depositado em conta – esse depósito inicial é chamado de margem de garantia.
1.2 ALAVANCAGEM
No mercado futuro, alavancagem se refere ao controle sobre uma grande quantidade de
commodities em relação a um baixo nível de capital.
47
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
Isso significa que uma pequena mudança em um preço futuro pode traduzir um enorme ganho
ou uma enorme perda.
As posições futuras são altamente alavancadas porque as margens iniciais – impostas pelas
bolsas – são relativamente pequenas se comparadas ao valor dos contratos.
Isso explica por que o mercado futuro é útil, porém muito arriscado se entramos
para especular.
1.2.1 EXEMPLO
Com uma margem de garantia de apenas R$ 5.000,00, é possível comprar um contrato futuro
de 30.000 libras de café, com valor de R$ 50.000,00.
Isso significa que, para cada ponto ganho ou perdido, haverá um lucro ou um prejuízo
de R$ 250,00.
Se, após alguns meses, o índice proporcionar um ganho de 5%, este se traduzirá em um ganho
de 65 pontos.
48
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
Por outro lado, se o índice tivesse diminuído 5%, haveria uma perda de R$ 16.250,00.
Essa perda representa um prejuízo muito grande em relação à margem de garantia depositada
para obter o contrato – R$ 10.000,00 –, pois ainda faltaria pagar R$ 6.250,00 para cobrir as
perdas.
1.3 PRECIFICAÇÃO
Contratos no mercado de futuros resultam da competição entre os preços.
Em um contrato de café de 100 sacas, um mínimo de US$ 5,00 (US$ 0,05 x 100
sacas) poderia ser ganho ou perdido em um contrato particular, em um único dia.
UNIDADE 2 – ESTRATÉGIAS
2.1 ESTRATÉGIAS
Essencialmente, os contratos futuros tentam projetar, em uma data futura, o valor de um índice
ou de uma mercadoria.
Estar comprado...
O investidor pretende lucrar com a alta antecipada no preço futuro.
Estar vendido...
O investidor pretende lucrar com a queda dos preços.
49
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
Spread...
O investidor pretende lucrar com a diferença de preço entre dois contratos de uma
mesma mercadoria.
Esse investidor pretende lucrar em cima de uma alta antecipada no preço futuro.
Por outro lado, se, em agosto, o preço do ouro subir R$ 2,00 por onça e o especulador decidir
vender o contrato para lucrar, o contrato de 1.000 onças valerá R$ 352.000,00 – seu lucro
será de R$ 2.000,00.
Se, em agosto, o preço do ouro diminuir R$ 2,00 por onça e o especulador decidir vender o
contrato, ele perderá 100%.
50
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
O estrategista de uma empresa chega à conclusão de que o preço do petróleo deverá cair nos
próximos seis meses.
Se, em março, o preço do petróleo chegar a R$ 20,00 por barril – e o estrategista achar que é
hora de obter algum lucro –, ele poderá comprar de volta o contrato que valeria então R$
20.000,00.
2.4 SPREAD
Estar comprado ou vendido são posições que, basicamente, envolvem a compra ou a venda de
um contrato visando à obtenção de vantagem dos altos ou baixos preços do mercado futuro.
Por exemplo, comprar um contrato futuro de ouro com vencimento em outubro e vender um
contrato futuro de ouro com vencimento em dezembro...
51
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
Dessa forma, ele obtém como resultado uma taxa de retorno prefixada, que equivale à diferença
entre o preço da carteira à vista e o preço contratado no mercado de IBOVESPA.
Por intermédio dessas corretoras – sócias da BM&F –, as ordens dos clientes são
executadas, da melhor forma possível, em um pregão ou em um mercado de balcão.
Para negociar no mercado futuro de ações, temos de proceder da mesma forma que em
qualquer outro mercado da BOVESPA.
52
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
...operações de compra e venda a futuro dos mesmos papéis, para o mesmo mês de
vencimento, em uma mesma sessão de negociação, por uma mesma sociedade
corretora e por conta de um mesmo comitente.
53
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
O preço praticado em mercado gira em torno de um preço calculado – preço teórico ou preço
justo – cuja formação se baseia no princípio de que o preço justo de negociação no mercado
futuro de ações corresponde ao preço do papel no mercado à vista mais uma taxa de juros.
3.5.1 FÓRMULA
A fórmula que explica essa relação é...
Em que...
F = valor do contrato futuro;
S = valor do ativo no mercado à vista;
i = taxa de juros na forma decimal;
n = número de dias a decorrer até o vencimento do contrato futuro;
m = número de dias da base da taxa de juros – ano, mês, semestre...
54
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
Entretanto, há situações menos usuais em que o mercado está invertido. Neste caso, os contratos
de vencimento mais próximos são praticados a preços mais altos do que os de vencimento
mais distante.
Normalmente, isso acontece quando a oferta de determinado ativo é mais escassa em curto
prazo – com relação à demanda – do que em médio ou longo prazo.
Se o investidor é detentor de uma posição vendedora de 100.000 ações – que vence, por
exemplo, em dezembro – e deseja encerrar sua posição no mercado futuro antes do dia de
vencimento, ele poderá comprar 100.000 ações nesse mercado com vencimento para
dezembro.
3.6.1 EXEMPLO
Um investidor detém uma posição de compra futura de 500.000 ações, com vencimento em
outubro. Contudo, ele deseja-se desfazer de parte de sua posição.
Esse investidor pode ir à sociedade corretora por meio da qual opera e dar uma ordem para a
venda de 300.000 ações no mercado futuro de ações, com vencimento em outubro.
55
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
O ano de 2004 foi um marco para a Bolsa de Mercadorias & Futuros – BM&F. Houve um
crescimento de 30% no volume de operações.
4.2 OPERAÇÕES
Atualmente, são três os contratos minis, e suas especificações podem ser obtidas nos sites da
CBOT e da CME.
56
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
Do IBOVESPA...
A utilização do mercado futuro de IBOVESPA serve como proteção de uma carteira
de ações. O mini do IBOVESPA é muito utilizado pelos investidores como hedge.
Do boi gordo...
O contrato normal de boi é de 330 arrobas ou cerca de 20 cabeças. Já o mini fica em
33 arrobas ou 2 cabeças.
De dólar...
O contrato padrão futuro de dólar é de US$ 50 mil. O pequeno investidor teria de
desembolsar US$ 5 mil para participar da negociação.
5.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse
uma cena do filme A última noite no CD que acompanha a apostila.
UNIDADE 6 – ATIVIDADES
6.1 AUTO-AVALIAÇÃO
6.2 FÓRUM – ANIMAÇÃO
57
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
Neste fórum, discutiremos se os contratos futuros devem fazer parte da estratégia do pequeno
investidor, a partir das seguintes atividades...
tarefa individual sobre o tema apresentado;
apresentação do trabalho à turma;
análise de trabalhos de dois colegas;
discussão dos trabalhos;
debate, via reunião on-line, sobre a temática do fórum.
Objetivo
Suporte ao trabalho
Tarefa
Elabore um texto que discuta se os contratos futuros devem fazer parte da estratégia do
pequeno investidor – ou investidor iniciante. Para tal, considere os contratos mini...
do IBOVESPA;
de boi gordo;
de dólar.
58
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
Registro do trabalho
Para saber como disponibilizar seu trabalho na sala de aula, leia o Anexo 4.
Tarefa
Registro do trabalho
59
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
Para saber como acessar os trabalhos de seus colegas e disponibilizar sua análise na
sala de aula, leia o Anexo 5.
Para saber como acessar as análises dirigidas a seu trabalho e como disponibilizar
seus comentários a essas análises, leia o Anexo 6.
Para otimizar esse debate, agendamos mais de uma reunião on-line com as equipes, de acordo
com o número de alunos da turma.
Sua avaliação na reunião on-line – como nas demais etapas de trabalho previstas no
fórum – será individual.
Verifique o dia e o horário em que a reunião on-line de sua equipe foi agendada no calendário.
60
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
Para que a reunião on-line seja produtiva, devemos observar as seguintes regras...
a reunião on-line não poderá exceder uma hora e meia;
os alunos deverão participar da reunião on-line de maneira organizada, seguindo
às orientações do Professor-Tutor.
TEXTO UTILIZADO
A febre do investimento on-line contagiou, enfim, a Bolsa de Mercadorias e Futuros. Até o final
de outubro, a BM&F lança seu sistema de transação pela internet, voltado para pessoas físicas.
Batizado de web trade, a nova plataforma permitirá que o investidor negocie minicontratos a
partir de seu computador. Os minis, como são conhecidos, têm valor mais baixo do que os
contratos tradicionais. Hoje a BM&F oferece minis de dólar e do índice da Bolsa de Valores de
São Paulo, o Ibovespa. Funciona assim: cada contrato de dólar custa US$50 mil. Já o mini é
negociado a US$5 mil. Com a abertura das operações pela internet, a bolsa espera aumentar o
volume de aplicações de investidores comuns. O serviço estréia com uma novidade: a
negociação de minicontratos de boi gordo. A intenção do web trade é facilitar o acesso à
Bolsa, baratear os custos e permitir que os pequenos investidores também operem no mercado
futuro, afirma José Carlos Branco, diretor de pregão da BM&F. Com a internet, nosso potencial
de crescimento é enorme.
61
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
olho no novo mercado, empresas como a CMA, dona de terminais de negociação e análise de
informações financeiras, já se preparam para a chegada dos novos clientes. Depois que a BM&F
anunciar os parâmetros técnicos, em 30 dias colocamos nosso produto na rua, diz Romualdo
Salata, diretor geral da CMA. É só entrar e começar a negociar.
Fonte
MAGELLA, Geraldo. O futuro em suas mãos. Istoé Dinheiro. São Paulo, n.360, jul. 2004. Disponível
em: <http://www.terra.com.br/istoedinheiro/360/seudinheiro/futuro_maos.htm>. Acesso em:
09 set. 2005.
62
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 3
63
MÓDULO 3 Derivativos – Banco do Brasil
MATRIZ DO FÓRUM
64
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, enfocaremos as opções, um dos muitos instrumentos que o mercado nos
oferece. Nesse sentido, analisaremos as opções de compra e de venda, os participantes desse
mercado e os jargões que seus profissionais utilizam, além das diversas classificações de opções
simples e mistas.
Com as opções, podemos fazer o que quisermos – desde proteger uma posição de
uma queda repentina até fazer uma aposta no movimento de um mercado ou de
um índice.
65
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
Uma opção – da mesma forma que uma ação ou qualquer outro título – é um
instrumento financeiro, um contrato com termos e propriedades rigorosamente
definidos.
Ainda confuso?
1.2.1 EXEMPLO
Você deseja comprar uma casa, mas só terá o dinheiro necessário em três meses.
Você tenta então negociar com o proprietário uma opção para comprar a casa em
três meses pelo preço de R$ 200.000,00.
Situação 1...
Descobrimos que a casa pertenceu a uma ilustre figura da sociedade. Como
resultado, o valor de mercado da casa sobe muito, atingindo R$ 500.000,00.
Situação 2...
Fazendo uma visita à casa, descobrimos que há infiltrações irreparáveis no banheiro
e na cozinha. Embora, originalmente, tenhamos pensado que aquela era uma
excelente oferta, agora a consideramos sem valor.
E, como compramos uma opção, não temos a obrigação de exercê-la, ou seja, não
temos a obrigação da compra. Basta desistirmos da opção. Contudo, perderemos os
R$ 3.000,00 que pagamos pelo preço da opção.
Se esperarmos até a data do vencimento sem exercer uma opção, poderemos perder 100%
do investimento – ou seja, o que pagamos pela opção.
66
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
Por essa razão, as opções são chamadas derivativos – o valor de uma opção é derivado
do valor do ativo.
No Brasil, a principal bolsa que negocia opções sobre ouro, dólar, entre outros, é a
Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F –, de São Paulo. Em segundo lugar, temos a
Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA –, que lista opções sobre determinadas
ações.
1.3 TERMINOLOGIA
A terminologia associada à operação de opções é...
preço de exercício;
ativo-objeto;
prêmio;
vencimento.
Conhecido também como strike price, esse é o preço que servirá de parâmetro para o titular da
opção – exercer ou não seu direito de compra ou venda.
A opção que é negociada em uma bolsa nacional de opções – opção listada – possui preço de
exercício e data de vencimento fixos.
Cada opção listada representa 100 ações – o que é conhecido como contrato.
O custo de uma opção – prêmio – é determinado por fatores que incluem o preço
do ativo-objeto, o preço de exercício, o tempo restante até a data de vencimento e
a volatilidade, além da taxa livre de risco e da expectativa de dividendos durante a
vida útil da opção.
67
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
1.3.3 VENCIMENTO
Vencimento é data em que expira a opção. Na BOVESPA, os vencimentos ocorrem
mensalmente.
Ao ser autorizado um novo vencimento, a bolsa abre séries de negociação com preços de
exercício próximos ao preço à vista da ação-objeto. No entanto, em caso de alterações futuras
nas cotações da ação-objeto, podem ser autorizadas emissões de novas séries cujos preços de
exercício reflitam o movimento do preço da ação...
1.3.3.1 EXEMPLOS
Vejamos alguns exemplos...
1.4 PARTICIPANTES
São quatro os participantes no mercado de opções...
compradores de opções de compra ou calls;
vendedores de opções de compra ou calls;
compradores de opções de venda ou puts;
vendedores de opções de venda ou puts.
68
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
1.4.1 TITULARES
Titular é o comprador!
Os titulares têm a escolha de exercer seus direitos. Contudo, podem perder a totalidade do
capital investido em um período relativamente curto – prejuízo máximo.
1.4.2 LANÇADORES
Lançadores de opções de compra ou de venda – vendedores – são obrigados a
comprar ou vender.
Nesse caso, os lançadores teriam de comprar as ações para atender a um valor acima
do preço de exercício, correndo o risco de não só devolverem o prêmio recebido
como também de ter de pagar uma quantia muito grande – potencial de prejuízo
ilimitado.
Quando cobertos, os lançadores correm um risco um pouco menor, pois possuem as ações
que deverão entregar em caso de exercício – como cobertura a sua obrigação.
69
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
1.5 JARGÕES
No mercado de opções, há expressões bastantes comuns...
Dentro-do-dinheiro – ‘in-the-money’…
Uma opção de compra é considerada dentro-do-dinheiro se o preço da ação estiver
acima do preço de exercício.
No-dinheiro – ‘at-the-money’…
O montante pelo qual uma opção é considerada no-dinheiro é conhecido como
valor intrínseco – o que ocorre quando o preço da ação é igual ao preço de exercício.
Fora-do-dinheiro – ‘out-of-the-money’…
Uma opção de compra é considerada fora-do-dinheiro se o preço da ação estiver
abaixo do preço de exercício.
70
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
Se, no vencimento, o preço da ação for menor do que o preço de exercício, o investidor preferirá
não exercê-la.
Não faz sentido comprar uma ação por R$ 100,00 quando seu valor de mercado é
mais baixo. Nesse caso, o investimento inicial de R$ 300,00 é perdido.
2.1.1 EXEMPLO
Os possíveis resultados da aquisição de uma opção de compra de uma ação, com o prêmio da
opção sendo R$ 3,00, e o preço de exercício, R$ 100,00, são...
Se o preço final for menor que o preço de exercício, a opção não será exercida, e o
prejuízo será o valor pago pela opção.
Notemos que, ainda que o preço da ação seja maior que o preço do exercício, há
situações em que, mesmo exercendo a opção,o investidor incorre em prejuízo. Nesse
caso, isso ocorre com o preço da ação entre R$ 100,00 e R$ 103,00.
De um modo geral, as opções de compra devem ser sempre exercidas quando o preço da
ação estiver acima do preço de exercício.
71
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
Um investidor adquire uma opção de compra de 100 ações da Vale do Rio Doce...
...prêmio = R$ 1,50;
Se o preco da ação é de R$ 55,00, o investidor adquire 100 ações e, sob o termo da opção,
vende-as por R$ 60,00 cada, realizando um ganho de R$ 5,00 por ação, ou seja, R$ 500,00 no
total.
2.2.1 EXEMPLO
A relação entre lucro e prejuízo de um investidor, em uma opção de venda, varia com o preço
final de uma ação.
72
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
Em geral, se o preço da ação for maior do que o preço de exercício, a opção não será
exercida, e o prejuízo será o prêmio, ou seja, R$ 150,00 (R$ 1,50 x R$ 100,00).
Em uma delas, está o investidor, que assume a posição comprada, isto é, compra a
opção.
Na outra, está o investidor que assume a posição vendida, isto é, vende ou lança a
opção.
O lançador de uma opção recebe dinheiro adiantado, porém tem obrigações potenciais
posteriormente. Sua relação de lucro e perda é oposta à do comprador da opção.
73
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
3.1.1 ESPECULAÇÃO
Uma das vantagens das opções – em função de sua versatilidade – é a possibilidade
de gerar lucros mesmo quando o mercado está em queda.
Quanto à especulação, podemos dizer que muito dinheiro é gerado – porém muito
é perdido.
Quando compramos uma opção, temos de estar seguros sobre a direção e o momento correto
do movimento das ações.
Quando compramos uma opção, temos de estar seguros sobre a magnitude desse processo.
É preciso apostar na alta ou na queda dos preços e estar seguro quanto a sua variação.
3.1.2 HEDGE
Uma outra função das opções é a proteção.
Estratégias de proteção ou de hedge podem ser úteis – especialmente, para grandes instituições.
Um pequeno investidor que queira apostar no potencial de alta das ações do setor
de telecomunicações – mas que queira limitar qualquer perda – também pode-se
beneficiar com as opções.
Operando com opções, esse investidor seria capaz de restringir as perdas em caso
de quedas e gerar lucro de movimentos de alta.
3.1.3 PROTEÇÃO
O mercado de opções fornece aos hedgers um seguro para o preço de suas
mercadorias.
74
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
Dessa forma, a compra do objeto físico ou futuro combinada com a compra de uma opção de
venda resultará em uma posição cujo comportamento simule o da compra de uma call...
Se o mercado subir, a opção de venda perderá seu valor, mas a posição comprada
no objeto da opção subirá de preço, como seria o caso da opção de compra.
75
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
Se o mercado subir, a posição em futuro terá uma perda, que será compensada pelo
ganho da opção de compra.
Se o mercado subir, a opção de venda perderá seu valor – o titular da opção de venda não
exercerá seu direito de vender o objeto por um preço inferior ao preço de mercado –, e a
venda do objeto resultará em prejuízo.
Se o mercado cair, a opção de venda será exercida, mas o contrato vendido no futuro dará
lucro, compensando a perda na opção de venda.
Se o mercado subir, a opção de compra será exercida pelo titular. Contudo, a perda
na opção de compra será compensada pelo ganho na posição do futuro.
Se o mercado cair, a opção de compra perderá seu valor, e a posição em futuro causará
uma perda.
Para sintetizar determinada opção que será combinada com a posição no futuro, devemos,
obrigatoriamente, ter o mesmo preço de exercício da opção-alvo.
Só devemos usar ativos sintéticos quando o preço destes for melhor que o preço da
posição-alvo ou quando o mercado não estiver negociando a opção-alvo desejada.
76
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
Elas são similares às opções de ações uma vez que o detentor da opção tem o direito – mas
não a obrigação – de comprar a ação da empresa.
O prêmio de uma opção é a soma do valor intrínseco com o valor tempo. O valor
intrínseco é o montante no-dinheiro que, para uma opção de compra, significa que o
preço da ação é igual ao preço de exercício.
Além de não necessitar de muito conhecimento de matemática, o modelo provou ser também
eficiente na prática depois de testes nos mercados americanos e europeus.
77
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
Mais tarde, John C. Cox e Mark Rubinstein ampliaram o conceito do método e aplicaram-no ao
mercado de opções.
4.3.1 EXEMPLO
105
100
95
Uma opção de compra – cujo preço de exercício é de R$ 100,00 no objeto – vale hoje também
R$ 100,00.
Supondo que o preço do objeto só poderá subir ou cair R$ 5,00, existem apenas
duas possibilidades de preço para o último momento de exercício – R$ 105,00 ou
R$ 95,00.
Esse esquema – chamado de árvore – mostra as possibilidades para o preço do objeto no dia
do exercício.
O pressuposto de que o valor do objeto subirá ou cairá em uma quantia fixa é o conceito
fundamental associado a uma distribuição de preços binomial – o preço do ativo só poderá
assumir um entre dois valores a cada movimento.
78
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
Para que esse comprador não tenha mais chances de perder do que ganhar, ele
deverá pagar R$ 2,50 por essa opção.
A análise inversa também é válida para o vendedor. Para que este não tenha mais chances de
perder do que ganhar, ele deverá receber R$ 2,50 pela opção.
4.3.2 EXEMPLO
Com o mercado oscilando em R$ 5,00 e com o prazo de vencimento da opção em T2, teremos
de montar a árvore para o objeto.
79
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
Na parte superior da árvore, a opção vale R$ 10,00, pois, nessa posição, teremos o valor objeto
em R$ 110,00. Dessa maneira, quando exercermos essa opção, ganharemos R$ 10,00.
Logo abaixo, o valor é 0, a opção estará no-dinheiro e, portanto, não terá valor. O mesmo acontece
com o último 0 abaixo – a opção estará fora-do-dinheiro e não terá valor nenhum.
Em T2, a opção poderá adquirir dois valores diferentes. Se o objeto estiver em R$ 105,00, o
titular da opção de compra terá 50% de chance de ganhar R$ 10,00, e 50% de perder tudo.
Para tanto, esse modelo utiliza a distribuição normal – em vez da binomial – para
calcular a probabilidade de o ativo-objeto atingir determinado nível de preço.
80
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 4
Entretanto, em função da versatilidade das opções, existem diversos outros tipos e variações
de opções.
Opções não padrão são chamadas opções exóticas, o que pode implicar variações
na indução dos perfis das opções plain vanilla ou produtos completamente
diferentes com opcionalidades próprias.
Mesmo sendo negociadas fora da bolsa, elas procuram atender, de forma mais
eficiente, à necessidade dos agentes econômicos.
Normalmente, essas opções são negociadas entre bancos e clientes, com o banco
assumindo tanto o risco de crédito quanto o risco de mercado de seu cliente.
Caps...
Série de opções de compra do tipo européia sobre uma taxa de juros. Cada uma das
opções possui data de exercício coincidente com as datas de pagamento dos juros
devidos.
Floor...
Série de opções de compra do tipo européia que tem datas de exercício coincidentes
com as datas de recebimento dos juros da aplicação.
81
MÓDULO 4 Derivativos – Banco do Brasil
Collars...
Os caps e os floors podem ser combinados para criar várias outras posições. A mais
comum delas é o collar – combinação de compra de um cap e a venda de um floor.
O collar é uma posição que permite a oscilação da taxa de juros entre a taxa do cap
e a taxa do floor.
5.2.2 SWAPTIONS
Nos últimos anos, uma das principais áreas de desenvolvimento nos mercados de derivativos
foi a dos swaps. Com o crescimento e a sofisticação desse mercado, foram criadas as opções de
swap ou swaptions.
6.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse
uma cena do filme Casa de areia e névoa no CD que acompanha a apostila.
UNIDADE 7 – ATIVIDADES
7.1 AUTO-AVALIAÇÃO
82
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
APRESENTAÇÃO
No módulo anterior, concentramo-nos nas propriedades básicas e na terminologia do mercado
de opções.
Neste módulo, vamos analisar algumas estratégias construídas com posições em opções de
venda – puts –, opções de compra – calls – e seus ativos objetos, que possibilitam uma variedade
maior de resultados.
83
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
Na maturidade T, se o preço da ação AT for maior que a soma do preço do exercício E com o
valor do prêmio P, o investidor obterá lucros com a estratégia. Se, por outro lado, AT for menor
que (E + P), o investidor obterá prejuízos com a estratégia.
Como o valor do prêmio, normalmente, é uma fração do preço da ação, essa operação pode
ter uma alavancagem significativa.
Isso é o que torna a compra de uma call uma alternativa tão atraente para
os investidores.
A coluna de retorno final é a soma das demais colunas – retorno da compra de call
e custo da estratégia...
1.1.3 EXEMPLO
Adquirimos uma opção de compra de ações da Vivo com preço de exercício de R$ 6,00 e
vencimento em junho – VIVOF6 – por R$ 1,19. Na data de exercício, o preço dessa ação dobrou,
passando a valer R$ 12,00. Valeu a pena exercermos a opção, adquirindo a ação, pois
compramos por R$ 6,00 um ativo que, no mercado, vale R$ 12,00.
84
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
Se tivéssemos comprado uma opção de compra de 1.000 ações, nosso lucro seria de...
Por outro lado, se a ação da Vivo tivesse sofrido um forte revés e acabasse sendo cotada pela
metade do preço, a R$ 3,00, nosso prejuízo seria apenas do valor do prêmio...
Mesmo que a Vivo fosse à falência e sua ação passasse a não valer nada, nosso prejuízo
seria o mesmo... R$ 1.190,00.
A coluna de retorno final é a soma das demais colunas – retorno da compra de call e custo da
estratégia...
Quem vende uma opção recebe o dinheiro na frente, mas adquire obrigações em potencial
no futuro. Seu resultado – lucro ou perda – é o inverso do comprador da opção.
85
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
Na maturidade T, se o preço da ação AT for menor que o preço do exercício E, o lançador não
terá nenhuma obrigação e terá lucrado P. Se, por outro lado, AT for maior do que E, o comprador
do outro lado do contrato desejará exercer a opção, e o investidor obterá prejuízos com a
estratégia se (AT - E) for maior que o prêmio P.
1.2.2 EXEMPLO
Vamos agora analisar o lado de quem lançou ou vendeu a opção...
Um vendedor que lança uma opção de compra de ações da Vivo com preço de
exercício de R$ 6,00 e vencimento em junho – VIVOF6 – por R$ 1,19, receberá,
quando comprarmos a opção, R$ 1,19 por cada uma.
Se, na data de exercício, a ação da Vivo tiver dobrado de preço, passando a valer R$
12,00, teremos exercido a opção.
86
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
Como ele vendeu a opção a descoberto, não tinha as ações para nos entregar. Teve
de ir a mercado e comprar a R$ 12,00 uma ação que terá de vender por R$ 6,00.
Como compramos uma opção de compra de 1.000 ações, o prejuízo dele será de...
Se, por outro lado, a ação da Vivo sofresse um forte revés e acabasse cotada pela
metade do preço, a R$ 3,00, nós não exerceríamos a opção.
Mesmo que a Vivo vá à falência e sua ação passe a não valer nada, o lucro dele será
o mesmo... R$ 1.190,00.
87
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
Na maturidade T, se o preço da ação for maior que o preço de exercício, não valerá a pena
exercer a opção, e o investidor terá perdido o valor do prêmio. Se, por outro lado, o preço da
ação for menor que o preço de exercício, começa a valer a pena exercer a opção, e se AT for
menor que (E - P) , o investidor obterá lucros com a estratégia.
1.3.2 EXEMPLO
Consideremos outro exemplo...
Vamos supor que recorramos à NASDAQ para comprar uma put da Intel, com preço
de exercício de US$ 15,00 e vencimento para 06 de junho – INTC 6 Jun 15.00 –, NQ
RC. O prêmio que pagamos pela ação custou US$ 0,05.
Se, na data de vencimento, o valor da Intel estiver a US$ 17,00, não exerceremos
nossa opção, pois não há vantagem nenhuma em vender a US$ 15,00 uma ação
que vale US$ 17,00.
Nesse caso, nosso prejuízo se limitou ao valor que pagamos pela opção – US$ 0,05
por ação.
88
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
Se tivermos comprado a opção de venda de um lote de 1.000 ações, nosso prejuízo seria de...
Se, por outro lado, o valor da Intel estivesse a US$ 13,00, seria vantajoso vender a
mesma ação a US$ 15,00. Dessa forma, exerceríamos nossa opção de venda.
Como não temos a ação, vamos a mercado, compramos a ação por US$ 13,00 e
revendemos a US$ 15,00.
Em um lote de 1.000 ações, teremos um lucro de US$ 1.950,00, ou seja, o resumo das
possibilidades de resultado dessa estratégia é...
Nesse caso, o retorno máximo é o valor do prêmio. A perda, entretanto, só é limitada porque o
valor da ação não pode ser menor do que zero...
89
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
O retorno total é a soma das colunas retorno da venda de ‘put’ e receita da estratégia...
1.4.2 EXEMPLO
Vamos analisar agora o lado de quem lançou ou vendeu a opção...
Vamos supor que um vendedor lance uma opção de venda de ações da Intel com
preço de exercício de US$ 15,00 e vencimento para 06 de junho – INTC 6 Jun 15.00
–, NQ RC. Dessa forma, ele recebe de nós, no lançamento, US$ 0,05 pela opção de
venda de cada ação.
Se, na data de vencimento, o valor da Intel estiver a US$ 17,00, não exerceremos
nossa opção. Nesse caso, o vendedor terá recebido o prêmio de US$ 50,00 e não
terá nenhuma obrigação na maturidade da opção.
Se, por outro lado, o valor da Intel estiver a US$ 13,00, vamos exercer nossa opção
de venda.
O vendedor será obrigado a comprar nossas ações por US$ 15,00, mesmo que o
preço de mercado esteja a US$ 13,00.
90
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
O investidor acredita que uma ação da Intel por US$ 13,00 seja uma boa compra, já que, no
mercado, ela custa US$ 15,00. Ele então dá uma ordem de compra com preço de US$ 13,00.
Dois meses depois, a ação da Intel cai para US$ 14,00. Caso o preço comece a subir rapidamente,
se o investidor não tiver comprado a ação, ele não estará no mercado.
Melhor do que dar uma ordem de compra com preço de US$ 13,00 é então lançar
uma put de US$ 15,00 por US$ 2,00.
Se a Intel for a menos de US$ 15,00 na maturidade, a put será exercida e o investidor terá de
pagar US$ 15,00 por ação. Como US$ 2,00 foram recebidos de prêmio pela venda da put, o
custo líquido da ação será US$ 13,00.
Logo, a vantagem de lançar uma put, ao invés de dar uma ordem de compra limitada,
é que, se o preço da ação não cair, essa estratégia dará lucros até o nível limite para
compra.
91
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
92
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
No gráfico a seguir, a linha 1 representa os lucros obtidos com a posse da ação, a linha 2, os
lucros obtidos com a venda da call, e a linha 3 é a soma dessas duas linhas.
2.1.2 EXEMPLO
Em geral, um investidor compra a ação e vende opções correspondentes a essa compra. Por
exemplo, ele compra ações da PETROBRAS a R$ 45,00 e vende suas opções de compra a R$
48,00 por R$ 1,00, na maturidade de 60 dias, em uma uma operação casada.
93
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
Se a ação ultrapassar R$ 48,00, a opção será exercida e ele terá um lucro de R$ 4,00
em 60 dias – um rendimento de 4,45% ao mês, exatamente o que o investidor
pretendia.
Se cair ou não ultrapassar R$ 48,00, quem comprou a opção perde. Quem a vendeu
talvez não tenha prejuízo, pois recebeu R$ 1,00 por ação – o que lhe permite safar-
se até R$ 44,00 por cada uma. Contudo, certamente, não terá a rentabilidade de
4,45% ao mês.
Se a intenção era guardar a ação, o valor recebido de R$ 1,00 por ação poderia ser
encarado como um dividendo extra, caso não fosse exercido.
Dessa forma, podemos perceber que o hedge pode limitar tanto as perdas quanto os ganhos.
Vejamos o gráfico da estratégia desse exemplo...
lucro
45 48
AT
O quadro-resumo dos retornos com a estratégia pode ser representado dessa maneira...
94
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
2.2.2 EXEMPLO
Adquirimos um lote de 100 ações da PETROBRAS por R$ 4.500,00.
Limitamos nossos prejuízos a R$ 1,50 por ação em caso de queda nos preços. Decidimos então
comprar por R$ 1,00 uma opção de venda de 100 ações da PETROBRAS com preço de
exercício de R$ 44,50 e vencimento dentro de 1 mês.
95
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
Ou seja, por menos valorizado que fique nosso papel, nossa perda se limitará a R$
1,50 por ação.
O investidor aqui adquiriu uma espécie de seguro contra quedas do valor do papel,
ao custo de R$ 1,00 por ação.
UNIDADE 3 – SPREADS
Como a negociação de opções de compra – calls – é mais comum na BOVESPA, vamos aqui
nos concentrar em exemplos em que o investidor toma posições em duas calls.
96
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
Da mesma forma que nos itens anteriores, o gráfico resultante será assinalado pela linha 3, e as
posições que compõem esse gráfico estarão marcadas como linhas 1 e 2.
97
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
3.2.2 EXEMPLO
Digamos que as ações da Vivo estejam cotadas a R$ 7,00. Acreditamos que, no próximo mês, elas
valham mais do que R$ 8,00.
Compramos então uma call com preço de exercício R$ 7,50 por R$ 0,20 e, simultaneamente,
vendemos uma call com preço de exercício R$ 8,00 por R$ 0,17.
Se o preço da Vivo ficar cotado acima de R$ 8,00, ganharemos R$ 0,47 por ação.
Podemos perceber que a estratégia apresentaria custos relativamente baixos para grandes retornos
caso nossas expectativas fossem concretizadas, pois utilizaríamos duas opções fora do dinheiro.
Apesar de custarem pouco, esses bull spreads que têm duas opções fora do dinheiro têm
probabilidades pequenas de dar certo. Quanto mais opções dentro do dinheiro compuserem a
estratégia, mais conservadores e mais caros se tornam os bull spreads.
98
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
Contudo, no bear spread, o preço de exercício da opção vendida é menor do que o preço de
exercício da opção comprada.
O retorno inicial dessa estratégia será de P1 - P2, já que o valor de calls com preço de exercício
maior é menor que o valor de calls com preço de exercício menor.
3.3.2 EXEMPLO
Suponhamos agora que as mesmas ações da Vivo, cotadas a R$ 7,00, caiam, no próximo mês,
para menos de R$ 6,00.
O investidor compra então uma call com preço de exercício R$ 7,00 por R$ 0,40 e vende, ao
mesmo tempo, uma call com preço de exercício R$ 6,00 por R$ 1,20.
99
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
A receita inicial de nossa estratégia de bear spread será de 0,80, ou seja, 1,20 - 0,40.
Logo, para um lote de 1.000 ações, o lucro com essa estratégia será de R$ 800,00.
Contudo, se o preço da Vivo se mantiver a R$ 7,00 ou subir, ele terá um prejuízo de R$ 0,20 por
ação. Para um lote de 1.000 ações, o prejuízo será de R$ 200,00.
UNIDADE 4 – COMBINAÇÕES
Como nos itens anteriores, o gráfico resultante estará assinalado com a linha 3, e as
posições que compõem o gráfico resultante estarão marcadas como linhas 1 e 2.
4.2 STRADDLE
Sobre as características do straddle, podemos observar...
a previsão do investidor de grande oscilação no preço de uma ação, sem saber,
ao certo, a direção;
a compra de uma opção de compra – call – e de uma opção de venda – put –
com o mesmo preço de exercício e a mesma data de expiração;
100
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
4.2.2 EXEMPLO
Quando o preço da ação é muito volátil ou quando a empresa possui uma oferta de takeover,
o investidor utiliza a estratégia de straddle.
Vamos supor que uma empresa de petróleo anuncie a seus acionistas uma descoberta em
uma área importante. O potencial dessa descoberta só será conhecido a partir dos resultados
de um teste de avaliação, os quais, entretanto, só estarão disponíveis em 15 dias.
Como esse projeto de risco é o principal ativo dessa empresa, se a descoberta for relevante, o
preço da ação da empresa sofrerá forte alta. Contudo, se os resultados forem negativos, haverá
uma forte queda no valor da ação.
101
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
A ação da empresa está cotada a R$ 60,00. Os preços das calls que vencem em 2
meses são cotados como...
Quanto mais longe de R$ 62,00 o preço ficar, mais rentável será o straddle. Devemos notar
que, para dar lucro, a ação deve cair mais de R$ 53,00 ou subir mais de R$ 71,00.
Se o investidor acredita que a queda no preço da ação é mais provável do que a alta, ele poderá
comprar duas puts e uma call com o mesmo preço de exercício e a mesma data de expiração.
Dessa maneira, ainda que as quedas sejam menores do que no straddle, ele terá retornos.
Por outro lado, se o investidor acredita que a alta no preço da ação é mais provável do que a
queda, ele poderá comprar duas calls e uma put com o mesmo preço de exercício e a mesma
data de expiração.
102
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
4.3 STRANGLE
Resumidamente, o strangle envolve a compra de uma put e de uma call com a mesma data de
expiração, mas com diferentes preços de exercício.
É semelhante ao straddle, mas, ao mesmo tempo em que o preço deve variar mais para obtermos
lucros, os prejuízos serão menores – caso o preço se mantenha.
4.3.2 EXEMPLO
No caso da empresa de petróleo, vamos supor que resolvamos comprar as seguintes ações...
103
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
Quanto mais longe de R$ 62,00 o preço ficar, mais rentável será a estratégia. Nesse caso, para
dar lucros, a ação deve cair mais de R$ 52,00 ou subir mais de R$ 72,00.
Contudo, se o preço se mantiver entre R$ 60,00 e R$ 64,00, o prejuízo será de apenas R$ 6,00
por ação contra R$ 9,00, se a estratégia anterior de straddle fosse adotada.
5.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse
uma cena do filme Dr. Mabuse no CD que acompanha a apostila.
UNIDADE 6 – ATIVIDADES
6.1 AUTO-AVALIAÇÃO
6.2 ATIVIDADE INDIVIDUAL – ANIMAÇÃO
104
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
Tendo a seu dispor um mercado de opções, os investidores podem definir, com precisão, o
risco em que aceitam incorrer ou, até mesmo criar possibilidades de ganhos – com papéis
muito voláteis, em baixa, em alta... – em situações normalmente adversas.
Suporte ao trabalho
Tarefa
A partir da leitura feita e supondo que haja opções de compra e venda de ações da Varig
disponíveis na bolsa de valores, selecione uma estratégia de investimento com opções que
julgue mais possível de se obterem lucros. Para tal..
descreva a estratégia escolhida;
justifique a escolha dessa estratégia;
descreva o que acontecerá em caso de falência da empresa;
descreva o que acontecerá em caso de venda bem-sucedida da empresa em
leilão;
justifique a obtenção de lucros com a estratégia selecionada.
Registro do trabalho
105
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
Para saber como apresentar seu trabalho ao Professor-Tutor na sala de aula, leia o
Anexo 3.
TEXTOS UTILIZADOS
SÃO PAULO - O leilão de venda da Varig adicionou forte volatilidade aos preços das ações
preferenciais da companhia, que firmaram a trajetória de queda nesta tarde, após ter sido alvo
de uma única oferta de compra. Os papéis, sem direito a voto, chegaram a marcar R$4,20 pela
manhã, com alta de 16,6% na máxima, mas recuavam 50%, para R$1,8, instantes atrás, na mínima
até o momento.
O preço mínimo para a Varig Operacional completa era de US$860 milhões, mas nenhum dos
cinco investidores participantes do leilão fez lances acima desse valor. Quando foi aberta a
recepção de envelopes com propostas inferiores ao preço mínimo, apenas a NV Participações
entregou oferta.
Agora, o lance será avaliado pelo juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Luiz Roberto
Ayoub, em um intervalo de 24 horas. Ou seja, o leilão só será validado (se o for) após esse
período.
O analista da Ágora Senior, Alexandre Garcia, atribui a expressiva oscilação das ações ao leilão
de venda. Para Garcia, as negociações com os papéis deveriam ter sido suspensas durante a
106
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
operação, para que as informações fossem repassadas de forma integral a todos os investidores.
“Ação só deveria voltar a ser negociada após a decisão do juiz”, disse.
Fonte
LAIER, Paula. Ações da Varig recuam 50% após oferta única de compra em leilão. Valor Online,
[S.l.], 08 jun. 2006. Disponível em: <www.valoronline.com.br>. Acesso em: 13 jul. 2006.
MINISTRO CONSIDERA FRUSTRANTE FATO DE LEILÃO DA VARIG TER TIDO APENAS UMA PROPOSTA
Agência Brasil
09/06/2006 16:53
RIO - O ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, considerou frustrante o fato de o leilão
da Varig, realizado ontem (8), ter recebido apenas uma proposta, feita pelos trabalhadores da
empresa. Ele disse que esperava um maior número de compradores, mas classificou de “positiva”
a iniciativa dos funcionários, que “acreditam mais do que ninguém que é possível reerguer a
empresa”.
Ao participar, hoje (9), de um seminário sobre turismo, na sede da Associação Comercial do Rio
de Janeiro, o ministro disse que um voto de confiança tem que ser dado a esse grupo, para que
os trabalhadores consigam um sócio estratégico que possa investir recursos e acertar a
economia da empresa.
Mares Guia afirmou que torce pela recuperação da empresa e pela aceitação da proposta dos
trabalhadores. Ele entende que, no caso de uma possível falência, todos sairão perdendo, não
só os acionistas e as pessoas que têm crédito com o grupo. O ministro lembrou, no entanto,
que a Varig é uma empresa privada, de tradição, mas que foi mal gerenciada.
Ele defendeu a criação de um marco regulatório para que as empresas possam competir e
ressaltou que a obrigação do governo não é proteger empresas. “Elas é que tratem de buscar
competência financeira, gerencial e tecnológica. E as outras empresas que não conseguiram
se recuperar, como supermercados e sapatarias? Tanta gente já quebrou. Como a Panair, que
deu lugar à Varig. Isso não é papel do governo: salvar empresas”.
Segundo ele, o papel do governo é incentivar o crescimento do país, com políticas públicas, e
cuidar da educação, saúde, justiça e liberdade.
Mares Guia explicou que, por um período, à época em que ocorreu um acordo entre a TAM e a
Varig, foi proibido que as empresas de aviação comprassem ou alugassem aviões novos para
que essas empresas aumentassem suas frotas.“Isso não acontece em lugar nenhum do mundo
e desfavorece o país. Nós não estamos aqui para proteger empresas. Nós estamos para proteger
o passageiro, o turista”, enfatizou.
107
MÓDULO 5 Derivativos – Banco do Brasil
O ministro do Turismo ressaltou que a Varig controla mais de 30% dos vôos internacionais no país
e afirmou que o trabalho agora é ampliar os acordos para que quem quiser viajar não seja
prejudicado.
Ele disse que a crise da Varig fez diminuir, entre março e abril, 24% da oferta de assentos em
vôos internacionais. Atualmente, 800 vôos para o Brasil estão lotados, quando a previsão para
o período era de 900 vôos lotados, contra os 710 do ano passado. A estimativa foi feita para
que o país possa cumprir, neste ano, a meta de receber sete milhões de turistas estrangeiros
por semana e nove milhões em 2007. O ministro garantiu que a crise não chegou a prejudicar
o setor, embora não tenha contribuído para seu desenvolvimento, ficando na contramão do
que está ocorrendo no país.
Fonte
AGÊNCIA BRASIL. Ministro considera frustrante fato de leilão da Varig ter tido apenas uma
proposta. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/economia>. Acesso em: 13 jul. 2006.
Ainda de acordo com a matéria, os preços oscilavam conforme o que era publicado na imprensa,
assim como as expectativas do mercado quanto ao futuro da companhia. No último dia 8 de
julho, por exemplo, quando aconteceu o leilão da companhia aérea, a ação preferencial da
companhia chegou a subir mais de 15%, mas inverteu a direção antes do fechamento do pregão
e encerrou o dia com desvalorização de quase 60%.
Fonte
MANNARINO, Verônica. Atenção, passageiros: turbulência nas ações da Varig! Rio de Janeiro:
FGV Online, 2006.
108
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 5
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas
as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
109
Derivativos – Banco do Brasil MÓDULO 6
MÓDULO 6 – ENCERRAMENTO
APRESENTAÇÃO
Na unidade 1 deste módulo, você encontrará algumas divertidas opções para testar seus
conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido em toda a disciplina, a fim de se preparar para
seu exame final. São elas...
caça-palavras;
jogo da memória;
jogo da caça;
jogo do labirinto.
A estrutura desses jogos é bem conhecida por todos. Você poderá escolher o jogo de sua
preferência ou jogar todos eles... a opção é sua! Em cada um deles, você encontrará perguntas
– acompanhadas de gabaritos e comentários – por meio das quais você poderá se auto-avaliar.
Já na unidade 2, é hora de falarmos sério! Sabemos que o novo – e a disciplina que você terminou
de cursar enquadra-se em uma modalidade de ensino muito nova para todos nós, brasileiros
– tem de estar sujeito a críticas... a sugestões... a redefinições. Por estarmos cientes desse
processo, contamos com cada um de vocês para nos ajudar a avaliar nosso trabalho.
Finalmente, como é indicado ao final deste módulo, este é o momento de nos prepararmos
para a avaliação final da disciplina, que será feita presencialmente na instituição conveniada
ao Programa FGV Management ou nas instalações do Banco do Brasil mais próxima à cidade
em que você reside.
Lembre-se... Apesar de essas atividades não serem pontuadas na sua média final, o
objetivo delas é lhe oferecer saber...De preferência,com algum sabor! Divirta-se!
111
Derivativos – Banco do Brasil ANEXO S
ANEXOS
ANEXO 1
Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso,
selecionar o ícone <editar>, logo abaixo dela.
113
ANEXOS Derivativos – Banco do Brasil
ANEXO 2
Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso,
selecionar o ícone <editar>, logo abaixo dela.
114
Derivativos – Banco do Brasil ANEXO S
ANEXO 3
115
ANEXOS Derivativos – Banco do Brasil
ANEXO 4
Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso,
selecionar o ícone <editar>, logo abaixo dela.
116
Derivativos – Banco do Brasil ANEXO S
ANEXO 5
117
ANEXOS Derivativos – Banco do Brasil
ANEXO 6
Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso,
selecionar o ícone <editar>, logo abaixo dela.
118
Derivativos – Banco do Brasil ANEXO S
ANEXO 7
vá à sala de aula;
se você deseja participar de uma reunião on-line com toda a turma, clique em
<discussões gerais>. Caso você deseje participar de uma reunião on-line apenas
com sua equipe, clique em <discussões da equipe>;
localize a entrada para a reunião on-line no topo ou na base da tela. As reuniões
on-line podem ser identificadas pelo ícone .
Uma nova janela se abrirá – estamos em uma reunião on-line. Nessa área...
o painel central mostra as mensagens enviadas pelos participantes da reunião;
acima do painel central, localiza-se o espaço no qual você deverá digitar suas
mensagens. Digitada a mensagem, tecle <ENTER> ou clique em <Enviar>;
o painel à direita contém a lista dos nomes dos participantes da reunião on-line.
Você também pode conversar em particular com alguém, clicando sobre o nome dessa pessoa.
O nome dela ficará assinalado com um fundo cor de abóbora.
119
ANEXOS Derivativos – Banco do Brasil
ANEXO 8
Abrir votações na sala de aula é muito fácil. Por meio delas, você poderá
facilmente eleger o editor para os trabalhos em equipe, marcar dia e horário
mais apropriado para as reuniões on-line com seus colegas...
120
Derivativos – Banco do Brasil ANEXO S
ANEXO 9
1
Quando o item não se aplicar, considerar a pontuação máxima.
121
ANEXOS Derivativos – Banco do Brasil
122
Derivativos – Banco do Brasil ANEXO S
123
ANEXOS Derivativos – Banco do Brasil
Fórum (Fo)
124
Derivativos – Banco do Brasil ANEXO S
125