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novo CPC: Uma pequena análise sobre os primeiros onze artigos deste.¹
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Art. 6º Ao aplicar a lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se
dirige e às exigências do bem comum, observando sempre os
princípios da dignidade da pessoa humana, da razoabilidade, da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da
eficiência.
Comando destinado ao juiz, que utiliza a vontade do direito objetivo para pôr
fim à lide. Este artigo guarda uma correlação com o próprio mecanismo de defesa da
Constituição, o dever de controle de constitucionalidade das leis. A Lei Maior traz em seu
bojo disposições que devem influenciar e servir como parâmetro de validade de todo o
ordenamento jurídico. Desta forma, cabe a juiz, na aplicação da lei, a consonância e
coerência desta com os princípios e garantias estabelecidos na Constituição Federal,
notadamente o princípio da dignidade da pessoa humana, norteador e fundamento da
República. O princípio da razoabilidade, embora implícito no texto da Constituição, está
de acordo com o espírito e do regime constitucional, sendo admitido em nosso Estado
democrático em consequência da regra de expansão do § 2º do art. 5º da CF. Tal princípio
possui diversas facetas, e uma delas é proporcionar a adequação da lei aos fins sociais a
que ela se dirige.
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Art. 9º Não se proferirá sentença ou decisão contra uma das
partes sem que esta seja previamente ouvida, salvo se se tratar
de medida de urgência ou concedida a fim de evitar o perecimento
de direito.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com
base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às
partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de
matéria sobre a qual tenha que decidir de ofício.
Por fim, o Anteprojeto do Novo CPC, em seu art. 11, expressa os princípios
constitucionais da publicidade e da motivação.
Quanto à motivação das decisões judiciais, também expressa no art. 93, IX,
da Lei Maior, trata-se de garantia individual e de pressuposto de
legitimidade/constitucionalidade. A fundamentação é necessária, do ponto de vista lógico,
decorrente do regime imposto pelo devido processo legal, para que a parte sucumbente,
insatisfeita com a decisão adotada, possa impugná-la especificamente. Também se presta
para os órgãos jurisdicionais de 2º Grau analisar se tal decisão é acertada ou equivocada,
autorizado pelo princípio do duplo grau de jurisdição. A motivação também se presta para
o controle popular do Poder Judiciário, conforme os termos do parágrafo anterior. Daniel
Amorim A. Neves conclui resumindo:
REFERÊNCIAS
CINTRA, A.C.; GRINOVER, A.P.; DINARMARCO, C.R. Teoria Geral do Processo. 22 ed.
São Paulo, Malheiros, 2006.
NEVES, Daniel Amorim Assunção. Manual de Direito Processual Civil. 2 ed. São Paulo,
Método, 2010.