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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROJETO DE GRADUAÇÃO
VITÓRIA – ES
Setembro/2005
DANIEL CORRÊA MORAES
VITÓRIA – ES
Setembro/2005
DANIEL CORRÊA MORAES
COMISSÃO EXAMINADORA:
___________________________________
Prof. Celso José Munaro, D.Sc.
Orientador
___________________________________
Prof. Heliomar Guimarães Guzzo, Eng.
Co-orientador
___________________________________
Prof. Alessandro Mattedi, D.Sc.
Examinador
___________________________________
Antônio Eduardo Mariano, Eng.
Examinador
i
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo e de todos, a DEUS, por ter sido meu refúgio e meu sustentador.
A Camila Helmer por ter, incansavelmente, me apoiado e incentivado durante
todo o curso.
A minha família, pelas orações e pelas palavras de ânimo.
Aos meus pastores Jorge da Rocha Tristão e Sergio Pereira Cantão pelos
conselhos, repreensões e orações.
Aos meus orientadores, o Professor Dr. Celso José Munaro e Professor Eng.
Heliomar Guimarães Guzzo, por toda a atenção, dedicação e pelo incentivo desde o
início deste projeto.
Aos meus colegas Drago, Joca e Bolga pela contribuição direta ao meu trabalho
final.
A todo grupo da automação das usinas I a IV da CVRD, a Mariano da ATAN e
a Marcelo da ABB pelo apoio técnico.
Agradeço aos meus amigos do curso de Engenharia Elétrica que tornaram
alegres todos os dias de aula.
Ao departamento de Engenharia Elétrica pelo apoio técnico e disponibilização
dos laboratórios.
ii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Topologias ponto-a-ponto. (a) estrela; (b) anel; (c) árvore; (d) malha
regurar; (e) malha irregular..........................................................................................11
Figura 2 - Topologias de redes de difusão. (a) barramento; (b) satélite; (c) anel........12
Figura 3 - Arquitetura de redes industriais. .................................................................13
Figura 4 – Tipos de redes e suas aplicações ................................................................15
Figura 5 - Rede Profibus DP........................................................................................16
Figura 6 - Transmissão baseada no exemplo de dois escravos DP .............................23
Figura 7 - Ciclo de controle .........................................................................................25
Figura 8 – Exemplo de um sistema em rede Profibus. ................................................25
Figura 9 - Kit de treinameno ABB ..............................................................................26
Figura 10 – Foto do Kit................................................................................................27
Figura 11 - Módulo S900 e os canais utilizados..........................................................28
Figura 12 - Resistores inseridos nos canais não utilizados..........................................30
Figura 13 - Tela de configuração do barramento DP ..................................................33
Figura 14 - Tempos da rede digital Profibus. .............................................................36
Figura 15 - Verificação do tempo de atuação da rede Profibus DP. ...........................38
Figura 16 - Lógica programada em diagrama de blocos .............................................38
Figura 17 - Esquema de ligação dos E/S no módulo S900..........................................38
Figura 18 - Imagem da tela do osciloscópio de memória............................................39
Figura 19 - Resultados obtidos em laboratório............................................................40
Figura 20 - Resultados dos testes de variabilidade......................................................40
Figura 21 - Variação da resposta para altas taxas de transmissão. ..............................41
Figura 22 - Lógica utilizada para o teste. ....................................................................42
Figura 23 - Adaptação do chaveamento no transmissor de temperatura.....................43
iii
LISTA DE TABELAS
iv
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA........................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS ...............................................................................................II
LISTA DE FIGURAS............................................................................................... III
LISTA DE TABELAS .............................................................................................. IV
SUMÁRIO ...................................................................................................................V
RESUMO ..................................................................................................................VII
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................8
2 REDES DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO..................................................10
2.1 Visão geral ........................................................................................................10
2.2 Redes industriais ...............................................................................................13
2.2.1 Tecnologia Profibus ................................................................................16
2.2.1.1 Profibus-FMS .............................................................................17
2.2.1.2 Profibus DP ................................................................................17
2.2.1.3 Profibus-PA ................................................................................17
2.2.1.4 Características da transmissão em Profibus ...............................19
2.2.2 Comunicação entre estações DP .............................................................20
2.2.2.1 Diagnósticos ...............................................................................20
2.2.2.2 Frames de controle de um ou mais escravos..............................21
2.2.2.3 Transmissão de dados.................................................................21
2.2.2.4 WatchDog...................................................................................23
2.3 Tempos envolvidos na comunicação de uma Rede Digital ..............................24
3 DESCRIÇÃO DO HARDWARE E SOFTWARE UTILIZADOS............26
3.1 Configuração dos cartões ..................................................................................28
3.1.1 Parâmetros do Módulo S900 ...................................................................30
3.2 Configuração dos parâmetros de Comunicação................................................31
4 VERIFICAÇÃO DE TEMPOS DE ATUAÇÃO NOS BARRAMENTOS
PROFIBUS DP E PA.................................................................................................35
4.1 Testes no Barramento DP .................................................................................36
4.1.1 Testes de Variabilidade do tempo de resposta no barramento DP..........41
v
4.2 Testes no Barramento PA .................................................................................41
5 CONCLUSÃO ................................................................................................44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................45
vi
RESUMO
Este projeto visa analisar atrasos de tempo em sistemas de controle
implementados com Redes Profibus DP e PA para diferentes valores de taxa Baud de
transmissão no barramento DP, bem como o tempo de processamento da CPU.
Contamos o apoio da equipe de automação das usinas I a IV da Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD), do Eng. Mariano da Atan e de Marcelo Gesualdi da ABB
para configuração do sistema e interpretação dos resultados, pois o hardware utilizado
nos experimentos é composto de equipamentos similares aos atualmente instalados nas
usinas I a IV da CVRD.
Todos os testes foram realizados no LECO (Laboratório para Ensino de
Controle) vinculado ao Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal
do Espírito Santo.
Os equipamentos e adaptações feitas ao hardware original serão descritos no
decorrer do texto.
vii
8
1 INTRODUÇÃO
Figura 1 - Topologias ponto-a-ponto. (a) estrela; (b) anel; (c) árvore; (d) malha regular; (e) malha irregular.
12
Figura 2 - Topologias de redes de difusão. (a) barramento; (b) satélite; (c) anel.
No caso das redes de satélite (ou rádio), cada estação é dotada de uma antena
através da qual pode enviar e receber mensagens. Cada estação pode “escutar” o
satélite e, em alguns casos, receber diretamente as mensagens enviadas pelas demais
estações.
No caso do anel, cada bit transmitido é propagado de maneira independente
em relação à mensagem (ou pacote) ao qual ele pertence. Em geral, cada bit realiza
uma volta completa do anel durante o tempo necessário para a emissão de um certo
número de bits, antes mesmo da emissão completa da mensagem. Também nesta
topologia, é necessário a implementação de um mecanismo de acesso ao suporte de
comunicação.
O ambiente industrial possui características que o faz especial, para tanto,
foram desenvolvidos sistemas e arquiteturas adaptadas a estes ambientes, bem como,
a interligação às redes gerenciais [21].
1
Manufacturing Execution System.
2
Entradas e saídas do sistema.
15
2.2.1.1 Profibus-FMS
O Profibus-FMS (Fieldbus Message Specification) provê ao usuário uma
ampla seleção de funções quando comparado com as outras variantes. É a solução de
padrão de comunicação universal que pode ser usada para resolver tarefas complexas
de comunicação entre CLPs e DCSs. Essa variante suporta a comunicação entre
sistemas de automação, assim como a troca de dados entre equipamentos inteligentes,
e é geralmente utilizada em nível de controle. Recentemente, pelo fato de ter como
função primária à comunicação mestre-mestre (ponto-a-ponto), vem sendo substituída
por aplicações em Ethernet.
2.2.1.2 Profibus DP
O Profibus DP (Descentralized Perifery) é a solução de alta velocidade (high-
speed) do Profibus. Seu desenvolvimento foi otimizado especialmente para
comunicações entres os sistemas de automação e equipamentos descentralizados,
voltada para sistemas de controle, onde se destaca o acesso aos dispositivos de E/S
distribuídos. Utiliza-se do meio físico RS-485 ou fibra ótica. Requer menos de 2 ms3
para a transmissão de 1 kbyte de entrada e saída e é amplamente utilizada em controles
com tempo crítico.
2.2.1.3 Profibus-PA
O Profibus PA (Process Automation) é a solução Profibus que atende os
requisitos da automação de processos, onde se tem a conexão de sistemas de
automação e sistemas de controle de processo com equipamentos de campo, tais como:
transmissores de pressão, temperatura, conversores, posicionadores, etc. Pode ser
usada em substituição ao padrão 4 a 20 mA.
Existem vantagens potenciais da utilização dessa tecnologia, onde
resumidamente destacam-se as vantagens funcionais (transmissão de informações
3
Para taxas de transmissão superiores a 500 Kbps.
18
4
Norma que regulariza a camada física de redes de instrumentação e controle.
5
A potência fornecida ao barramento é limitada em 600mW aproximadamente.
19
configuração é muito simples e pode ser feita por uma ferramenta de configuração
independente do fabricante [6].
2.2.2.1 Diagnósticos
No reconhecimento do frame, um escravo do DP pode, além de retornar os
dados de entrada atuais, indicar ao mestre do DP que as mensagens de diagnóstico
estão disponíveis. As mensagens de diagnóstico informam ao mestre DP que eventos
especiais ou os erros ocorreram no escravo DP, tal como um curto-circuito, baixa
tensão, sobretensão, sobrecarga, a ruptura do cabo, etc.
Quando recebe a mensagem de diagnóstico, o mestre DP lê os dados de
diagnósticos usando um frame especial de chamada e torna estes dados disponíveis à
aplicação do DP. Os dados de diagnóstico têm uma estrutura uniforme, o comprimento
21
típico dos dados de diagnóstico está entre 6 e 32 bytes. O máximo possível é 244
bytes.
2.2.2.4 WatchDog
O WatchDog (cão de guarda) de um escravo DP pode ser ativado ou desativado pelo
mestre do DP durante a fase de atribuição do parâmetro (dependendo da informação na
base de dados configurada). Se o WatchDog de um escravo DP for ativado, o mestre
6
Como o trabalho se baseia em comunicação cíclica este tipo de comunicação não será
detalhado.
24
2
4
5
1
1 6
3
7
5
7
Ver capítulo 4.
29
8
Serviço de supervisão online.
31
9
Highway Addressable Remote Transducer. Os cartões analógicos aceitam a inserção
de variáveis codificadas neste Protocolo.
32
10
Nanossegundos.
33
parâmetros, pois o sistema utiliza uma faixa de segurança, porém isto não
aconselhável. Mesmo que minimizemos os valores dos parâmetros até que o sistema
não acuse mais erros, o sistema pode não encontrar os elementos conectados no
barramento PA, pois estes trabalham em taxas mais baixas.
35
Onde:
TI = tempo de ciclo interno;
TD = tempo de ciclo interno referente aos canais digitais;
TA = tempo de ciclo interno referente aos canais analógicos;
O tempo total de resposta do sistema depende da quantidade total dos dados de
E/S de todos os nós do barramento e da velocidade de processamento do CLP.
Os dados de saída do S900 são sincronizados com o barramento
imediatamente superior. Conseqüentemente, o tempo de ciclo interno deve ser
considerado somente uma vez. Uma aproximação do tempo de resposta proposta pelo
fabricante [3] é:
TR = TI + 2 x TB + TC
Onde:
TR = tempo de resposta
TI = tempo de ciclo interno
TB = tempo de ciclo do barramento imediatamente superior
TC = tempo de CPU
Com um tempo de ciclo de barramento de 5 ms e um tempo de ciclo de CPU
de 5 ms, o tempo de resposta de um módulo com 128 sinais digitais é:
TR = 5 + 2 x 5 + 5 = 20 ms
Utilizando 80 bytes de entrada, 20 bytes de saída (32 saídas digitais e 48
entradas digitais com status, 16 entradas analógicas 8 saídas analógicas e 12 variáveis
HART®11), os resultados obtidos pelo fabricante [3] podem ser vistos na figura 15.
11
Ver nota 4.
38
O cartão digital disponibiliza 7,6V em nível lógico alto e 0,2V em nível lógico
baixo. Porém, a entrada não trabalha com níveis de tensão, o cartão interpreta uma
baixa impedância em seus terminais como nível lógico alto, e alta impedância como
nível lógico baixo [4].
12
Erro calculado tendo como referência o valor médio das amostras.
42
O ideal seria que tivéssemos uma entrada digital numa E/S remota instalada no
barramento PA. Como o kit de treinamento ABB utilizado não dispõe de nenhuma
entrada digital neste barramento, fizemos uma adaptação no transmissor de
temperatura (figura 23). Configurando o transmissor para medir temperatura através de
um dos dois PT100 instalados [5], vamos conectar em paralelo um resistor em série
com uma chave que irá simular uma variação brusca de temperatura (o que será
interpretado como um pulso digital). Para execução dos testes configuramos um
comparador (bloco 3 da figura 22) tendo como entradas o transmissor de temperatura
(conectado no barramento PA) e uma constante (bloco 2 da figura 22), e saída uma das
saídas digitais do E/S remoto, instalado no barramento DP. Quando a temperatura
estiver acima de 0ºC o sistema aciona a saída digital. O CLP será programado para ao
receber o pulso, indicar em uma variável de saída esta variação e esta variável fará
43
com que a entrada (leitura de temperatura) vá para abaixo de 0°C. Desta forma o
sistema passa a ser oscilatório possibilitando a medida de tempo gasto para transmitir a
informação pela rede.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS