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1. - INTRODUÇÃO..................................................................................................... 1
ii
3. - COMPORTAMENTO DE SEÇÕES DE BETÃO ARMADO.............................. 34
3.1 - INTRODUÇÃO E FENÓMENOS ENVOLVIDOS .......................................................................34
• FENDILHAÇÃO DA SECÇÃO E CEDÊNCIA DAS ARMADURAS ...........................35
• DEGRADAÇÃO DA RIGIDEZ NA DESCARGA ..............................................................35
• DEGRADAÇÃO DA RIGIDEZ NA RECARGA .................................................................35
• EFEITO DE APERTO DOS DIAGRAMAS HISTERÉTICOS .........................................36
• DEGRADAÇÃO DA RESISTÊNCIA ....................................................................................38
• ENVOLVÊNCIA DOS DIAGRAMAS PELO DIAGRAMA MONOTÓNICO............38
3.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS MODELOS DE COMPORTAMENTO NÃO LINEAR..................39
3.2.1 - MODELOS DE DISCRETIZAÇÃO POR PONTOS ...........................................................39
3.2.2 - MODELOS DE DISCRETIZAÇÃO POR PEÇAS ..............................................................40
3.2.2.1 - MODELOS FENOMENOLÓGICOS................................................................................40
3.2.2.2 - MODELOS FÍSICOS............................................................................................................41
3.2.3 - MODELOS DE DISCRETIZAÇÃO GLOBAL....................................................................41
3.2.4 - MODELOS DE PLASTICIDADE CONCENTRADA E DISTRIBUIDA ......................42
3.3 - MODELOS BILINEARES ..................................................................................................................44
3.4 - MODELO DE CLOUGH .....................................................................................................................45
3.5 - MODELO DE TAKEDA .....................................................................................................................45
3.6 - MODELO DE Q-HYST .......................................................................................................................49
3.7 - MODELO DAS FIBRAS.....................................................................................................................49
4 - REFERÊNCIAS......................................................................................................... 51
iii
ÍNDICE DE FIGURAS
iv
Fig. 31 - Diagrama parábola -rectângulo, REBAP [7]
Fig. 32 - Relação constitutiva exponencial
Fig. 33 - Relação constitutiva proposta pelo EC2 [7], para análises estruturais.
Fig. 34 - Relação constitutiva parábola -rectângulo [7].
Fig. 35 - Diagrama bilinear para dimensionamento de secções [7].
Fig. 36 - Relação constitutiva do betão proposta no MC90 [28].
Fig. 37 - Ensaios experimentais de Ma, Bertero e Popov [16]
Fig. 38 - Efeito de estreitamento dos diagramas cíclicos [1].
Fig. 39 - Ensaio com efeito de aperto em apenas um sentido de carga [3].
Fig. 40 - Modelo utilizando dois elementos em paralelo [2].
Fig. 41 - Modelo utilizando elementos em série [2].
Fig. 42 - Modelo de plasticidade distribuída – discretização da peça em fatias ao longo do seu
comprimento [2], [30].
Fig. 43 - Modelos elasto-plástico perfeito a) e elasto-plástico com endurecimento b) [1].
Fig. 44 - Modelo de Clough [1].
Fig. 45 - Modelo de Takeda [33].
Fig. 46 - Representação gráfica das regras do modelo de Takeda [1].
Fig. 47 - Modelo das fibras [1].
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Valores médios e característicos dos varões tipo Tempcore (Ensaios [5]
v
1. - INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas a engenharia tem sido impulsionada pelo desenvolvimento dos
meios de cálculo. Hoje em dia é possível efectuar cálculos que anteriormente seriam
quase impossíveis. As análises não lineares são um caso típico onde a quantidade de
memória e de processamento necessários, tornou-a durante muitos anos impraticável.
Assim sendo os modelos de comportamento fisicamente não linear dos materiais, são
um assunto que se reveste de crescente importância nos cálculos actuais.
Este trabalho teve como objectivo procurar relatar os modelos existentes para simular o
comportamento dos materiais aço, betão e o material betão armado.
Procurou-se juntar um conjunto vasto de modelos, apresentando uma síntese das suas
características, bem como um conjunto de referências aos trabalhos de pesquisa que
descrevem com pormenor os modelos.
No estudo dos materiais foi dada especial atenção ao comportamento do aço, pois é
determinante para o comportamento da estrutura. Foi também abordado o
comportamento do betão sujeitos a estados de tensão compostos, como são o exemplos
de tensões principais, tensões tangenciais, bem como o efeito do confinamento no betão.
1
2. - COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS
Este capítulo tem como objectivo o estudo do comportamento isolado, dos dois
materiais que compõem uma secção de betão armado (aço e betão).
2
• Na maior parte dos aços, o ponto limite de proporcionalidade e ponto de
cedência são muito próximos, podendo-se considerar coincidentes.
3
• Em alguns ensaios pode-se registar um troço de declive negativo antes da rotura
da peça, tal deve-se a reduções locais da secção da peça (estricção). Embora o
diagrama registe uma diminuição da tensão, na realidade a tensão real aumenta,
pois a secção diminui.
Fig. 2 - Diagrama de um aço sem ponto de cedência bem definido (aço endurecido)
4
tendo como base tratamentos térmicos e/ou mecânicos, geralmente envolvem perdas
ductilidade.
5
Valores Médios Valores Característicos
Quadro 1 - Valores médios e característicos dos varões tipo Tempcore (Ensaios [5],[9]).
6
efeito de Baushinger e será abordado mais detalhadamente no capítulo referente às
acções cíclicas.
7
2.1.1.1 - MODELO BILINEAR
8
Fig. 8 - Representação gráfica do modelo de Mander-Priestley-Park [10].
Troço Elástico: σs = Es ε s 0 ≤ ε s ≤ ε sy
p
ε −εs
Zona de endurecimento: σ s = f su − ( f su − f sy ) su ε sh ≤ ε s ≤ ε su
ε
su − ε sh
ε su − ε sh
com p = Esh
f su − f sy
p −1
∂σ s ε −εs 1
E st = = p( f su − f sy ) su ; Nota: Esh =Est (ε s=ε sh )
∂ε s ε su − ε sh ε su − ε sh
9
2.1.1.3 - MODELOS PROPOSTOS EM REGULAMENTOS
• REBAP
• EUROCÓDIGO 2
Para o dimensionamento aos estados limites últimos, o EC2 [7] indica relações
constitutivas do tipo bilinear, com a possibilidade de se considerar o endurecimento do
aço (figura 7).
10
2.1.2 - COMPORTAMENTO A ACÇÕES CÍCLICAS
2. Efeito de Baushinger.
11
Por endurecimento cíclico isotrópico entende-se o aumento de tensão que o aço
apresenta em ciclos posteriores a excursões plásticas. As excursões são troços do
diagrama de tensões-deformação onde se tenha invertido o sentido da deformação.
∂σ s
Existem também relações do tipo, f(σs,ε s)=0 e do tipo = Es = f (σ s ) .
∂ε s
12
2.1.2.3 - MODELO BILINEAR
O modelo bilinear (Figura 12-b) apresenta como grande vantagem face ao elasto-
plástico perfeito, o facto de permitir simular o efeito do endurecimento da armadura.
Este modelo não simula correctamente a curvatura no diagrama provocado pelo efeito
de Baushinger.
13
2.1.2.5 - MODELO DE RAMBERG-OSGOOD
n
σ σ
ε s = ε + ε = s + k s
e
s s
p
Es Es
Uma das principais vantagens deste modelo, reside no facto de necessitar de apenas três
parâmetros (Es,k,n).
14
Fig. 15 - Modelo de Ramberg-Osgood adaptado por Massing [1].
α
εs σ σ
= s + s
ε s0 σ s0 σ s 0
α
ε s σ s −σ r σ s −σ r
= +
ε s0 σ s0 σ s0
15
Sendo: (σr ; ε r) as coordenadas da última inversão de carga
16
Caso a) – A primeira inversão ocorre no patamar de cedência.
O modelo utiliza uma equação do tipo Ramberg-Osgood para modelar o primeiro semi-
ciclo descendente.
ε s − ε sr σ − σ sr
ε’s=β(σ’s+ασ’sn ), sendo: ε 's = ; σ 's = s ; α, β são parâmetros do modelo.
2ε sy 2σ sy
17
Sempre que a extensão residual exceder a extensão residual máxima registada até à
altura, os parâmetros α, β e n são actualizados.
O modelo foi inicialmente definido por Giuffrè e Pinto [17] e depois foi modificado por
Menegoto e Pinto [18][19].
ε *s
σ = β .ε + (1 − β )
* *
[1 + (ε ) ]
s s 1
* R R
s
εs σs
sendo: ε *s = ; σ *s = ; antes da primeira inversão.
ε s0 σs0
ε s − ε sa σ s − σ sa
ε *s = ; σ s* = ; depois da primeira inversão.
2ε s 0 2σ s 0
a 1 .ξ
R = R0 -
a2 + ξ
Este modelo tem como principal desvantagem o facto de não simular o endurecimento
cíclico isotrópico, no entanto tem uma formulação simples e produz resultados
relativamente aproximados aos reais.
18
Fig. 18 - Modelo de Giuffrè-Menegoto-Pinto [1].
ε
σ se0 = σ s 0 a 3 s max − a 4
ε s0
19
2.2 - COMPORTAMENTO DO BETÃO
Embora na maior parte das situações correntes, o betão está sujeito a tensões actuantes
em várias direcções, é importante caracterizar o seu comportamento, em situações
especiais, como seja o caso de solicitações uniaxiais.
20
Analisando a figura anterior é possível chegar às seguintes conclusões:
2. A resistência máxima (valor de pico) é obtido numa zona onde a curva é muito
esbatida, isto é com declive praticamente constante.
Trabalhos como os efectuados por Rüsch [23] concluíram que a forma do diagrama
tensão/extensão do betão até ser atingido a resistência máxima, são dependentes da
resistência do betão. Assim sendo hoje em dia é usual relacionar o módulo de
elasticidade com a resistência do betão.
O EC2 [7] propõe a seguinte fórmula para o módulo secante entre σc=0 e 0.4fcm :
21
Os ensaios de provetes de betão solicitados ciclicamente em compressão, produzem em
geral resultados como os indicados na figura 21.
22
2.2.1.2 - COMPORTAMENTO À TRACÇÃO
Um estado biaxial de tensão acontece quando apenas existem tensões num plano, a
tensão principal perpendicular a esse plano é nula.
23
Fig. 23 - Diagrama de resistência do betão solicitado biaxialmente [25].
24
Fig. 24 - Critério de rotura de Mohr [4].
25
2.2.2.2 - SOLICITAÇÕES TRIAXIAIS
26
Este efeito é devido às tensões triaxiais de compressão diminuírem a tendência de
fendilhação interior, aumento de volume e posterior rotura da secção.
Como já foi referido quando a extensão do betão atinge valores próximos da rotura,
inicia-se o fendilhação interna que posteriormente levariam à rotura frágil da secção, no
entanto se houverem estribos/cintas para estes valores de deformação as armaduras têm
uma reacção a expansão lateral do betão, introduzindo-lhe um efeito de confinamento
passivo.
27
Pode-se concluir que as tensões de confinamento no betão aumentam com o aumento da
rigidez dos estribos/cintas à expansões laterais do betão. Estas tensões também diferem
consoante o nível de extensão longitudinal nas secções, sendo muito maiores para
valores elevados de extensão.
28
Fig. 29 - Modelo do confinamento das cintas helicoidais.
1. Aumento da resistência:
29
Fig. 30 - Modelo proposto no EC2 [7] para o efeito do confinamento lateral nas relações
constitutivas do betão.
• REBAP
Este regulamento indica a seguinte relação constitutiva para a análise de secções aos
estados limites últimos.
30
α .ε c + β .ε c2
σc =
1 − γ .ε c
α = 1,1Ec
f cd . 1,5
β=
ε c2
1,1Ec 2
γ = +
1,5 f cd ε c1
• EUROCÓDIGO 2
k .η − η 2
σc = f cm
1 + ( k − 2)η
εc
η=
ε c1
Ecm .ε c1
k = −1,1
f cm
Fig. 33 - Relação constitutiva proposta pelo EC2 [7], para análises estruturais.
31
2. Relações tensão/extensão para a análise de secções.
εc n
σ c = fcd 1 − (1 − ) ,0 ≤ ε c < ε c 2
ε c 2
σ = f , ε ≤ ε < ε
c cd c2 c cu2
σ c = E cε c , 0 < ε c < ε c3
• CÓDIGO MODELO 90
2
Ec 0 ε c ε c
−
Ec1 ε c 0 ε c 0
σc = f c ; para ε c < ε cu
Ec 0 εc
1 + − 2
c1
E ε c0
32
sendo: fc – valor médio da tensão de rotura em compressão uniaxial em provetes
cilíndricos
33
3. - COMPORTAMENTO DE SEÇÕES DE BETÃO ARMADO
De ensaios a peças de betão armado sujeitas a acções cíclicas, obtêm-se curvas carga-
deslocamento do tipo apresentado na figura 37.
34
3. Efeito da degradação de rigidez na descarga.
A peça irá fendilhar nas zonas onde as tensões de tracção excedam a resistência do
betão. Devido ao início da fendilhação e ao seu espalhamento ocorre uma diminuição
gradual da rigidez tangente.
A entrada em regime não linear das armaduras tem como consequência uma diminuição
significativa da rigidez da secção. No entanto a resistência aumenta devido à diminuição
da profundidade da linha neutra e consequente aumento do braço das forças internas. O
endurecimento das armaduras irá contribuir para um aumento da rigidez e resistência da
secção.
Na recarga observa-se também degradação na rigidez da secção, pois haverá uma altura
em que do lado anteriormente traccionado as forças de compressão apenas estão a
actuar no varões longitudinais, que estão plastificados. Nesta altura as fendas no betão
35
ainda não foram fechadas. Assim sendo a rigidez da secção nesta altura é muito inferior
aos valores elásticos.
O denominado efeito de Baushinger (ver §2) também terá um pequena contribuição para
esta degradação de rigidez.
36
5. Numa fase posterior inicia-se o gradual contacto entre o betão na zona das
fendas. A rigidez aumenta gradualmente até valores mais próximos dos
elásticos.
1. Não se verifica o fecho das fendas anteriormente abertas, no lado menos armado
da secção.
37
• DEGRADAÇÃO DA RESISTÊNCIA
Outros fenómenos devem ser considerados quando se pretende efectuar análises mais
pormenorizadas, do comportamento cíclico das peças de betão armado, entre os quais
estão:
38
3.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS MODELOS DE COMPORTAMENTO
NÃO LINEAR
A classificação dos modelos de comportamento não linear poderá ser feita de diversos
critérios. O critério que se apresenta é o proposto pelo CEB em [29] e [30], que tem por
base a relação do número de peças que constituem a estrutura e o número de elementos
finitos usados para a modelar, a que se denomina grau de discretização. Desta forma
pode-se definir as seguintes classes:
O segundo tipo é o mais utilizado. Cada material é simulado utilizando as suas relações
constitutivas, sendo em geral o betão modelado com relações biaxiais e triaxiais e as
armaduras com relações uniaxiais.
Para unir estes elementos e formar uma peça de betão armado, existem duas
possibilidades.
39
A primeira consiste em unir os elementos rigidamente, fazendo coincidir os seus nós de
extremidade. Desta forma considera-se que não haverá deslocamentos (por perda de
aderência) entre o betão e o aço, ou seja é válida a hipótese de Bernoulli. O CEB [29]
indica que deve-se considerar a contribuição do betão entre armaduras (“tension
stiffening” na designação anglo-saxónica)
São aqueles em que o número de elementos finitos utilizados para simular a estrutura é
o mesmo que o número de barras na estrutura.
1. Modelos fenomenológicos.
2. Modelos físicos.
São aqueles em que todos os efeitos não lineares são simulados numa perspectiva de
modelo de comportamento global e empírico, não recorrendo directamente a relações
que traduzem directamente os fenómenos físicos em causa.
40
Exemplos deste tipo de modelos são os modelos de elasto-plástico, bilinear, de Clough,
de Takeda e derivados, e de Q-Hyst.
São aqueles que utilizam modelos físicos concretos para simular os efeitos não lineares
envolvidos. Assim sendo têm um maior potencial que os modelos fenomenológicos,
pois permitem simular mais correctamente os efeitos considerados. Entre estes métodos
está o modelo das fibras.
Desvantagens: Não têm a capacidade de simular efeitos não lineares tão profundamente
como os modelos de discretização por pontos.
São aqueles em que se utiliza um elemento finito para simular várias peças da estrutura.
Estes modelos são utilizados quando se pretende determinar apenas a resposta global da
estrutura.
41
3.2.4 - MODELOS DE PLASTICIDADE CONCENTRADA E DISTRIBUIDA
Por outro lado os modelos de plasticidade distribuída como o próprio nome indica
consideram que as zonas de deformação inelástica está distribuída por todo o elemento.
Estes são os únicos a poder simular o alastramento de plasticidade ao longo do
elemento.
42
Fig. 41 - Modelo utilizando elementos em série [2].
43
3.3 - MODELOS BILINEARES
Estes modelos fornecem valores de energia histerética dissipada, superiores aos valores
reais e não consideram qualquer degradação de rigidez, de resistência ou o efeito de
aperto.
44
3.4 - MODELO DE CLOUGH
45
Fig. 45 - Modelo de Takeda [33].
46
Caso a) – Antes de ocorrer a fendilhação, OC .
No caso b), o diagrama segue do ponto de inversão da carga (ponto D – Figura 46-
a), para o ponto onde ocorre a fendilhação para valores de carga de sinal contrário
(ponto C’ – Figura 46-a).
No caso c), o diagrama segue o troço AE , que é paralelo a CY até a ordenada ser
igual à carga de fendilhação da secção (ponto E – Figura 46-b), seguindo em se-
guida o troço EY´ até se atingir a cedência das armaduras (ponto Y’ – Figura 46-b).
ao segmento CY até aos eixos de abcissas, o segundo troço é definido pelos pontos
H e A, (ver figura 46-b).
47
de Takeda-Powell [13], modelo de Takeda-Takayanagi [13], modelo de Otani [34],
modelo de Roufaiel-Meyer [36] e o modelo Q-Hyst [35].
48
3.6 - MODELO DE Q-HYST
O modelo de Q-Hyst foi desenvolvido por Sozen e Saiidi [35] em 1981, para simular o
comportamento de secções simétricas, recorrendo ao modelo de Takeda.
O diagrama é do tipo bilinear em que o ponto de intersecção dos dois troços, é aquele
que representa a cedência das armaduras traccionadas. A degradação da rigidez na
descarga é efectuado escalando o declive elástico por um coeficiente que tem em conta
o máximo deslocamento já ocorrido. Quando este troço intersecta o eixo das
deformações inicia-se um novo troço que aponta para a maior deformação plástica.
O modelo consiste em discretizar cada secção em fibras de betão e de aço (Fig. 47),
onde se considera as relações constitutivas de cada material, englobando os efeitos
adequados ao tipo de cálculo em causa (efeito do confinamento do betão, etc).
49
Para compatibilizar as deformações das fibras é usual considerar-se a hipótese de
Bernoulli, resultando uma distribuição linear das deformações. No entanto é possível
considerar o deslizamento por perda de aderência entre o betão e as armaduras.
50
4 - REFERÊNCIAS
[4] PARK, R.; PAULAY, T. (1975) – “Reinforced Concrete Structures”, John Wiley
and Sons, New York.
[7] CEN (2001) – “Eurocode 2: Design of Concrete Structures – Part 1: General Rules
and Rules for Buildings”, European Committee for Standardization, Ref: prEN 1992-1
(2nd draft).
51
[9] PIPA, M. (1993) – “Ductilidade de elementos de betão armado sujeitos a acções
cíclicas. Influência das características mecânicas das armaduras”, Tese de
Doutoramento – Instituto Superior Técnico, Lisboa.
[10] MANDER, J.; PRIESTLEY, M.; PARK R. (1984) – “Seismic design of bridge
piers”, Research Report 84-2, Department of Civil Engineering, University of
Canterbury, New Zealand.
[11] MONTI, G.; NUTI, C. (1990) – “Modellazioni del comportamento ciclico di barre
in acciaio per armatura di elementi in cemento armado”, Dipartimento di Ingegneria
Strutturale e Geotecnica, Univesità degli Studi di Roma “La Sapienza”, Roma.
[16] MA, S.; BERTERO, V.; POPOV, E. (1976) – “Experimental an analytical studies
on the hysteretic behavior of reinforced concrete rectangular and t-beams”, Report nº
UCB/EERC-76/2, University of California, Berkeley.
[17] GIUFFRÈ, A.; PINTO, P. (1970): “Il comportamento del cemento armato per
sollecitazioni cicliche di forte intensità”, Giornale del Genio Civile, Maggio.
[18] MENEGOTTO, M.; PINTO, P. (1972): “Method of analysis for cyclically loaded
r. c. plane frames including changes in geometry and non-elastic behavior of elements
under combined normal force and bending”, Technical Report, Università Degli Studi di
Roma, Roma.
[19] MENEGOTTO, M.; PINTO, P. (1973): “Method of analysis for cyclically loaded r.
c. plane frames including changes in geometry and non-elastic behavior of elements
52
under combined normal force and bending”, Symposium on resistance and ultimate
deformability if structures acted in by well defined repeated loads, IABS reports Vol.13,
Lisbon.
[20] FILIPPOU, F.; POPOV, E.; BERTERO, V. (1983) : “Effects of bond deterioration
on hysteretic behavior of reinforced concrete joints”, Earthquake Engineering Research
Center, Report nº UCB/EERC-83/19, University of California, Berkeley.
[22] ACI committee 439 (1969) – “Effect of steel strength and reinforcement ratio on
the mode of failure and strain energy capacity of reinforced concrete beams”, Journal
ACI, Vol. 66 nº3, USA.
[23] RÜSCH, H. (1960) – “Research toward a general flexural theory for structural
concrete”, Journal ACI, Vol. 57 nº1, USA.
[24] SINHA, B.; GERSTLE, K.;TULIN, L. (1964) – “Stress and strain Relationships
for concrete under cyclic loading”, Journal ACI, Vol. 61 nº2, USA.
[25] KUPFER, H.; HILSDORF, K.; RÜSCH, H (1969) – “Behavior of concrete under
biaxial stress”, Journal ACI, Vol. 66 nº8, USA.
[26] RICHART, F.; BRANDTZAEG, A.; BROWN, R. (1928) – “ A study of the failure
of concrete under combined compressive stress”, University of Illinois Engineering
Experimental Station, Bulletin nº 185, USA.
[27] BALMER, G. (1949) – “Shearing strength of concrete under high triaxial stress –
computation of Mohr’s envelope as a curve”. Structural Research Laboratory Report nº
SP-23, U.S. Bureau of Reclamation, USA.
53
[30] COMITE EURO-INTERNATIONAL DU BETON (1994) – “Behavior and
analysis of reinforced concrete structures under alternate actions inducing inelastic
response. Volume 2: Frame Members”,Bulletin d’Information nº220, Laussanne.
[33] TAKEDA, T.; SOZEN, M.; NIELSEN, N. (1970) – “Reinforced concrete response
to simulated earthquakes”, ASCE Journal of the Structural Division, Nº ST 12 pag.
2557-2573, USA.
[35] SAIIDI, M.; SOZEN, A. (1981) – “Simple nonlinear seismic analysis of r/c
structures”, Journal of the Structural Division, ASCE, USA.
54