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O Sacro Sínodo professa que, tudo que nos vem dito e ditado em nossa sociedade, sobre o quão
digno podemos julgar cada ato, sem deixar de lado o ''próprio critério'' e a ''liberdade responsável'',
para não afetarmos de maneira nociva a liberdade de quem está ao nosso lado.
Devemos ser livres na sociedade em busca dos bens para a alma, sem deixar de lado os
valores da religião cristã, aproveitando o que há de novo no que as verdade antigas ensinam. Seguir
o caminho da salvação dado por Deus, para vivermos na paz de Cristo e conhecer a verdade através
da única Igreja do Senhor, abraçá-la, praticá-la e difundi-la. Sabendo sempre dos direitos
invioláveis para com o ser humano dentro da ordenação jurídica da sociedade.
Dentro da liberdade religiosa, o homem deve estar ciente de sua imunidade contra a
coação de quem quer que seja, que ninguém o obrigue a agir contra própria consciência,
independente de quem ou quantos o cerca. Deve ter conhecimento que sua liberdade religiosa está
fundamentada dentro da própria dignidade. E que ele possa, por vontade própria, utilizando o livre
arbítrio que lhe foi dado, ir em busca da verdade ou não. Fora de qualquer ato de coação.
Essa liberdade se evidência cada vez mais para aqueles que seguem a lei Divina e
universal, pela qual Deus rege o mundo e todos os caminhos da sociedade humana. A partir disso o
homem com o auxilio e disposição da providência divina, possa estar mais próximo da verdade.
Conforme encontre-a a criação deve ser conhecedora de sua fidelidade e direitos na vida religiosa.
As comunidades religiosas para manter sua imunidade, dentro de uma ação em comum,
tem o direito de auto-regimento, por normas próprias para manteres a ordem e o culto à Divindade
Suprema. E por meios legais, não podem ser impedidas na nomeação de suas autoridades religiosas,
tendo também como direito o ensino e a pregação em público, desde a não lesão do direito alheio.
A busca pela formação dessas comunidades religiosas deve-se a procura de um bem em
comum para o homem em sociedade. O isentivo a formação de tais, é cultivar as sementes da boa-
vida, onde todos os cidadãos possam usufruir dos benefícios e cumprir dos deveres da mesma, tal
ordem seria dada e mantida pelo comprometimento e fidelidade do homem para com Deus.
Será dado como ilícito qualquer ato que venha ferir ou coibir a formação dessas comunidades.
Os homens que ocupam a missão de educador, devem ser responsáveis na formação de
novos seres humanos, com senso de responsabilidade e obediência à ordem moral e a legitima
autoridade, sob uma reflexão própria diante da luz da verdade religiosa.
O fundamento do que foi dito por este Sínodo Vaticano, foi encontrado na dignidade do ser
humano e em sua capacidade de crer, que fora experienciada no decorrer dos séculos à razão
humana. Sobretudo há uma afinidade maior sobre tudo que foi dito sobre liberdade religiosa, com a
liberdade do ato de fé cristã.
Deus de fato nos faz o convite para a servidão espiritual, mas é muito complacente para
com as criaturas que Ele criou a sua própria imagem e semelhança, que tem o direito de gozar da
vida e sua liberdade, negando a ''obrigação em consciência'', pois de forma alguma são forçados. E
justo por isso, Jesus preferiu não liderar os homens e sim, ser o instrumento de sua liberdade, tendo
como principais aliados, os seus discípulos a quem com muita paciência os cativou.
A Igreja é fruto da Palavra do Mestre, semeada pelos apóstolos, sempre ensinando o
caminho certo, e jamais empurrando ninguém a segui-lo.
A Igreja tem por direito a liberdade de pregação, de propagar as palavras da salvação, e tem
o dever de respeitar a liberdade religiosa e a não coação.
Em contrapartida, desempenha arduamente sua função, seu mandato divino ''Ensinai a
todos os povos'' (Mt 28,19). Assim trazendo Deus para perto do homem, que assim por livre
vontade possa vir a crer.
Consta que o homem de hoje é o que mais deseja professar livremente sua religião. Muitos
dos regimes que ainda se encontram contra a liberdade religiosa, atrasam espiritualmente a
sociedade, não vendo o bem que uma vida sem coação possa trazer. É triste ter de ver isso, porém,
em contrapartida, estamos no caminho ''unidade''. Dia-a-dia o homem se vê ciente de sua
responsabilidade e consciência. Caminhando se não para um salvação geral, uma sociedade mais
digna em aliança com a vida religiosa.
A Sociologia tem como função de estudar o que não é diretamente visível em nossa
sociedade e ir além de meras descrições dos fatos sociais. Trata de dados daquilo que nos é
apresentado para podermos entrar em um campo de não visibilidade.
Fala-se de construção social, construção do individuo para com o meio, e de tudo que é
produzido pela sociedade, daí, parte-se para pontos como estrutura social, estrutura de classes e etc.
Do mesmo vale para o estudo sociológico da religião, porém, podemos avançar esse estudo para ver
qual a função da religião na sociedade e em que ela influência e contribui.
Pode-se dizer que um dos papeis da sociologia é o de transformar a consciência coletiva, a
sociologia da religião pode assumir bem esse papel, pois a partir de seus valores torna possível a
construção de uma vida melhor em sociedade.
O estudo da religião em âmbito sociológico supõe primeiramente um mundo de
idealizações, afinal não podemos separar o homem de sua mente. A sociedade não é feito só de paus
e pedras. A religião nesse sentido é a representação que o homem faz de si e do Mundo.
A Sociologia da Religião não tem como função explicar o porque dessas ''projeções
sobrenaturais'', poderíamos atribuir isso a campos como a Psicologia, Filosofia e a Teologia. O que
cabe a sociologia da religião é estudar esses fenômenos em sociedade e seus impactos. Sem se
importar o nome ou nomes que determinado povo dá ao seu ''Ser Sobrenatural''.
Hoje em dia com o afunilamento mundial de relações humanas entre diversos povos, a
Igreja começa a adotar uma outra atitude para com outros povos de diferentes religiões não-cristãs.
Já que a proposta de salvação por Deus é dada por direito a todo e qualquer ser humano e
independente de quais forem nossas diferenças, nós formamos a mesma comunidade.
Nem sempre os caminhos são os mesmos para alcançarmos repostas a questões triviais
sobre nossa vida , sobre como alcançar a felicidade, e respostas sobre a morte e a todas dúvidas que
nos martirizam ao pé da angustia.
-São Luís-
2009