Há muitas maneiras de sermos imprudentes e defraudarmos.

Receber
pessoas em casa com roupa íntima ou com pouca roupa, trocar de
roupa ou banhar-se com portas e janelas abertas, sentar-se em
posição incorreta, tudo isso pode defraudar. Quantas pessoas agem
imprudentemente! Certa vez fui visitar, em companhia de um irmão,
uma ?missionária?. Ela veio nos atender com um tipo de roupa íntima
muito decotada e curta, causando-nos grande constrangimento.
Muito constrangimento também tem sido causado por moças que se
sentam de maneira inadequada nos bancos das igrejas.
Há muitas maneiras de se defraudar pela imprudência, mas somos
inteligentes o suficiente para sabermos quais são elas e para
procurarmos evitá-las ao máximo.

A permissividade do mundo atual é outro instrumento que contribui

para a defraudação. Os rapazes e moças cristãos acabam permitindo
em seu meio certas brincadeiras tais como tapinhas, beijinhos,
piadinhas indecentes, conversas pornográficas e maliciosas,
encostadinhas, que podem produzir conseqüências bem
desagradáveis. Quando certas brincadeiras passam a se repetir com
freqüência, é possível que se transformem num namoro carnal, com
tentações difíceis de se superar e acarretem, posteriormente,
sofrimento e dor. Quanta desilusão, quantas dores são provocadas
pela permissividade no meio do povo de Deus, das quais,
infelizmente, nós, pastores, somos testemunhas!

Além das maneiras citadas, outras precisam ser também expostas.

Férias na praia podem ser excelentes para descanso, mas quantas
vezes são portas de entrada para defraudações. A situação nas praias
brasileiras está tão crítica e séria que fica difícil localizar um ambiente
adequado, nesses lugares, para o lazer do povo de Deus.

A principal defraudação que ocorre nas praias diz respeito ao

vestuário. Tanto a mulher quanto o homem podem defraudar pela
roupa, usando certos maiôs ou sungas justíssimos, reduzidos e
escandalosos. Há biquínis que expõem de tal forma o corpo feminino,
que levam o homem a pecar por pensamentos e, muitas vezes, até
com atitudes indevidas. Pessoalmente, acredito que o maiô inteiriço
componha melhor o corpo feminino, deixando a mulher muito mais
bela. Eu já posso imaginar muitos jovens criticando meus
pensamentos: ?Mas, que exagero do Pastor Levi. Isso não tem nada
a ver!?. Essa linha de pensamentos de muitos jovens reflete o que foi
anteriormente dito: nós vivemos um permissivismo diabólico. Meu
jovem, se você é um dos que pensam assim, pare e reflita com toda
sinceridade do seu coração; procure olhar a questão da roupa de
banho com os olhos de Jesus. Você acredita que Ele gostaria de ver
defraudação no meio do Seu povo?
Nós vivemos no mundo, mas não pertencemos a ele e disso não
podemos nos esquecer. Devemos viver o que está escrito no livro de
Romanos: ?E não vos conformeis com este século, mas transformai-
vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus? (Rm 12.2).

A defraudação pela moda feminina

A roupa tem um lugar muito importante na história da humanidade.

Tanto assim, que o primeiro empreendimento humano, após a
entrada do pecado no Éden, foi a tentativa frustrada do homem de
confeccionar sua própria roupa. Ele só conseguiu fazer cintas de
plantas (tangas). Em matéria de roupa, o homem começou errando
e, desde então, não parou mais de errar. Hoje ele erra mais do que
nunca. A sua escolha incorreta provocou a desaprovação de Deus,
que, ao vê-los vestidos com as tangas, prontamente confeccionou
vestimentas de peles de animais (Gn 3.7-21). Não devemos também
esquecer o fato de que estamos vivendo no fim dos tempos, quando
a profecia bíblica afirma que haveria, e já está havendo, muita
depravação (II Tm 3.1-9; II Pe 3.3 e Judas).

A depravação se evidencia muito hoje em dia na moda feminina. Um

olhar mais atento nos criadores da moda atual nos faz refletir: Quem
são eles? São homens de Deus? Têm eles algum interesse nas coisas
espirituais? Preocupam-se com os ensinos da Bíblia? Não! De modo
nenhum! Por não conhecerem a Palavra de Deus, cedem aos
encantos depravados da moda e o maior deles é o erotismo. Esta
palavra vem de ?eros?, deus grego da mitologia, o deus do amor
sexual. A moda de hoje tem feito da mulher um chamarisco sexual,
um objeto cuja finalidade é excitar sexualmente os homens,
tornando-a um objeto sexual.

No limiar do século XXI, quando se pregam pelos quatro ventos do

mundo a ?emancipação da mulher?, a ?igualdade de direitos?, a ?
libertação feminina? e outras plataformas, a mulher, mais do que em
qualquer outra época, se transforma num produto afrodisíaco (vem
de Afrodite, deusa do amor sexual na mitologia grega, de onde se
originou o termo afrodisia que é exagero mórbido, doentio, de
apetites sexuais desregrados e alucinantes). Quase toda a roupa
feminina, fruto de inspiração satânica, tem cunho erótico, sensual. A
minissaia, a miniblusa, o decote, as transparências, as roupas
justíssimas, os biquínis fio-dental, as tangas têm como finalidade
desnudar a mulher por inteiro ou por partes, mostrando as pernas
nas saias curtas, a barriga, o busto, as linhas do corpo e a quase
totalidade de seu corpo nas roupas de banho. Todo esse esforço
mercadológico tem um único propósito: atrair sexualmente os
homens.
Vejamos os exemplos mais conhecidos de roupas eróticas:
Roupas justas. Uma das razoes pela qual a mulher temente a Deus
não deve usar roupas justas está no fato de que esse tipo de roupa
modela e mostra com detalhes as linhas atrativas do corpo feminino.
Aparentemente isso não tem importância, mas, sem duvida alguma,
a roupa justa atrai a atenção dos homens e os tenta sexualmente. A
calça comprida justa mostra todas as linhas do quadris e, de modo
visível, a região pubiana. A blusa justa faz sobressair o busto. Para se
ter uma idéia de quanto uma roupa justa defrauda, basta observar a
reação de um grupo de homens incrédulos, quando passa uma
mulher bonita, usando roupas justas.

Roupas transparentes. Elas mostram, com detalhes, todo o contorno

do corpo, sendo possível saber, de vez em quando, até esmo o
modelo e a cor das roupas íntimas. Atualmente a situação tem se
agravado com o uso de roupas íntimas transparentes e da cor da
pele. Tempos atrás, fui visitar uma firma e tinha que falar com a
recepcionista. Quando ia chegando a uma distância de uns dez
metros, fiquei chocado, pois tive a perfeita impressão de que a
recepcionista estava nua. Depois que me aproximei mais, pois
precisava falar com ela, não tinha outro jeito, percebi que ela usava
uma blusa rendada bastante transparente e um sutiã também
transparente e da cor da pele. Podemos imaginar o quanto aquela
moça defraudou naquele dia. Um outro agravante desse tipo de roupa
é que muitas mulheres abandonam o uso de sutiãs e ficam
totalmente expostas numa roupa transparente, atraindo para si o
desejo sexual de muitos homens, inclusive dos cristãos, numa
conduta altamente defraudatória.

Roupas curtas. Elas expõem as pernas e, muitas vezes, até as roupas

íntimas. Quando ela usa tal tipo de roupa, sempre que se levanta,
desce ou sobe num carro, ônibus ou escadas, as pernas e as roupas
íntimas ficam expostas. Mesmo sua postura ao se assentar na Igreja
pode levar não apenas os homens a pecarem, como desviar a
atenção ao culto. Por mais de uma vez já tive que sair do meu lugar
de professor da Escola Dominical ou de pregador para pedir às
mulheres que se assentassem corretamente.

Roupas decotadas. Estas são as piores, pois expõem o busto, que é

uma das partes de maior atração do corpo feminino exposto pelas
roupas justas, transparentes e decotadas. Não é sem razão que há no
mundo uma poderosa indústria pornográfica expondo-o. A exposição
dos seios da mulher é realmente uma tentação e problema sério para
a maioria dos homens.

No aspecto da moda feminina, o homem sofre terrivelmente. O

sistema de vida do mundo sem Cristo, no que diz respeito à moda
feminina e seus paralelos defraudatórios, bombardeia o homem
diariamente. O preço que a sociedade paga por toda essa
defraudação é muito alto. Nos Estado Unidos, o índice de estupros
teve um aumento explosivo de 192% nos últimos dez anos.
Fomentando esse terrível pecado, está a indústria pornográfica, que
ataca o homem deste século com corpos nus de todos os tipos de
mulheres e homens. Essa indústria milionária, cuja finalidade
principal é ganhar dinheiro, é uma das mais poderosas do mundo,
movimentando somas astronômicas e empregando milhares de
pessoas em todo o mundo. Há bem pouco tempo, as fotos expondo
os corpos de mulheres eram vistas apenas por quem comprava as
revistas especializadas. Ultimamente, nas ruas de Belo Horizonte
mesmo, vemos as fotos dessas revistas estampadas em gigantescos
outdoors, incitando adultos, jovens e crianças a valorizarem o padrão
defraudatório como coisa muito normal e até bonita. Essa descarada
inversão de valores é responsável pela disseminação da ?
prostituição?, sofisticadamente chamada de ?liberação sexual?. Tais
comportamentos mundanos, ou seja, a liberalização da prostituição,
do adultério e de toda deformidade sexual, está transformando o
mundo num vasto meretrício, numa mega Sodoma, numa Gomorra
cosmopolita, para alegria de satanás e seus demônios.

Por tudo isso, devemos estar atentos. Contra os dardos inflamados da

sensualidade e da sexualidade sem limites, levantemos nosso
poderoso escudo: a fé que temos no Deus Vivo, a quem servimos; no
Deus que tudo vê, tudo sabe e que livrará o Seu povo de ceder às
tentações mundanas. Tanto homens quanto mulheres devem estar
atentos à sua maneira de vestir e de se comportar para não serem
responsáveis pelo pecado um do outro.

Uma observação relevante sobre o aspecto do vestuário feminino diz

respeito à desvalorização da mulher. Ao se vestir de modo indecente,
ela não percebe que o homem a vê simplesmente como mero objeto
de prazer, algo que se compra no mercado, descartável e sem valor.
É imperativo que a mulher se vista com recato e elegância,
lembrando-se de que seu corpo é templo do Espírito Santo e que
Deus a chamou para a santificação e, não para a impureza.

Não apenas a mulher, mas também o homem defrauda com sua

maneira de se vestir. Atualmente o homem tem se tornado, assim
como a mulher, uma boa fonte de ganho para a indústria
pornográfica. Deus o fez diferente da mulher e o diabo tem usado
essas diferenças para a defraudação feminina, com revistas de
homens nus, clubes de mulheres, garotos de programas e tantas
outras perversões sexuais. O homem quer valorizar o seu corpo
investindo em musculação, ginástica e tantos outros cuidados. Ele
lança mão de roupas justas que destaquem seus músculos e partes
íntimas para provocar as mulheres. Embora essas sejam práticas
comuns, não são saudáveis aos olhos de Deus.