Sei sulla pagina 1di 5

ORDEM DOS ADVOGADOS

CNEF / CNA
Comissão Nacional de Estágio e Formação / Comissão Nacional de Avaliação

PROVA ESCRITA NACIONAL DO


EXAME FINAL DE AVALIAÇÃO E
AGREGAÇÃO
(RNE)

Questões de Deontologia Profissional


(6 valores)
e de
Prática Processual Civil
(5,5 valores)

25 de Outubro de 2008
I
DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

RICARDO, advogado, patrocinou JOANA e BALTAZAR em diversos processos judiciais, nos


quais estes pretendiam ver declarados e reconhecidos vários interesses comuns.

Um ano volvido, já após a cessação dos mandatos por parte de RICARDO, JOANA
procurou-o, desta vez, para a patrocinar contra BALTAZAR, já que este, no acerto de
contas, não havia respeitado a proporção dos interesses económicos que para ambos
resultara das decisões judiciais transitadas em julgado.
RICARDO, que à época havia exercido advocacia em regime de prática isolada,
encontrava-se agora inserido, como sócio, numa sociedade civil de advogados e porque
entretanto se havia dedicado exclusivamente ao direito público, recusou o mandato.
Contudo, considerava a causa justa, até porque conhecia bem o que estava acordado
entre ambos (JOANA e BALTAZAR), pelo que quando JOANA, face à recusa, lhe respondeu
que iria consultar uma advogada amiga, sugeriu-lhe o patrocínio por um colega também
sócio da sociedade de advogados de que fazia parte, já que esta era reconhecidamente
de grande qualidade e assegurar-lhe-ia serviços de elevado nível. Por outro lado e além
disso, ele próprio asseguraria que os honorários finais não excederiam 10% do resultado
económico que, concretamente, viesse a ser e se fosse obtido. JOANA acabou por aceitar
a sugestão.

Quando chegou o momento processual próprio, RICARDO foi arrolado como testemunha
de JOANA, tendo posteriormente, aquando da designação da data para audiência de
discussão e julgamento, sido notificado para comparecer para aquele efeito em Juízo, o
que fez.
A certa altura, no decurso da audiência de discussão e julgamento e no momento que
considerou adequado, SIMÃO, advogado de BALTAZAR, pediu a palavra para ditar para a
acta um requerimento relacionado com o depoimento de RICARDO, no que foi contrariado
pelo Srº Juiz que considerou não ser oportuno fazê-lo, já que era a ele a quem incumbia
dirigir a audiência, como dispunha o artº 265º do CPC.

RESPONDA SINTÉTICA E FUNDAMENTADAMENTE:

GRUPO I

1. O que se lhe oferece dizer quanto à recusa e justificação de RICARDO


para não aceitar o patrocínio de JOANA contra BALTAZAR? (0,75)

2. O que mudou pelo facto de RICARDO ter indicado a JOANA um colega da


sociedade de advogados de que fazia parte para este a patrocinar? (0,75)

3. Que comentário lhe merece a sugestão, em si mesma, de RICARDO a


JOANA, referida no número anterior? (0,75)

4. E quanto ao acordo de honorários estabelecido com JOANA? (0,25)

GRUPO II

5. Poderia, e de que modo, RICARDO depor como testemunha de JOANA?


(1,00)

6. O que mudaria se prestasse BALTAZAR o seu consentimento? (1,00)

GRUPO III

7. Exemplifique em requerimento sumário o procedimento que deveria


adoptar SIMÃO perante a decisão do Srº Juiz e diga qual a sua
finalidade? (1,50)
II
PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL

1) Foi procurado por Joaquim Sousa, comerciante que lhe entregou diversos
documentos que recebeu do 1º Juízo Cível de Coimbra.
Tratava-se da nota de citação para uma acção sumária – Proc. nº 208/08 do 1º
Juízo, - na qual ao mesmo era demandado o pagamento da quantia de 7.500,00€,
proveniente do fornecimento de material de escritório (consumíveis) feito pela
Sociedade autora Consumíveis de Escritório, Lda., com sede em Lisboa.
Segundo lhe relatou o seu Cliente, não tinha pago aquela factura pois não tinha
recebido a totalidade dos produtos nela constantes, mas apenas produtos no valor de
4.500,00€.
Dessa anomalia tinha dado, aliás, conhecimento ao funcionário da A., logo que
este lhe entregou os produtos em 16 de Dezembro de 2007.
Referiu-lhe, ainda, o seu cliente, que, desde há vários anos mantinha relações
comerciais com a sociedade autora, à qual fornecia produtos do seu comércio, (café e
águas) tendo, as partes estabelecido, ao longo dos anos de colaboração, uma conta-
corrente, lançando a débito da A. os produtos fornecidos pelo S. Constituinte e a
crédito da mesma os valores dos produtos por esta fornecidos.
Dessa relação comercial tinha, o seu Cliente, o direito a receber 6.000,00 € pelo
que considera nada dever à A. sendo, na realidade, seu credor.
Com base nestes dados, elabore, na defesa do interesse do S. Cliente, o
articulado que tiver por conveniente. (3,50)

2) Tendo-se deslocado à Secretária Judicial do 1º Juízo Cível, verificou que, se


encontravam apensos à acção sumária uns autos de procedimento cautelar (com o nº
33/08 do 2º Juízo Cível de Coimbra), nos quais havia sido decretado o arresto da casa
do seu Constituinte.
O seu Cliente fora notificado da decisão em 7 de Fevereiro de 2008, não tendo
reagido por qualquer meio.
Dessa circunstância (notificação do seu Cliente) fora notificado a A. por carta
registada, em 7 de Fevereiro de 2008, dirigida ao seu mandatário.
A acção sumária em causa fora instaurada em 6 de Março de 2008.
Analise estes dados e elabore o requerimento que tiver por conveniente
na defesa dos interesses do seu Cliente. (1,50)

3) Nos autos de acção sumaríssima nº 300/08, do2º Juízo do Tribunal de


Pequena Instância Cível de Lisboa, foi, o nosso Colega F., notificado para o dia da
audiência de Julgamento sem que a Secretaria tenha providenciado pelo prévio acordo
dos mandatários judiciais.
Encontrando-se impedido, o Colega faltou ao julgamento, não tendo
comunicado tal impossibilidade de comparecer, esperando que o julgamento fosse
adiado.
Ao contrário das expectativas do nosso Colega, a audiência de Julgamento
realizou-se.
Analise a actuação do Senhor Juiz. (0,50)

Potrebbero piacerti anche