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ORDEM DOS ADVOGADOS

CNEF / CNA
Comissão Nacional de Estágio e Formação / Comissão Nacional de Avaliação

PROVA ESCRITA NACIONAL DO EXAME


FINAL DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO
(RGF)
Questões de Deontologia Profissional
(6 valores)
e de
Prática Processual Civil
(7 valores)

3 de Março de 2007
I
DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

Analise a hipótese que, a seguir, se enuncia e responda, depois, às


questões suscitadas sobre a mesma, fundamentando as respostas com as
disposições legais aplicáveis:

O Advogado Alberto convocou Pedro, seu constituinte, para uma


reunião, no seu escritório, com a parte contrária, Daniel, que ainda não
constituíra Advogado, a fim de tentar, antes da instauração de uma acção,
a composição extrajudicial do litígio entre ambos.
No decurso das negociações, as partes exaltaram-se e o Advogado,
apesar de todos os esforços em contrário, não conseguiu conter o seu
cliente, que feriu Daniel com uma bengala e seguidamente fugiu do
escritório do Advogado.
Alberto renunciou à procuração que Pedro lhe tinha outorgado, o
que lhe fez saber por carta registada com aviso de recepção.
Daniel participou os factos ao Ministério Público, este convocou
Alberto para depor no inquérito, mas ele escusou-se a prestar
depoimento, invocando sigilo profissional.

a) Em que condições podia ocorrer a frustrada tentativa de Alberto, se


Daniel já tivesse constituído Advogado? 1 v

b) Podia Alberto renunciar à procuração que Pedro lhe outorgara? 1 v

c) Estavam cobertos pelo segredo profissional os factos sobre os quais o


Ministério Publico pretendia que Alberto depusesse? Que dever dos Advogados
para com os clientes visa proteger a disposição legal que expressamente prevê
o sigilo de tais factos? 1,5 v
d) A cessação do segredo profissional podia verificar-se a requerimento
de Alberto? Em que condições poderia o Ministério Público conseguir que
Alberto depusesse com quebra de segredo profissional e quais os pressupostos
que teriam de ocorrer? Verificar-se-iam tais pressupostos, no caso concreto?
2,5 v
II
PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL

Manuel, viúvo, residente na Rua do Conde de Redondo, 100, em


Lisboa, intentou acção ordinária na comarca de Lisboa (1ªVara Cível – 1ª
Secção – Pº. 234/06.2TBLSB) contra Auto-Reparadora, Ldª., com sede na
Rua da Igreja, 20, em Setúbal, na qual sustenta que é proprietário do
veículo automóvel “Rols Royce” com a matrícula MN-05-98, de 1940, a que
atribui o valor de € 80.000,00, viatura que diz estar em poder da
demandada.
Formulou os pedidos de reconhecimento do seu direito de
propriedade sobre ele e que a ré seja condenada nesse reconhecimento e
a restituir-lhe tal bem.
Auto-Reparadora, Ldª. tem, efectivamente, na sua posse o
identificado veículo, o qual lhe foi entregue para execução nele de
trabalhos de reparação por José, solteiro, maior, residente na Travª. do
Mar, 2, em Sesimbra. Suspeita, por isso, de que o veículo possa não
pertencer a Manuel mas a José.
Por seu legal representante, Auto-Reparadora, Ldª., que foi citada,
procura-o no seu escritório e narra-lhe quanto ficou descrito.

a) – Que atitude processual tomaria, no apontado quadro, em


representação de Auto-Reparadora, Ldª.? E em que prazo? 1 v

b) – Redija a respectiva peça processual. 2,5 v

José, citado, veio opor-se ao peticionado por Manuel e formulou,


em reconvenção, pedido de que a propriedade sobre o veículo lhe assista,
com as legais consequências.
O julgamento prolongou-se por duas sessões. No fim da 1ª sessão
foi ouvida a testemunha do Réu José, Francisco, que inquirida, afirmou
que teria assistido à venda do veículo referido nestes autos a José, venda
cujo acto ocorrera pelas 15 horas de 18 de Dezembro de 2006.
Terminada essa sessão, o Manuel comunicou ao seu advogado que
a referida testemunha, nesse dia e a essa hora, estivera a depor no
Tribunal de Cascais, no âmbito do processo 252/2002 do 2º Juízo Cível.

c) – Na posse dessa informação, que medidas deveria tomar o


advogado do Manuel? 2 v

d) Se o advogado do Manuel requeresse a realização de diligências


tendentes à descoberta da verdade e o advogado do José se opusesse
ao requerido, o despacho favorável do Juiz sobre essas diligências
poderia ser impugnado? Como, e em que prazo? 1,5v

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