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i Periodicidade: Diária Temática: Política

Classe: Informação Geral Dimensão: 479

Âmbito: Nacional Imagem: S/Cor


18­03­2011 Tiragem: 80000 Página (s): 18

ENSAIO

Salvação nacional
A palavra ao Presidente
Provavelmente pela mesma razão que lhe permitiu assimilar
todas as revoluções modernas sem nunca recorrer à Revolução

de de assumir a má notícia entre outros portuguesa Tendo estado em peso na


tiques da maioria absoluta de 2005 falta Assembleia a 10 de Março para a moção
de vontade para acordos duradouros Mas de censura a todos escondeu o que já tinha
a responsabilidade não é só sua decidido E cereja em cima do bolo Sócra
Quando recordamos a campanha eleito tes decidiu nada dizer ao Presidente vio
ral de 2009 e o chorrilho de mentiras do lando frontalmente o dever constitucional
governo e do PS não custa entender que Gosto de ouvir as vibrantes tiradas de PS
as pessoas desacreditem cada vez mais e Francisco Assis contra os que atacam o
Como esquecer a escandalosa ficção de sistema parlamentar e os deputados Mas
sustentar até ao final do ano que o défice o que pensa o PS que o país pensa quando
Ribeiro e Castro é o seu líder a tratar a Assembleia como
não seria superior a 5 7 do PIB E depois
do aumento da função pública em ano de um circo e os deputados como palhaços
eleições bastaria percorrer o programa O governo responde perante Presidente e
eleitoral socialista para corar de vergonha Assembleia e o primeiro ministro perante
se a houvesse Ele era TGV novo aero o Presidente tendo a específica competên
porto e terceira travessia do Tejo ele era cia de informar o Presidente da Repúbli
mais auto estradas PPP em abundância ca acerca dos assuntos respeitantes à con
ele era prestações sociais em alta etc dução da política interna e externa do país
cabazes de fartura para enganar eleitores Quando o primeiro ministro vai a Bruxe
Quem pretende o ministro das Finanças las apresentar medidas tão gravosas para
É difícil aceitar como chegámos aqui Rara enganar quando diz agora que a oposi visto da chanceler alemã e do Presidente
mente se ouviu tantos a falar de fim de ção anda a enganar os portugueses a res francês pode escondê las do Presidente do
regime Na manhã de 11 de Março Sócra peito de sacrifícios Deixou se Sócrates seu próprio país Sócrates pôs se ajeito
tes pôs o ministro das Finanças a anunciar formar governo minoritário ainda com para ser demitido ao ofender o regular
o quarto PEC de uma série frenética em esse programa extravagante E quando já funcionamento das instituições democrá
menos de um ano Ao modo dos cognomes era impossível esconder a gravidade da cri ticas É a segunda vez Da primeira não
dos Reis foi assim em Abril caído o pano se com o défice exposto nos 9 4 e a cri foi demitido E toda a gente acha que des
sobre a grande encenação do Orçamento se grega a esgotar a paciência dos merca ta vez também não Se for assim acho mal
do Estado 2010 chegava o PEC I O Bre dos e a aguçar a atenção também sobre Precisamos de actos e palavras que pro
ve o tal que ia pôr tudo em boa ordem em Portugal não se quis forçar uma coligação tejam a democracia defendam Portugal
Maio vinha já o PEC II O Mentiroso a majoritária para a legislatura nem preci permitam que nos salvemos Ao precipi
mostrar que o anterior fora mentira como pitar eleições que clarificassem o quadro tar o choque neste momento no fio da
ele seria também no fim de Setembro em Havia uma reserva mental geral eleições navalha entre as cimeiras europeias de 11
cima do OE 2011 anunciou se o PEC 01 O antecipadas só em 2011 depois das presi e 24 de Março Sócrates esticou de novo a
Depressor cujos efeitos recessivos o gover denciais como e para quê nunca entendi corda joga Portugal como aposta limite
no sempre teimou em negar e como a ver bem Porque eram as eleições más em 2010 do seu póquer obsessivo Lança nos como
dade tem muita força aí está agora o PEC por causa da crise e serão boas em 2011 ficha da sua política de casino
IV O Ruinoso consequência do anterior quando a crise é pior Por que era mau A palavra é do Presidente da República
Não será ainda o último nem o penúltimo fazer eleições com os juros da dívida nos Só o Presidente ouvindo os partidos e o
se isto não levar uma volta 3 e será bom quando vão nos 8 e a subir Conselho de Estado poderá estar em con
O governo perdeu a mão O país está des Qual a lógica e o patriotismo disto dições de poupar o país a que a crise estoi
governado Estabilidade é ironia graça A situação piora em todas as frentes a re na semana pior em cima de Cimeira
pesada humor negro Não era difícil pre recessão está aí as falências sucedem se europeia decisiva e marcar a pauta para
ver Eu próprio que não sou bruxo fui dos os desempregados estão acima dos 600 o rumo consistente que se seguirá
que o previ Com a fragilidade da situação mil as finanças públicas continuam em Se Sócrates fosse demitido e houvesse
política e a deterioração financeira do Esta estado crítico apesar das doses de cavalo espaço de patriotismo no PS ainda pode
do e do país iríamos de mal a pior No 10 Foi preciso eu chegar aos 57 anos para viver ria ser procurada uma solução de emer
de Junho o Presidente chegou a dizer num país em que se corta o salário às pes gência de salvação nacional neste quadro
Como avisei na altura devida chegámos soas Foi preciso chegar este governo para parlamentar ainda que a margem seja
a uma situação insustentável e todavia termos desemprego acima de dois dígitos estreitíssima quer pela degradação do qua
a situação continuou a ser sustentada Nun O PEC IV marca ainda o cúmulo do aban dro político quer pelo precedente criado
ca percebi que não se forçasse a clarifica dalhamento institucional O primeiro minis por Jorge Sampaio Se não a não haver
ção nesse primeiro semestre de 2010 tro já nem se preocupa em fingir desres uma intervenção constitucional patrióti
Pasma como enfrentando Portugal uma peita o Presidente ignora a Assembleia as ca agregadora de algum modo impulsio
crise financeira terrível que pesa como far conversas com os partidos são fingimen nada pelo Presidente a ruptura está aí e
do insuportável sobre a economia e praga to os parceiros sociais papel de cenário as eleições são inevitáveis E tendo se tor
negra sobre a vida e o futuro dos cidadãos Anunciando o PEC a 11 de Março o gover nado inevitáveis quanto mais cedo melhor
a política vai rolando em clima de campa no manteve a ficção de diálogo na Concer É uma lástima como deixamos chegar as
nha e pré campanha eleitoral desde há três tação Social com base num quadro que coisas até ao apodrecimento e do apodre
anos O primeiro ministro e o seu estilo sabia ultrapassado Reunindo com os par cimento à gangrena A saturação das pes
panglossiano têm a principal responsa tidos sobre a Cimeira extraordinária do soas com a política vem daí Daí e de não
bilidade discurso de negação incapacida Euro sonegou lhes o essencial da posição se ver de onde desperte a esperança

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