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NATAL NO TRIBUNAL

Na cadeira dos réus está o Natal. Advogados e testemunhas tentam


definir se o Natal é importante no novo milenio.
Cortinas Fechadas

Saudação aos presentes

Hino

Abrem Cortinas

(Cenário)

(Um Tribunal: Bandeiras do Brasil, do Estado, do Município; Mesa, Cadeira da juíza, Martelo,
Cadeira para o Réu, Máquina de escrever, Escrevente...

Estão no seus lugares o Escrevente, os dois Advogados e os 7 Jurados

Entra a Juíza - todos se levantam - depois se sentam...

Juíza: Senhores e Senhoras presentes. Estamos agora reunidos neste julgamento


extraordinário, mas muito necessário. O réu vai ser julgado por não ter mais serventia neste
novo milênio. O réu é o Natal. Estaremos julgando se o Natal ainda tem algum valor neste
novo milênio, e que tipo de Natal deve ficar solto, para que tenha alguma serventia e não
ameace a humanidade.

Juíza: Escrevente, quem é a primeira testemunha?

Escrevente. É o Sr. comércio, Sra. Juíza.

Juíza: Pois faça entrar o Sr. Comércio.

Escrevente: Que entre no tribunal o Sr. Comércio.

O COMÉRCIO

Música de Fundo

(É trazida uma pessoa totalmente vestida em forma de um grande pacote com a palavra
"COMÉRCIO" bem visível na frente e atrás)

Advogado de acusação (AA): Sr. Comércio! Qual a melhor época do ano para o senhor?!

CO: Sem dúvida, a melhor época do ano para mim é o Natal!

AA: Mas, explique por que isso?


CO: É porque dá mais emprego, vende mais, as pessoas só querem comprar, junta muito
mais dinheiro!

AA: E o Sr.. Acha que o Comércio depende do Natal, ou o Natal que depende do Comércio?

CO: Ora... Ora... O que seria do Natal sem o Comércio? O que seria do Natal sem as
comprar, os presentes? Qual seria a alegria das crianças e dos adultos? O Comércio é a
grande estrela e sentido do Natal!...

AA: Não tenho mais nenhuma pergunta, Sr.. Juiz.

Juíza: Com a palavra o Advogado de defesa.

Advogado de defesa (AD): Sr. Comércio! Se a grande alegria do Natal é o que o Sr.. Produz,
como explicar as tristezas que muitos sentem neste dia? Mesmo com tantos presentes,
compras e gastos, nem todos se sentem felizes neste dia. O Sr.. Falou dos empregos
gerados durante o tempo do Natal mas, e como ficam estas pessoas depois desses dias.
Além disso, não podemos esquecer da inveja que muitas crianças e até adultos sentem por
não poderem ter ganho ou comprado o que os outros compraram e ganharam? Mas... Isso
tudo ainda não é o pior: como dizer que o sentido do Natal é o Comércio para aqueles que
nada conseguiram comprar ou, se compraram, não conseguem pagar as prestações e tem o
seu nome sujo no SPC? Não! O Natal não depende do Sr.. Para continuar sendo o
VERDADEIRO NATAL!

CO: Bom... Na verdade o SPC, a inveja, a tristeza, os sentimentos... Hum... Isso não me
interessa. Isso é para os fracos. (Olha para o público e diz:) Não esqueçam: com uma boa
propaganda na porta, e você entra direitinho e parcela as suas compras em até 10 vezes...

Juíza: (bate o martelo) Por gentileza, Sr.. Comércio! Sem propagandas e manifestações
neste tribunal.

AD: Nenhuma pergunta mais ao Sr.. Comércio.

(O Sr.. Comércio fica em um lado, visível, no palco, para o visual impressionar mais a
platéia)

Juíza: Escrevente, quem é a próxima testemunha?

Escrevente: Agora é a vez da Sra. Igreja, meritíssima.

Juíza: Pois faça entrar a Sra. Igreja.

Escrevente: Que entre no tribunal a Sra. Igreja.

A IGREJA
Música de Fundo

(É trazida uma pessoa completamente vestida de igreja, com cruz, torre e tudo e com a
inscrição IGREJA bem visível a todo o público)

AD: Sra. Igreja. Como é do seu conhecimento, o Natal está sendo julgado e o seu
testemunho é muito importante. Sra. Igreja, diga-nos: qual é o verdadeiro sentido do Natal?

IGREJA (IG): Relembrar a vinda de Jesus ao mundo, o grande presente que Deus nos deu, e
que não perde a graça e nem o valor no dia seguinte. Um presente que não deixa as pessoas
atoladas em dívidas para o resto do ano. Ao contrário, é o presente que nos enriquece de
paz, amor, esperança e salvação. Natal é Jesus, o presente que Deus oferece para salvar
todo o mundo pecador.

AD: Infelizmente, Sra.. Igreja, o Natal está virando um simples motivo para compras e
vendas. O que a Sra.. Está fazendo para combater este triste mentalidade das pessoas?...

IG: Nós continuamos ensinando e pregando a Palavra de Deus. Nós nos reunimos em Cultos,
em Departamentos, ensinamos as pessoas que, mais importante do que as coisas materiais
é buscar a Palavra de Deus e os Sacramentos em primeiro lugar, para ter Deus e a salvação
eterna.

AD: Ok! Muito obrigado! Não tenho mais perguntas.

Juíza: Com a palavra o Sr.. Advogado de Acusação.

AA: Sra. Igreja. Vocês se reúnem, aprendem, cantam, fazem reuniões, planejam e, acredito
eu, oram pelos necessitados. Certo?

IG: Sim! Sem dúvida!

AA: Mas, vocês acham que isso enche a barriga dos pobres e miseráveis que vivem por aí?
Sra. Igreja! Sem falsidades! A Sra.. Disse que o Natal é o presente de Deus ao mundo, um
presente que traz paz, amor e esperança. De que adianta toda essa baboseira? Pelo que eu
sei, esse tal livro, a Bíblia, que vocês usam diz: "De que adianta a fé se obras? É coisa morta
em si mesma". Eu pergunto: o que vocês fazem mesmo na prática para aliviar, por exemplo,
a fome do mundo?

IG: Por exemplo, muitas igrejas trazem ofertas de mantimento para ajudar aos irmãos mais
pobres da Igreja e nos cultos de festa da colheita os alimentos são enviados para nosso asilo
ajudando aos velhinhos.

AA: (chateando diz) Eu duvido que todos estão participando mesmo dessas ofertas!!!...

IG: (abaixa a cabeça) Bom... Seria o ideal mas, uns esquecem, outros também passam
dificuldades e, outros talvez não entenderam ou não aceitaram ainda o sentido de AMAR AO
PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
AA: Sr. Juiz. Ignoro a testemunha e afirmo que esse Natal de Jesus - que traz paz, amor e
esperança - é um sonho, uma propaganda enganosa e não pode mais continuar. Afinal, já
diz o livro que os cristãos usam: Quem não ama a seu irmão a quem vê, não pode amar a
Deus a quem não vê." e "Todas as vezes que fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a
mim o fizeste".

Juíza: Vamos agora ter um recesso de alguns minutos, e depois ouviremos as testemunhas
finais.

CORTINAS FECHAM

RECESSO

CORTINAS ABREM

Juiza: Escrevente, quem é a próxima terstemunha?

Escrevente: A próxima testemunha é a dona Ceia.

Juíza: Pois então chame a dona Ceia.

Escrevente: Por favor, que entre no tribunal, a próxima testemunha, Dona Ceia.

Dona Ceia

AA: Dona Ceia!....

CEIA: Uma observação: para que ninguém me confunda, meu nome todo é Dona Ceia
Natalina.

AA: Perdão, dona Ceia Natalina. Todos os dias as pessoas fazem refeições, e isso acaba
virando rotina. Por que a Sra.. Acha que nesta época de Natal a Sra.. Seria tão especial?

CEIA: Ora! Sem comentários! Vai querer me comparar com feijão, arroz e guisado? Por
favor, né!...

AA: Então a Sra.. Acha que a personagem principal do Natal é a Sra..?!

CEIA: Acha? Não!... Tenho certeza que sem a minha presença o Natal nem existe. Natal sem
a minha presença é um feriado sem sentido. Afinal, eu preparo os estômagos, fígados e
intestinos para a chegada de alguém tão importante quanto eu: O PAPAI NOEL. Sem dúvida,
eu sou a responsável pelas grandes alegrias do Natal pois, afinal de contas, o que seria deste
feriado se as pessoas não enchessem a barriga?

AA: Bom... Diante do explicado, não tenho mais perguntas.

Juíza: Com a palavra a Defesa.


AD: A Sra.. Disse que é responsável pelas grandes alegrias do Natal, mas o que a Sra.. Diz
da ressaca, dor de estômago, exageros, brigas e ressentimentos de muitas pessoas no dia
seguinte?

CEIA: Me poupe de detalhes desinteressantes... Isso tudo faz parte da festa!... Natal é isso
mesmo!

AD: Mas, e quantos nessa cidade e nesse país não tem o que comer? A Sra.. Se sente feliz
sabendo que nas Ceias haverá tanto desperdício? A Sra.. Acha que só traz alegrias? Não
seria mais justo dividir a comida com os mais necessitados do que vê-los nas lixeiras
comendo os restos do dia anterior? Dona Ceia! Assim não é o Verdadeiro Natal. Este não é o
Natal que queremos nas ruas. Sr. Juiz, estou satisfeito e gostaria que entrasse a próxima
testemunha.

Juíza: Escrevente, e agora, quem é a próxima testemunha?

Escrevente: É o Sr. Pedrinho.

Juíza: Sr. Pedrinho? Quem é o Sr. Pedrinho?

Escrevente: O Sr. Pedrinho é a próxima testemunha, Meritíssima Juíza.

Juíza: Pois então faça entrar no tribunal esse tal de Sr. pedrinho

Escrevente: Que entre no tribunal o Sr. Comércio.

(É trazido um ex-menino de rua, mas agora bem vestido e arrumado, com ares de bem-
educado...)

Juiza: Hum!... Que estranho! Aqui consta que o Sr. é menino de rua. Até que para um
menino de rua o Sr.. Está bem apresentável!...

PED: Sr. Juiz, há um engano no seu relatório. Agora eu sou um "ex-menino de rua" - há um
bom tempo já não vivo mais na rua...

Juíza: Certo! Com a palavra o Sr.. Advogado de Defesa!...

AD: Pedrinho... Como é que você conseguiu sair das ruas?... Conte-nos...

PED: Olha, doutor. Tudo começou a praticamente um ano atrás. As pessoas me falavam
tanto em Natal. Um dia saí da favela, do meu barraco, e fui por aí perguntar o que era
Natal!...

AD: Pois não.... Prossiga Pedrinho!...


PED: Uns me diziam que Natal era comida, outros que era presentes, outros que era
pinheirinho. Eu andava bem confuso. Mas foi então que um moço me explicou o que era
Natal. Ele falou de Jesus Cristo - o Filho de Deus - que tinha vindo ao mundo, para trazer
esperança, amor, paz, perdão dos pecados e salvação eterna. O moço me levou para dentro
de uma igreja e, pela primeira vez, eu pude participar de uma Encenação de Natal. Sabe, foi
maravilhoso!... Foi inesquecível!...

AA: Protesto! Meritíssima Juíza! A testemunha está sendo induzida!...

Juíza: Protesto aceito. Seja específico, Sr.. Advogado de Defesa, e não manipule a
testemunha!

AD: Mas, Sr.. Juíza!...

Juíza: Sem "mas" nenhum! Prossiga, ou seremos obrigados a descartar esta testemunha.

AD: E a descoberta do Verdadeiro sentido do Natal mudou sua vida? Por isso que você está
com essa educação melhor, as roupas... Com certeza as pessoas daquela igreja não
esqueceram de você e lhe estão ajudando sempre...

AA: Protesto, Meritíssimo! A testemunha está sendo induzida!...

Juíza: Protesto aceito!...

AA: E além do mais, Sr. Juiz, quem garante que estas roupas não são roubos por parte da
testemunha!?...

AD: Protesto, Sr. Juíza! Meu colega está fazendo uma acusação sem provas!

Juíza: Protesto negado! Contenha-se... se não... Senão vai ser pior para o Sr.. Prossiga, Sr..
Advogado de Acusação.

AA: Obrigado, Meritíssimo! Bom... Como eu ia dizendo, este menino não tem condições de
ajudar para que este tribunal seja justo. Seus antecedentes não lhe favorecem. Sugiro que a
testemunha seja descartada.

Juíza: Pedido atendido! O Sr.. Pedrinho pode ser retirado do recinto.

AD: Protesto, Meritíssimo! Isso é arbitrariedade. O menino tem um passado de pequenos


furtos e delitos, mas hoje sua vida é diferente. Ele descobriu que o Natal é perdão que vem
de Deus. Ele pode ajudar para que o verdadeiro Natal permaneça nas ruas, casas e corações
neste novo milênio. Esse menino é uma pessoa, e a sociedade deve perdoá-lo e não
discriminá-lo.

Juiza: Retirem a testemunha.... E o Sr. Se contenha!

AA: (com ironia) Obrigado, Sr.. Juíza!...


Juíza: Ouviremos agora a última testemunha. Escrevente, parece que hoje vai vir no tribunal
o o bom Velhinho Papai Noel. É verdade isto?

Escrevente: Sim, Sra. Juíza. Hoje neste tribunal, até o Papai Noel vai testemunhar.

Juíza: Pois então faça-o entrar.

Escrevente: Que venha o bom velhinho Papai Noel.

(É trazido um Papai Noel com tudo o que tem direito de enfeites...)

Juíza: Com a palavra a Acusação.

AA: Papai Noel. Desde que esse mundo é mundo, o Sr.. Tem se preocupado em alegrar as
pessoas. O seu trabalho, com certeza, é muito gratificante. Fale um pouco dos seus afazeres,
especialmente desta época de fim de ano...

Noel: Bom, de fato, minha agenda está lotada neste fim de ano. Não é fácil ser o centro das
atenções. Quase nem vim a este julgamento, mas já que o Sr.. Foi tão insistente, e disse
que.......

AA: (Dá uma boas tossidas...) Bom, (pigarreia) me fale do seu trabalho, Papai Noel - deixe
os detalhes para outra hora! Ok!?

Noel: Sim... Sim... Estou até estressado. São muitas entregas, muitos presentes, muitas
trocas de presentes - brinquedos com defeitos - o controle de qualidade não está muito bom
- ou as mercadorias são do Paraguai, pois quase não duram nada. Acho também que as
correspondências estão um pouco atrasadas. Mas, apesar dos pesares, vamos trabalhando
bastante, pois Natal é isso mesmo! Sem Papai Noel, nem tem graça...

AA: Se o Sr.. Se aposentasse ou desanimasse, será que continuaria existindo Natal?...

Noel: Olha, nunca gostei de falar de mim mesmo ou me exaltar. Profiro não responder.

AA: Mas essa pergunta é fundamental! (Pede licença ao público e cochicha no ouvido da
Juíza...)

Juíza: (fala ao público) É que o Advogado pediu para eu permitir que ele chame algumas
crianças da Platéia aqui para a frente... Tens a permissão, Sr.. Advogado de Acusação.

AA: (já combinado, chama algumas crianças - estas vem à frente - ele lhes dá alguns doces
- e diz): Queridas crianças. Agora a palavra de vocês é muitíssimo importante: por acaso
vocês sabem que é, ou já ouviram falar de um tal de Jesus Cristo?
Cri 1: Jesus Cristo?!... Em que canal da TV ele se apresenta?!...

Cri 2: Jesus? Se não me engano, a minha vó um dia me falou... Mas faz tanto tempo... Não
era um homem que voava e que era forte porque os seus cabelos eram compridos? Na
verdade, eu não se direito...

AA: (mostrando-lhes o Papai Noel) E ele... Vocês conhecem?!...

CRIs: (olham a ele e gritam juntas alegres) PAPAI NOEL!!! Nossa! Já é Natal de novo!

AA: Diante dessa manifestação será preciso mais perguntas, para que os jurados decidam
qual o Natal que ficará nas ruas, casas e corações daqui para frente?

Juíza: Vocês, crianças podem se retirar...

(As crianças se retiram...)

Juíza: Sr. Advogado de Defesa, a testemunha é sua.

AD: Só tenho uma pergunta, Sr.. Juiz.

Juíza: Pois faça essa pergunta.

AD: Papai Noel: em que você se inspirou quando começou a presentear as crianças e
adultos?

Noel: Por gentileza, repita a pergunta. Estou ouvindo meio mal...

AD: Em que o Sr.. Se inspirou quando começou a presentear as crianças e adultos?

Noel: Me inspirei no amor que Deus teve pelas pessoas quando enviou seu Filho Jesus Cristo
ao mundo. Apenas copiei a idéia mas, reconheço que, por mais que eu trabalhe, apenas
copiei uma idéia...

AA: Papai Noel! O Sr.. Falou demais! Estragou tudo! Tem noção do que acabou de dizer?...

Noel: Mas é a pura verdade! Apesar de todo o meu esforço em entregar presentes,
reconheço que eles dão apenas uma alegria passageira. Já cansei de ver isso!...

AD: De minha parte não tenho mais perguntas.

Juíza: A decisão agora é com os senhores jurados. Baseados em todos os argumentos dados,
vocês vão votar e decidir qual o Natal que deve continuar a ser lembrado e vivido.

RECESSO PARA A VOTAÇÃO DOS JURADOS

(Neste momento os jurados saem para os fundos para a votação


Fecham Cortinas

Hino

Versos crianças

Abrem Cortinas

(está no palco a cena completa do julgamento)

A Juíza anuncia os resultados dos votos dos Jurados:

Juíza: Senhoras e senhores presentes. Vou ler agora o resultado da votação dos jurados,
para ver com que tipo de Natal nós vamos ficar daqui para frente. O resultado é o seguinte:

3 votos para o natal mundano, comércios, festas, bebedeiras e etc e mais etc.

3 votos para o Natal de Jesus, o Salvador de todo pecador, o maior presente que Deus deu
ao mundo.

1 voto em branco.

Portanto, deu empate na votação inicial. Por gentileza, senhores jurados. Como a questão é
muito importante, peço que aquela pessoa que votou em branco vote de novo e tome a sua
decisão.

UM OLHA PARA O OUTRO; HÁ UM SILÊNCIO GERAL

De repente um dos jurados se levanta e diz:

JUR: Senhores, reconheço que é muita responsabilidade eu tomar essa decisão sozinho.
Gostaria de pedir ao Sr.. Juiz que deixasse o público me ajudar nessa decisão.

Juíza: Bom... Nunca tivemos caso assim, mas acho certo... Aceito a sugestão.

A Juíza se dirige ao Público

Ali tem 5 pessoas já preparadas para responderem quando a Juíza perguntar

Juiza: (ao público) Gostaria que neste momento viesse ao palco as 5 pessoas que vão ajudar
ao jurado a escolher o Natal que deverá vencer. Por favor, possam vir até a minha mesa e
depositar aqui os seus votos

As 5 pessoas saem do meio da platéia, vão à frente, e juntamente com o jurado levam cada
uma seu papel, entregam a Juíza e voltam a seus lugares

A Juíza vai à mesa, olha os votos, volta ao Público e diz:


Juíza: Senhoras e Senhores. O tribunal vai entrar em recesso mais uma vez e no final, nós
vamos chamar ao palco aquele Natal que recebeu os votos favoráveis, que venceu neste
tribunal!

Fecham Cortinas

Palavra do pastor e hinos

(enquanto isso arruma-se o presépio)

Abrem Cortinas

Juíza: Senhoras e Senhores. Atenção para a sentença final. Agora nós vamos chamar ao
palco aquele Natal que recebeu os votos favoráveis, que venceu neste tribunal e que não só
deve, mas é preciso que fique para ser vivido de todo o coração por aqueles que o
escolheram e por todos nos. Que suba ao palco o NATAL VENCEDOR E QUE DURA PARA
SEMPRE!

Neste momento o presépio entra pelos fundos e toda a cena final do Natal se coloca no palco
Iluminado: Maria, José, Jesus no colo, Os anjos, os Magos, os Pastores, Ovelhas... e tudo...

NARRADOR

Senhoras e Senhores. Este é o Natal que o mundo pecador realmente precisa. Este é o Natal
que todo o verdadeiro cristão também prefere. Um Natal que, mesmo simples e humilde,
mas apresenta o Rei, o Salvador de toda a Humanidade. Um Natal que, através de Jesus,
nascido em Belém, oferece o perdão dos pecados e a salvação eterna, sem distinção de raça,
cor ou posição social. Desde os mendigos, meninos de rua e bandidos, como qualquer rei,
rainha, majestade ou autoridade de qualquer parte do mundo, pelo sincero arrependimento
de seus pecados e a verdadeira fé e confiança no perdão de Cristo, podem ter a mesma
alegria e a mesma salvação que o Natal de Jesus oferece. O mundo materialista e secular
transformou o Natal num grande circo apenas de luzes, comércio, comidas e diversões mas
que, no final, só leva ao vazio, ao desespero e à condenação eterna. Creia no Jesus Cristo
que é comemorado no Natal. Ele é a Festa da salvação eterna. Ele é Natal verdadeiro para
esta vida e para a eternidade. FELIZ NATAL!

RÁDIO GOSPEL
Peça em forma de programa de rádio(ou tv) que apresenta atrações e
um debate sobre o natal, ancorado por um comunicador...

O locutor da Rádio Gospel Mania abre o programa anunciando as atrações.


Evângelo – Oooooiiii gente! Aqui é o Evângelo, Ângelo, Ângelo, falando para vocês
diretamente da Rádio Gospel Mania com mais um programa Debate sem Embate. Solta o
louvor aí, DJ Levita! É isso aí! Temos convicção dos fatos que se não vêem e certeza tanto
das coisas que se esperam como de que você está ligadinho no nosso programa. E hoje é o
programa especial de Natal! (o sonoplasta executa uma música natalina) É isso aí! Teremos
várias atrações! Teremos aqui conosco a ......... da Igreja ........... que vai cantar uma
belíssima canção de Natal em louvor ao Senhor (aplausos) e a irmã ........ do Ministério
Jovem também da Igreja Batista da Barra que vai recitar a poesia ........ do nosso irmão em
Cristo ............... (aplausos). Depois teremos um debate com três pastores que se
prontificaram a vir no programa. Vou anunciar aos prezados ouvintes o nome de cada um:
Pastor Roberval Crítico, da Comunidade Evangélica “Meu Prazer é a lei de Deus”, Pastor
Moderaldo Lengrúber, da Igreja Evangélica do Avivamento do Espírito Santo que Veio para
Consolar o Povo de Deus, e o Pastor Passílvio Ribeiro da Comunidade Evangélica “Abresalão”.
Então, para o programa começar, nos convidamos aqui a irmã ............... para entoar o
abençoado cântico de Natal em louvor ao nosso Senhor.
A irmã entoa o cântico.
Evângelo – Amém, irmã. Obrigado pela participação aqui em nosso programa e que o Senhor
continue abençoando sua voz para o louvor Dele. E agora, a irmã ......., recitando a poesia
“..............”.
(...)
Evângelo – Obrigado pela participação, irmã ...... Deus a abençoe. Bom, e agora, conforme o
combinado, vamos começar o Debate sem Embate de hoje, com o seguinte tema: “Natal:
celebrar ou não celebrar?” E aqui vai a primeira pergunta, e é direcionada ao Pastor Roberval
Crítico. Pastor, o povo de Deus quer saber se é correto o costume de ter em casa Árvore de
Natal. O senhor já armou a sua?
Roberval Crítico – Não armei e estou completamente incomodado com essa Árvore de Natal
aqui do meu lado. Ora, meu caro, antes de mais nada gostaria de abrir a Bíblia, já que desde
o início do programa estou aguardando você fazer e nada. Prezados irmãos, abram por favor
a Bíblia no primeiro livro de Reis, capítulo 14, versículo 23, que diz assim"Porque também os
de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados
outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes". E agora em Deuteronômio 16:21, que diz o
seguinte"Não estabelecerás poste-ídolo, plantando qualquer árvore junto ao altar do Senhor
teu Deus que fizeres para ti”. Ora, a regra é clara. Armar árvore de Natal é idolatria pura!
Sem contar da homenagem a Ninrode, filho de Cã, neto de Noé, fundador do Sistema
Babilônico. Sua mãe acreditava na reencarnação dele, e recomendou ao povo que essa
reencarnação de Ninrode gostava de receber presentes debaixo de uma árvore. E só ler, meu
caro, que você vai aprender.
Evângelo – É pastor! Já deu para os ouvintes perceberem seu estilo durão. Mas vou passar a
bola para outro pastor convidado, nosso amigo Passílvio Ribeiro. Pastor Passílvio, você é da
mesma opinião do Pastor Roberval ou acha que não tem nada a ver o povo de Deus manter
o costume de armar árvore de Natal?
Passílvio Ribeiro – Olha aqui, Evângelo, em primeiro lugar gostaria de mandar um alô para o
pessoal da Comunidade Evangélica Abresalão! Que vocês aí continuem com a fé no nosso
Deus, pois ele mesmo, em Salmos 165 diz o seguinte “Faça por ti que eu te ajudarei”.
Evângelo – Bom, pastor, pelo que me consta, o livro dos Salmos só tem 150 capítulos, e eu
acho que esse versículo que o senhor falou aí não tem na Bíblia não!
Passílvio Ribeiro – Mas é mermo? Ah, eu sou humano e posso falhar, pois perfeito é somente
Deus. Bom, em respeito da Árvore, eu acho que não tem problema nenhum não, meus
ouvintes. A árvore de Natal até que é bonitinha. Cheia de bolinhas coloridas, e dá a
impressão que a natureza está dentro da casa da gente. Outra, coisa, o Tadeu não subiu
numa árvore para ver Jesus melhor?
Evângelo – Pastor, o nome dele era Zaqueu.
Passílvio Ribeiro – É, Zaqueu, Tadeu, é tudo EU. O que importa é que ele subiu na Árvore,
porque na verdade estava mostrando para Jesus que iria colocar em sua casa uma cópia
daquela Árvore dentro da casa dele, para comemorar o Natal, e Jesus quando disse “Desce
da Árvore, Zaqueu” queria apressa-lo para que os dois terminassem logo de fazer as
compras do Natal, pois Zaqueu tinha ficado muito deslumbrado com aquela árvore. Por isso
que eu aprovo essa idéia. Show de bola.
Evângelo – Ai, meu Deus. É cada figurinha... Bom, vamos continuar com o programa. Pastor
Moderaldo, qual a sua opinião sobre esse assunto?
Moderaldo Lengrúber – Bom, acho que não é necessário que sejamos tão radicais. Se é para
fazer comparação com a Árvore de Natal, por que tem que ser necessariamente a Árvore de
Ninrode ou a de Zaqueu. Tantas árvores para se comparar, como a Árvore da Vida, por
exemplo. Sem falar que há estudiosos que dizem que o surgimento da árvore de Natal deve-
se a Lutero, ao passar por um bosque, teria observado a maravilhosa beleza das estrelas no
céu, que brilhavam por entre os ramos dos pinheiros, e, impressionado com essa
extraordinária visão, ele tentou duplica-la em sua casa, acendendo velas entre os ramos de
sempre-vivas. Acho que esse assunto é irrelevante. Quando o povo de Deus não está
adorando a Árvore, ela não é objeto de idolatria, e simplesmente um enfeite como outro
qualquer.
Evângelo – É, o nosso Debate sem Embate está ficando bom! E agora, mais uma dúvida,
sendo essa uma das mais comentadas pelos nossos ouvintes. Pastor Roberval Crítico. Foi de
fato no dia 25 de dezembro que Jesus nasceu?
Roberval Crítico - Meu caro Evângelo, é só ler que você vai ver. Mas parece que você não se
preparou para fazer um programa como esse! Onde já se viu! Bom, o Natal é uma festa
pagã, vocês estão me ouvindo bem, uma festa pagã! Dia vinte e cinco é dia da festa do Sol
Invictus, celebração feita pelos druidas, que eram sacerdotes celtas, povo original da região
sudoeste da Alemanha. Já no Império Romano, a festa do Sol invicto era comemorada pelos
adeptos do Mitraísmo, uma religião pagã de mistério. Os cristãos, entre aspas, vendo a
alegria dessa celebração decidiram adotar aquela data, mas comemorando o nascimento de
Jesus Cristo, permitindo que a cultura influenciasse a Igreja. Sabemos que é a Igreja que
deve influenciar a cultura, e ao pesquisar a Bíblia, concluímos que o nascimento de Jesus foi
em setembro, já que os rebanhos estavam ainda no campo durante a noite. E houve
recenseamento, e é pouco provável que o recenseamento fosse convocado para época de
frio e chuvas. E para finalizar, o nascimento de Jesus ocorreu na festa dos Tabernáculos,
para que se tivesse relação entre Lv 23:39-44; Ne 8:13-18, que dizem que Deus habitou
entre os homens em tabernáculo, e o Evangelho de João capítulo 1 , vers. 14, que diz "Cristo
... habitou entre nós". Esta palavra em grego é skenoo ou tabernaculou; isto é, a festa dos
tabernáculos, que era realizada no mês de Etenim do calendário judaico, que é o mês de
Setembro.
Evângelo – É, meus ouvintes. O nível desse debate está mesmo bom. Mas como é um
debate bem democrático, vamos ouvir o Pastor Passílvio Ribeiro. E aí, pastor, o que o senhor
acha?
Passílvio Ribeiro – Poxa, o pessoal aqui é estudado, héin? Bom, eu prefiro ser orientado só
pelo Espírito Santo mesmo. Eu acho que a gente deve continuar comemorando no dia 25 de
dezembro mesmo, é perto do Ano Novo, a gente faz na Igreja logo dois cultos cheios, tanto
para o Natal como o ano novo! Se colocar o Natal para setembro, vai estar mais longe do
ano novo e mais frio, e a Igreja fica mais vazia. Deixa como tá mesmo! Pra que mudar?!
Sem contar que tem amigo oculto, ou seja, mais distribuição de presente!
Roberval Crítico – Ora, Pastor Passílvio! Quem disse que tem de haver costume de dar
presentes no meio do povo de Deus? Os magos presentearam Jesus por serem de um povo
do Oriente, e eles não costumavam chegar de mãos vazias em outros povos. Sem contar que
já vi o senhor, Pastor Passílvio Ribeiro, pregando na Igreja vestido de Papai Noel!
Passílvio Ribeiro – Isso é uma mentira! Isso é calúnia. Apesar da fantasia ter sido vermelha,
a barba branca e o patrocínio daquele congresso ter sido da Coca-cola, o personagem da
minha fantasia não era o Papai Noel!
Evênagelo – Gente, vamos manter a calma. Vamos manter o domínio próprio, que a palavra
branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira! Pastor Moderaldo, modera aí, por
que a moderação em tudo é boa.
Moderaldo Lengrúber – (suspira) Bom, Evângelo, eu poderia aqui citar o livro de Ester 9:22,
mostrando que os israelitas davam presentes uns aos outros em tempos de celebração.
Poderia mostrar que não é para julgarmos as pessoas quanto a festas que participem,
citando (Cl 2:16) que diz o seguinte “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo
beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados”. Ou então (Cl 3:17)
que diz que “quando fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor
Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”, mas prefiro dizer o seguinte: descansa no Senhor,
Roberval! Estuda, Passílvio! Em vez de ficarmos debatendo se foi no dia tal que Jesus
nasceu, ou se trocar presentes e armar árvore é pecado, por que não pensamos no mais
importante: Jesus nasceu! Isso é o que importa. Será que ao deixarmos de comemorar,
vamos contribuir para a diminuição do consumismo exagerado? Pensem bem, meus caros
ouvintes! Ao deixar de comemorar, abrimos mais espaço para as celebrações pagãs, que são
maioria no nosso calendário brasileiro. Comemorar no dia 25 de dezembro é uma forma
também de sufocar essa celebração pagã ao Sol invictus. E aí, Pastor Roberval, você me diria
o seguinte. Se o mundo troca presentes é porque se esquece de presentear o dono da festa,
ou então, se o mundo celebra esse festa, é porque essa festa não é cristã. E eu pergunto ao
Senhor: será que devemos deixar de amar porque o mundo, quando quer fazer sexo
descartável, usa a expressão “fazer amor”. Não! Temos que continuar amando como o
Senhor nos ensinou e nunca deixando de falar a palavra amor! Se eles dão presentes uns
aos outros, que não uma coisa ruim, façamos isso, pois as virtudes devem ser cultivadas,
somadas ao nosso ato de presentear ao Senhor com nosso louvor! Será um acréscimo, e não
uma substituição!
Roberval Crítico – Olha só, Pastor Moderaldo Lengrúber, a Bíblia diz para comemorar a morte
e a ressurreição de Cristo. Em nenhum lugar está escrito para comemorarmos o nascimento.
Pior do que não fazer aquilo que Deus mandou fazer é fazer aquilo que Deus não mandou
fazer!
Moderaldo Lengrúber – Como é que é?
Roberval Crítico - Pior do que não fazer aquilo que Deus mandou fazer é fazer aquilo que
Deus não mandou fazer!
Moderaldo Lengrúber – Não concordo com o senhor não, Pastor Roberval Crítico. Por
exemplo. Deus te mandou colocar esse blazer horrível? E você colocou, certo! Logo, você fez
o que ele não mandou fazer!
Passílvio Ribeiro – Oh, glória!
Moderaldo Lengrúber – Olha só! Tenho dois versículos para terminar minha participação!
Uma é para o Pastor Roberval Crítico! Não fazer não é sinônimo de santidade, pois essa
atitude de nada vale para a sensualidade (Colossenses 2.20-23). E para você, Passilvio
Ribeiro, pecas por não conhecer a escritura! Mt 22:29
Passílvio Ribeiro e Roberval Crítico começam uma discussão, sendo interrompido por
Evângelo.
Evângelo – Pastores, pastores, se é que eu posso chamar os senhores de pastores. Pastores
e ouvintes! Acaba de chegar nos estúdios da nossa rádio o Pastor ..., que vai transmitir uma
mensagem no nosso programa “Debate sem Embate” na minha, na sua, na nossa Rádio
Gooooooospel Mania!
O Pastor da Igreja assume o microfone e dá início a mensagem.
Fim

A RECOMPENSA
Que faremos neste Natal? A história começa com este dilema, apresenta o apoio de anjos, e
expõe os sentimentos presentes no meio do "povo de Deus". Propõe uma atividade de
evangelismo...
A autora faz parte do Ministério de Teatro Semear, da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil
no São José I (IDPB), em Manaus - AM

PERSONAGENS:
3 Anjos (não serão vistos pelos outros personagens):
Pedro (crente sensível a voz do Espírito):
Sara (crente fiel que irá apoiar Pedro):
Jully (crente que gosta de Pedro):
Marta (crente fofoqueira):
Mateus (crente desligadão):
Selvagem (líder de galera e gosta de Tina):
Tina (Jovem insatisfeita com sua vida):
Rafa (Amigo de Selvagem):
Carla (Amiga de Tina):
Pessoa usada por Deus: Crisne Joissy
***************************
Encontram-se 5 coroas (com o nome de cada crente) bem posicionadas no palco com
espaço para mais duas. Os anjos em frente às coroas. São ligadas as luzes brancas sobre as
coroas (de coroa em coroa) e depois sobre os anjos, permanecem alguns segundos.
Entra em cena Pedro, ligam-se as luzes.Um dos anjos se aproxima e o acompanha.
PEDRO – (falando sozinho) Senhor, que programação nós podemos fazer hoje, no dia de
natal? Tem tanta gente aí fora que precisa de Jesus. Mas no natal só querem saber de ir pra
festas, beber, se drogar... (o anjo fala algo no ouvido de Pedro)... é isso !
(No mesmo instante entra Jully e outro anjo a acompanha)
JULLY – É isso o quê, Pedro? Está falando sozinho?
PEDRO – Não, Jully, estou falando com o Espírito Santo. E acabei de ter uma idéia de
programação para hoje, na noite de natal. (Jully faz uma cara de quem vai ganhar algo e se
aproxima de Pedro)
JULLY – A é? Que programação você está pensando fazer? (toda empolgada)
PEDRO – Antes do culto, a partir das 22:00hs eu vou sair evangelizando, entregando
folhetos e falando para as pessoas o quanto Jesus as ama.
JULLY – (Meio decepcionada) A eu pensei que..., claro, evangelizar, ...
PEDRO – O que você achou? Eu vou convidar os outros, você não quer vir conosco?
JULLY – Não, (se alegra) hoje não, Pedro, é que vai ter um show tremendo de um grupo
gospel e eu não posso perder, vai ser demais. (o anjo que a acompanha se entristece e se
afasta) Eu pensei até em chamar você mais pelo jeito não vai dar.
Nesse instante toca uma música de fundo triste, Jully e Pedro conversam em forma de
mímica. O anjo que a acompanhava, triste, tira uma pedra da coroa de Jully. Luzes sobre a
coroa de Jully e o anjo que irá tirar a pedrinha. Quando baixa o som entra Sara.
SARA – Paz do Senhor, amados! (o mesmo anjo que acompanhou Jully a acompanha)
JULLY – Paz do Senhor!
PEDRO – Sara, hoje, na noite de natal, eu vou sair para evangelizar, você não quer vim?
SARA – Claro, Pedro. É uma ótima idéia. Vamos chamar os outros irmãos.
O anjo se alegra e toca no ombro de Sara. Jully olha meio que esnobando Sara, mas ela
está tão contente que nem percebe. Mateus entra com um violão cantarolando e Marta junto
dele. Sara corre p/ o lado deles toda contente.
SARA – Mateus, Marta. O Pedro teve uma ótima idéia, de sairmos para evangelizar. Vamos?
(O outro anjo se aproxima de Marta e Mateus)
MATEUS – Claro, Sara! Temos mesmo que evangelizar, pregar a palavra de Deus. (o anjo se
alegra e toca em seu ombro)
MARTA – A bíblia diz: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todas as nações”. (o
anjo também toca em Marta) Pode falar o dia e a hora que nós vamos.
SARA – Hoje, na noite de natal! (Os dois se espantam)
MARTA – Hoje? À noite? (o anjo se afasta)
MATEUS – (Com as mãos na cabeça) Ah irmã, hoje não vai dar. É que eu conheci uma
irmãzinha de outra igreja e eu fiquei de ir visitar a igreja dela. Mas não se preocupe, ela é da
mesma denominação, quem sabe não é a que Deus reservou pra mim. (deslumbrado, o anjo
balança a cabeça negando).
MARTA – Sabe o que é, Sara? Hoje eu vou ficar em casa, com a minha família. Eu sempre
passo o natal com eles. Mas depois do natal nós vamos.
SARA – (Irritada) Você sabia que depois do natal pode ser tarde demais? Você faz idéia de
quantas pessoas morrem em comemorações como esta? (Marta faz cara de assustada)
JULLY – Deixe de drama, Sara!
Nesse instante acontecerá a mesma coisa que aconteceu quando foi tirada a pedrinha de
Jully. O anjo que os acompanhavam, triste, tira uma pedra da coroa de cada um dos dois.
PEDRO – Sara, vamos combinar tudo para a noite.
SARA – Vamos.
Os dois saem de cena e o anjo os acompanha até saírem do palco.
MATEUS – Irmãs, com licença, eu tenho que me arrumar para a noite, paz do Senhor!
Mateus se despede e sai de cena. Os anjos ficam distantes de Jully e Marta. Jully cruza
os braços e faz cara de irritada.
JULLY – A Sara só tem cara de sonsa.
MARTA – O que foi Jully?
JULLY – É que eu vou pro show gospel hoje a noite.
MARTA – E o quê que a Sara tem a ver com isso?
JULLY – Que eu queria que Pedro viesse comigo,mas ela se meteu logo em acompanha-lo...
MARTA – O quê, irmã? Que ela quer dá uma de santinha eu já percebi, mas você acha que
ela...
JULLY – Falsa, ela sabe que eu estou orando pelo Pedro...
MARTA – Sabe? Misericórdia! É minha irmã, entregue nas mãos do Senhor. (As duas saem
de cena falando de Sara)
Entra Selvagem com um celular, falando ao telefone. Os anjos distantes dele.
SELVAGEM – Alô, fala Rafa, quê que cê manda? Festa? Mas é claro, cara. Tu não acha que
eu vô ficar em casa né? Demorô. Me fala aí, bicho, aquela gatinha da Tina vai ta lá? Pó cara,
então by by que eu tenho que me preparar, hoje ela não me escapa! Não tem pra onde
correr.
Selvagem sai de cena todo animado. Depois entra Carla de um lado e Tina do outro.
CARLA – E aí, gata.
TINA – Oi, Carla !
CARLA – Tu tá sabendo da festa que o Rafa tá bolando ?
TINA – É, tô sabendo... Ele já ligou pra mim umas mil vezes pra confirmar, sei até porque !
CARLA – Tu vai né, Tina? Olha, te prepara porque o Selvagem vai tá lá e tu não vai ter como
fugir.
TINA – Eu não sei não, Carla. Esse cara gosta de uma confusão, onde ele tá tem briga.
CARLA – E tu não gosta disso não? Pó, o cara é o todo poderoso, ninguém tem coragem de
mexer com ele. O manda-chuva quer ficar contigo, garota. E tu não sabe?
TINA – Eu tenho medo, e se eu me meter em enrascada por causa dele?
CARLA – Tem medo não, ele te protege! Do jeito que ele tá afim de ti, pode matar se alguém
se atrever...
TINA – Deus me livre, vira essa boca pra lá. Eu lá quero que ele mate ninguém por minha
causa.
CARLA – A Tina, deixa de ser besta. Não grila não, gata. (Tina fica pensativa. Entra Rafa)
RAFA – E aí gatas, tão preparadas pra parada de daqui a pouco?
TINA – Oi Rafa, num sei se eu vô não. (desanimada)
RAFA – O quê? Nem pense nisso. Eu já falei pro cara que tu vai. Se tu não for eu tô ferrado.
TINA – Ai gente, eu não vô me sentir bem com esse cara.
RAFA – Dêxa de frescura, ô bicho difícil de entender é mulher. Vá lá, experimenta, depois cê
tira suas conclusões. Vocês num vive falando que tá faltando homem?
CARLA – É, isso é verdade.
Rafa pega no ombro de Tina e a conduz para fora de cena falando de Selvagem. Tina fica
pensativa. Um dos anjos tenta se aproximar de Tina, mas algo o impede de tocar nela.
Depois entra Marta e Jully conversando, as duas já arrumadas para o natal. Jully segura uma
bíblia.
MARTA – Varoa você está muito formosa.
JULLY – Obrigada amada! Você também está muito formosa.
MARTA – Segunda-feira depois da oração me conta tudo sobre o show, e tira bastante foto.
JULLY – Com certeza.
Entra Tina angustiada, andando rápido, acaba esbarrando em Jully e derruba a bíblia.
JULLY – Preste atenção!
TINA – Desculpe...
MARTA – Tá bom, tá bom, pode ir.
Tina sai de cena. Marta e Jully saem murmurando, e perdem mais uma pedrinha. Entra
Pedro e Sara com bíblias, Pedro com folhetos e os dois arrumados. O anjo os acompanha.
SARA – Conseguiu os folhetos?
PEDRO – Estão aqui, consegui bastantes.
SARA – Glória Deus!
PEDRO – Pôxa, seria melhor se os nossos irmãos estivessem conosco. Muitas pessoas iam
ouvir de Jesus.
SARA – Eles não aceitaram o chamado. Mas para honra e glória do Senhor estamos aqui.
PEDRO – Agora temos que nos revestir com as armaduras espirituais e pedir a unção do
Senhor.

Os dois se ajoelham de frente p/ o público, orando através de mímica, toca-se um fundo


musical. Dois anjos, cada um com uma taça dourada na mão, ficam ao lado deles para
colher lágrimas. O outro anjo, com um pote prateado, derrama unção (brilho) sobre eles.
Quando baixar o som os dois terminam a oração e vai cada um para um lado, os anjos se
alegram. Entra Carla e Tina conversando, depois de um tempo entra Sara pelo outro lado.
SARA – Boa noite, amadas! (o anjo sempre ao lado de Sara)
CARLA – I, lá vem a santinha com a bíblia embaixo do braço dizer que a gente é errada.
Vamo sair que eu não gosto de ouvir essa gente.
SARA – Eu não vou falar que você é errada, amada. Pelo contrário, quero dizer que Jesus lhe
ama do jeito que você é.
Sara abre a bíblia e lê um versículo p/ as duas. Carla fica incomodada e Tina presta
atenção.
CARLA – Bora sair fora, Tina, que agente já tá atrasada.
TINA – Peraí, Carla, pôxa, ela tá falando umas coisas legais.
CARLA – Mas eu não tô afim de ouvir, se tu quer ficar aí, fica, eu vô embora.
Carla sai de cena irritada, Sara tenta seguí-la mas ela a expulsa. Sara volta e continua
falando de Jesus para Tina.
TINA – Mas Jesus livra mesmo? Eu já andei por vários lugares querendo alegria, mas é
rápido. Agora mesmo eu tô indo ficar com um cara que eu não gosto, só pra satisfazer ele e
eu ficar mais protegida.
SARA – Mas você não precisa ir. Jesus, além de nos amar, Ele nos protege de todo mal. Ele é
o Verdadeiro Amigo. Se você quiser aceitá-lo, Ele recebe você agora, nesse momento.
TINA – Mas isso é verdade mesmo? Acho que eu num acredito nisso não, me mostra.
SARA – Eu não posso lhe mostrar, posso lhe dizer o que você deve fazer pra você sentir.
Ajoelhe-se, arrependa-se dos seus erros e receba Jesus em seu coração, aí você vai sentir a
presença de Deus.
Sara começa a orar com Tina. O anjo se aproxima de Tina e toca em sua cabeça e ela
começa a chorar (toca a música “Acende uma luz”). Todos os anjos fazem festa.
TINA – Ai, eu senti uma coisa que eu nunca senti antes. Tão boa.
SARA – É o Espírito Santo tocando em você. A bíblia fala que há festa no céu quando alguém
recebe Jesus, então os anjos devem está comemorando neste momento. A essa hora já deve
ter começado o culto na minha igreja. Vamos, você vai ver como o povo de Deus se alegra
na presença de Dele.
As duas saem animadas. Um dos anjos coloca uma pedrinha na coroa de Sara e outro
trás outra coroa com o nome de Tina, com luzes focando as coroas e os anjos, e um fundo
musical apropriado. Entra Pedro procurando alguém para evangelizar, ouve a sirene de
polícia e se espanta. Selvagem entra angustiado dizendo que vão matá-lo. Pedro pede calma
e vê um cantinho e os dois se escondem, o anjo posiciona-se em frente os dois. Os policiais
passam direto.
SELVAGEM – pô cara, valeu. Se não fosse tu, eles iam me pegar e eu ia morrer.
PEDRO – Agradeça a Deus, porque foi Ele quem livrou você. Foi Ele quem me colocou aqui
neste lugar.
SELVAGEM – Eu não conheço esse cara não, mas pode agradecer Ele também.
PEDRO – Você mesmo pode agradecer. Qual é o seu nome?
SELVAGEM – (fala todo boçal) Me chamam de Selvagem.
PEDRO – Permita-me falar de Jesus pra você, Ele pode lhe livrar de muito mais.
SELVAGEM – Tá bom mais só um pouco.
PEDRO – Selvagem, Jesus lhe ama muito.
SELVAGEM – Chega, já falou... Bicho é o seguinte, você me livrou da morte e agora eu tô
devendo pra você. Então pode pedir o que você quiser que eu vô fazer. Quer que eu dê uns
côro em alguém?
PEDRO – Quero que você vá comigo neste momento no culto que está tendo na minha
igreja.
SELVAGEM – Culto? Igreja? Pô cara! É, pelo menos eu pago logo e não fico devendo nada
pra crente. Quem sabe se não encontro com esse tal de Jesus e agradeço logo Ele também.
Os dois saem e Pedro vai falando de Jesus para Selvagem. Um dos anjos acompanha
Pedro e os outros se alegram. O anjo que acompanha Pedro coloca uma pedrinha na sua
coroa, com um fundo musical. Na igreja, todos se preparam para o culto. Tina e Sara estão
animadas, dançando. Selvagem entra admirado com a alegria e animação do povo.
SELVAGEM – Caramba, eu num sabia que crente dançava, puts, tão mais alegres aqui do
que eu. Parece um bando de formiga no açucareiro!?
PEDRO – Estão fazendo tudo isso pra Deus. São pessoas transformadas por Jesus.
SELVAGEM – E cadê esse Jesus?
PEDRO – Está aqui ! (põe a mão no coração de Selvagem)
SELVAGEM – Porque Ele nunca falou comigo?
PEDRO – Porque você nunca permitiu.
Selvagem fica pensativo. Olha para as pessoas e vê Tina.
SELVAGEM – Tina, o que tu tá fazendo aqui?
TINA – (assustada) Selvagem? Eu, eu... (vai acalmando) Eu conheci alguém muito especial.
SELVAGEM – Quem? Jesus?
TINA – Sim, como você sabe?
SELVAGEM – Foi só esse Nome que ouvi até agora.
TINA – Não quero mais aquela vida, estou cansada, e resolvi comprovar se Deus realmente
existe e pode me ajudar.
SELVAGEM – E comprovou?
TINA – Sim. Ele só pode existir, eu senti algo que nunca senti antes. Quero servir Deus. (fica
um silêncio) E você? O que você tá fazendo aqui?
SELVAGEM – Aquele cara (aponta para Pedro) salvou minha vida e pra pagar o que ele fez,
eu vim pra esse lugar, e agora não sei se eu quero mais sair daqui, parece que tem alguma
coisa me segurando, me dá uma paz. Será que esse Jesus também me muda?
TINA – Claro, com certeza Ele vai fazer você sentir o que eu senti. Eu aprendi que devemos
nos arrepender das coisas ruins que agente fez, e receber Jesus em nossos corações. Você
quer fazer isso Selvagem?
SELVAGEM – (pensa um pouco e respira fundo) Quero!
TINA – Então se ajoelhe e faça o que eu lhe falei.
SELVAGEM – (ajoelha-se) Jesus, eu me arrependo de tudo que eu roubei, das pessoas que
eu matei, que eu bati, que eu enganei, dos tráficos que eu fiz... (olha para Tina e pergunta)
Ficar com a gata de outro é errado?
TINA – Deve ser! Porque ela não é sua!
SELVAGEM – Me arrependo de ficar com as gatas dos outros, e..., de todas as outras coisas!
Eu também Te recebo no meu coração. (pensa, e pergunta de Tina) Tina, isso não tá meio
aboiolado não?
TINA – (chorando) Claro que não, tá lindo...
SELVAGEM – (o anjo toca em sua cabeça, ele sorri e continua) Jesus, eu só quero ser uma
pessoa melhor e feliz...
Os dois se abraçam e o anjo fica junto a eles. Põe-se uma música de fundo e um dos
anjos coloca a primeira pedrinha na coroa de Tina, e outro trás outra coroa com o nome
verdadeiro de Selvagem. Termina todos alegres, dançando e cantando a música “O Tempo
de Cantar Chegou”.

Fim

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