MBA – Gestão Estratégica e Econômica de

Negócios - GEEN T15

Liderança em Ambientes Competitivos

19/07/2008

Artigo:
“Por dentro da empresa que dominou o
mundo”
(Revista Exame de 09/04/2008, referente ao Google)

QUESTÕES

3.a) Como liderar pessoas em ambientes extremamente

competitivos?
Adotar um modelo de Gestão Estratégico de Pessoas que possa:

• Incentivar o compartilhamento do conhecimento

• Incentivar o desenvolvimento técnico e comportamental da equipe

• Alocar cada pessoa naquilo em que realmente tem competência

para desenvolver

• Definir claramente as responsabilidades e os objetivos a serem

atingidos com todos os níveis hierárquicos da organização
(Operacional, Tático e Estratégico), com um modelo de premiação
justo e de fácil compreensão.

Entendemos que o estímulo ao desenvolvimento de novos projetos

(como no caso do Google) é fundamental para a geração de novas idéias
e soluções para um negócio baseado em tecnologia.

3.b) Como liderar líderes? Há diferenças entre liderar bons

colaboradores e liderar bons líderes?
Através da utilização das técnicas mais modernas na gestão de
talentos, propondo desafios constantes e com atrativo pacote de
benefícios, premiação e plano de desenvolvimento profissional na
organização.
Cabe ao gestor potencializar as habilidades de cada líder, essas
moldadas em ambientes variados, que estando corretamente alocadas,
irão desenvolver ao máximo o potencial de cada um, sem deixar de ser
estimulado a desenvolver uma visão ampla sobre as relações
interpessoais e fluxo de informações que são a força produtiva da
empresa.
As diferenças entre liderar bons colaboradores e bons líderes estão
principalmente nos objetivos e resultados esperados de cada um.
Enquanto os bons colaboradores desempenham, genericamente falando,

1
 MBA – Gestão Estratégica e Econômica de
Negócios - GEEN T15
Liderança em Ambientes Competitivos

19/07/2008

atividades mais ligadas à operação e execução, o bom líder é aquele que

dá direção, envolve a equipe e promove um fluxo contínuo de
conhecimento e desenvolvimento. Em ambos os casos tê-los na empresa
torna-se um grande diferencial para a organização.

2
 MBA – Gestão Estratégica e Econômica de
Negócios - GEEN T15
Liderança em Ambientes Competitivos

19/07/2008

3.c) Qual (is) o (s) estilos de liderança mais indicados ( e os não

indicados) para a gestão de uma empresa como Google?
Justifique, utilizando as teorias tradicionais e as
contemporâneas.
Mais Indicados: uma mescla da abordagem tradicional e contemporânea,
da seguinte forma:
• Abordagem Tradicional
Estilo de Liderança autocrático/ democrático – É importante alguém
que gerencie os diversos projetos em andamento e os organize para
que eles tenham sentido frente aos objetivos do Google, definindo
seus responsáveis e estipulando deadlines, para que não se perca o
senso de produtividade. Porém, no âmbito do desenvolvimento das
tarefas, o estilo democrático deve imperar, onde cada um se auto-
gerencia.

• Abordagem Contemporânea
Liderança baseada no auto-desenvolvimento e autoconhecimento –
por estarem tratando de conhecimento e tecnologia, as soluções
podem e devem surgir de qualquer funcionário, por isso eles devem
continuar a serem estimulados a propor novos projetos e soluções.

3.d) Que ações devem ser implementadas para reconhecer e

recompensar os talentos da Google?
O líder deve desafiar a sua equipe constantemente, criando um
ambiente de competição saudável na organização. Deve-se também,
estabelecer um programa de premiação compatível com os desafios
propostos, como por exemplo, oferecer uma ou duas ações para cada
uma existente, no sentido de incentivar a retenção, podendo ser
comercializada somente após 2 ou 3 anos. A recompensa financeira é
importante (o que já é feito), mas deve se buscar outras formas de
reconhecimento que tragam status e auto-realização aos colaboradores.

3.e) Como mantê-los na empresa (retenção) motivados?

Proporcionar aos funcionários mais maduros e preparados a
possibilidade assumir novos desafios, mais motivadores que tenham a
ver com suas características, sem que haja um engessamento da sua
atuação, como por exemplo, a criação de outras Unidades de Negócios a
partir de novos projetos.

3
MBA – Gestão Estratégica e Econômica de
Negócios - GEEN T15
Liderança em Ambientes Competitivos

19/07/2008

4
 MBA – Gestão Estratégica e Econômica de
Negócios - GEEN T15
Liderança em Ambientes Competitivos

19/07/2008

3.f) A liderança de uma organização deve participar dos

processos seletivos? Por que e quando?
Sim. A liderança deve participar ativamente no processo seletivo
para posições estratégicas, no sentido de preservar a continuidade da
cultura, comportamento e do estilo de gestão da empresa.

3.g) Quais as implicações para um gestor que sai de uma

empresa conservadora e ingressa em uma empresa mais flexível?
E para a empresa?
Ele deve ter uma grande capacidade de adaptação, assimilando a
nova cultura e com forte habilidade para superar eventuais conflitos
neste novo ambiente organizacional. A empresa deve proporcionar
condições favoráveis para que este período de adaptação possa
transcorrer sem grandes traumas, garantindo que este novo executivo
tenha plenas condições de desenvolver seu trabalho, com liberdade e
segurança, para alcançar os objetivos e metas definidas pela
organização.
Quem passa a atuar em uma empresa mais flexível também
precisa estar ciente de que as características, habilidades e
personalidades dos funcionários estão muito mais expostas do que numa
empresa conservadora, e que essa habilidade em administrar esse
capital é muito mais preponderante do que simplesmente seguir um
conjunto de normas e regras, que também têm o seu lugar.

3.h) Faça outras considerações.

Mudança é a palavra-chave quando tratamos de empresas
baseadas em tecnologia e conhecimento. Parece-nos que ainda não
exista um modelo consagrado de Gestão de Pessoas para esse ambiente,
e talvez não venha a existir. O que fica evidente é que algumas verdades
relacionadas ao mundo corporativo, como por exemplo, a expectativa do
mercado com relação às empresas, a forma de administrar o dinheiro e o
conhecimento do cliente são universais, e vão permear, em maior ou
menor grau, qualquer organização séria que se proponha a entrar no
jogo dos negócios e ter longevidade e respeito.