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SÉRGIO BALLERINI

PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COM BASE NO SERVIÇO DE SAÚDE

OCUPACIONAL (SESAO) - INMETRO

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado


em Sistema de Gestão da Universidade Federal
Fluminense como requisito parcial para a
obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de
Gestão. Área de Concentração: Sistema de
Gestão pela Qualidade Total.

Orientadora: Ana Lúcia T. Seroa da Motta, D.Sc.

Niterói
2003
SÉRGIO BALLERINI

PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COM BASE NO SERVIÇO DE SAÚDE

OCUPACIONAL (SESAO) - INMETRO

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado


em Sistema de Gestão da Universidade Federal
Fluminense como requisito parcial para a
obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de
Gestão. Área de Concentração: Sistema de
Gestão pela Qualidade Total.

Aprovada em:

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________
Ana Lúcia T. Seroa da Motta, D.Sc. - Orientadora
Universidade Federal Fluminense

Prof. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D.Sc.


Universidade Federal Fluminense - UFF
Coordenador do LATEC

Prof. Roberto Peixoto Nogueira, D.Sc.


Universidade Pontifícia Católica - PUC
Engenheiro Industrial

Niterói
2003
AGRADECIMENTOS

À Diretoria do INMETRO, na pessoa do Joseph Brais, incansável servidor público


federal sempre preocupado com a melhoria da qualidade de vida da força de
trabalho do Instituto.

Ao Latec/UFF pela parceria com o INMETRO, o que me proporcionou cursar o


Mestrado.

À equipe de funcionários do SESAO/DIREH, fundamental para a realização desta


dissertação.

À Ana Barbosa e Teresa Sauma que auxiliaram na execução deste trabalho.

Ao Coral do INMETRO fonte de inspiração e motivação.

À valiosa colaboração da Professora Ana Seroa, que com sua sapiência, criticas e
opiniões tanto enriqueceu este trabalho.

Aos amigos Erasmo Flávio, Marco Nabuco, Silvia Rabello e José Oliveira que me
incentivaram a participar deste desafio.

À minha esposa Taís, às minhas filhas Carolina e Fernanda pela paciência e


compreensão.
A VIDA

Não sei...
se a vida é curta ou longa
demais pra nós,
mas sei que nada do que vimos
tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:


colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que acaricia,
desejo que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,


é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não
seja nem curta, nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira,
pura... enquanto durar...

Autor desconhecido
RESUMO

O trabalho descreve uma metodologia de gestão pela qualidade total, procurando


atender a Portaria 32/2002 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial - INMETRO. O INMETRO é uma autarquia federal vinculado ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, que atua nas áreas de
Metrologia Cientifica, Legal, Qualidade, Certificação e Normalização. O enfoque
central é a melhoria do rendimento funcional investindo em programas de qualidade
de vida, visando melhorar as condições físicas e psíquicas da Força de Trabalho do
Instituto, reduzindo a sintomatologia das doenças em busca do equilíbrio da saúde
física e mental. Os resultados, indicam maior produtividade da força de trabalho do
Instituto, redução do absentismo, prevenção de doenças e integração social.
Ressalta-se a participação da comunidade local em vários subprojetos com vista a
atender missão maior da instituição que é “Promover a qualidade de vida do cidadão
e a competitividade da economia através da metrologia e da qualidade”. Através da
implementação deste programa registrou-se, nos dois últimos anos, um índice de
absenteísmo decrescente, uma redução em torno de 50% da concessão de
benefícios referentes a insalubridade / periculosidade, 17% de redução no numero
de dependentes químicos identificados e um aumento geral na motivação pessoal
da força de trabalho do INMETRO. As diretrizes básicas deste programa têm como
princípio a Responsabilidade Social

Palavras-chave: Qualidade, Equilíbrio, Responsabilidade.


ABSTRAT

This work describes a methodology for total quality administration, looking to comply
Portaria 32/2002 of the National Institute of Metrology, Standardisation and Industrial
Quality - INMETRO. INMETRO is a federal autarchy linked to the Ministry of the
Development, Industry and External Commerce, which acts in the areas of Scientific
and Legal Metrology, Quality, Certification and Standardisation. The improvement of
workers performance, was the central focus it was achieved by investing in programs
of life quality, seeking to improve the physical and psychic conditions of the institute
Workforce, reducing the possibility of diseases in search of physical and mental
health balance. The results show an increasing on workforce productivity, prevention
of diseases, social integration and a decrease in the absenteeism. The local
community's participation is emphasised in several projects complying with the goals
of the institution mission: "The promotion of citizen's life quality, and the
competitiveness of the economy through the metrology and industrial quality”. After
the implementation of this program and during the last two years, it was registered a
very small absenteeism, a reduction around 50% of benefits concession regarding
insalubrity/danger, reduction of 17% in the number of the indenfied chemical
dependent and a general increase in the personal motivation of INMETRO workforce.
Thesa wre the basic directions of the is a program which has of Social Responsibility
as one of its adjectives

Key words: Quality, Responsibility, Workforce


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1 Gastos anuais mundiais ............................................................ 17


Quadro 1 Origem da qualidade de vida no trabalho................................. 28
Quadro 2 Modelo Walton para aferição da qualidade de vida no trabalho 36
Figura 1 Ciclo motivacional .................................................................... 41
Figura 2 Vertentes do Programa QVT ..................................................... 42
Figura 3 O instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade
Industrial – INMETRO ............................................................... 43
Figura 4 DIRAF ........................................................................................ 45
Gráfico 1 Procedimentos do Serviço Social ............................................ 56
Quadro 3 Procedimentos do Serviço Social .............................................. 56
Gráfico 2 Procedimentos de Enfermagem ............................................... 60
Gráfico 3 Procedimentos de Fisioterapia................................................... 63
Gráfico 4 Número total de procedimentos médicos ................................. 69
Gráfico 5 Perícias Médicas....................................................................... 69
Tabela 2 Medicamentos distribuídos pela SESAO à Força de trabalho
do INMETRO nos ano de 2000, 2001 e 2002 ......................... 72
Gráfico 6 Resultados do programa de tabagismo ................................... 74
Gráfico 7 Procedimentos de Psicologia ................................................... 77
Gráfico 8 Procedimentos odontológicos .................................................. 79
Tabela 3 Gastos anuais para manter o programa de saúde do
trabalhador ............................................................................... 83
Gráfico 9 Gastos no ano de 2001 ............................................................ 84
Gráfico 10 Gastos no ano de 2002 ............................................................ 84
Gráfico 11 Gastos no ano de 2003 ............................................................ 84
Tabela 4 Força de Trabalho no INMETRO ............................................. 85
Gráfico 12 Força de Trabalho no INMETRO ............................................. 85

Tabela 5 Dispêndio mensal com folha de pagamento ............................ 86


Gráfico 13 Dispêndio mensal com folha de pagamento ............................ 86
Gráfico 14 Índice de sinistralidade ............................................................. 87
Gráfico 15 Percentual de sinistralidade ..................................................... 87
Tabela 6 Adicionais ................................................................................. 88
Gráfico 16 Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade ..................... 89
Gráfico 17 Total nos anos de 2000/2001 e 2001/2002 .............................. 89
Gráfico 18 Índice Global de absenteísmo .................................................. 90
Quadro 4 Indicadores 90
LISTA DE SIGLAS

ACRESA Associação Comunitária Recreativas e Esportiva Santa Alice


ASMETRO Associação dos Servidores do INMETRO
AT Acidente de Trabalho
EPI Equipamento de Proteção Individual
ESP Exames de Saúde Periódico
FIA Fundação da Infância e Adolescência
FIRJAM Federação da Indústria do Rio de Janeiro
IMC Índice de Massa Corporal
GVS Grupo de Valorização da Vida
INCA Instituto Nacional do Câncer
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
INPM Instituto Nacional de Pesos e Medidas
INSS Instituto Nacional de Seguridade Social
INT Instituto Nacional de Tecnologia
IPEM/SP Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo
ISO International Organization for Standardization
NR Norma Regulamentadora
PQV Programa de Qualidade de Vida
RJU Regime Jurídico Único
SESAO Serviço de Saúde Ocupacional
SINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
SSMTU Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
QVT Qualidade de Vida no Trabalho
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 12

1.1 METROLOGIA E PRIMEIRO MUNDO....................................................................................... 12

1.2 UM LONGO APRENDIZADO ...................................................................................................... 13

1.3 RUMO À MODERNIDADE .......................................................................................................... 13

1.4 TRABALHO E A SAÚDE ............................................................................................................. 14

1.5 GENTE E PÃO-DE-LÓ .................................................................................................................. 18

2 REFERENCIAL TEÓRICO: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO................................ 21

3 RELATO DE UM CASO – SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL – INSTITUTO


NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL –
INMETRO ........................................................................................................................................... 43

3.1 SERVIÇO SOCIAL ........................................................................................................................ 46


3.1.1 Atividades do Serviço Social...................................................................................................................... 48
3.1.2 Periódico...................................................................................................................................................... 49
3.1.3 Notificação de Afastamento ....................................................................................................................... 49
3.1.4 Visitas Hospitalares e Domiciliares........................................................................................................... 50
3.1.5 Procedimentos, Atendimentos e Contatos Referente ao Plano de Saúde............................................... 50
3.1.6 Encaminhamentos, Providências, Remoções e Doação de Sangue......................................................... 50
3.1.7 Doação de Alimentos .................................................................................................................................. 51
3.1.8 Empréstimo de Órteses .............................................................................................................................. 51
3.1.9 Auxílio Farmacêutico ................................................................................................................................. 52
3.1.10 Parcerias com a Comunidade.................................................................................................................. 52
3.1.11 Projeto Qualidade de Vida....................................................................................................................... 54
3.1.12 Procedimentos do Serviço Social / Gráfico............................................................................................. 55
3.1.13 Quadro de Procedimentos do Serviço Social.......................................................................................... 56

3.2 SERVIÇO DE ENFERMAGEM .................................................................................................... 57


3.2.1 O Fluxo no Serviço de Enfermagem ......................................................................................................... 58
3.2.2 Exame de Saúde Pré-Admissional............................................................................................................. 58
3.2.3 Campanhas de Vacinação .......................................................................................................................... 58
3.2.4 Atendimentos de Emergência .................................................................................................................... 59
3.2.5 Atendimento Ambulatorial........................................................................................................................ 59
3.2.6 Equipamentos ............................................................................................................................................. 59
3.2.7 Quadro Geral de Atendimentos de Enfermagem .................................................................................... 60

3.3 CORAL INMETRO ........................................................................................................................ 61

3.4 SERVIÇO DE FISIOTERAPIA...................................................................................................... 62


3.4.1 Procedimentos da Fisioterapia .................................................................................................................. 63

3.5 SERVIÇO MÉDICO ....................................................................................................................... 63


3.5.1 Saúde Assistencial....................................................................................................................................... 65
3.5.2 Saúde Ocupacional .................................................................................................................................... 65
3.5.3 Exame Pericial ............................................................................................................................................ 67
3.5.4 Quadro Geral de Procedimentos Médicos................................................................................................ 68
3.5.5 Perícias Médicas Realizadas ...................................................................................................................... 69
3.5.6 Sub Projeto Fitovida................................................................................................................................... 70

3.5.6.1 Metas do Projeto Fitovida ......................................................................................................... 71


3.5.7 Auxílio Farmacológico ............................................................................................................................... 73

3.6 SERVIÇO DE PSICOLOGIA......................................................................................................... 73


3.6.1 Atendimento Psicoterápico ........................................................................................................................ 73
3.6.2 Readaptação Funcional.............................................................................................................................. 73
3.6.3 Programa de Dependência Química ......................................................................................................... 74
3.6.4 Programa de Tabagismo ............................................................................................................................ 74
3.6.5 Programa de Palestras da Semana da Saúde ........................................................................................... 75
3.6.6 Concurso Público........................................................................................................................................ 75
3.6.7 Participação em Trabalhos Motivacionais e de Integração .................................................................... 75
3.6.8 Procedimentos da Psicologia...................................................................................................................... 77

3.7 SERVIÇO ODONTOLÓGICO....................................................................................................... 77


3.7.1 Procedimentos Odontológicos ................................................................................................................... 79

3.8 SERVIÇO DE BENEFÍCIOS ......................................................................................................... 80


3.8.1 Assistência Médica...................................................................................................................................... 80
3.8.2 Auxílio Pré-escolar ..................................................................................................................................... 80
3.8.3 Auxílio Alimentação ................................................................................................................................... 81
3.8.4 Auxílio Transporte ..................................................................................................................................... 81
3.8.5 Segurança do Trabalho.............................................................................................................................. 81

3.9 O CAMPO DA SAÚDE DO TRABALHADOR............................................................................ 82

4 RESULTADOS................................................................................................................................. 83

4.1 QUADRO COMPARATIVO DO ORÇAMENTO DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL


AO QUADRO DE ORÇAMENTO DO INMETRO ............................................................................ 83
4.2 QUADRO COMPARATIVO DA FORÇA DE TRABALHO DO SERVIÇO DE SAÚDE
OCUPACIONAL AO QUADRO DA FORÇA DE TRABALHO DO INMETRO ............................. 85

4.3 QUADRO COMPARATIVO DO CUSTO DA FOLHA DE PAGAMENTO DA FORÇA DE


TRABALHO DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL AO CUSTO DA FOLHA DE
PAGAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO DO INMETRO.......................................................... 85

4.4 QUADRO DOS ÍNDICES DE SINISTRALIDADE DOS PLANOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA


GERENCIADO PELO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL...................................................... 86

4.5 QUADRO COMPARATIVO DO ADICIONAL REFERENTE À INSALUBRIDADE E


PERICULOSIDADE, CONCEDIDO AO SERVIDOR NO PERÍODO DE 2000/2001 AO
CONCEDIDO NO PERÍODO DE 2001/2002...................................................................................... 88

4.6 ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO GLOBAL DO INMETRO ............................................................. 89

4.7 INDICADORES DO INMETRO.................................................................................................... 90

5 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 91

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 93

ANEXOS .............................................................................................................................................. 97
1 INTRODUÇÃO

1.1 METROLOGIA E PRIMEIRO MUNDO

Um país sem normas técnicas e também incapaz de verificar o cumprimento


dessas normas é um país distante do que se chama de “primeiro mundo”.

Curiosamente, o Brasil foi pioneiro na tentativa de implantar algumas normas


técnicas, com destaque para o sistema métrico, tornado obrigatório por Lei Imperial
de 1862, anulando a parafernália de pesos e medidas então existentes.

A reação contrária obrigou as autoridades policiais a cometer alguns


excessos, lembrando do esforço do sanitarista Oswaldo Cruz, anos depois, quando
quis erradicar a febre amarela dos guetos imundos do Rio de Janeiro e quase foi
linchado por isso.

Mas foi só em 1938, pelo Decreto n.º 592, que o Sistema Métrico Decimal
tornou-se obrigatório em todo o país, bem como, o controle de medidas, de
instrumentos de medição e de seus processos. Tais atividades foram atribuídas ao
Instituto Nacional de Tecnologia (INT), ao Observatório Nacional e a uma Comissão
de Metrologia. O Instituto Nacional de Tecnologia (INT) delegou a organismos
públicos e privados, estaduais e municipais, algumas de suas funções.
13

1.2 UM LONGO APRENDIZADO

A Inglaterra, país de longa tradição em legislar na contra-mão dos seus


vizinhos europeus, levou mais de dez anos só para completar a introdução do
sistema decimal em sua moeda, a libra esterlina, a um custo gigantesco em
campanhas de convencimento da população acostumada há séculos aos xelins,
guinéus e outras raridades.

Quanto a mudar a mão de direção dos veículos da esquerda para a direita,


nem pensar. Mesmo sabendo que todos os parceiros da União Européia, sem
exceção, dirigem pela mão direita.

Por esses exemplos simples, vê-se como é complexa e árdua a tarefa de


normalização de produtos e serviços em uma economia já bastante desenvolvida
como a brasileira. Isto envolve geralmente grandes e profundas mudanças culturais,
de costumes, de comportamento, de práticas mercantis.

Já em 1961, o país sentia falta de organismos voltados exclusivamente a


essa tarefa. É então criado o INPM- Instituto Nacional de Pesos e Medidas, cuja
tarefa maior foi descentralizar o sistema de execução metrológica, com a criação dos
similares estaduais.

Até 1970, nove estados haviam aderido a então chamada Rede Nacional de
Metrologia. Paralelamente, e de forma bastante isolada da metrologia, cresce no
Brasil a introdução de normas técnicas e de controle de qualidade.

1.3 RUMO À MODERNIDADE

A aproximação entre metrologia, normalização e controle da qualidade se faz


imperativa no Brasil do "milagre econômico" da década de 70. Já em fins de 1973, é
criado o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade – SINMETRO,
tendo como seu braço operacional o INMETRO, em substituição ao antigo INPM. O
14

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial


passa por uma primeira e grande reformulação no início da década de 90.

O Brasil já havia deixado de ter a política de substituição de importações como


carro-chefe do seu desenvolvimento. Nessa fase, a implementação do SINMETRO
foi facilitada pela existência de empresas estatais gigantescas, capazes de impor
padrões e normas a seus fornecedores.

Nos anos 90, vem a primeira leva de privatizações. Assim sendo, o INMETRO
passa a dedicar-se muito mais à criação de parcerias com seus usuários, ampliando
ao mesmo tempo o alcance de suas tarefas. Hoje, seria inconcebível o INMETRO
afastado das certificações do tipo ISO (International Organization for
Standardization), por exemplo, ou do controle ambiental, através do credenciamento
de organismos dedicados à gestão do meio ambiente. E não se poderia deixar de
mencionar sua preocupação com a qualidade de vida das pessoas.

1.4 TRABALHO E A SAÚDE

A relação entre o trabalho e a saúde/doença – constatada desde a


Antiguidade e exacerbada a partir da Revolução Industrial – nem sempre se constitui
em foco de atenção. Afinal, no trabalho escravo ou no regime servil, inexistia a
preocupação em preservar a saúde dos que eram submetidos ao trabalho,
interpretado como castigo ou estigma: o “tripalium”, instrumento de tortura. O
trabalhador, o escravo, o servo eram peças de engrenagens “naturais”, pertences da
terra, assemelhados a animais e ferramentas, sem história, sem progresso, sem
perspectivas, sem esperança terrestre, até que, consumidos seus corpos, pudessem
voar livres pelos ares ou pelos céus da metafísica (MINAYO-GOMES et all, 1989).

Com o advento da Revolução Industrial, o trabalhador “livre” para vender sua


força de trabalho tornou-se presa da máquina, de seus ritmos, dos ditames da
produção que atendiam à necessidade de acumulação rápida de capital e de
máximo aproveitamento dos equipamentos, antes de se tornarem obsoletos.
15

As jornadas extenuantes em ambientes extremamente desfavoráveis à saúde,


às quais se submetiam também mulheres e crianças, eram freqüentemente
incompatíveis com a vida. A aglomeração humana em espaços inadequados
propiciava a acelerada proliferação de doenças infecto-contagiosas, ao mesmo
tempo em que a periculosidade das máquinas era responsável por mutilações e
mortes.

As propostas controvertidas de intervir nas empresas, àquela época,


expressaram-se numa sucessão de normatizações e legislações, que tem no
Factory Act, de 1833, seu ponto mais relevante, passando a tomar corpo, na
Inglaterra, a medicina de fábrica.

A presença de um médico no interior das unidades fabris representava, ao


mesmo tempo, um esforço em detectar os processos danosos à saúde e uma
espécie de braço do empresário para recuperação do trabalhador, visando ao seu
retorno à linha de produção, num momento em que a força de trabalho era
fundamental à industrialização emergente. Instaurava-se assim o que seria uma das
características da Medicina do Trabalho, mantida, até hoje, onde predomina na
forma tradicional: sob uma visão eminentemente biológica e individual, no espaço
restrito da fábrica, numa relação unívoca e unicausal, buscam-se as causas das
doenças e acidentes.

Através dos tempos, a atuação do Estado no espaço do trabalho sustentou-se


nas concepções dominantes sobre a causalidade das doenças. Essas concepções
decorrem tanto da bagagem cumulativa de conhecimentos, como do seu caráter de
práticas sociais, cujos marcos conceituais definem-se no bojo de relações peculiares
aos diferentes contextos históricos onde surgem ou se mantêm.

Assim, a Medicina do Trabalho, centrada na figura do médico, orienta-se pela


teoria da unicausalidade, ou seja, para cada doença, um agente etiológico.
Transplantada para o âmbito do trabalho, vai refletir-se na propensão a isolar riscos
específicos e, dessa forma, atuar sobre suas conseqüências, medicalizando em
16

função de sintomas e sinais ou, quando muito, associando-os a uma doença


legalmente reconhecida.

No entanto, a Saúde Ocupacional avança numa proposta interdisciplinar, com


base na Higiene Industrial, relacionando ambiente de trabalho-corpo do trabalhador.
Incorpora a teoria da multicausalidade, na qual um conjunto de fatores de risco é
considerado na produção da doença, avaliada através da clínica médica e de
indicadores ambientais e biológicos de exposição e efeito. Os fundamentos teóricos
de Leavell & Clark1 (1976), a partir do modelo da história Natural da doença,
entendem-na, em indivíduos ou grupos, como derivada da interação constante entre
o agente, o hospedeiro e o ambiente, significando um aprimoramento da
multicausalidade simples.

Em síntese, apesar dos avanços significativos no campo conceitual que


apontam um novo enfoque e novas práticas para lidar com relação trabalho-saúde,
consubstanciados sob a denominação de Saúde do Trabalhador, depara-se, no
cotidiano, com a hegemonia da Medicina do Trabalho e da Saúde Ocupacional. Tal
fato coloca em questão a já identificada distância entre a produção do conhecimento
e sua aplicação, sobretudo num campo potencialmente ameaçador, onde a busca de
soluções quase sempre se confronta com interesses econômicos arraigados e
imediatistas, que não contemplam os investimentos indispensáveis à garantia da
dignidade e da vida no trabalho.

Como, pode-se verificar, ainda é possível se deparar com situações em que


os gastos anuais mundiais, distribuem-se da seguinte forma, segundo pesquisa
realizada – HDR – WHO 1998:

1
Leavell, H.& & Clark , E. G., 1976. Medicina Preventiva. São Paulo: McGraw-Hill.WHO – WHO’s GLOBAL
HEALTHY WORK APPROACH
17

Tabela 1 – Gastos anuais mundiais


Educação básica para todos (no mundo) U$ 6 bilhões
Água potável e saneamento básico U$ 9 bilhões
Saúde e nutrição básicas U$ 13 bilhões
Perfumes (Europa e USA) - U$ 12 bilhões
Alimentação para animais domésticos U$17 bilhões
(USA e Europa) -
Cigarros (Europa) U$ 50 bilhões
Bebidas alcoólicas (Europa) U$105 bilhões
Narcóticos (no mundo) U$ 400 bilhões
Gastos militares (no mundo) - U$ 780 bilhões
Fonte: HDR – WHO 1998

No Brasil, esta situação se agrava pela incapacidade do setor saúde do


Estado em reabsorver seu papel de intervir no espaço do trabalho. Essa tarefa,
prevista na Reforma Carlos Chagas, de 1920 – interrompida com a criação, em
1930, do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que passou a assumi-la – foi

resgatada na Carta Constitucional de 1988 e regulamentada pela Lei 80801 No .


entanto, as marcas de um passado recente não são facilmente removíveis.

Por outro lado, a essa forma inconseqüente de lidar com a saúde e a vida,
une-se a resistência dos indivíduos em aceitar a condição de doentes. O medo de
perder o emprego – garantia imediata de sobrevivência – aliado aos mais variados
constrangimentos que marcam a trajetória do trabalhador doente, “afastado” do
trabalho, mascara, em muitos casos, a percepção dos indícios de comprometimento
da saúde ou desloca-os para outras esferas da vida, inibindo ou protelando,
freqüentemente, ações mais incisivas de reivindicação às instâncias responsáveis
pela garantia da saúde no trabalho.

1
Lei 8080 – Pela Constituição da República em 1988 e pela Lei Federal 8080 trouxe regulamentação aos
serviços atinentes a saúde.
18

Mesmo assim, não restam dúvidas de que as inserções diferenciadas dos


indivíduos nos processos produtivos, quer no meio urbano, quer no rural, definem
padrões também diversificados de morbi-mortalidade, para os quais contribuem
outros fatores decorrentes das condições de vida a que estão submetidos. Dessa
forma, no mundo do trabalho, revela-se a imensa gama de diferenças presentes na
sociedade, onde tendem a reproduzir-se, inclusive em seus antagonismos.

1.5 GENTE E PÃO-DE-LÓ

Nada sofreu mais impacto no mundo da globalização do que o mercado de


trabalho e emprego. Falou-se da superação de postos de trabalho pela
automatização e robotização, falou-se da falência múltipla de profissões tradicionais
em razão do inexorável e avassalador crescimento de tarefas até então
desconhecidas ou inusitadas. Há vinte anos atrás, o ser humano tinha que ser um
especialista em alguma coisa, hoje ele tem que saber de tudo um pouco e seguir
aprendendo a cada dia. Onde está a verdade dos fatos?

O fato maior é que, embevecido pelas maravilhas do mundo global, o


mercado esqueceu de seu principal componente, o ser humano. Já não se pode
falar em mão de obra, muito menos em força de trabalho. Onde ficam então aqueles
que ainda insistem no velho emprego que lhes dá o sustento mensal para a família.

Em meio a essa desumanização galopante, o pêndulo da história – felizmente


– já começa a intervir. Já existe latente um movimento mundial pela humanização da
atividade globalizada, o que afeta diretamente o principal acervo produtivo do
planeta: o ser humano, que volta a ser “mão de obra”.

No Brasil, pesquisa recente do grupo Ethos que orienta empresas que


buscam formas de integrar a responsabilidade social à cultura de suas atividades,
aponta para um crescimento extraordinário no investimento social das empresas,
notadamente junto a seu público interno (mão de obra).
19

As necessidades básicas que o Ser Humano tem são: alimentação, saúde,


vestuário, acesso à informação e ao conhecimento, liberdade, segurança, respeito,
lazer, afeto, relações, moradia e outras.

Qualquer sociedade se constrói e se rege fundada em certos pressupostos


que são verdadeiros pilares de sustentação. Analise-se a nossa sociedade.

Nela, especialmente na cultura ocidental, tais pressupostos são a


racionalidade, o reducionismo, a aspiração ao crescimento econômico ilimitado, a
crença de que os recursos naturais estratégicos são ilimitados, e de que o poder
efetivo do Estado-soberano será sempre capaz de gerar um modelo “certo” para
organizar e regular a vida social.

Herdeiros de Descartes, discípulos da mecânica de Newton, produtos de uma


visão de um mundo tido como um sistema “mecânico” em que todas as peças se
encaixam como em um relógio (...e o Poder dá corda...).

Também herdeiros de Augusto Comte, com sua crença positivista, de que


todos os problemas humanos seriam resolvidos pela Ciência e Tecnologia.

Outro fato resultante desse modo de pensar e de ver o mundo é a crença de


que o crescimento econômico, por si só, conduz à melhor distribuição da riqueza e à
repartição mais justa dos benefícios obtidos. Tudo isso, porém, chegou ao limite de
exaustão.

Este é o momento de promover reformulações que sejam orientadas para o


nosso cliente maior – o Ser Humano, e que tudo seja apoiado na identidade cultural
maior que é o Bem Comum.

Parece que descobriu-se como vale a pena tratar esse acervo insubstituível, a
mão-de-obra, “a pão de ló”. E isto se reflete de imediato no próprio desempenho da
empresa empregadora, na sua imagem externa de mercado, nas suas despesas
correntes com seus empregados, em geral por motivos de saúde, onde uma ação
20

preventiva ajuda a conter custos. Melhor desempenho a menores custos é igual a


maior produtividade.

Neste estudo, investigou-se a efetividade do programa de QVT implantado no


INMETRO, procurando identificar no seu contexto a aplicação direta ou indireta nas
teorias existentes.

INMETRO serve de exemplo com seu Serviço de Saúde Ocupacional


(SESAO), visando dar qualidade de vida não apenas a seus colaboradores diretos,
mas também a seus familiares e a toda a comunidade circunvizinha.

Não se trata apenas das clássicas disponibilidades ambulatoriais, ou do


atendimento dentário de praxe. Trata-se de uma nova abordagem assistencial que
leva a um sistema revolucionário para o Brasil cuidar da sua gente. No caso em
questão, daqueles que dependem direta ou indiretamente do INMETRO e dos quais
a empresa depende para seu melhor desempenho.
2 REFERENCIAL TEÓRICO: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Alguns autores estudaram a relação existente entre “trabalhador” e seu


esforço, tendo reformuladas as teorias, que descrevem seus aspectos mais
relevantes.

Herzberg (1968) levanta a hipótese de que dois fatores influenciam na


motivação humana. Esses fatores são denominados de higiênicos e motivacionais.
O primeiro, fator higiênico está vinculado aos aspectos e atividades do trabalho e
tem como função primária reduzir ou impedir insatisfação no desempenho das
tarefas, não considerando o desenvolvimento do trabalhador. O segundo, fator
motivacional, é responsável pela satisfação no trabalho, estando vinculado à
liberdade de criação, realização, inovação, responsabilidade, possibilidade de
crescimento. Isto é, está ligado a ações que realmente proporcionem o crescimento
do trabalhador, fazendo com que ele se motive e sinta-se encorajado para
desenvolver atividades de forma diferenciada, tanto no setor profissional quanto no
pessoal. O autor considera, também, o enriquecimento do cargo como uma
alternativa para proporcionar ao trabalhador motivação no desempenho de suas
funções.

O trabalho de Maslow (1977) considerou que as necessidades internas


orientam e determinam o comportamento humano, apresentando uma hierarquia de
tais necessidades, distribuídas em cinco níveis básicos, a saber:
I) Necessidades fisiológicas;
II) Segurança;
III) Sociais;
IV) Auto-estima;
22

V) Auto-realização.

O autor considera que o indivíduo só busca necessidades em nível superior


quando os inferiores forem suficientemente realizados.

Os estudos desenvolvidos por McGregor (1980) indicam que com relação ao


trabalho, com base na administração científica, atendem as necessidades básicas
do indivíduo, porém, em contrapartida, oferecem “pouca oportunidade de satisfação
das necessidades egoístas, principalmente para as pessoas situadas nos níveis
inferiores da hierarquia”. McGregor (1980) entendia por “necessidades egoístas”
aquelas que englobam a auto-estima, e a própria reputação. E, entendia ainda, que
a não oportunidade de satisfação dessas necessidades acarretava graves
conseqüências comportamentais.

Somente as necessidades básicas sistematizadas por Maslow (1977), são


atendidas pelo indivíduo no local de trabalho, ficando as necessidades egoístas a
serem atendidas fora do trabalho. Desta forma “para muitos assalariados o trabalho
é uma forma de punição, o preço a ser pago pelos vários tipos de satisfação obtidas
fora do trabalho“ (McGREGOR, 1980, p. 47). Isso faz com que os indivíduos
comportem-se no trabalho “com indolência, passividade, má vontade em aceitar
responsabilidades, resistência à mudança, tendência em aderir aos demagogos e
exigências exageradas de benefícios econômicos” (McGREGOR, 1980, p. 48).

McGregor (1980) visando justificar esses comportamentos humanos


organizacionais agrupou todas as idéias relacionadas a indivíduo-trabalho,
decorrentes da administração científica, e denominou-as de Teoria X. Elas são
descritas pelo autor como :

1. O ser humano, de modo geral, tem aversão ao trabalho e o evita


sempre que possível;

2. Devido a essas características humanas de aversão ao trabalho, a


maioria das pessoas precisa ser coagida, controlada, dirigida,
23

ameaçada de punição para que se esforce no sentido da consecução


dos objetivos organizacionais;

3. O ser humano, de modo geral, prefere ser dirigido, quer evitar


responsabilidade, tem relativamente pouca ambição e quer garantia
acima de tudo.

McGregor (1980) apresenta ainda a Teoria Y. Ela nada mais é do que uma
outra forma de ver o indivíduo na organização, suas pressuposições principais são:

1. O dispêndio de esforço físico e mental no trabalho é tão natural


como o jogo ou descanso;

2. O controle externo e a ameaça de punição são os únicos meios


de estimular o trabalho em vista dos objetivos organizacionais. O
homem está sempre disposto a se autodirigir e se autocontrolar a
serviço de objetivos com os quais se compromete;

3. O compromisso com os objetivos é dependente das


recompensas associadas a sua consecução;

4. O ser humano comum aprende, sob condições adequadas, não


só a aceitar responsabilidades como a procurá-las;

5. A capacidade de usar um grau relativamente alto de imaginação,


de engenhosidade e de criatividade na solução de problemas
organizacionais é mais amplamente distribuída na população do
que geralmente se pensa;

6. Nas condições da vida industrial moderna, as potencialidades


intelectuais do ser humano estão sendo parcialmente usadas
(MCGREGOR, 1980, p. 53).

Assim, o autor propõe com sua Teoria Y:

O princípio fundamental derivado da Teoria Y é o da integração: a


criação de condições tais que permita, aos membros da organização
alcançar melhor os seus próprios objetivos, dirigindo os seus
esforços para o sucesso da empresa. (MCGREGOR, 1980. p.54).

E, enfatizar ainda:

...a menos que o próprio emprego seja satisfatório, a menos que se


criem oportunidades na situação de trabalho, que permitam fazer
dele próprio uma diversão, jamais logrará conseguir que o pessoal
dirija voluntariamente seus esforços em prol dos objetivos
organizacionais (MCGREGOR. 1980. p.36)
24

Com relação ao Salário, o autor diz que “embora o dinheiro tenha pouco valor
para satisfazer muitas das necessidades de nível superior, ele pode se tornar o foco
de interesse se for o único meio disponível” para propiciar alguma satisfação
compensatória das necessidades frustradas (McGREGOR, 1980, p. 47).

Assim, constata-se que a Teoria Y, é um grande avanço para a qualidade de


vida no trabalho, uma vez que a força de trabalho tenderá a voluntariamente
esforçar-se em prol dos objetivos organizacionais.

Os trabalhos de Herzberg (1968), representam a principal contribuição ao


desenvolvimento de teorias de qualidade de vida no trabalho, uma vez que o
mesmo detectou que o indivíduo adquire senso de auto-realização e sucesso, a
partir do próprio trabalho e não do ambiente. Segundo o autor, um ambiente cujas
condições de trabalho são aceitáveis, favorece a formação de atitudes positivas.

Lippit (1978), considera que os fatores propostos por Walton (1973) – QVT,
podem ser agrupados em quatro fatores-chave, de acordo com o seguinte esquema
conceitual global:

I) Primeiramente, o trabalho em si, que considera feedback de performance, a


clareza apresentada pelos objetivos de trabalho, o aumento da responsabilidade e a
redução de controle, assim como o envolvimento do indivíduo no processo de
decisões. Obtém-se como resultado proporcionado por essas variáveis um alto grau
de responsabilidade.

II) Fatores que possibilitam ao indivíduo que, por meio do aprimoramento da


auto-imagem, possibilidades de aprendizagem, do clima propício à amizade e
coerência entre objetivos de vida e de trabalho, pode crescer profissional e
pessoalmente através do papel desempenhado e das relações de trabalho.

III) A produção do trabalho, fator que apresenta relação direta com o


aumento da responsabilidade, elaboração intergrupos, trabalho completo e em
25

unidades, recompensas pela inovação pela inovação/qualidade e obtenção de


objetivos mensuráveis.

IV) O último fator, funções e estrutura da organização, o qual envolve os


aspectos relacionados ao clima propício para a criatividade, comunicação adequada,
tendo interação entre as partes, o respeito ao indivíduo e o sentimento de avanço e
desenvolvimento organizacional.

Esse modelo, segundo o autor, apresenta uma orientação que busca o


atendimento as necessidades tanto do indivíduo quanto da organização. Porém, a
organização só atinge esse objetivo se considerar as características do indivíduo,
isto é, se organizar e diversificar as atividades em função do perfil do empregado,
gerando oportunidades para o aprendizado e desenvolvimento do pessoal envolvido,
estabelecendo poder para tomada de decisões, valorizando, reconhecendo e
possibilitando meios para relato do próprio indivíduo da produção sob
responsabilidade.

Portanto, para Lippit (1978), QVT não é técnica e nem esquemas, mas
processos e filosofias. Relata que a maturidade por parte da organização é
fundamental para a obtenção de resultados quando da implantação de programas
que visem a QVT. E que tal maturidade requer da organização adaptabilidade,
flexibilidade, saúde e identidade.

Nadler e Lawler (1983, p. 26) enfocam QVT como: “...uma maneira de pensar
sobre pessoas, trabalho e empresas”, podendo ser observados nessa perspectiva
esses três elementos como ponto de convergência de Qualidade de Vida no
Trabalho. Segundo esses autores, os diversos estudos se orientam na percepção
dos efeitos do trabalho nas pessoas e sua junção aos objetivos das empresas,
buscando, assim, uma participação nos diversos problemas organizacionais,
objetivando solucioná-los.

Na perspectiva dos autores, o que se constata é que, primeiramente, QVT foi


tratada como uma reação individual no trabalho, isto é, os estudos verificam como
26

melhorar a qualidade de vida no trabalho para o indivíduo. O enfoque posterior


focalizava melhorias para o empregado e direção, buscando um elo entre essas
partes. Posteriormente, Qualidade de Vida no Trabalho passa a ser focada como
método que procura melhorar o ambiente de trabalho tornando-o mais satisfatório e
produtivo. Constata-se, posteriormente, a busca de uma administração participativa
e de uma democracia industrial e, no final da década de setenta, coloca-se como
questão central a produtividade e a qualidade. Observa-se que a conceituação sobre
a Qualidade de Vida no Trabalho busca melhoria nas formas de gestão, condições
de trabalho e enriquecimento do ambiente organizacional.

Werther e Davis (1983) relatam que a qualidade de vida no trabalho são os


esforços que buscam, ao reformular os cargos, mais produtividade e satisfação, por
meio da participação dos trabalhos envolvidos.

Para Quirino Xavier (1987) (apud FONSECA, 2001), QVT é a interação entre
indivíduo e organização, sendo referência inicial para atingir os objetivos da
empresa. Considera, também, que Qualidade de Vida no trabalho compreende os
estudos de motivação, fatores ergonômicos, ambientais e de satisfação no trabalho.

Honório (1988) (apud FONSECA, 2001, p. 35) considera que o significado de


Qualidade de Vida no Trabalho é o resultado de uma junção dos elementos
apresentados pelos diversos teóricos e pode ser considerado como:

...uma experiência de humanização do trabalho, através da qual


uma organização, para alcançar ganhos de produtividade e
excelência empresarial, procura satisfazer os seus membros
criando condições de trabalho que ofereçam: cargos produtivos e
satisfatórios; atividades significativas e desafiadoras; sistemas de
recompensas inovadores; informações compartilhadas, feedback
constante; possibilidades de participação nas decisões e na
solução de problemas e oportunidades de realização pessoal e
profissional.

Para Vieira e Hanashiro (1990) (apud FONSECA, 2001, p. 45), a qualidade de


vida no trabalho é ampla e contigencial, está direcionada à melhoria das condições
de trabalho. Considera as variáveis comportamentais, ambientais e organizacionais
em conjunto com as políticas de recursos humanos. Busca humanizar o trabalho,
27

obtendo resultados satisfatórios para o trabalhador e a organização. Procura,


segundo os autores, “...suavizar o conflito existente entre capital e trabalho”.

De acordo com Westley (1979). Qualidade de Vida no Trabalho – QVT -


busca guiar os indivíduos no momento de estruturação e reestruturação da
organização em que atuam, constatando problemas e relacionando aos mesmos,
soluções pertinentes.

Westley (1979) relaciona a QVT a esforços voltados para a humanização do


trabalho, esforços esses que buscam solucionar problemas gerados pela própria
natureza das organizações existentes na sociedade industrial. A classificação de
Westley é agrupada considerando quatro tipos de problema:
I) O econômico, que traz como conseqüência a injustiça;
II) O político, gerando a insegurança;
III) O psicológico, que leva à alienação;
IV) O sociológico, que resulta em anomia.

Na visão do autor, os problemas decorrentes dos aspectos de insegurança


seriam originados das formas de gestão do poder, enquanto a concentração dos
lucros vinculada à exploração de trabalhadores é que seria responsável pela
injustiça (WESTLEY, 1979).

Quanto à alienação é dada um destaque especial, em que o autor tece


comentários sobre a insatisfação que reflete a remuneração inadequada: alienação
advém do sentimento de que o trabalho pode até ser prejudicial. Afirma que a
alienação pode ser vista como desinteresse do indivíduo com o próprio trabalho,
advindo de uma lacuna entre suas expectativas pessoais e a sua possibilidade de
realização.

Westley (1979) aponta que uma nova forma de participação que os


trabalhadores exigem tem provocado perturbações no meio gerencial e que esse,
sentindo-se ameaçado, desenvolveu mecanismos mais complexos de planejamento
28

e controle. Conclui que tal fato frustrou ainda mais as expectativas do trabalhador,
gerando um desinteresse ainda maior pelo trabalho.

Para melhor visualizar as abordagens da Qualidade de Vida no Trabalho, sob


ótica de Westley, a tabela abaixo, apresenta um resumo de suas colocações e
soluções, a saber:

Natureza Sintoma do Ação para Indicadores Proposta


do Problema Solução
Problema
Econômico Injustiça União dos - Insatisfação - Cooperação
(1850) Trabalhadores - Greves - Divisão dos lucros
- Participação nas
decisões
Político Insegurança Agentes de - Insatisfação - Trabalho auto-
(1850-1950) Mudanças - Greves supervisionado
- Conselho de
Trabalhadores
- Participação nas
decisões
Psicológico Alienação Agentes de - Desinteresse - Enriquecimento
(1950) Mudança - Absenteísmo das tarefas
e Turnover

Sociológico Anomia Autodesenvol- - Ausência de - Métodos


vimento significação do sociotécnicos
trabalho aplicados aos
- Absenteísmo grupos
e Turnover

Quadro 1 - Origem da Qualidade de Vida no Trabalho.


Fonte: Westley, 1979, p.122.
29

O modelo apresentado demonstra que o indivíduo precisa satisfazer suas


necessidades básicas e, só a partir daí, é que seu desejo passará a atingir níveis
mais refinados nas esferas do seu desenvolvimento. O indivíduo, enquanto não
ultrapassa suas necessidades de ordem econômica e política, não se preocupa com
os fatores de natureza psicológica e sociológica.

Já o modelo apresentado por Theriault (1980) enfoca a remuneração,


considerando que esse aspecto possibilita certa segurança e diferenças individuais
aos indivíduos, favorecendo a democracia industrial, que tem como componente
básico a participação.

O autor afirma que a relação entre empregados e organização é


proporcionada pela remuneração, sendo caracterizada por cinco tipos de
transações:

a) A econômica, que representa o valor monetário pago pelo trabalho


desenvolvido pelo indivíduo.

b) A psicológica, representada por um contrato, por meio do qual o indivíduo


manifesta certas atitudes e comportamentos em troca de um salário, isto é, envolve
aspectos vinculados ao relacionamento entre indivíduo e organização.

c) A sociológica, representada por diversas expectativas que os indivíduos e


as organizações procuram firmar entre si, a partir de um ambiente cultural
determinado.

d) A política, representada pelas relações de influência e poder que ocorrem


entre os diversos atores sociais que participam do contexto interno de uma
organização.

e) E por último, a ética, em que a relação de dependência entre moral e


justiça revelada nas formas de satisfação das necessidades, igualdade, legalidade e
distributivismo estão representadas
30

Theriault (1980) enfatiza no seu trabalho que um programa de qualidade de


Vida no Trabalho deve reconhecer a significância, a inter-relação e a questão
cultural envolvidas nesses tipos de transações.

Para Werther e Davis (1983), supervisão, condições de trabalho, pagamento,


benefícios e projeto de cargos são fatores que afetam a QVT. Para eles, a natureza
dos cargos é responsável pelo envolvimento do trabalhador com a organização, uma
vez que as pessoas e a organização se ligam através dos cargos.

Eles esclarecem que a maioria dos indivíduos relaciona QVT com cargo
interessante, desafiador e compensador. Porém, enfatiza que a questão da
insatisfação do trabalhador não se restringe à reestrução do cargo.

Ao analisarem o projeto de cargos constatam três níveis: o organizacional, o


ambiental e o comportamental .

No nível organizacional, os autores consideram a habilidade e a


disponibilidade dos empregados, assim como as expectativas sociais. Relacionam
esse nível à eficiência, ou seja, à capacidade de alcançar maior produtividade.

No nível ambiental, é considerado o ambiente externo. Nesse contexto, as


habilidades e disponibilidade de mão-de-obra para realizar o trabalho, bem como as
expectativas sociais estabelecidas com o trabalho pelo trabalhador.

Quanto ao último nível, o comportamental, diz respeito às necessidades


humanas e ao comportamento do indivíduo manifestado no ambiente de trabalho.
De acordo com os autores, é a parte mais sensível de um cargo. Destacam quatro
dimensões que devem ser consideradas nesse nível: autonomia, variedade,
identidade da tarefa e retroinformação.

Os autores chamam a atenção para a forma de tratamento desses níveis,


uma vez que, analisados de forma cuidadosa e coerente, combinados com o projeto
31

de cargos bem delineados, o trabalho torna-se produtivo e satisfatório. O que se


observa, segundo informações dos autores, é a necessidade de o projetista de
cargos determinar o ponto ótimo, tendo em vista a eficiência organizacional. Em
caso contrário, ocorrerão problemas.

É importante considerar o que coloca Davis e Werther quanto à necessidade


de se buscar conseguir uma alta qualidade de vida no trabalho, por meio de cargos
produtivos e satisfatórios. Esclarecem que é necessário transpor os obstáculos
criados, apresentados, pelos empregados, dirigentes ou sindicatos, uma vez que tais
grupos tomem os efeitos das mudanças por não conhecê-los. Chamam a atenção
para o fato destas barreiras poderem destruir o sucesso de qualquer programa de
QVT.

Nadler e Lawler (1983), na sua abordagem, dizem que a QVT consiste na


busca de maior produtividade sem deixar de lado a motivação e a satisfação do
indivíduo. Os indicadores que compõem a QVT, segundo os autores, são formados
pela reestruturação do trabalho, enriquecimento de tarefas e grupos autônomos e a
inovação do sistema de recompensas que interferem no clima organizacional,
procurando, assim, proporcionar um ambiente de trabalho mais favorável.

Os autores consideram que seis fatores são essenciais para o êxito na


implantação de um projeto de QVT:

I) Percepção de necessidade,
II) O foco do problema que é detectado nas organizações,
III) A estrutura para a identificação e a solução do problema,
IV) Compensações projetadas tanto para os processos quanto para os
resultados,
V) Sistemas múltiplos afetados
VI) Envolvimento amplo da organização.

Citam ainda três etapas para o sucesso no desenvolvimento de um programa


de qualidade de vida no trabalho. O primeiro constitui a análise e desenvolvimento
32

do projeto, considerando os diversos níveis existentes na organização e a coerência


entre o que se propõe e o contexto em que se insere o programa: o segundo refere-
se às mudanças no sistema de gerenciamento e nas disposições organizacionais,
isto é, à forma de estruturação dos níveis gerenciais; o terceiro tem como foco as
mudanças no comportamento do gerenciamento superior.

Com base, nesses autores, é de fundamental importância ressaltar que a


organização apresente uma estrutura que possibilite processos participativos, em
que a alta gerência participe de forma efetiva, assim como os demais envolvidos.
Esclarecem que, ao se implantar a QVT, tem-se como objetivo, a longo prazo, uma
implantação que tenha como retorno os resultados esperados. Necessário se faz
levar em consideração o embasamento teórico e o roteiro para subsidiar os
participantes no exame e compreensão das questões; processos estruturados que
proporcionem a solução de problemas; treinamento do pessoal envolvido no
processo; análise e percepção das atividades que compõe o programa construído
durante a implantação desse, assim como uma estrutura organizacional bem
delineada.

Segundo Huse e Cummings (1985), os movimentos de QVT afetam


positivamente na capacitação do trabalhador, na comunicação e coordenação das
atividades inerentes às organizações, interferindo diretamente nas produtividades.
Para eles, a QVT tem origem na interação entre as pessoas, o trabalho e a
organização, buscando, através desses elementos, uma participação dos
trabalhadores nas soluções de problemas que estejam relacionados ao trabalho,
procurando obter, como resultado, o bem-estar do trabalhador, assim como a
eficácia organizacional.

Na visão desses autores, quatro fatores devem ser considerados para a sua
operacionalização:
I) A participação do trabalhador,
II) O projeto de cargos,
III) A inovação no sistema de recompensas
IV) A melhoria do ambiente organizacional.
33

Constata-se que a visão de Huse e Cummings (1985) não se limita a


aspectos organizacionais, uma vez que os fatores considerados indicam uma
preocupação com o trabalhador e a eficácia organizacional, bem como com a
participação dele nas decisões e problemas inerentes ao trabalho.

Para Huse e Cummings (1985), a QVT, quando busca atender às


necessidades básicas do trabalhador, torna-se capaz de motivá-lo e,
conseqüentemente, obtém como resultado a motivação desse trabalhador para o
exercício de suas funções.

Hackman e Oldham (1975) apresentam um modelo das dimensões básicas


da tarefa, que considera três estados psicológicos críticos experimentados pelo
indivíduo, na sua relação com o trabalho, que são determinantes de satisfação e
motivação nessa relação, podendo obter, como resultado, realização pessoal e
profissional.

Esses três estados psicológicos são:


1. A significância percebida do trabalho, isto é, a percepção que o
trabalhador tem quanto ao produto do seu trabalho, dentro de uma escala
de valores.

2. A percepção da responsabilidade pelos resultados, ou seja, a


responsabilidade percebida pelo trabalhador em relação ao seu trabalho, o
quanto o mesmo se sente responsável pelos resultados obtidos através da
execução da atividade sob sua responsabilidade.

3. O conhecimento dos resultados do trabalho, enfocando, nesse caso, o


nível de conhecimento e entendimento sobre os resultados alcançados
através do desempenho efetivo na realização de seu trabalho.

Consideram ainda sete dimensões básicas como geradoras da presença


desses estados psicológicos: variedade de habilidades – HV, identidade com tarefa
34

– IT, significado da tarefa – ST, autonomia – AU, feedback extrínseco – FE,


feedback intrínseco ou do próprio trabalho – FI e inter-relacionamento – IR.

Objetivando identificar as reações afetivas pessoais ou sentimentos obtidos


ao desempenhar seu trabalho e colher informações sobre o bem-estar do indivíduo
em relação à satisfação com as possibilidades de crescimento, segurança no
trabalho e compensação, Hackman e Oldham (1975) apresentaram, no modelo
proposto, dois grupos de variáveis, que são os resultados pessoais e as satisfações
contextuais. O primeiro grupo representa as relações de efetividade pessoal ou o
sentimento que o indivíduo possui ao desempenhar seu trabalho, o que, no caso,
pode gerar produção de alta qualidade, redução no absenteísmo e na rotatividade.

Neste grupo encontram-se os seguintes aspectos:


. Satisfação Geral com o Trabalho
. Produção de Trabalho de Alta Qualidade
. Motivação Interna para o Trabalho
. Absenteísmo e Rotatividade Reduzida

Quando ao segundo grupo das satisfações contextuais, visa à identificação do


bem-estar do indivíduo aos seguintes aspectos:
. Necessidade de Crescimento
. Segurança no Trabalho
. Ambiente Social
. Compensação
. Supervisão Adequada

Pode-se perceber no modelo de Hackman e Oldham (1975) um


desencadeamento de fatores ao entender QVT, pois ela é resultante direta da
combinação de dimensões básicas da tarefa, que são capazes de gerar diversos
estados psicológicos, que por fim geram a motivação e a satisfação em níveis
distintos, ou seja, os fatores que determinam a QVT advêm das realizações do
indivíduo, que surgem da combinação dos distintos níveis de percepção sobre as
dimensões da tarefa prevista no modelo.
35

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Modelo de Walton

Richard Walton (1974) é o único que enfatiza questões elementares à


realização do trabalho, priorizando os fatores higiênicos, condições físicas, aspectos
relacionados à segurança e à remuneração, sem desconsiderar os demais
elementos citados por outros estudiosos.

Apresenta oito dimensões seguidas de indicadores que afetam as pessoas


em seu trabalho. Contudo, o autor chama atenção para o fato de que o grupo de
trabalhadores pesquisado, assim como o ambiente diferenciado, pode gerar um
conjunto distinto de critérios e dimensões que influenciam a qualidade de vida no
trabalho, alterando os resultados.

Faz-se necessário ressaltar que, para Walton, independentemente da posição


hierárquica ocupada, existem diversos trabalhadores insatisfeitos e alienados
perante as inúmeras deficiências percebidas no ambiente de trabalho, que afetam
diretamente a QVT.
36

Dimensões Fatores
1- Compensação justa e adequada A – Renda adequada ao trabalho
B – Equidade interna
C – Equidade externa

2 – Condição de Trabalho A – Jornada de trabalho


B – Ambiente físico seguro e saudável

3 – Oportunidade de uso e desenvolvimento de A – Autonomia


capacidades B – Significado da tarefa
C – Identidade da tarefa
D – Variedade da habilidade
E - Retroinformação
4 - Oportunidade de crescimento e segurança A – Possibilidade de carreira
B – Crescimento Profissional
C – Segurança de emprego
5 – Integração social no trabalho A – Igualdade de oportunidade
B – Relacionamento

6 – Constitucionalismo A – Respeito às leis e direitos trabalhistas


B – Privacidade pessoal
C – Liberdade de expressão
D – Normas e rotinas
7 – Trabalho e espaço total da vida A – Papel balanceado do trabalho
8 – Relevância social da vida no trabalho A – Imagem da empresa
Quadro 2 - Modelo de Walton para aferição da qualidade de vida no trabalho
Fonte: Walton (1974 apud VALLE et all, 1996, p.4)

Compensação Justa e Adequada: refere-se à satisfação do trabalhador por sua


remuneração quando comparada interna e externamente. Walton (1974) diz que a
compensação recebida pelo trabalho realizado pode ser focalizada sob pontos
diferenciados, seja pela relação feita entre salário e o esforço físico ou mental, seja
pela experiência do trabalhador e a responsabilidade exigida pelo cargo.

A – Renda adequada ao trabalho: o salário recebido pelo trabalhador é justo se


comparado com as tarefas que desenvolve, além de verificar se o nível de
37

remuneração é adequado ao grau de esforço, de qualificação, habilidade e de


responsabilidade que o trabalho exige.

B – Equidade interna: verifica se existe diferença na remuneração entre


trabalhadores que executam tarefas idênticas ou muito parecidas dentro da
organização.

C - Equidade Externa: a remuneração de um trabalhador de outra organização


do mesmo porte e setor é igual ou muito parecida com a remuneração percebida
pelo empregados da organização pesquisada, quando executam tarefas
semelhantes.

Condições de trabalho: a satisfação do trabalhador está, neste ponto,


relacionada à adoção de horários razoáveis, condições de trabalho que reduzam ao
nível zero os riscos de doenças e danos físicos ou da imposição de limites de idade
quando o trabalho é prejudicial ao bem-estar das pessoas, acima ou abaixo de
determinada faixa etária (LIMA, 1995).

A - Jornada de trabalho: as cargas horárias de todas as funções desenvolvidas


dentro da organização obedecem à legislação vigente e não causam fadiga,
estresse e esgotamento físico e mental aos trabalhadores.

B – Ambiente físico seguro e saudável: a organização respeita as normas de


segurança, utilizando equipamento de proteção individual, e procura continuamente
diminuir os possíveis acidentes de trabalho, além de zelar pela integridade física e
mental dos trabalhadores e, conseqüentemente, por sua saúde e qualidade de vida.

Oportunidade de Uso e Desenvolvimento de Capacidades: refere-se à


possibilidade de o trabalhador utilizar seus conhecimentos e aptidões, desenvolver
autonomia, obter informações sobre o trabalho que desempenha e o processo
produtivo ao qual pertence. Contudo, Walton (1974) lembra que o grau de
maturidade do trabalhador, sua formação e capacidade de tomar decisões e
iniciativas determinarão em que nível estes fatores serão considerados. Não se deve
38

esquecer que algumas pessoas desejam um trabalho fragmentado que exija pouca
habilidade e até mesmo que seja firmemente controlado.

A – Autonomia: a organização permite que o trabalhador tenha um determinado


limite para resolver problemas relacionados às tarefas que executa.

B – Significado da Tarefa: o trabalhador sente-se realizado com a atividade


desempenhada.

C – Identidade da tarefa: mede o grau de satisfação que o empregado possui


em relação ao trabalho desenvolvido.

D – Variedade da Habilidade: a tarefa realizada exige diferentes conhecimentos


e habilidades, o que torna o trabalho mais atraente e dinâmico, sem ser cansativo e
repetitivo.

E – Retroinformação: a organização permite ao empregado informações


contínuas a respeito de seu desempenho, do trabalho e do produto que o mesmo
desenvolve.

Oportunidade de Crescimento e Segurança: Walton (1974) focaliza


basicamente a oportunidade de carreira concedida aos trabalhadores, assim como
as dificuldades enfrentadas por estes. Não exclui, de maneira alguma, sua própria
limitação; ao contrário, procura dar ênfase às ligadas diretamente à educação formal
que impedem ou dificultam, muitas vezes, a ascensão dos trabalhadores. Seguindo
este pensamento, Walton (apud LIMA, 1995, p. 67)

...propõe avaliar a expectativa do trabalhador quanto ao uso de


conhecimentos e habilidades recém-adquiridas, o nível em que as
atividades de trabalho atuais contribuem para manter e expandir sua
capacidade evitando a obsolescência, a avaliação das oportunidades
de progredir em termos organizacionais ou de carreiras reconhecidas
pelas pessoas de seu convívio, como colegas, amigos e familiares e,
por fim, a segurança ou renda decorrente do trabalho.
39

A – Possibilidade de Carreira: verifica a existência de uma política de Recursos


Humanos (plano de cargos e salários) que permite àqueles trabalhadores
devidamente capacitados e habilitados a oportunidade de ascensão profissional
dentro do próprio quadro de pessoal da mesma.

B – Crescimento Profissional: através de um plano de desenvolvimento e


capacitação de trabalhadores, a empresa oferece a todos a oportunidade de adquirir
e aprimorar seus conhecimentos.

C – Segurança e Emprego: a organização possui uma estrutura de Recursos


Humanos sólida, que proporciona ao trabalhador o sentimento de segurança em
relação à manutenção do seu emprego.

Integração Social no Trabalho: Walton (1974) ressalta a importância das


relações interpessoais para verificar o grau de identidade dos trabalhadores com a
organização e, por conseqüência, o nível de satisfação destes com a qualidade de
vida no trabalho. Isso pode ser avaliado pela ausência de preconceitos, de
diferenças hierárquicas marcantes e senso comunitário, o que faz com que o
trabalhador sinta-se integrado ao grupo e à empresa.

A – Igualdade de Oportunidade: é a ausência de favoritismo e preferências entre os


trabalhadores. O ideal pressupõe que os trabalhadores promovidos, transferidos ou,
até mesmo, admitido passem por uma seleção, respeitando suas qualificações,
habilidades e merecimento.

B – Relacionamento: busca-se verificar a existência de um bom relacionamento


interpessoal e um espírito de equipe junto aos trabalhadores da organização,
fazendo com que haja um comprometimento mútuo entre estes indivíduos.
40

Constitucionalismo: este é um outro fator fundamental para a garantia da


qualidade de vida no trabalho que está baseado no estabelecimento dos direitos e
deveres dos trabalhadores.

A – Respeito às Leis e Direitos Trabalhistas : a organização observa e cumpre todos


os direitos dos trabalhadores, previstos por lei, como férias, 13º salário, horário de
trabalho, entre outros direitos assegurados constitucionalmente.

B – Privacidade Pessoal: a empresa respeita a privacidade de seu trabalhador,


desde que seu comportamento não interfira em questões relacionadas ao trabalho.

C – Liberdade de Expressão: os trabalhadores possuem abertura para dar


sugestões e manifestar suas idéias aos seus superiores hierárquicos.

D – Normas Rotinas: as normas e rotinas da organização são bem claras, definidas,


difundidas, compreendidas e aceitas por todos os trabalhadores.

Trabalho e Espaço Total da Vida: Walton (1974) diz que as experiências dos
trabalhadores com o trabalho podem interferir, de forma positiva ou negativa, na vida
pessoal e social destes; por esta razão, o autor recomenda a busca do equilíbrio
através de esquemas de trabalho e crescimento profissional. Faz-se necessário que
a verificação do nível de satisfação do trabalhador em relação à influência exercida
pelo trabalho sobre a vida privada dos mesmos seja avaliada através de opiniões
com relação ao balanceamento da jornada, estabilidade de horários e mudanças
geográficas que afetam a disponibilidade de tempo para lazer e para a família.

A – Papel Balanceado do Trabalho: nada mais é que o equilíbrio satisfatório entre o


trabalho e outras atividades existentes na vida dos trabalhadores.

Relevância Social na Vida no Trabalho: De acordo com Walton (1974), a


forma de agir irresponsável de algumas empresas faz com que muitos trabalhadores
passem a depreciar seu trabalho, o que afeta a auto-estima e, por conseqüência, a
produtividade. Contudo, segundo Lima (1995, p.68), “as mudanças das condições
41

organizacionais ocorrem em geral mais lentamente do que o aumento das


expectativas do trabalhador, o que tende a provocar maior alienação”.

A - Imagem da Empresa: é fundamental que a organização conserve excelente


imagem perante seus trabalhadores, clientes atuais e potenciais, dos meios de
comunicação social, fornecedores, comunidades, entre outros.

A QVT sempre esteve voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar


ao trabalhador na execução de sua tarefa.

Segundo Chiavenato (1999), estar satisfeito é estar em equilíbrio. Para se


obter um nível de equilíbrio psicológico, todo indivíduo passa pelo ciclo motivacional.

O organismo humano permanece em estado de equilíbrio psicológico, até que


um estímulo o rompa e crie uma necessidade. Essa necessidade provoca um estado
de tensão, conduzindo a um comportamento ou ação capazes de atingir alguma
forma de satisfação daquela necessidade.

O programa de QVT em andamento no INMETRO, foi analisado com base


nos modelos apresentados visando aperfeiçoá-lo para melhor atender os interesses
42

da instituição, trabalhador e da Sociedade como um todo. Trata-se de um programa


complexo, o SESAO, o qual possui as seguintes vertentes.

Serviço Médico Conquistando


Fitovida Saúde

Dependência
Coral
Química

Enfermagem PPRA

Fisioterapia
Psicologia

Benefícios

Serviço Social
Q.V.T. Brincainmetro

Odontologia

Figura 2 – Vertentes do Programa QVT


Fonte: INMETRO, 2003

O P.Q.V.T. (Programa de Qualidade de Vida no Trabalho) do INMETRO


concentra seus esforços em melhorar a saúde física e mental de seus servidores
oferecendo-lhes os serviços descritos no capítulo III. Paralelamente foram realizadas
modificações nas instalações físicas, possibilitando uma redução na insalubridade e
periculosidade, resultante da execução de algumas tarefas – PPRA - Vide Quadros
4.4 e 4.5.
3 RELATO DE UM CASO – SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL –
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E
QUALIDADE INDUSTRIAL – INMETRO

Figura 3 - O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade


Industrial – Inmetro
Fonte: INMETRO, 2003
44

Autarquia federal criada pelo Art. 4º da Lei nº 5.966, de 11 de dezembro de


1973, com sede em Brasília - DF, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, é o órgão executivo central do Sistema Nacional de
Metrologia e Qualidade Industrial - Sinmetro, e tem por finalidades:
I - executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade;
II - verificar a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às
unidades de medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de
medição e produtos pré-medidos;
III - manter e conservar os padrões das unidades de medida, assim como implantar
e manter a cadeia de rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no País,
de forma a torná-las harmônicas internamente e compatíveis no plano internacional,
visando, em nível primário, à sua aceitação universal e, em nível secundário, à sua
utilização como suporte ao setor produtivo, com vistas à qualidade de bens e
serviços;
IV - fortalecer a participação do País nas atividades internacionais relacionadas com
metrologia e qualidade, além de promover o intercâmbio com entidades e
organismos estrangeiros e internacionais;
V - prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial - Conmetro, bem assim aos seus comitês de
assessoramento, atuando como sua Secretaria-Executiva;
VI - fomentar a utilização da técnica de gestão da qualidade nas empresas
brasileiras;
VII - planejar e executar as atividades de credenciamento de laboratórios de
calibração e de ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos
de certificação, de inspeção, de treinamento e de outros, necessários ao
desenvolvimento da infra-estrutura de serviços tecnológicos no País; e
VIII - coordenar, no âmbito do Sinmetro, a avaliação da conformidade compulsória e
voluntária de produtos, de processos, de serviços e de pessoal.
45

Figura 4 – DIRAF
Fonte: INMETRO, 2003

A Diretoria de Administração e Finanças que supervisiona a Divisão de


Recursos Humanos tem como competências e atribuições:
I - planejar, coordenar, dirigir, supervisionar, promover, acompanhar e avaliar a
execução das ações concernentes aos Sistemas de Pessoal Civil da Administração
Federal, de Serviços Gerais, de Administração Financeira, de Recursos Humanos e
de Contabilidade Federal, no âmbito do Inmetro.

A Divisão de Recursos Humanos que supervisiona o Serviço de Saúde


Ocupacional tem como competências e atribuições :
46

I - planejar, coordenar, supervisionar, promover e controlar as ações relativas ao


desenvolvimento de recursos humanos, administração de pessoal e ao programa de
saúde ocupacional.

O Serviço de Saúde Ocupacional tem como atribuições e competências :


I - propor, promover e executar as políticas inerentes à saúde ocupacional do corpo
funcional do Inmetro;
II - executar e controlar as atividades ligadas à saúde física e mental dos servidores,
sob a égide das normas e legislações pertinentes à higiene, medicina e segurança
do trabalho;
III - formular, propor e executar as ações necessárias ao desenvolvimento da
medicina preventiva do trabalho e assistência social, psicológica e odontológica;
IV - formular, propor e executar o programa de assistência, abrangendo medidas de
integração social, de ajustamento e de readaptação funcional;
V - promover perícias médicas para fins de concessão de licença, aposentadoria e
outros casos previstos na legislação; e
VI - gerenciar a execução orçamentária das dotações destinadas à manutenção do
projeto Qualidade de Vida, bem como dos programas de benefícios.

3.1 SERVIÇO SOCIAL

O Serviço Social baseia-se nos seguintes axiomas: O aperfeiçoamento


humano é o objetivo de qualquer Sociedade; à medida que se desenvolvem os
recursos econômicos e culturais, deve elevar-se, progressivamente, o nível de vida,
devem ser promovidos todos os esforços no sentindo de desenvolverem-se tanto a
assistência como a educação, para melhoramento das condições de vida humana,
quanto à saúde física e mental, a solidariedade humana deve caminhar no sentido
da fraternidade universal.

O homem é um organismo biológico-social: O “caso”, o problema e o


tratamento são sempre considerados pelo assistente social como um processo
psicossocial.
47

Um caso social não é determinado pela natureza do cliente (família, criança,


velho, adolescente) nem pode ser distinguido pela natureza do problema
(incapacidade econômica ou problema de comportamento). Um caso social é um
“fato humano”, econômico, físico, mental, emocional e social, que atua em maior ou
menor intensidade. Um caso social é composto de fatores internos e externos ou
ambientais.

Assim, o Serviço Social encontra-se embasado em compromissos com o


desenvolvimento das pessoas que emprega, com a segurança e a satisfação dos
seus servidores e colaboradores, com a proteção do ambiente e o bem estar da
comunidade, tão importantes quanto sempre foram marketshare e rentabilidade de
negócios. Em seguida são apresentadas as realizações e práticas de atuação social
na Instituição. Assim em 1994, a equipe de Saúde do SESAO passou a acompanhar
mais de perto o servidor e seus familiares, bem como a ajudar e mediar uma
questão social relevante tal como: Saúde que se pode traduzir em bem estar físico,
mental e social (Prevenção e tratamento).

O Serviço Social em outubro de 1994 iniciou os atendimentos individuais e


familiares. Realizava todos os contatos necessários com a empresa de saúde da
época (GOLDEN CROSS), todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas
tinham acesso ao mesmo plano - DAME II (quarto particular com acompanhante),
sendo custeado integralmente pelo INMETRO. Esta ação gerou para o Serviço
Social um ganho importante, pois através dela passou-se a interagir e acompanhar
os problemas de saúde dos servidores e seus familiares, desde a realização de
exames complementares e/ou internações hospitalares até a conclusão dos
mesmos. Ainda neste ano teve início um trabalho em conjunto com a Associação
dos Servidores do INMETRO (ASMETRO), transcendendo ao compromisso com a
qualidade de vida de seus servidores e familiares – Um grupo de apoio aos
Alcoólicos Anônimos. Ação esta que baseava-se nos “Doze Passos”, em parceria
com alguns servidores que já vinham vivenciando tal situação com sucesso. Neste
período, acompanhava-se alguns servidores e suas respectivas famílias, em
parceria com o serviço de Psicologia, a fim de terem um maior suporte na
48

administração da doença. Contudo, na época, decidiu-se interromper visto que


alguns servidores estavam ficando “rotulados” pelos próprios colegas e/ou chefias.

Em 1996, o ESP (Exame de Saúde Periódico), passou a ser realizado por


uma equipe multidisciplinar. Foram elaborados novos formulários, e este
atendimento veio aumentar os contatos com os servidores. Com base nas
informações colhidas durante os anos de 1996 e 1997 nos exames periódicos
verificou-se a real necessidade de trabalhar com grupos específicos como
hipertensos, diabéticos e desvio de coluna.

O primeiro grupo tratado foi o de hipertensos. Através de reuniões com a


equipe multidisciplinar, os objetivos foram ampliados e passou-se a pensar em
ações macro visando à melhoria de qualidade de vida dos servidores, familiares e
colaboradores, então se criou a chamar o grupo de GVS – Grupo de Valorização da
Saúde, que veio culminar com o Projeto Qualidade de Vida.

O Serviço Social tem como objetivo geral, atender com confiabilidade,


agilidade e presteza todos os servidores ativos, aposentados, pensionistas,
colaboradores, seus familiares e comunidade.

Diante deste contexto, não se pode deixar de ressaltar a responsabilidade,


deste serviço em: esclarecer, orientar, encaminhar e disponibilizar informações à
todos, bem como propor e executar ações que propiciem a melhoria constante da
qualidade de vida da força de trabalho.

3.1.1 Atividades do Serviço Social

O dia-a-dia abrange os atendimentos individuais, de grupos e familiares bem


como todos os seus desdobramentos que podem ser: visitas hospitalares,
domiciliares, encaminhamentos, providências, contato com o plano de saúde,
periódico social, remoções, empréstimo de órteses, auxílio farmacêutico, doação de
alimentos, doação de sangue, acompanhamento social e atendimento a
comunidade.
49

Durante a triagem/atendimento, procura-se sempre analisar a real


necessidade do cliente, estabelecendo uma relação de ética/confiança e atenção,
orientando-o e encaminhando-o de forma eficaz. Lembrando, sempre, que é o
cliente que escolhe o caminho que pretende seguir.

O atendimento pode iniciar de diversas formas:


a) vontade própria;
b) encaminhamento por parte da chefia, por alguma área do próprio SESAO ou
por solicitação familiar.

Atendimento individual – são os de rotina, de maior demanda e de situações


diversas (ver item providências, encaminhamentos e remoções).

Atendimento de grupo – quando se atende mais de um servidor com objetivos


em comum.

Atendimento familiar – quando a família do servidor procura os serviços por


questões particulares.

3.1.2 Periódico

Através deste procedimento, coleta-se dados pessoais, familiares e sócio-


econômico dos servidores. Passa-se a conhecer um pouco mais do servidor e de
sua família, já que se tem a oportunidade de trabalhar questões de saúde,
escolaridade, lazer entre outros. Neste momento, registra-se, pessoa de contato,
telefone e endereço, para acionar em caso de emergência e conversa-se, também,
sobre o ambiente de trabalho.

3.1.3 Notificação de Afastamento

A partir de Agosto/98, este procedimento passou a ser feito para todos os


abonos de meio período de trabalho em diante, e para os processos de perícia
50

médica, o que aumentou consideravelmente o banco de dados para análises


estatísticas.

3.1.4 Visitas Hospitalares e Domiciliares

São realizadas objetivando acompanhar o servidor, a fim de esclarecer e


informar frente às situações: afastamento do servidor por motivo de saúde, licença
para acompanhamento familiar, acompanhamento a servidores e familiares
submetidos à intervenção cirúrgica ou internação clínica.

3.1.5 Procedimentos, Atendimentos e Contatos Referente ao Plano de Saúde

Os procedimentos pertinentes ao plano de saúde são: marcação de


consultas, autorização de exames e internações. Já o atendimento surge quando em
algum momento, as áreas do SESAO não conseguem ou tem dificuldade de contato
junto aos prestadores, ou ainda para a orientação do servidor quanto à cobertura
contratual e/ou quaisquer dificuldades que venham surgir.

O contato com a Gerência é feito mediante a solicitação do próprio servidor,


de alguma área do SESAO ou através de nossa própria análise visando a agilização
dos processos, sejam eles de: reanálise, valores de reembolso, concessões,
inclusões ou solicitações de carteiras provisórias.

3.1.6 Encaminhamentos, Providências, Remoções e Doação de Sangue

Os encaminhamentos são feitos de acordo com a necessidade apresentada


pelo servidor e seus familiares durante os atendimentos e acompanhamentos, ou
ainda, quando solicitado pela chefia imediata do servidor como por exemplo: vara de
família, justiça gratuita, juízo da infância e da juventude, INSS, serviços
especializados do plano de saúde, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos,
hospitais públicos, clínicas psiquiátricas, serviço de psicologia gratuita, instituições
de dependência química (para internação).
51

Remoção de servidores: é feito tanto com a ambulância da própria instituição


quanto do serviço credenciado. Providencia-se a senha ou a requisição de viatura,
avisa-se a família e entra-se em contato com o hospital para solicitar a vaga, quando
solicitado pela área médica e/ou de enfermagem há o acompanhamento da
remoção para agilizar o processo de internação e prestar esclarecimento à família.

Doação de sangue: As solicitações são feitas através de cartazes que são


fixados nos locais de maior acesso e nos murais. Utiliza-se, também, uma lista de
doadores de sangue e convocação por e-mail.

3.1.7 Doação de Alimentos

Ao longo destes 08 (oito) anos, houve doação de aproximadamente 09 (nove)


toneladas de alimentos, propiciando um contato direto com a comunidade de Xerém,
tanto pessoa jurídica, como creches e abrigos, bem como famílias carentes.

Por vezes, as doações são distribuídas nas Instituições do Município de


Duque de Caxias. Tais alimentos nos chegam do IPEM (Instituto de Pesos e
Medidas) / SP ou através de gincanas realizadas no próprio INMETRO, onde sempre
são destinadas tarefas de cunho social como arrecadação de alimentos, roupas,
brinquedos, inclusive, no ano de 2000 solicitou-se órteses, o que gerou um ótimo
resultado.

3.1.8 Empréstimo de Órteses

Consiste no empréstimo temporário de materiais permanentes disponíveis no


SESAO que auxiliam no tratamento do servidor e/ou seus familiares como: cadeiras
de rodas, de banho, muletas, nebulizadores, patinho, comadre e outros. Antes do II
Ginca INMETRO tinha-se a disposição 01 cadeira de rodas, 02 cadeiras para banho,
01 par de muletas e 03 nebulizadores conseguiu-se com a gincana, sempre focando
52

questões sociais arrecadar mais órteses como: 04 cadeiras de rodas, 02 cadeiras


para banho, 11 comadres, 11 patinhos, 03 pares de muletas.

3.1.9 Auxílio Farmacêutico

Visa conceder os medicamentos solicitados pelo profissional de saúde e que


os servidores não tem condições de arcar com os mesmos. É liberado através de
processo onde solicita-se os seguintes documentos: laudo médico atual, exames
complementares, xerox do contracheque (avaliação da renda familiar), dois
orçamentos de farmácias distintas com a relação dos medicamentos que serão
utilizados. É feito um requerimento pelo servidor solicitando o benefício, junta-se
todos os documentos e em conjunto com a médica perita, emite-se um parecer
médico-social.

3.1.10 Parcerias com a Comunidade

Trabalhar com as organizações da comunidade, a fim de obter a participação


dos principais interessados, é a estratégia que pode garantir os melhores resultados
e a continuidade da proposta. Esta integração contribui para o processo de
desenvolvimento social, na medida em que as propostas devem abranger a melhoria
dos atuais indicadores sócio-econômicos e ambientais da população.

Embasado na missão da Instituição, o SESAO/Serviço Social vem


caminhando junto à comunidade local, dando apoio a Creche Guarany, Asilos,
Postos de Saúde, onde, encaminham-se servidores, familiares e colaboradores que
não possuem plano de saúde.

Com base no mapeamento das instituições existentes em Xerém e


adjacências é realizada a distribuição de alimentos, roupas, sapatos e brinquedos,
bem como às famílias onde atua-se com voluntários do próprio INMETRO e com as
voluntárias da Pastoral do Menor (Igreja Católica) de Xerém.
53

Em parceria com o serviço de odontologia é realizada palestra educativa de


higiene pessoal e oral para crianças da Associação Comunitária Recreativa e
Esportiva Santa Alice (ACRESA). Neste evento, são distribuídos kits contendo
escova de dente e creme dental e disponibiliza-se 06 (seis) unidades para aplicação
de flúor.

Posto de Saúde de Xerém – onde realiza-se exames de RX e de sangue nos


servidores e prestadores de serviço que não possuem plano de saúde, bem como
realiza-se a troca de alguns medicamentos.

Centro Social Washington Reis e Casa de Saúde e Maternidade de Xerém –


auxiliam na realização de exames complementares como radiografias, bioquímica,
eletrocardiograma, ultra-sonografia, ecocardiograma e tomografias.

Parceria com a Associação de moradores nos âmbitos social e cultural com


repasse de cestas básicas a creches, asilos, orfanatos e famílias carentes como
também material educativo. De forma a abranger outros nichos onde a carência
alimentar é a preocupação, foi doado à Associação dos Voluntários de Arte e Apoio
aos Pacientes do Hospital do Câncer – HCII – INCA, 40 (quarenta) cestas básicas
que serviram de grande valia a pacientes que retornam a seus lares onde há
necessidade do suporte de alimentos básicos, suplemento alimentar (leite em pó,
sustagem, farinha láctea e outros) pois, o tratamento continua mesmo após a alta
hospitalar.

INSS – realiza-se visitas visando agilizar a certidão de tempo de serviço, documento


exigido para fins de aposentadoria, quando o servidor trabalhou em empresa privada
anterior ao INMETRO.

Justiça gratuita – por motivo de divórcio.


Vara de família – para pensão alimentícia
Juizado de menores – para tutela, curatela e guarda.
FIA – Fundação da Infância e Adolescência. – Para tratamento de dependentes
químicos que não possuem planos de saúde.
54

3.1.11 Projeto Qualidade de Vida

É uma ferramenta importante direcionada a responsabilidade social de


trabalhar na melhoria da qualidade de vida dos servidores e colaboradores, maior
produtividade, reduzindo o absenteísmo, prevenindo e tratando as patologias e
desenvolvendo a integração social. Soma-se com relevância, a participação da
comunidade local e vários programas que objetivam estimular a integração da
comunidade atendendo a missão maior da Instituição.

Voltado especificamente para a melhoria da saúde dos servidores propiciando


bem estar social e equilíbrio físico e psíquico, objetivando, também, a redução do
absenteísmo, a maior e melhor produtividade e a redução das patologias. A
Qualidade de Vida prevê a prática de exercícios como: ginástica laboral,
caminhadas, antiginástica sob supervisão, hidroginásticas, Tai-Chi-Chuan, dança de
salão entre outras

INSS – (Instituto Nacional de Seguridade Social)

Neste projeto, desenvolve-se, o Programa de Eventos Técnicos e Científicos,


ações mobilizadoras e integradoras como por exemplo o Brinca INMETRO e Ginca
INMETRO, eventos hoje muito procurado pelos servidores. No 1º ano do brinca
INMETRO participaram 145 crianças, desenvolveu-se atividades recreativas, lúdicas
e integradoras. Todas as crianças ganharam brindes e nos anos posteriores (2000 e
2001) houve uma divisão por faixa etária e 100 vagas por dia, a procura só tem
crescido. A Realização de Ginca INMETRO, além de mobilizar pessoas para compor
o grupo, desenvolve relacionamentos entre setores, divisões e diretorias, com muita
harmonia e sempre com atividades de cunho social. Nestes dois eventos da gincana
houve uma arrecadação de 2.500 (dois mil e quinhentos) quilos de alimentos, 1.500
(mil e quinhentos) pares de sapatos, 3.000 (três mil) peças de roupas e 3.000 (três
mil) brinquedos. Vide Anexo B.

Dentro dos eventos técnicos científicos destaca-se a importância ao longo dos


anos da manutenção da Semana da Saúde (vide Anexo A), onde o Serviço Social
55

atua de forma participativa sugerindo e organizando atividades, sempre com foco na


prevenção e manutenção da Saúde. No decorrer desses anos algumas sementes
foram plantadas e multiplicadas, pois se percebe uma procura cada vez maior dos
serviços e também de participação nos eventos. O envolvimento das pessoas em
todas as atividades durante a Semana da Saúde, principalmente no que se referiu à:
a Saúde da Mulher e do Homem, a apresentação do Programa de Dependência
Química, o grupo de Teatro Companhia do Humor, a Ginástica Laboral, a
Caminhada que já é um marco na nossa Semana e o café da manhã natural,
incentivando sempre hábitos alimentares saudáveis.

Realizou-se também o primeiro Encontro dos Servidores Públicos


Aposentados do INMETRO em Julho de 2001 (vide Anexo C), com a participação de
81 servidores, objetivando sensibilizar e despertar os servidores para uma mudança
no estilo de vida, voltando a participarem de atividades de integração, cultura, saúde
e lazer. Foi um momento de muita emoção e alegria para eles ao se reencontrarem.
O propósito, é realizar tal encontro, anualmente.

A mensagem foi: “Não é importante somente adicionar anos à vida, mas vida
aos anos conquistados”.

Ressalta-se a importância do Programa de Readaptação Funcional ,que tem


por objetivo geral analisar e avaliar cada processo em sua especificidade, integrar o
corpo funcional da Instituição, bem como seus familiares, promovendo o bem estar e
a melhoria da Qualidade de Vida, através da equipe multidisciplinar e da gerencia
imediata do readaptando, considerando que a readaptação é o ato ou efeito de
readaptar em função pública, compatível com a limitação física e/ou mental do
servidor.

3.1.12 Procedimentos do Serviço Social / Gráfico

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002


Total de procedimentos 12270 17319 23064 27360 30198
56

35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

Gráfico 1 – Procedimentos do Serviço Social


Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

3.1.13 Quadro de Procedimentos do Serviço Social

TOTAL
Procedimentos 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
GERAL
Acompanhamento Familiar - - 387 361 250 316 471 1785
Acompanhamento Grupal 8 41 49 23 18 65 52 256
Acompanhamento
15 67 371 301 307 488 809 2358
Hospitalar
Acompanhamento
30 131 491 751 765 1576 986 4730
Individual
Atendimento Familiar - - 310 227 130 180 358 1205
Atendimento Grupal 12 31 57 41 08 97 59 305
1077
Atendimento individual 328 784 4260 6736 9413 7844 40138
3
Atendimento Plano de
530 1381 1244 753 3617 2892 4135 14552
Saúde
Auxílio Farmacológico - - 10 4 12 14 24 64
Contato Plano de Saúde 12 30 189 236 689 1484 1435 4075
Doadores de sangue - - 23 30 23 60 26 162
Empréstimo de órteses - - 8 21 20 93 104 246
Encaminhamentos 57 432 1125 1356 1365 2421 2668 9424
Eventos 6 27 25 4 8 11 3 84
57

TOTAL
Procedimentos 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
GERAL
Exames Periódicos 109 215 200 206 94 89 280 1193
Notificação de afastamento - - 53 294 453 481 489 1770
Parcerias c/
8 4 80 75 24 73 91 355
estabelecimentos públicos
Parcerias com a
10 2 90 141 36 65 344
comunidade
Parcerias com empresas 3 - 48 21 13 17 102
Procedimento Plano de
530 90 1511 2052 2203 3057 2373 11816
Saúde
Readaptação funcional - - - 32 11 25 43 111
Remoção / providências 63 704 1455 3532 3524 2910 2979 15167
Visita a empresas - 2 13 13 3 10 2 43
Visita Domiciliar / Perícia 11 59 36 33 20 28 32 219
Visita hospitalar / Perícia 10 32 34 29 28 25 21 179
Quadro 3 - Procedimentos do Serviço Social
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

Têm-se como metas, implantar e implementar programas como: Pré e Pós


aposentadoria; grupos de hipertensos, diabéticos, onde, as dinâmicas serão
desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar do SESAO, e será utilizado o espaço
físico disponibilizado internamente (sala de eventos).

O que muito agrada, atualmente, é saber que não é a norma que obriga, mas
é a responsabilidade social que orienta a cada dia.

3.2 SERVIÇO DE ENFERMAGEM

O serviço de enfermagem do trabalho, tem por finalidade, executar as


atividades relacionadas com o serviço de higiene, medicina e segurança do trabalho,
propiciando a preservação da saúde e valorização do trabalhador, através de ações
preventivas e curativas.
58

3.2.1 O Fluxo no Serviço de Enfermagem

Provém de:
- Consultas médicas, atendimentos de emergência (mal súbito / acidente do
trabalho), por iniciativa própria ou por solicitação do SESAO, para realização do
exame de saúde periódico. Em nossos atendimentos realiza-se a
administração/fornecimento de medicações ou os procedimentos de enfermagem
tais como:
- Parenteral, nebulização, hidratação venosa, imobilização provisória, etc. Se
necessário, a pessoa pode ser removida do local de trabalho pela ambulância com o
profissional de saúde ou dependendo de suas condições, trazida por outra pessoa.

Exame de saúde periódico é realizado anualmente em todos os servidores. A


convocação é feita através de contato telefônico direto com o interessado a fim de
agendar data e médico de sua preferência, evitando assim a falta ao exame. O
servidor será atendido inicialmente pelo profissional de enfermagem (auxiliar ou
enfermeira), em seguida pelo médico, assistente social e psicóloga. Receberá
pedidos de exames complementares e será orientado que retorne tão logo tenha os
resultados.

3.2.2 Exame de Saúde Pré-Admissional

Obedece à mesma rotina, do exame de saúde periódico e acrescenta-se a


consulta odontológica. Quanto aos estagiários apenas realizam consulta de
enfermagem e médica.

3.2.3 Campanhas de Vacinação

As campanhas atendem a toda a força de trabalho, sendo divulgada e


agendada nas devidas épocas. Tem-se Gripe, Febre Amarela, Gripe e Dupla (difteria
e tétano), esta última sempre existente no SESAO/ENFERMAGEM para atender em
59

caso de acidentes. As vacinas são adquiridas através de parceria com as


Secretarias de Saúde.

3.2.4 Atendimentos de Emergência

São realizados mediante solicitação através do ramal 9222 (emergência) ou


quando o paciente chegar diretamente para o atendimento. Dependendo do estado
da pessoa, a mesma poderá ser removida de ambulância para o pronto socorro mais
próximo.

3.2.5 Atendimento Ambulatorial

Se dá em continuidade às consultas médicas, para o fornecimento de


medicações, ou realização de alguma técnica.

3.2.6 Equipamentos

Um autoclave (para esterilização de alguns materiais, como gaze, pacotes de


curativos, caixa para sutura), 02 (dois) leitos, carrinho de curativos, cadeira de rodas,
geladeira, cilindros de oxigênio, e recentemente adquiriu-se uma ambulância (nova e
equipada) para melhor atender às remoções de emergência. Quanto às atividades
administrativas realizadas pela enfermagem do trabalho, cita-se; recebimento de
atestados, controle de absenteísmo, controle de materiais e medicamentos para
serviço médico, parceria com Secretarias de Saúde, para aquisição de alguns
medicamentos e vacinas, controle e encaminhamento a unidade responsável para
realização de vacinas específicas. (ex.: febre amarela), necessária para servidores
em viagem a determinados Estados.

A participação do Serviço de Enfermagem no sub-projeto FITOVIDA, é


importante pois faz-se o fornecimento de medicamentos fitoterápicos específicos o
que é muito bem aceito pelos pacientes.
60

Realiza-se, também, exame de Saúde Periódico para servidores lotados em


Brasília e Goiânia. Nestes casos apenas são realizadas as consultas de
enfermagem, médica e pedido de exames com posterior análise e encaminhamento
se necessário, na própria localidade.

O recebimento de atestado médico dos servidores deve respeitar prazo de


entrega de horas após o retorno ao serviço. Após o abono pelo médico, a via
impressa de controle de absenteísmo, servirá de subsídio para relatório mensal de
absenteísmo, por causa, e em seguida o abono é encaminhado para o Serviço
Social para realizar a notificação de afastamento para a chefia do servidor.

3.2.7 Quadro Geral de Atendimentos de Enfermagem

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002


Total de Procedimentos 5902 7380 7193 6219 6575
Medicação fornecida * 5043 8160 8835 13715
* Início do registro das medicações fornecidas a partir de Julho

.2002

.2001

.2000

.1999

.1998

0 2000 4000 6000 8000


Número de procedimentos

Gráfico 2 – Procedimentos de enfermagem


Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh
61

3.3 CORAL INMETRO

A existência do coral INMETRO é mais uma forma de proporcionar Qualidade


de Vida a nossos servidores e colaboradores. A existência de um coral numa
empresa é um fator altamente positivo, com efeitos que se refletem tanto
internamente, no dia-a-dia, como externamente, na sua imagem dentro da
comunidade onde está inserida. Externamente porque enriquece a imagem da
empresa, como exemplo, cita-se as apresentações realizadas na Federação da
Indústria do Rio de Janeiro (FIRJAM), Congresso internacional de Metrologia (Rio de
Janeiro,Clube Naval do Rio de Janeiro, Cidade de Nova Iguaçu, Colégio de Duque
de Caxias, Instituto de Pesos e Medidas - (IPEM) São Paulo, Semana da Saúde
(INMETRO). Internamente aproxima e facilita a convivência entre os funcionários
através da linguagem universal da música, trazendo grandes benefícios para a
saúde das pessoas, além de estimular ideais a todos os funcionários aprimorando-
lhes o gosto e a sensibilidade, com indiscutíveis reflexos em sua produção individual
dentro da empresa.

O canto coral é um veículo natural para o desenvolvimento dos vários


aspectos da musicalidade o qual atua de forma muito eficaz na saúde do indivíduo.

Esta experiência teve seu ápice com a gravação do CD com patrocínio da


ABN Real e BR distribuidora fato que ratifica que a atividade do coral na vida de uma
empresa funciona como uma injeção de equilíbrio pessoal, espiritual, social e político
para seus integrantes.

Compreende-se que a qualidade está nas pessoas e é feita com elas. Assim,
o ideal de elevar e valorizar a auto-estima dos servidores é uma forma para que
tenham amor em si e por si tornando-os capazes de se integrar mais completamente
ao trabalho.
62

3.4 SERVIÇO DE FISIOTERAPIA

Consiste em mais um serviço para promover saúde a nossa força de trabalho.


Tem-se a preocupação de desenvolver um programa adequado a cada pessoa e
dirigido para estabilizar e reduzir causas fisioterapêuticas.

Conta-se com um espaço físico adequado e recursos terapêuticos tais como:


Eletroterapia “(US, Tans, Fes, Oc); termoterapia (Forno de Bier, bolsas térmicas e
panqueca de gelo); Fototerapia (Infra-vermelho).

Considerando que a capacidade de trabalho é medida por nosso estado de


saúde, é oferecido também aos servidores e colaboradores, cinesioterapia,
exercícios laborativos, massoterapia e mecanoterapia.

Futuramente pretende-se expandir as instalações com recursos de


hidroterapia e hidroginástica propiciando assim aos servidores e colaboradores um
trabalho globalizado. Então, quanto mais saudável e em boa forma se estiver, mais
chances se terá de aumentar a idade produtiva e desenvolver uma carreira
profissional melhor.

Observa-se que ao longo destes trabalhos, o índice de absenteísmo por


causas fisioterapêuticas vem diminuindo constantemente e proporcionando a todos
mais tranqüilidade e facilidade de acesso a este serviço pois todas as instalações
são de fácil acesso aos servidores e colaboradores INMETRO.

Conforme a demanda das áreas, realiza-se trabalhos de cinesioterapia “in


loco” e se necessário em parceria com os serviço de psicologia e/ ou social. As
atividades corporais possibilitam as pessoas (servidores e colaboradores)
conhecerem melhor seu corpo e seus movimentos e tomarem consciência do
espaço ao seu redor, seus limites e campo de atuação, desenvolvendo a
espontaneidade, a imaginação e a criatividade expressiva.
63

3.4.1 Procedimentos da Fisioterapia

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002


Total de procedimentos * 2184 3999 2957
Ausência às sessões 180 306 233
* O local para atendimento de fisioterapia foi construído no final de 1999, com o início dos
procedimentos no início de 2000

.2002

.2001

.2000

0 1000 2000 3000 4000 5000

Gráfico 3 – Procedimentos de fisioterapia


Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

3.5 SERVIÇO MÉDICO

Trata-se de um serviço de pronto atendimento, envolvendo consultas


médicas, motivadas por situações de caráter variado, tais como:

Urgências Médicas

- Avaliação física / clínica


- Orientações clinicas e terapêuticas
- Abono médico (até 30 dias)
- Solicitação de exames complementares
- Encaminhamento a outras especialidades médicas
- Rotina ambulatorial
64

Concomitantemente, o grupo técnico vem desenvolvendo outras ações, com a


finalidade de melhorar, ainda mais, estes serviços, executando campanhas de
vacinação, no próprio SESAO, bem como programas de conscientização, com
palestras educativas e distribuição de folhetos e cartazes, sobre assuntos de
interesse geral (Tabagismo, Hipertensão Arterial, Hepatite C, Gripe, etc.). É na
educação que se alicerçam as bases para a prevenção das doenças:

Desde o acesso e a apropriação da informação, à conscientização quanto aos


determinantes de saúde, até as ações práticas para aquisição de hábitos saudáveis.

Tais serviços são prestados, a toda força de trabalho do INMETRO, incluindo-


se servidores ativos e inativos, prestadores de serviços, bolsistas e colaboradores,
no próprio ambiente de trabalho, seja em Xerém ou no Rio Comprido.

Determinando uma ação médica imediata, no momento e no local (se for


necessário) em que ocorrerem as intercorrências de saúde. É importante ressaltar
que, em muitos quadros agudos, o grande diferencial de sucesso, é a rapidez no
atendimento e o intervalo de tempo entre o início dos sintomas e o momento da
realização dos procedimentos terapêuticos. A equipe técnica permanece de
prontidão, inclusive com ramal exclusivo para emergências e ambulância disponível,
durante todo o período de horário do trabalhador. Evitando também a perda de
tempo com deslocamento do paciente, para os mais diversos locais de atendimento,
sejam públicos e/ou privados (conveniados), além de minimizar os transtornos com
demora na espera, mau atendimento e outros mais. Diminuindo o índice de
absenteísmo, causado por todos esses fatores já anteriormente descritos.
Outrossim, como já foi dito, anteriormente, os servidores inativos, moradores ou não,
das redondezas, por questão de hábito, confiança e comodidade, também se
servem destes benefícios.

Por si só, essas colocações são de suma importância, mas elas tomam uma
conotação muito maior quando se visualiza situações que são provocadas pela
localização isolada do INMETRO-Xerém, fora da área urbana e sem infra-estrutura
geral para atendimento e deslocamento. Tal motivo é mais do que suficiente para
65

justificar a preocupação com o bem estar e a integridade física e mental de toda a


força de trabalho desta instituição, permitindo uma segurança muito maior, baseada
na seriedade e na confiabilidade do serviço assistencial, ora implantado no SESAO.

3.5.1 Saúde Assistencial

Consiste:

Realização de consultas médicas, para toda força de trabalho do INMETRO


no próprio ambiente de trabalho utilizando as instalações do próprio instituto,
favorecendo um atendimento personalizado, permitindo uma visão da saúde global
da instituição e a indicação de medidas de prevenção, além de maior informação
para um diagnóstico mais preciso. Além de comodidade, pois evita o deslocamento
do servidor para os consultórios conveniados, também permite a diminuição das
ausências para este fim, tendo em vista a localização do INMETRO, fora da área
urbana, o que implica, muitas das vezes, na ausência em um dia de trabalho para
consultas médicas.

Orientação ao servidor nos diversos aspectos médicos tais como: folhetos,


cartazes, palestras, campanhas de vacinação no próprio SESAO; e
encaminhamento, sempre que necessário, para as diversas especialidades, através
do plano de saúde.

Licenciamento médico fornecido quando verificada a incapacidade temporária


ao trabalho, sendo da competência deste serviço a liberação de um à trinta dias de
afastamento.

3.5.2 Saúde Ocupacional

É a medicina do trabalho propriamente dita. (Instituída pela Lei nº 6514 de


22/12/77, Portaria nº 3214 de 08/06/78 Normas Regulamentadoras). Consiste em
prevenir:
66

1º Doenças: (exames médicos admissionais, periódicos de retorno etc.).

2º Acidentes do Trabalho:

A NR-7 (Norma Regulamentadora) estabelece a obrigatoriedade da


elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados, do programa de controle médico de
saúde ocupacional.

PCMSO – A NR (Norma Regulamentadora) regulamenta os exames médicos


(admissionais, periódicos, demissionais, retorno ao trabalho, mudança de função) -
A Portaria nº 3214 de 08/06/78.

Estabelece as Normas Regulamentadoras que atualmente são 30 (trinta),


sendo as principais:

NR-4 : Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT).


NR-5 : CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho)
NR-6 : Equipamento de Proteção Individual (EPI)
NR-7: PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).
NR-9: PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais).

3º Doenças do Trabalho: (ex.: L.E.R.(lesão por esforço repetitivo) /D.O.R.T.(doença


ocupacional relacionada ao trabalho).

Determina causas de

INSALUBRIDADE:

NR-15: Atividades e operações Insalubres. Riscos Físicos (ex.: ruído, químicos


(ex.: solventes, poeiras), Biológicos ( ex.: bactérias, vírus)
67

PERICULOSIDADE:

NR-16: Atividades e Operações Insalubres (ex: Explosivos, Inflamáveis, Radiações


Ionizantes).

NR-17: Ergonomia.

Faz o 1º atendimento, o procedimento é o seguinte:

1º Registro em ficha de análise do Acidente de Trabalho (A. T.)

2º Determinar se o A. T. é:

Sem perda de tempo Æ o servidor não se ausenta do trabalho (A.T. leve, sem
licenciamento).

Com perda de tempo Æ o servidor ficará licenciado até estar apto a retornar ao
trabalho.

3.5.3 Exame Pericial

No INMETRO, o exame pericial é realizado por junta médica composta por 3


(três) médicos. O objetivo da perícia é avaliar as condições físicas e psíquicas dos
servidores, quando acometidos por alguma doença que o impeça de exercer suas
atividades laborativas ou esta, tenha que acompanhar dependentes. Quando o
período de afastamento de suas atividades atinge 30 (trinta) dias, então o servidor
passará por um dos médicos perito que determinará, se ele deverá continuar
afastado ou não e também avaliará o tempo de afastamento, de acordo com a
necessidade. Muitas vezes a junta pericial recorre a médicos especialistas quando
estes acompanham o servidor, para em conjunto analisar cada caso dependendo
assim da doença adquirida.
68

A perícia é realizada periodicamente, podendo ser residencial, hospitalar ou


no Serviço de Saúde Ocupacional.

De acordo com o RJU - Lei 8112 de 1990, o servidor poderá ficar afastado por
um período de até 2 (dois anos), consecutivos ou não desde que seja pela doença,
então será avaliada quanto ao seu retorno a mesma atividade, readaptado a nova
função ou caso não tenha condições físicas ideais para o trabalho será
encaminhado para aposentadoria, de acordo com o julgamento do médico perito.

3.5.4 Quadro Geral de Procedimentos


Médicos

Procedimentos .1998 .1999 .2000 .2001 .2002


Consultas - Xerém 2892 3118 2397 2655 2875
Consultas - RC 1094 1503 1525 1471 2450
Perícias 163 135 97 103 111
Ex Periódicos Xerém 313 224 118 103 202
Ex Periódicos RC 133 120 83 32 88
Outros Ex ocupacionais Xerém 1 167 167 123 254
Outros Ex ocupacionais RC 0 40 31 0 0
Total 4596 5307 4418 4487 5980
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh
69

6000
5500
5000
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
.1998 .1999 .2000 .2001 .2002
Ano

Gráfico 4 – Número total de procedimentos médicos


Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

3.5.5 Perícias Médicas Realizadas

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002


INMETRO – SESAO 147 131 92 83 100
Domiciliar 3 0 5 12 7
Hospitalar 13 4 0 8 4
Total 163 135 97 103 111

180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
.1 9 9 8 .1 9 9 9 .2 0 0 0 .2 0 0 1 .2 0 0 2

Gráfico 5 – Perícias médicas


Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh
70

3.5.6 Sub Projeto Fitovida

Por acreditar que a qualidade de vida dos homens depende intrisicamente de


sua saúde, e por ser o INMETRO um órgão de excelência preocupado com a
qualidade, investiu-se em um novo conceito de saúde para oferecer um tratamento
global aos seus servidores e colaboradores.

Em janeiro 2000 foi iniciado o fornecimento de medicamentos fitoterápicos,


em alternativa ou associados aos medicamentos sintéticos, com o crescimento da
procura aos medicamentos, cria-se o Programa Anti-deslipidemia. Foram
selecionados pacientes com exames laboratoriais alterados (taxas de triglicerídios e
colesterol elevados), e estes recebem cápsulas alho e ou cápsulas de beringela.

Trabalha-se atualmente nos ambulatórios SESAO Xerém e RC com os


seguintes tipos de fitoterápicos: Ansiolítico, cápsula de alho, cápsulas de beringela,
cápsulas anti-gastrite, xarope, equinácea, hepato protetor; e pomadas (cicatrizante,
e de arnica), esta última utilizada no setor de fisioterapia.

Nota-se claramente, o crescimento da opção por este tipo de tratamento, o


que justifica a construção do laboratório para manipulação dos medicamentos no
Campus –Xerém e se poderá ter conquistas tais como:

1) Diminuir os custos dos usuários com medicamentos, uma vez que a média de
economia é de 70%, em relação ao tratamento convencional (Percentual
estimado com base no custo do mesmo medicamento em forma alopática).

2) Estímulo à consideração de pesquisas para produção de fitomedicamentos


nacionais.

3) Diminuir os efeitos colaterais por ser o tratamento fitoterápico menos agressivo.

4) Estimular a consciência ecológica, interagindo homem-natureza.


71

É importante ressaltar baseado em estatísticas a grande aceitação deste tipo


de tratamento no INMETRO Goiânia e Brasília. Este trabalho foi desenvolvido nestas
unidades durante exames periódicos de saúde no ano 2002.

3.5.6.1 Metas do Projeto Fitovida

− Viabilizar o funcionamento do laboratório de manipulação (farmácia) para


fornecimento de medicação, a custo reduzidíssimo ao INMETRO, para Xerém/RC
e outros estados.

− Interagir com outros estados (órgãos IPEM/INMETRO) para divulgação do


subprojeto; e viabilização nestes locais.

− Viabilizar o Horto Medicinal no campus INMETRO-Xerém para fornecimento de


matéria prima (área já delimitada).
72

Tabela 2 – Medicamentos fitoterápicos, distribuídos pela SESAO à Força de trabalho


do INMETRO nos ano de 2000, 2001 e 2002
ANO 2000 ANO 2001
DESCRIÇÃO QUANTIDADE DESCRIÇÃO QUANTIDADE
Alho 960 cáps Alho 1.412 cáps.
Ansiolítico 1.844 cáps.
Anti-inflamatório 184 cáps. anti inflamatório 624 cáps.
Berinjela 1.140 cáps anti-flatulência 273 cáps.
Equinácea 1.253 cáps. anti-gastrite 1.163 cáps.
Gastrite 823 cáps. Ansiolítico 2.473 cáps.
Hepato-protetor 672 cáps. Berinjela 1.680 cáps.
Equinácea 1.942 cáps.
Xarope 1.470 ml. hepato-protetor 883 cáps.

Fórmula anti gripal 5 frascos Xarope 4.124 ml.

Pomada arnica 11 tubos pomada cicatrizante 5 tubos

ANO 2002
DESCRIÇÃO QUANTIDADE
Ansiolítico 2.412 cáps.
Equinácea 1.592 cáps.
Hepato-protetor 298 cáps.
Alho 544 cáps.
Berinjela 1.140 cáps.
Anti-flatulência 100 cáps.
Anti-gastrite 341 cáps.
Total 12.224

Xarope 20 ml. *

Pomada cicatrizante 01 tubo


*Neste ano não havia disponibilidade de verba para compra de frascos, assim era fornecido somente nos
atendimentos ambulatoriais.
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh
73

3.5.7 Auxílio Farmacológico

Instituído com o objetivo de ajudar servidores, minimizando custos com


medicação para uso próprio ou de seus dependentes. É necessário, a cada caso
analisar tópicos tais como renda mensal individual e familiar, número de
dependentes, gastos mensais, diagnóstico clínico (laudo médico) e o tempo de
tratamento. Após aprovação, os medicamentos são fornecidos ao solicitante pelo
período de 02 anos, mediante laudos médicos atualizados.

3.6 SERVIÇO DE PSICOLOGIA

Ao longo dos anos percebe-se que o mais importante recurso de uma


instituição são os servidores, colaboradores enfim, a força de trabalho. Assim o
SESAO tem responsabilidade direta pelo bem-estar geral destas pessoas, para que
elas se sintam impulsionadas a fazer o seu trabalho de modo mais produtivo e mais
significativo.

O Serviço de Psicologia busca promover um ambiente de trabalho direto no


qual os servidores e colaboradores se sintam livres e confortáveis, seja para obter
aconselhamento individual, expressar assuntos gerais ou tratamento psicológico.

3.6.1 Atendimento Psicoterápico

Os servidores e colaboradores, procuram ou são encaminhados pelas


chefias, médicos e outros para atendimento psicológico. Os motivos freqüentemente
são dependência química, dificuldades pessoais, doenças psicossomáticas e/ou
psiquiátricas, neste caso se faz o acompanhamento junto ao psiquiatra responsável.

3.6.2 Readaptação Funcional

A readaptação funcional consiste em analisar e avaliar cada caso/processo de


acordo com a sua especificidade através da equipe Multidisciplinar e da chefia
74

imediata do readaptando, considerando que a readaptação é o ato ou efeito de


readaptar em função pública, de forma compatível com a limitação física e/ou mental
do indivíduo. O readaptando é Servidor Público Federal que apresenta as seguintes
causas:
− Licença médica por mais de 120 dias;
− Dependência química;
− Limitação da capacidade física e mental;
− Acidente de trabalho.

3.6.3 Programa de Dependência Química

Este programa é desenvolvido com o(s) servidor(es) e seus familiares.


Geralmente, são encaminhados pela chefia ou por si em busca de ajuda. O serviço
de psicologia realiza o acompanhamento interno e avalia a necessidade de
internação.

3.6.4 Programa de Tabagismo

No decorrer dos últimos 3 anos, campanhas de esclarecimento em relação ao


tabaco, foram realizadas através de folders e palestras educativas. No ano de 2002,
realizou-se um trabalho através de contratação de uma empresa para aplicação de
laser em pontos de acupuntura. Participaram da campanha cerca de 250 pessoas
entre servidores, bolsistas e contratados, durante 6 (seis) meses. Neste período,
obteve-se o seguinte resultado:

PARARAM DE
FUMAR
18%
PARARAM E
45% VO LTARAM
20% DIMINUIRAM NA
Q UANT. DIÁRIA
17%
NÃO PARARAM

Gráfico 6 – Resultado do programa de tabagismo


Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh
75

3.6.5 Programa de Palestras da Semana da Saúde

Em função da freqüente incidência de determinados assuntos no atendimento


psicológico foram realizados as seguintes palestras/eventos:
− Estresse;
− Tabaco;
− Teatro humorístico de dependência química;
− Dependência química;

3.6.6 Concurso Público

Em 2002 o INMETRO, realizou um concurso público para pesquisadores,


tecnologistas e técnicos, disponibilizando cerca de 150 vagas.

O serviço de Psicologia foi responsável pela avaliação psicológica dos


aprovados. Neste processo aplicou cerca 3.900 testes específicos e de
personalidade. A conclusão das avaliações foi documentada através de laudo
psicológico. Durante o desenvolvimento deste trabalho percebeu-se que além da
avaliação propriamente dita, os concursados tiveram a oportunidade de integrar-se
não só ao próprio grupo como também à Instituição.

3.6.7 Participação em Trabalhos Motivacionais e de Integração

Existem várias maneiras de motivar e integrar os grupos de trabalho, no


decorrer dos últimos anos optou-se por programas vivenciais utilizando técnicas de
dinâmica de grupo e textos de reflexão.

A partir de setembro do ano de 2002 o SESAO implementou o programa


Conquistando Saúde. Considerando o Projeto Qualidade de Vida, de modo a
garantir a saúde física e mental de nossos servidores e colaboradores, percebeu-se
que todas as pessoas e organizações têm características, peculiaridades e culturas
que as identificam e as distinguem das demais. A isso se dá o nome de valores. Os
76

valores são o fruto ou as conseqüências do dirigente da empresa ou do líder que


mais a “impressionou” ao longo de sua existência. Esses valores precisam ser
claramente identificados, pois sempre serviram ou servirão como orientadores e,
principalmente, como inspiradores das ações práticas e dos rumos a serem
seguidos, pois são eles que determinam o estilo/perfil da empresa. Cabe a
instituição buscar constantemente , praticar esses valores e fazer com que os outros
os pratiquem. Será exatamente isto que dará o sentido de unidade, de grupo, de
união, e que tornará possível a convivência harmoniosa e frutífera.

Manter a Qualidade em todos os seus aspectos depende fortemente da


habilidade da Instituição em descobrir meios de aumentar a sua eficiência de
resposta aos clientes e ao mercado. Ao buscar maneiras de se adaptar mais
rapidamente, percebe-se as vantagens de desenvolver equipes, que precisam unir
esforços nos procedimentos de trabalho e na solução de problemas.

As equipes altamente eficazes são compostas de grupos de pessoas


comprometidas que confiem uns nos outros, têm um claro sentido de propósito em
relação ao seu trabalho; são eficazes comunicadores dentro e fora da equipe;
certificam-se de que todos no grupo estão envolvidos nas decisões que dizem
respeito a todos; e sequem um processo que os ajuda a planejar, tomar decisões e
garantir assim a Qualidade.

Objetivo do Programa:
Contribuir para a criação de um ambiente tranqüilo e capaz de responder com
efetividade ás exigências do dia-a-dia, garantindo a excelência em qualquer serviço;

Promover o compromisso com Qualidade de Vida, obtendo alto índice de


interesse e resultado.

Produto Final
Buscar através deste Projeto preservar, desenvolver e restaurar, a integridade
física e mental.
77

Permitir aos servidores e colaboradores “ver” com mais clareza aspectos


“não racionais” e “mais emocionais”, o que significa pensar em promoção da saúde
física e mental, que implica pensar no homem como totalidade, visando a excelência
nos resultados pessoais e profissionais.

3.6.8 Procedimentos da Psicologia

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002


Total de procedimentos 299 752 717 841 6770
OBS: O grande aumento do número de procedimentos em 2002 se fez por conta da
aplicação de testes nos exames admissionais de concursados

8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

Gráfico 7 – Procedimento de Psicologia


Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

3.7 SERVIÇO ODONTOLÓGICO

Os gestores de saúde no Brasil precisaram saber que a cárie


dentária é a segunda doença que mais atinge a humanidade.

Outair Bastazini

Presidente do CRO – RJ
78

O Serviço de Odontologia do SESAO teve início em 1992. Hoje, a ciência


odontológica não se restringe apenas ao tratamento do elemento dentário e sim,
deste na boca, por sua vez está no organismo, este no indivíduo e finalmente esse
indivíduo na sociedade. São enfoques biológicos, biomecânicos, estéticos,
funcionais, psicológicos e psicossociais.

Considerando que não basta mais que o paciente possa mastigar


satisfatoriamente; estética e função estão intimamente relacionados.

Algumas pessoas não sorriem para não mostrarem dentes defeituosos, e é


comum observar que muitos levam a mão na frente da boca quando o sorriso torna-
se inevitável.

Os dentes, as gengivas e um hálito agradável denotam uma condição


saudável e um desprendimento no comportamento social. Isso influência até mesmo
no desempenho profissional de algumas pessoas, como as que têm necessidade de
comunicar-se, ou seja, todos nós!

Assim, atua-se no SESAO de forma preventiva, não só no atendimento


odontológico diário mas realizando, também, os exames admissionais e periódicos.

Dentro desta visão de prevenção, promove-se palestras de esclarecimento


junto aos servidores, colaboradores e comunidade abordando problemas como
placas, cáries, doenças periodontal e outros.

Nos próximos seis meses haverá a ampliação das atividades a unidade


INMETRO Rio Comprido/RJ, o que contribuí para cada vez mais se obter um índice
de absenteísmo menor no que diz respeito ao tratamento odontológico.

Considerando-se a responsabilidade pela saúde, no seu conceito atual e


multidisciplinar, conforme define a própria Organização Mundial de Saúde (OMS)
“completo bem estar físico, mental e social e não apenas ausência de “doença” de
79

toda a “comunidade” INMETRO, é que cada vez mais valoriza-se o serviço


odontológico nas instalações da INSTITUIÇÃO.

As metas estabelecidas pelo departamento para os próximos 6 meses são de


ampliação dos exames periódicos, instalação de mais uma unidade no Rio Comprido
visando melhor qualidade de atendimento para os funcionários e facilitando a
permanência do funcionário na sua unidade de trabalho.

Este trabalho realizado pelo SESAO, deve ser levado ao conhecimento de


outras instituições tendo em vista a implantação desse projeto que tanto beneficia
aos funcionários quanto à instituição, pois o funcionário ganha pela qualidade de
vida que a instituição presta e a instituição ganha pois o funcionário não tende a
ausentar-se e perder 1(um) dia inteiro, sem contar que este, fica mais satisfeito e
trabalha bem melhor.

3.7.1 Procedimentos Odontológicos

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002


Total de Procedimentos 1773 1991 2398 3845 3698
Consultas não realizadas por
ausência do paciente * 415 702 518
*Este dado começou a ser registrado neste ano, pois a falta à consulta marcada, leva a um horário
ocioso que poderia estar sendo utilizado outro paciente.

3845 3698
4000
3500 2398
3000 1773 1991
2500
2000
1500
1000
500
0
.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

Número de procedimentos
Gráfico 8 – Procedimentos odontológicos
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh
80

3.8 SERVIÇO DE BENEFÍCIOS

A área de Benefícios surgiu da necessidade de atender e implementar as


normas legais decorrentes de legislações específicas que envolvem os seguintes
benefícios:

3.8.1 Assistência Médica

Disponibilizada a todos os servidores ativos, aposentados, pensionistas e


contratados em duas modalidades:

Contrato/Convênio – firmado entre o INMETRO e empresas especializadas


UNIMED e GEAP, nos quais o servidor contribui com o valor estabelecido segundo a
sua opção por plano e o governo com uma parcela prevista em lei orçamentária no
valor atual de R$ 24,00.

Livre Escolha – tem a mesma finalidade, permitindo ao servidor a opção por


qualquer empresa, cabendo ao INMETRO o ressarcimento da parcela prevista em lei
orçamentária no valor atual de R$ 24,00 mediante comprovação mensal, dos
pagamentos efetuados.

3.8.2 Auxílio Pré-escolar

Por força de lei é destinado a assistir aos filhos dos servidores ativos na faixa
etária de 0 a 6 anos completos, cujo valor é concedido na forma de pecúnia variando
por região, conforme descrito abaixo, havendo também a participação de 25% do
servidor.

R$ 66,00 – AC, AL, AM, AP, MA, PA, PB, PE, TO, PI, RN, RO, RR, SE
R$ 74,00 – BA, CE, ES, GO, MS, MT
R$ 81,00 – RS, SC, PR
R$ 89,00 – MG, RJ, SP
R$ 95,00 – DF
81

3.8.3 Auxílio Alimentação

É concedido um valor em forma de pecúnia que varia por região, conforme


descrito abaixo, ao servidor ativo.

R$ 79,70 – GO, RS, MS, PI, PR, PB, RN, SC, SE, MA, ES, AL, MT, TO
R$ 84,25 – AC, AM, AP, BA, CE, PA, PE, RO, RR
R$ 91,08 – RJ, SP, MG
R$ 102,47 – DF

3.8.4 Auxílio Transporte

Concedido na forma de pecúnia com participação de 6% sobre o vencimento


básico do servidor que se destina ao seu deslocamento residência/trabalho e vice-
versa.

3.8.5 Segurança do Trabalho

Objetiva a implantação de programas visando proteger o trabalhador dos


riscos ambientais e acidentes do trabalho inerentes à sua atividade. Como também,
as necessidades e premissas de saúde, assegurando padrões adequados de
segurança e saúde ocupacional para os servidores expostos aos riscos, mantendo
uma postura permanente de previsão e antecipação, trabalhando de forma integrada
na proteção do ser humano, meio ambiente e patrimônio.

Atualmente encontra-se implantado somente o programa base do PPRA.

Sugestões para melhoria dos atuais benefícios e implementação de outros.

− Possibilidade da participação do INMETRO no custeio dos benefícios:


Assistência Médica, Auxílio Alimentação, Auxílio Pré-escolar, com vistas a elevar
82

o valor atualmente definido pela lei orçamentária, objetivando compatibilizá-los


com os valores no mercado.

− Implantar no âmbito do INMETRO os seguintes benefícios: Auxílio Farmácia e


Cesta Básica (através de Ticket Alimentação).

3.9 O CAMPO DA SAÚDE DO TRABALHADOR

Em síntese, por Saúde do Trabalhador compreende-se um corpo de práticas


teóricas interdisciplinares – técnicas, sociais, humanas – e interinstitucionais,
desenvolvidas por diversos atores situados em lugares sociais distintos e informados
por uma perspectiva comum. Essa perspectiva é resultante de todo um patrimônio
acumulado no âmbito da Saúde Coletiva, com raízes no movimento da Medicina
Social latino-americana e influenciado significativamente pela experiência italiana. O
avanço científico da Medicina Preventiva, da Medicina Social e da Saúde Pública,
durante os anos 60 e o início da década de 70, ao suscitar o questionamento das
abordagens funcionalistas, ampliou o quadro interpretativo do processo saúde-
doença, inclusive em sua articulação com o trabalho. Reformula-se o entendimento
“das relações entre o social e as manifestações patológicas, a categoria trabalho
aparecendo como momento de condensação, em nível conceitual e histórico, dos
espaços individual (corporal) e social” (DONNANGELO, 1983, p. 32). Na crítica ao
modelo médico tradicional, atinge-se a compreensão de que

...a medicina não apenas cria e recria condições materiais


necessárias à produção econômica, mas participa ainda da
determinação do valor histórico da força de trabalho e situa-se,
portanto, para além dos seus objetivos tecnicamente definidos.
(DONNANGELO, 1979, p. 34).
4 RESULTADOS

No sentido de quantificar os resultados do P.Q.V.T. em questão, optou-se por


uma avaliação dos investimentos realizados no programa comparando com o total
dos investimentos realizados na Instituição.

4.1 QUADRO COMPARATIVO DO ORÇAMENTO DO SERVIÇO DE SAÚDE


OCUPACIONAL AO QUADRO DE ORÇAMENTO DO INMETRO

O orçamento do Serviço de Saúde Ocupacional, que corresponde a 1,4% do


orçamento anual do Instituto, é responsável pelo pagamento da folha de sua força
de trabalho, manutenção de sua estrutura física/equipamentos e pagamento dos
benefícios sociais.

Tabela 3 - Gastos anuais para manter o programa de Saúde do Trabalhador.


ANO 2001 2002 2003 *
INMETRO 195.143.554,00 226.108.452,46 238.633.564,00
SESAO 2.871.237,96 3.010.379,46 3.561.130,56
% SESAO/INMETRO 1,47 1,33 1,49
* Valores Projetados (computados as estimativas para os meses de outubro /novembro e dezembro)
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

Visando melhor visualização dos dados acima apresentados foram


construídos os gráficos que se seguem.
84

2001 R$ 2.871.237,96 1,47%

R$195.143.554,00

Gráfico 9– Gastos no ano de 2001

2002 R$3.010.379,46 1,33%

R$226.108.452,46

Gráfico 10– Gastos no ano de 2002

2003 3.561.130,56
149%

238.633.564,00
Gráfico 11 – Gastos no ano de 2003
85

4.2 QUADRO COMPARATIVO DA FORÇA DE TRABALHO DO SERVIÇO DE


SAÚDE OCUPACIONAL AO QUADRO DA FORÇA DE TRABALHO DO INMETRO

A força de Trabalho do INMETRO é composta de 880 servidores e de 354


terceirizados, cabendo ao do Serviço de Saúde Ocupacional 13 servidores e 33
terceirizados o que representa 2,9% do quadro de pessoal a serviço do Instituto.

Tabela 4 - Força de trabalho do INMETRO

SERVIDOR TERCEIRIZADO TOTAL


INMETRO 880 354 1.234
SESAO 13 23 36
% SESAO/INMETRO 1,48 6,50 2,92
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

Para melhor visibilidade dos dados acima apresentados foi construído o


gráfico que se segue.

36 2,92 %

1.234

Gráfico 12– Força de trabalho do INMETRO

4.3 QUADRO COMPARATIVO DO CUSTO DA FOLHA DE PAGAMENTO DA


FORÇA DE TRABALHO DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL AO CUSTO DA
FOLHA DE PAGAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO DO INMETRO

O dispêndio mensal com a folha de pagamento de trabalho do Instituto é de


R$ 4.234.269,25 cabendo ao Serviço de Saúde Ocupacional R$ 96.262,28 o que
representa 2,2% dos gastos com a folha da força de trabalho do INMETRO.
86

Tabela 5 - Dispêndio mensal com folha de pagamento

INMETRO 3.343.804,09 890.465,16 4.234.269,25


SESAO (R$) 35.736,52 60.525,76 96.262,28
SESAO/INMETRO (%) 1,07 6,80 2,27
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças /SESAO

Visando melhor visualização dos dados acima apresentados foi construído o


gráfico que se segue.

R$ 96.262,28 2,27%

R$ 4.234.269,25

Gráfico 13 - Dispêndio mensal com folha de pagamento

4.4 QUADRO DOS ÍNDICES DE SINISTRALIDADE DOS PLANOS DE


ASSISTÊNCIA MÉDICA GERENCIADO PELO SERVIÇO DE SAÚDE
OCUPACIONAL

O trabalho efetuado pelo Serviço de Saúde Ocupacional de conscientização e


prevenção de doenças através da sua equipe (médica, odontológica, serviço social,
fisioterapia e psicologia) resultou na queda da sinistralidade dos planos de
Assistência Médica conforme demonstrado no Gráfico 14, possibilitando melhores
condições de negociações para a contratação e renovação das empresas de planos
de assistência médica.
87

160
146
140

120

100

80
68
60
63
40

20

0
2000/2001 2001/2002 2002/2003
Gráfico 14 – Índice de sinistralidade

35
33%
30

25

20
18,7%
15

10 14,6 %

0
2000/2001 2001/2002 2002/2003
Obs:
1. Contrato de 12 meses (agosto/agosto)
2 . O acréscimo da sinistralidade ocorrida em 2002/2003, foi em função da entrada dos novos servidores, que utilizaram os
planos para exames adicionais
3. Total de beneficiários 3.512
Fonte:
:* MEDIAL S A,
** Unimed Seguradora S A
*** SESAO/Inmetro e Unimed Seguradora S A
Cobrança em todos os procedimentos utilizados
Cobrança só em consultas Médicas
1) 2000/2001, havia um acréscimo por co-participação para custas do plano de 20%
para todos os procedimentos e consultas realizadas pela assistência médica.
2) 2001/2003, co-participação só para consultas.
Gráfico 15– Percentual de sinistralidade
88

4.5 QUADRO COMPARATIVO DO ADICIONAL REFERENTE À INSALUBRIDADE E


PERICULOSIDADE, CONCEDIDO AO SERVIDOR NO PERÍODO DE 2000/2001 AO
CONCEDIDO NO PERÍODO DE 2001/2002

Face às recomendações técnicas foram adotadas medidas corretivas e de


melhorias das instalações e estações de trabalho para atender as Normas
Regulamentadoras, proporcionando uma adequação da concessão do adicional e
uma queda equivalente a 52, 7% de pagamentos referente ao adicional de
insalubridade e periculosidade (período de 2000 à 2001).

O INMETRO para 2003, apesar do RJU não determinar, está implantando o


PPRA – Plano de Prevenção de Risco Ambiental, visando aprimorar as instalações
físicas visando um aumento na QVT.

Tabela 6 - Adicionais
ADICIONAL 2000/2001 2001/2002
INSALUBRIDADE 110 86
PERICULOSIDADE 165 59
TOTAL 275 145
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/SESAO

Para melhor visibilidade dos dados acima apresentados foram construídos os


gráficos que se seguem. O Gráfico refere-se ao número de concessões do adicional
de insalubridade e periculosidade nos referidos anos e. o Gráfico apresenta o
número total de concessões nos anos de 2000/2001 e 2001/2002.
89

180
165
160
140
120
110 INSALUBRIDADE
100
86 PERICULOSIDADE
80
2000/2001
60 59
40
20
0
2000/2001 2001/2002

Gráfico 16– Adicional de Insalubridade e Periculosidade

300
275
250

200

150 145
100

50

0
2000/2001 2001/2002

Gráfico 17 – Total nos anos de 2000/2001 e 2001/20002.

4.6 ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO GLOBAL DO INMETRO

A queda acentuada do absenteísmo deve-se ao programa de prevenção


médica/odontológica e a utilização da casa da qualidade pela força de trabalho da
instituição em vez de optarem pelo tratamento em clínicas particulares.

Ano .1998 .1999 .2000 .2001 .2002


% 1,2 2 1,1 1,3 0,4
90

Índice global de absenteísmo

2,5

1,5

0,5

0
.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

Gráfico 18 – Índice global de absenteísmo


Fonte: Diretoria de Administração e Finanças do INMETRO/SESAO

4.7 INDICADORES DO INMETRO

Indicadores 2000 2001 2002


Nº de produtos com
certificação voluntária 2,8 3,27 3,82
por funcionário
Nº de produtos com
certificação compulsória 2,06 1,68 1,82
por funcionário
Nº de instrumentos
verificados por 25.324 23.061 23.735
funcionário
Nº de processos por
credenciamento
supervisionados por
técnico da divisão de 28 49 50
credenciamento de
laboratórios de
calibração
Quadro 4 – Indicadores
Fonte: Coordenadoria de Planejamento do INMETRO

Acredita-se que o apoio dado pelo programa tem influência positiva na força
de trabalho. Paralelamnte constatou-se um aumento nos indicadores de
produtividade do INMETRO. Seria necessário um estudo mais detalhado para
atestar a relação direta entre os dois. Entretanto, com os índices de absenteísmo em
queda nos últimos 3 anos, pôde-se observar uma melhoria geral na produtividade da
força de trabalho.
5 CONCLUSÃO

Se isto estivesse acontecendo na Suécia, onde o médico de quarteirão visita


seus moradores (antes que se tornem pacientes) a cada três meses, nenhuma
novidade. Mas a experiência está sendo desenvolvida aqui mesmo, em Xerém,
distrito de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Algo suficiente para não só servir
de exemplo, mas também para propagar-se pelo Brasil “Fome Zero”.

O trabalho realizado e exposto em detalhes neste documento não deixa


dúvidas quanto à possibilidade infinita de participação das mais diversas entidades
no esforço para resgatar os excluídos sociais do Brasil.

Se o programa federal batizado de “Fome Zero” for entendido em toda sua


plenitude, e não apenas como a distribuição de pratos de comida,então os cuidados
com a saúde dos mais pobres conforme o programa desenvolvido pelo INMETRO
insere-se como uma luva na filosofia do novo Governo federal.

Esse esforço, como bem se viu, atende não apenas ao mais modernos
preceitos da administração empresarial, através do atendimento amplo e preventivo,
mas propõe uma nova estrutura para tais serviços. Pequenos atendimentos
possíveis e de baixo custo, antes de chegar-se à necessidade dos grandes e
caríssimos atendimentos.

Dentro de uma visão holística do ser humano, enquanto trabalhador, mas


sobretudo como gente, o INMETRO gostaria de ver sua proposta multiplicada tantas
vezes quantas forem necessárias para atender aos brasileiros em seus requisitos
mais básicos.
92

Esse, nos parece, o sentido amplo do programa “Fome Zero” do Governo


Federal: não apenas o prato de comida, mas a inserção efetiva dos excluídos no
mundo da cidadania plena. Não apenas uma campanha assistencialista e efêmera,
mas uma mobilização geral e permanente da sociedade na busca incessante de
mais e melhor qualidade de vida.

O desempenho de uma empresa não está ligado apenas ao mercado, ao


produto, à organização ou à competência individual. Assim, o grande fator de
sucesso é o comportamento das pessoas e o novo modelo empresarial do século
XXI que está baseado em indivíduos saudáveis, dentro de organizações saudáveis,
que respeitam e contribuem para uma comunidade e meio ambientes saudáveis.

Neste micro-cosmo, acredita-se que já foi dado o primeiro passo.


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Belo Horizonte, MG, 1996.
97

ANEXOS

ANEXO A - Reconhecimentos

VI Semana da Saúde Fonte:(Na Medida 323 - jul/2002)

Aplausos para a equipe do Serviço de Saúde Ocupacional do INMETRO, que


organizou com sucesso a VI Semana da Saúde. Os funcionários participaram de
todas as atividades, principalmente, das palestras sobre a saúde do homem e da
mulher. Como em toda a programação muitos funcionários participaram também da
caminhada. A Dra. Elizabeth Leone falou sobre a saúde da mulher. Uma das
músicas apresentadas pelo Coral foi Vacina Obrigatória, do início do século XX e de
autor carioca desconhecido. Foi grande o interesse dos servidores na palestra sobre
dependência química apresentada pela terapeuta familiar Maria Lúcia Monteiro.
98

Palestras esclarecem sobre Hepatite C Fonte:(Na medida – 334- abril/2003)

Para informar os servidores do INMETRO e seus familiares sobre o mal


causado pela Hepatite C, o Serviço de Saúde Ocupacional - SESAO promoveu no
mês de março, em Xerém e no Rio Comprido, palestras esclarecedores sobre a
doença. Proferidas pelos médicos e consultores do SESAO Ricardo do Amaral
Ribeiro e Elizabeth Leone, os encontros integraram a série de eventos realizados no
Programa Qualidade de Vida, que investe na prevenção de doenças e de saúde
ocupacional. A Hepatite C é considerada a epidemia do século XXI com 200 milhões
de pessoas contaminadas no mundo e 8 milhões no Brasil, sendo que 95% delas
desconhecem que são portadoras da doença. O tratamento é extrema-mente caro e
só em remédios gasta-se R$ 3000,00 por mês. Embora grave e responsável pela
cirrose hepática e transplantes de fígado, a doença pode ser tratada com sucesso se
diagnosticada em tempo. “É num simples exame de sangue chamado ANTI HCV
que a doença pode ser identificada" informa dra. Elizabeth, ressaltando que os
exames periódicos de saúde realizados pelo INMETRO já exigem o teste.

A doença é uma inflamação do fígado, geralmente causada por um vírus,


podendo também ser contraída por uso de agentes tóxicos ou drogas. As formas de
contaminação acontecem através da corrente sangüínia e, dessa forma, podem
acontecer em transfusões, acupunturas, agulhas contaminadas ou seringas
compartilhadas, tatuagens, piercing, instrumentos de manicure e barbeadores.
99

São considerados portadores de alto risco quem recebeu transfusão até 1991
antes disso o vírus era desconhecido, os hemofílicos, hemodializados, filhos de mãe
portadoras de hepatite c, usuários de drogas injetáveis, receptores de órgãos ou
tecidos para transplantes feitos recentemente ou antes de 1991. Também
consideram-se portadores, embora de médio risco, os familiares ou cônjuges de
pessoas infectadas, consumidores de cocaína aspirada, indivíduos com tatuagens
ou piercings e praticantes de acupuntura. No grupo de baixo risco estão os
homossexuais, profissionais da área de saúde, gestantes e a população em geral.

Dra. Elizabeth disse também que o cansaço não justificado é um sintoma a


ser observado e que os usuários de álcool têm uma predisposição maior de
multiplicar o vírus. A mensagem final da médica foi enfática: "Antecipar o diagnóstico
é a melhor opção pois a doença exige um tratamento agressivo, dispendioso e a
necessidade de uma dieta rigorosa para o resto da vida". Um vídeo informativo
sobre Hepatite C, preparado e exibido no programa Espaço Aberto da Globonews,
foi apresentado ao público presente e ajudou a esclarecer dúvidas. O subgerente do
SESAO, Sérgio Ballerine, disse que o setor continuará a conscientizar os
profissionais do INMETRO sobre as doenças e epidemias, sempre buscando formas
de evitá-las. Nesse sentido estão sendo preparadas 12 diferentes palestras para
serem apresentadas até o fim do ano em Xerém e no Rio Comprido. A próxima será
sobre doenças sexualmente transmissíveis.
100

ANEXO B- Notícias da INTRANET DO INMETRO - comunicação social -

SESAO: Cuidando do corpo e da alma


Secom - 7/6/2003 -

A cada ano cresce a participação dos funcionários nos eventos organizados


pelo Serviço de Saúde Ocupacional do INMETRO. O público presente às palestras
da VII Semana da Saúde - de 02 a 06 de junho - demonstrou que o Programa
Qualidade Vida, desenvolvido pelo SESAO, vem dando excelente resultado.

O Coral do INMETRO fez a abertura e o encerramento do evento com repertório


da MPB.

O chefe do SESAO, Sérgio Ballerini, agradeceu ao Diretor de Administração e


Finanças, Joseph Brais, o apoio que dá aos programas e o elogiou pelos dez anos
de administração à frente da Diraf. Para homenageá-lo, o SESAO ofereceu uma
placa comemorativa que foi entregue pela secretária, Ana Baião. Emocionado,
Joseph agradeceu e disse que "apesar da dificuldade financeira e da austeridade da
administração, aprimoramos o setor de saúde ocupacional. Muito breve, será
inaugurado o consultório dentário da sede do Rio Comprido, tal como temos aqui em
Xerém".

Também foi homenageado o chefe da Divisão de Recursos Humanos,


Maurício Carvalho.

Ballerini disse que a Secretaria Municipal de Duque de Caxias doou 450


doses da vacina antigripe para imunizar pessoas acima de 45 anos.

Outro lembrete foi a campanha antitabagismo que o SESAO promoverá a


partir de 08 de agosto.
101

A primeira palestra da VII Semana da Saúde foi sobre glaucoma, alergia


ocular e olho seco, apresentada pela doutora Cátia Cristina S. Bandeira de Mello.
Ela explicou que o glaucoma é uma doença progressiva que danifica o nervo óptico
e causa alterações típicas no campo visual, podendo levar à cegueira irreversível. A
doença não apresenta sintomas até que a visão seja afetada. O diagnóstico é feito
através da medição da pressão do olho. Os exames de campo visual e fundo de
olho ajudam no tratamento. São fatores que podem levar ao glaucoma: o uso
indiscriminado de colírios; lesão traumática, inflamação ou tumor ocular e a
hereditariedade. As pessoas acima dos 40 anos devem fazer o exame pelo menos
uma vez ao ano. Sobre olho seco ela explicou que quando piscamos formamos um
filme lacrimal e a síndrome do olho seco é a ruptura prematura desse filme. As
causas podem ser a idade avançada, doenças sistêmicas tais como artrite, alergia e
lúpus o meio ambiente, a medicação e o trabalho prolongado no computador. Os
sintomas são ardência ou queimação, vermelhidão, coceira e irritação. Não existe
tratamento específico. Quando a pessoa já apresenta esses sintomas, a medicação
indicada é usar lubrificantes sempre.

O segundo palestrante foi o doutor Nelson Albuquerque de Souza e Silva,


professor titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da
UFRJ. Ele falou sobre o controle de doenças cardiovasculares. Reduzir a pressão
sangüínea e os níveis de colesterol poderia evitar milhares de mortes. O cuidado
com a pressão alta e o colesterol, além da redução do sal na alimentação, são as
medidas que apresentam os melhores resultados. Segundo o doutor Nelson, os
principais fatores de risco são: a hipertensão arterial; elevação do colesterol;
obesidade; diabetes mellitus; tabagismo; estresse; sedentarismo; menopausa; idade
avançada. Os homens são os mais atingidos por essas doenças e a hereditariedade
é fator importante. As doenças cardiovasculares estão ocorrendo cada vez mais
entre os jovens. Independentemente de problemas genéticos a pessoa pode
desenvolver certas doenças. Ele disse que o investimento em saneamento básico
(que reduz a mortalidade infantil, doenças cardíacas e câncer), a melhoria da
qualidade de vida, a educação, emprego, o desenvolvimento da agricultura e o
tratamento de dependência química são estratégias para reduzir doenças. Ele
102

relatou os projetos de baixíssimo custo, desenvolvidos pelos alunos da UFRJ, com


recursos da Caixa Econômica Federal e do BNDES, em Cordeiro (RJ).

Para completar esta palestra, a gerente regional do Vigilantes do Peso,


Fernanda Fernandes, alertou para um problema que aflige muitas pessoas; a
obesidade. Muito mais que prescrever um regime para emagrecer, ela orienta sobre
a forma mais saudável de alimentação. "Os pais devem ter com os filhos o hábito de
tomar um bom café da manhã; incluir as frutas na alimentação; comprar sempre as
frutas da estação, pois são mais baratas. As pessoas que moram em casas e têm
quintal – mesmo pequeno - devem enterrar o lixo orgânico. Ele torna o solo rico para
plantar verduras, legumes e árvores frutíferas. Até mesmo em um vaso dá para
plantar", recomenda. Ela lembrou que os adultos mudam os hábitos quando
contraem alguma doença. Vale mudar antes que isso aconteça. O ideal é ter na
geladeira os alimentos que todos podem comer. Não adianta querer passar para os
filhos hábitos que não temos. "Quando falamos em emagrecer é tornar o corpo
harmonioso. No Vigilantes queremos que as pessoas comam de tudo: 2/4 de
verduras e frutas com molhos de iogurte, ervas e azeite; ¼ de carboidratos (pão,
macarrão) e ¼ de proteínas (peixe, carne vermelha, frango). Quanto mais cores,
melhores nutrientes. E vamos deixar a inércia; caminhar, fazer ginástica e dançar
deixam a gente bem mais disposta", disse ela.

O médico Alexandre Ghelmann fez a palestra sobre inteligência emocional e


estratégias para redução do estresse. Inteligência emocional é a capacidade que as
pessoas têm para trabalhar individualmente, em equipe e para resolver problemas
de forma tranqüila sem afetar o ambiente de trabalho.

Ele disse que as pessoas que têm habilidades emocionais são mais
produtivas. Disse também que não existe uma vida sem estresse; existe o bom e o
mal estresse. A depressão e o estresse aumentam as despesas com o médico.
Quanto maior a capacidade de suportar pressões, menor o estresse. E que trabalhar
mais horas não significa produzir mais.
103

Outro tema importante da Semana foi Vivenciando a Qualidade de Vida do


Portador de Diabetes Mellitus, apresentado pela enfermeira do Ambulatório do
Instituto Estadual de Diabetes e Endrocrinologia, Wilma Helena C. Rodrigues.
Segundo ela, o diabetes é uma patologia que atinge todas as faixas etárias e
necessita de controle por toda a vida. O excesso de peso e o sedentarismo podem
levar ao diabetes. Mas o portador dessa patologia pode levar uma vida saudável,
apenas seguindo as recomendações médicas. Pode alimentar-se bem – com os
alimentos recomendados – trabalhar e praticar exercícios físicos. No último dia, os
funcionários participaram da caminhada no campus e de exercício laboral sob a
orientação da fisioterapeuta do SESAO, Silvana Martins.

A médica Elizabeth Leone, também do SESAO, fez a última palestra. Ela


falou sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST).

No encerramento da programação, o presidente Mariante disse se sentir


muito feliz com o trabalho sério que o SESAO desenvolve em benefício dos
funcionários. E que a expansão do ambulatório médico, no Rio Comprido, deve ficar
pronta em 20 dias, com uma sala para fisioterapia e outra para o consultório
dentário. Ele ainda enviou um e-mail ao Ballerini e à equipe do SESAO dizendo que
"enfrentamos sempre várias intempéries, mas temos sabido manter no INMETRO ‘a
chama acesa’. A casa está, graças a Deus, bem não só ‘por fora’, mas também ‘por
dentro’ e parte importante desse ‘bom astral’ deve-se à atuação do SESAO".

O mascote da VII Semana da Saúde foi entregue aos funcionários no último


dia do evento.

SESAO – Projeto Qualidade de Vida é exemplar.


Secom - 28/9/2003 -

O projeto Qualidade de Vida, coordenado pelo Serviço de Saúde Ocupacional


do INMETRO, foi apresentado aos 35 gestores de recursos humanos que
104

participaram do curso "Os novos desafios de Recursos Humanos do Governo


Federal", realizado em Brasília no período de 15 a 17 de setembro.

O projeto do SESAO investe nas seguintes ações: "A importância do Coral na


Empresa; O Projeto Ser Emocional"; A Voz e a Vez na Maturidade; O Trabalho
Conquistando Saúde.

A coordenadora de RH do Ministério do Planejamento, Sonia Cristina Brantes Wolff,


participou do evento e enviou palavras de estímulo e reconhecimento, sugerindo
parcerias com o SESAO em programas de valorização do servidor.

SESAO - A Alegria do "Brinca INMETRO".


Secom - 2/10/2003 -

Cerca de 200 crianças estão participando do V Brinca INMETRO, durante a


quinta e a sexta feira, dias 2 e 3 de outubro. Os filhos de servidores e colaboradores
do INMETRO divertem-se com jogos de futebol, queimada, peteca, banho de piscina
e outras atividades na ASMETRO em Xerém. O evento, promovido pelo Serviço de
Saúde Ocupacional (SESAO), conta com o auxílio de 36 colaboradores que
voluntariamente se inscreveram para cuidar das crianças.

O chefe do Serviço de Saúde Ocupacional, Sérgio Ballerini, destacou o apoio


logístico recebido da chefe da Divisão de Verificação de Conformidade, Márcia
Rosa.

SESAO - Nosso Coral é dez.


Secom / o dia - 24/9/2003 -

O Coral do INMETRO participou do XII Encontro Internacional de Corais de


Cabo Frio que aconteceu no último de semana, com apresentações na Igreja Matriz
Nossa Senhora da Assunção e no Teatro Municipal. Realizado pela Prefeitura e pela
105

Faculdade da Região dos Lagos, o evento teve a participação dos Corais: do


INMETRO, regência Eduardo Morelenbaum; Carlos Gomes, de Belém do Pará,
regência Maria Antonia Jiménez; Santa Helena, de Montevideo/Uruguai, regência
Francisco Simaldoni; Coral de Brasília, regência Lincoln Andrade; Vocal
Paranaense; Cantavento e Rainha Assunta, de Cabo Frio, regência Ruy Capdeville;
Canto e Arte, do Rio de Janeiro, e o da Universidade de Ostrawa, República Tcheca,
regência Lumír Pivovarský e Jan Spisar.

Na Missa de encerramento, às 11 horas, de domingo, na Igreja Matriz, os


corais cantaram juntos a música Aleluia, de Haendel, com a regência do maestro
Lincoln Andrade. Ao final da cerimônia, e sem estar previsto, o nosso Coral cantou o
Hino da Vitória.

O Coral do INMETRO, o único que não é profissional entre os que se


apresentaram, agradou muito com um repertório de MPB.
106

Fonte: (Na Medida – 336 - maio/2003)


107

ANEXO C - Infra Estrutura

Fonte: (Na Medida –331/janeiro/2003)

Dra. eth Leone proferiu a palestraN


sobre Hepatite C.
108

O Projeto
Qualidade de Vida: uma questão de atitude Fonte:(Na Medida 327 - nov/2002)

Programa Qualidade Vida desenvolvido pelo Serviço de Saúde Ocupacional


do INMETRO vai ser apresentado em novembro na Conferência de San Jose, nos
Estados Unidos, a partir daí, pode servir de modelo para ser adotado por empresas
em outros países. O PQV Começou há quatro anos coordenado por Valéria Mucks,
depois por Maria Emília Goulart e hoje pelo atual chefe do SESAO, Sérgio Ballerini,
e conta com o empenho de toda a equipe da área de saúde. O PQV, e do mestrado
de Sergio Ballerini, na Universidade Federal Fluminense, é orientado pela professora
Drª Ana Seroa que o aconselhou a se inscrever na Conferência, onde somente são
aceitos projetos que tenham aplicabilidade. O trabalho escreve a metodologia de
gestão pela qualidade total do instituto, com enfoque na melhoria de rendimento
funcional visando melhorar as condições físicas e psíquicas dos servidores,
reduzindo a sintomatologia das doenças. Um dos carros chefes do programa tem
sido desenvolver a prática de exercícios físicos entre os funcionários. Outros
produtos são a Readaptação Funcional, Canto Coral, FitoVida, Semana da Saúde,
Brinca INMETRO, Tratamento de Dependência Química e Fisioterapia, nesta área,
no ano passado, a ausência do servidor ao trabalho foi zero; um resultado muito
positivo já que anteriormente havia de 10 a 15 faltas ao mês. Preocupados com os
índices de patologias registrados desde 1992 nos exames de saúde, o SESAO vem
desenvolvendo projetos para padronizar e normalizar procedimentos que reduzam
ou amenizem os quadros encontrados. De acordo com o setor, o sucesso pode ser
109

medido através dos resultados que atestam a melhoria da qualidade de vida dos
servidores : prevenção e redução de d o e n ç a s ; i n t e g r a ç ã o social e maior
produtividade.

Nos dois últimos anos foi registrado um índice de absenteísmo perto de zero,
redução de 50 % da concessão de benefícios referentes à insalubridade/
periculosidade, 17% de redução no número de dependentes químicos (tabaco)
identificados e, principalmente, aumento geral na motivação pessoal da força de
trabalho. Vale ressaltar que houve uma redução de 30% no valor das mensalidades
do plano de saúde devido a queda da sinistralidade, hoje em torno de 63% já que
em 2000 era de 142%.

O Programa Qualidade Vida já ganhou, em 1995, o prêmio Hélio Beltrão de


Experiências Inovadoras.
110

Odontologia
Fonte: (Na Medida 314 - jun/2001)

CUIDADO COM AQUELA DORZINHA: ALGUMA COISA PODE ESTAR ERRADA.

O Serviço de Saúde Ocupacional (SESAO) comemora o resultado positivo da


V Semana de Saúde: 1.407 pessoas participaram do evento. Esse número foi
contabilizado de acordo com as participações no café da manhã, palestra, dinâmica
de grupo, avaliação do I.M.C. (Índice de Massa Corporal), testes laboratoriais de
glicemia e colesterol (foto), caminhada e peça teatral. Na avaliação do I.M.C., a
equipe do Programa Alimentação e Saúde constatou que, das 150 pessoas que
fizeram o teste, 53,3% estão com o peso normal, 28% acima do peso e 18%, com
obesidade. A Drª Gilza, que atende no SESAO/Rio Comprido, ensinou em sua
palestra como distinguir a enxaqueca de uma cefaléia tensional. Segundo ela, a
primeira geralmente vem acompanhada de náuseas, vômitos, vertigem e em alguns
casos a dor é tão intensa que causa desmaios. A cefaléia tensional é mais fácil de
suportar; dores na nuca, a fronte pulsa como se a cabeça estivesse oca. É causada
por situações de tensão na vida pessoal ou profissional. E os fatores precipitantes
da enxaqueca podem ser a ingestão de alimentos gordurosos, T.P.M., álcool, alguns
tipos de peixe, chocolate, café, queijo prato. Ela também aconselha: "não existe uma
dorzinha à toa, o organismo está avisando que algo está errado. Enxaqueca e
cefaléia tensional não têm cura, mas um especialista vai medicar adequadamente
e o tratamento correto alivia a dor.”
111

Fisioterapia

COM GINÁSTICA E COM SAÚDE Fonte: (Na Medida 317 - set/2001)

Os funcionários que necessitam de tratamentos de fisioterapia vão ter à


disposição três esteiras, duas bicicletas ergométricas e a barra de ling. O SESAO vai
contratar um professor de Educação Física para monitorar os exercícios. A
fisioterapeuta Silvana disse que os equipamentos são importantes para quem tem
problemas de artrose, má circulação e lombalgias. A prevenção e tratamentos
médicos são benefícios que hoje as empresas buscam oferecer aos funcionários,
pois diminuem os afastamentos e beneficia tanto o empregado quanto a empresa.
112

MELHORE SUA VIDA


Fonte: (NA Medida 309- jan/2001)

A fisioterapeuta Silvana (à esquerda) e a psicóloga Denise atendem os


funcionários que necessitam de tratamento.

Quando você estiver deprimido, triste ou com algum problema, por quê não
procurar o atendimento da psicóloga Denise? Ela está todos os dias na Casa da
Qualidade, em Xerém, exceto às terças feiras, quando atende no SESAO do Rio
Comprido. Denise trabalha com terapia convencional, hipnose, florais, cromoterapia
e técnicas de relaxamento. Formada em Psicologia há 13 anos, tem especialização
em psicossomáticos (emoções, medos) com ênfase em hipnose.

Segundo Denise, muitas doenças têm origem emocional, e através da


hipnose se têm ótimos resultados (só usada com o consentimento do paciente). E
para livrá-lo daquelas dores que tanto incomodam, você pode contar com o
atendimento da fisioterapeuta Silvana. "A maioria das pessoas tem dores
musculares, por causa de sedentarismo - andam e exercitam-se pouco", diz Silvana.

No Programa de Saúde Física e Mental, os SESAO tem projetos para


melhorar a qualidade de vida dos funcionários, como os de tratamento para
dependentes químicos (álcool, tabagismo e drogas), ginástica e hidroginástica. Na
Casa da Qualidade, além dos serviços de Psicologia, atividades físicas e fisioterapia,
113

estão em construção os laboratórios para a fabricação dos medicamentos


fitoterápicos. A implantação de técnicas terapêuticas alternativas naturais tem o
objetivo de prevenir e tratar doenças, curando-as de forma não agressiva,
estimulando as defesas naturais do organismo e de reduzir custos no tratamento.
Produto fitoterápico é aquele medicamento elaborado exclusivamente com matérias-
primas ativas vegetais, sem usar substâncias de outra origem. O controle de
qualidade é fundamental no processo de produção desses medicamentos. O
solicitou à um estudo do solo onde as plantas serão cultivadas, para verificar se há
alguma contaminação. A prescrição de fitoterápicos só pode ser feita por médicos;
portanto, nunca troque um medicamento prescrito por uma planta medicinal indicada
por amigos. As ervas ajudam a preservar a saúde, mas podem fazer mal se usadas
de modo errado. Nunca use plantas colhidas à beira de córregos, lagoas, estradas
ou grandes plantações, elas podem estar contaminadas.

Aproveite os serviços prestados, todos são destinados a melhorar a sua vida


no trabalho e fora dele.
Médicos: Dr. Marinho, Dr. Luiz Almiro, Drª Gilza, Drª Fátima, Dr. Ricardo, Dr.
Maurício,
Fisioterapia: Silvana,
Psicologia: Denise,
Dentistas : Drª Maura e Dr. Luiz Eugênio,
Enfermagem: Sandra, Carla e Pedro
Serviço Social: Jacqueline e Adriana
Telefones: Rio Comprido: 563-29.84/29.85
Xerém: 679-15.27
114

PARA VIVER MELHOR Fonte: (Na Medida 320 – Fev/2002)

O Serviço Ocupacional do INMETRO (SESAO) tem um programa prioritário


de saúde: o antitabagismo.

A psicóloga Denise explicou que o tratamento consiste em acupuntura a laser,


que reduz a vontade de fumar e a ansiedade. É indicada também Vitamina C para
ajudar a limpar a nicotina do organismo. O tratamento é feito por terapeutas do
laboratório canadense Action Laser. Denise disse que 70 pessoas fazem o
tratamento e daqui a dois meses o SESAO poderá fazer uma avaliação dos
resultados.

A melhor idade

A ALEGRIA EM REVER OS AMIGOS Fonte: (Na Medida 316-jul/2001)

O Primeiro Encontro de Servidores Aposentados foi o início do Programa para


Aposentados, idealizado pelo SESAO, para sensibilizar e conscientizar esses
servidores para uma mudança no estilo de vida, voltando a participarem de
atividades de integração, educação, saúde e lazer. Para os 81 servidores, que
participaram durante todo o dia de várias atividades, o reecontro com os ex-colegas
de trabalho foi um momento de muita emoção e alegria . A equipe do SESAO se
sentiu gratificada por haver proporcionado esses sentimentos. O encontro foi
realizado no dia 12 de julho, no INMETRO/Xerém. Mensagem do SESAO:
"Não é importante somente adicionar anos à vida, mas vida aos anos conquistados".
Autor desconhecido
115

MÚSICA PARA ALEGRAR O INMETRO Fonte: (Na Medida 327 - nov/2002)

A apresentação do Coral do INMETRO na festa de Natal surpreendeu a todos


pela qualidade do grupo. Em apenas seis meses de ensaios o resultado foi muito
bom . O maestro Eduardo Morelenbaun mostrou na prática a sua tese de doutorado
sobre Corais de Empresas: cantar faz bem aos funcionários e traz benefícios à
empresa. Para a secretária do Gabinete, Dª Lucy, participar do Coral tem sido muito
gratificante, uma experiência muito boa. “O grupo todo está muito feliz, O
relacionamento com o maestro e os monitores é muito bom" , acrescentou. A opinião
de chefes de setores é que, às vezes, o funcionário não está bem emocionalmente,
após o ensaio volta com outro “astral”, relaxado.

Esta também é a opinião de Angela Cristina que trabalha na Biblioteca, em


Xerém, "voltei há alguns meses a trabalhar no INMETRO, quase na mesma época
da criação do coral, isto me ajudou muito. Assim, me desliguei um pouco dos
problemas da reintegração. Para mim é muito bom cantar no coral. ”O Coral do
INMETRO teve início em julho de 2000, por iniciativa do presidente Mariante. Sob a
regência do maestro Eduardo Morelenbaun, o coral tem 75 participantes. A primeira
apresentação foi no dia 18 de dezembro de 2000, durante a festa de Natal do
Instituto. No dia 20 apresentou-se na formatura de 1º e 2º graus dos servidores e
na Funarte, dia 21 no Encontro de Corais.
116

Fonte: (Na Medida 319 - nov/2001)

O coral do INMETRO fez o maior sucesso no 3º Encontro de Corais do


Sistema Firjan, em outubro, no Rio de Janeiro. Formado há apenas um ano, o coral
regido pelo maestro Eduardo Morelenbaun tem encantado as platéias em suas
apresentações. O canto coral tem mostrado bom resultado na vida dos funcionários
das empresas. Comprovando que quem canta, seus males espanta. Participaram
também do evento os corais da Firjan, Unimed, Varig, Fiocruz e Ipiranga.
117

CORAL, UM ANO DE MÚSICA NO INMETRO Fonte:(Na Medida 315 – jul /2001)

No mês de junho o Coral do INMETRO completou um ano. Para o maestro


Eduardo Morelembaun o coral está cumprindo maravilhosamente o seu papel dentro
da instituição; socializa e desenvolve a sensibilidade e a criatividade dos
funcionários. "Além do trabalho vocal, o coral é um excelente otimizador da saúde
física e mental dos funcionários, através dos exercícios de relaxamento, postura,
alongamento e respiração. O coral já se apresentou diversas vezes e o resultado
tem sido acima do esperado", afirmou. A opinião é unânime entre o presidente
Armando Mariante, a diretoria e os funcionários, que já assistiram o coral: ouvir o
coral tem sido muito gratificante, além da qualidade musical o repertório é muito
bom. Os coralistas também falam em coro quando a pergunta é como está sendo
cantar no coral: maravilhoso. Dilva disse que cantar no coral faz um bem "danado".
Para Ana Baião, "se estou chateada com alguma coisa na hora do ensaio isso
passa, volto a trabalhar relaxada. E o coral é uma maneira de conhecer os colegas
de outras áreas. Esta iniciativa do Mariante foi excelente, nota mil para ele. É uma
pena que nossos colegas ainda não deram o valor devido ao coral, não prestigiam
assistindo às apresentações”. O coral tem uma equipe de primeira: o maestro
Eduardo Morelembaun e os monitores: para contralto a Cacala e para soprano
Mariana Leporaci (ambas acabam de gravar CD solo); baixo Antônio Guapiassu;
tenor Vadeco e a pianista Teresa Madeira (tocou as músicas de Chiquinha Gonzaga
na minisérie sobre a compositora, na TV Globo). Parabéns à equipe do coral.
118

DIA DO METROLOGISTA Fonte: (Na Medida 323 - jul/2002)

O presidente Mariante (centro) e o Coral do INMETRO.


Os funcionários mostraram criatividade na tela Pintando o INMETRO.

Metrologistas prestigiam o evento.

O presidente Mariante disse, na solenidade de comemoração do Dia do


Metrologista, que era com profunda satisfação que via o consolidado com os
Institutos de Pesos e Medidas e, acima de tudo, o trabalho dessa parceria ser
reconhecido pela sociedade brasileira. Mariante elogiou a diretoria, mas disse que o
mérito maior era do corpo técnico. Ele lembrou a contribuição do instituto na solução
da crise energética que o País sofreu em 2001. E também o sucesso do encontro
internacional de metrologia e qualidade realizado em abril último, que teve a
presença do Presidente da República e de três Ministros de Estado. "Os números da
metrologia têm aumentado de forma significativa. Temos a autarquia de melhor
qualidade no serviço público. Nos dois últimos anos criamos três novos IPEMs:
Alagoas; Acre e Amapá. O INMETRO começa o milênio com o pé de direito e
119

estamos preparados para trabalhar com o próximo Governo, seja ele qual for. O
concurso trouxe 117 novos funcionários, que chegaram com entusiasmo; isso é uma
expectativa que dia melhores virão. Parabéns a todos os metrologistas do INMETRO
e dos Institutos de Pesos e Medidas", acrescentou Mariante. Após a apresentação
do Coral do INMETRO, que completa dois anos este mês, o chefe do Serviço de
Saúde Ocupacional e coralista, Sérgio Ballerini, entregou uma placa ao presidente
Mariante, agradecendo a criação do coral. O evento aconteceu no dia 27 de junho,
no centro de convenções do INMETRO, em Xerém.
120

IV Brinca INMETRO Fonte: (Na Medida 327- Nov/2002)

Jogos de futebol, queimada, peteca, banho de piscina e outras atividades


lúdicas fizeram a alegria de 176 crianças, entre 05 e 12 anos, no Sítio Nippon, em
Xerém. O Brinca INMETRO é organizado pelo Serviço de Saúde Ocupacional para
filhos dos servidores e colaboradores do instituto. A assistente social Adriana Maia e
a enfermeira do trabalho Carla Patrice atribuíram o sucesso do evento ao empenho,
responsabilidade e disposição dos 33 colaboradores (monitores).

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