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O
04. Op. cit., p. 135.
05. Contratos. 18a ed. Rio de Janeiro : Forense, 1999. (edição atualizada por Humberto
Theodoro Júnior), p. 275.
06. Esta a sistematização proposta, dentre outros, por Humberto Theodoro Júnior em nota
de atualização à obra de Orlando Gomes. Contratos. 18a ed. Rio de Janeiro : Forense,
1999, p. 288-289.
07. Sílvio Venosa aponta ser este o dispositivo mais importante do art. 47 da Lei 8.245/91,
"sendo um dos dispositivos fundamentais da nova lei em relação à legislação pretérita".
Op. cit., p. 149.
08. Art. 45. São nulas de pleno direito as cláusulas do contrato de locação que visem a
elidir os objetivos da presente lei, notadamente as que proíbam a prorrogação prevista no
art. 47, ou que afastem o direito à renovação, na hipótese do art. 51, ou que imponham
obrigações pecuniárias para tanto. Afirma Sílvio Venosa: "não pode o contrato impedir ou
dificultar o direito à renovação, porque qualquer cláusula neste sentido é nula de pleno
direito". Op. cit., p. 152.
09. Waldo Fazzio Júnior. Manual de Direito Comercial. 3a ed. São Paulo : Atlas, 2003, p.
100.
10. Art. 56. Nos demais casos de locação não residencial, o contrato por prazo
determinado cessa, de pleno direito, findo o prazo estipulado, independentemente de
notificação ou aviso.
Parágrafo único. Findo o prazo estipulado, se o locatário permanecer no imóvel por mais
de trinta dias sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação nas condições
ajustadas, mas sem prazo determinado.
Art. 57. O contrato de locação por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito,
pelo locador, concedidos ao locatário trinta dias para a desocupação.
11. Sílvio Venosa explica esta opção legislativa: "a finalidade especulativa, na maioria das
vezes, da locação não residencial, é incompatível com restrição ao exercício do direito de
retomada." Op. cit., p. 151.
12. Op. cit., p. 158. Dispõe o art. 63: Julgada procedente a ação de despejo, o juiz fixará
prazo de trinta dias para a desocupação voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos
seguintes:
13. Art. 50. Findo o prazo ajustado, se o locatário permanecer no imóvel sem oposição do
CONTRATO DE LOCAÇÃO DE COISAS
Conceito e características
O contrato de locação de coisas é aquele em que, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo
determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição (CC, art.565). Por
esta definição legal, podemos destacar que no contrato de locação de coisas, seus elementos
fundamentais são os mesmos do contrato de compra e venda, quais seja, coisa, preço e consentimento.
Código Civil
Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou
não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.
No contrato de locação de coisas estão presentes as características:
a) bilateral, pois envolve prestações recíprocas, em que uma das partes entrega a coisa para uso e a
outra paga pela utilização;
b) oneroso, ambas as partes obtém proveito, sendo para uma parte o recebimento do valor do aluguel e
a outra se beneficia com o uso da coisa locada;
c) consensual, tendo seu aperfeiçoamento ou conclusão com o acordo de vontade, sem a necessidade da
imediata tradição da coisa;
d) comutativo, no qual não há risco da aleatoriedade, pois suas prestações são fixadas e definidas
objetivamente;
e) não solenes, pois a forma de contratação é livre, podendo inclusive ser feita oralmente;
f) de trato sucessivo, em que sua execução é prolongada no tempo.
A locação de coisas pode recair sobre bens móveis ou bens imóveis, destacando que na hipótese de
coisa móvel, esta terá que ser infungível (veículos, roupas, livros, filmes cinematográficos, telefones,
aparelhagem de som, etc), pois para as coisas fungíveis (milho, feijão, arroz, café, etc), aplica-se o
contrato de mútuo. Como exceção, segundo Gonçalves (2002:95), admite-se, no entanto, a locação de
coisa móvel fungível quando o seu uso tenha sido ad pompam vel ostentationem ( para ornamentação),
como uma cesta de frutas, com adornos raros, por exemplo.
É imprescindível o preço ou valor do aluguel (remuneração) a ser paga pelo locatário, pois não existindo
a cobrança de um preço, não será contrato de locação, e sim de comodato, hipótese em que haveria o
gozo ou uso da coisa gratuitamente.
O preço normalmente é fixado pelas partes, podendo ainda ser definido por arbitramento ou por ato
governamental.
O valor da locação deve ser real e não simbólico, determinado ou determinável, cujo pagamento, regra
geral, é feio em dinheiro, podendo, entretanto, ser efetivado de forma mista, sendo parte em dinheiro e
parte em obra.
Se for locação regida pela lei do inquilinato, a fixação do preço não poderá ser vinculada a moeda
estrangeira, nem ao salário mínimo.