Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Curso de Direito
Material destinado exclusivamente para uso dos alunos da disciplina de Direto e Economia
Curso de Direito - UCB
Direito e Economia____________________________________________________________________________
APRESENTAÇÃO
A realização deste trabalho, tem por objetivo sob a perspectiva pedagógica e educacional,
proporcionar aos alunos da disciplina de Direto e Economia, constante da grade curricular do curso de
Direito da Universidade Católica de Brasília – UCB, condições mais favoráveis de aprendizagem,
contribuindo dessa forma para a maximização do desempenho acadêmico de cada aluno.
Finalmente, na expectativa de que este trabalho contribua para uma melhor formação
acadêmica dos alunos do Curso de Direito da UCB, invoco a todos, a refletirem sobre a mensagem a
seguir.
O conhecimento humano é o único fator de produção existente que não está sujeito à Lei dos
Rendimentos Decrescentes.
_____________________________________________________________________________________________
2
Direito e Economia____________________________________________________________________________
A palavra economia origina-se do grego: Oikos (eco), que significa casa, riqueza, e Nomos (nomia),
cujo significado é lei, regra e administração.
2 – DEFINIÇÕES DE ECONOMIA
2.1 – Primeiras Definições
Na antiguidade, a economia era considerada como a ciência da administração da comunidade
doméstica, em suas mais simples funções de produção e distribuição.
Com o desenvolvimento dos Estados-Nações – França, Espanha, Portugal e Inglaterra – e com os
descobrimentos de novas terras e o desenvolvimento mercantil, a economia seria definida como o ramo
do conhecimento, essencialmente voltado para a melhor administração do Estado, com o objetivo central
de promover o seu fortalecimento.
Nesse sentido, a economia foi definida como a ciência que se dedica ao estudo das leis que
determinam a riqueza e a sua administração. Uma vez que a riqueza é gerada pelos homens e por eles
administrada, é preciso considerar suas ações sobre a natureza para produzi-la, e suas ações entre si para
reproduzi-la e administrá-la.
3 – OBJETO DA ECONOMIA
O objeto de estudo da economia diferiu-se com a própria evolução do pensamento econômico.
Nesse sentido, tendo como ponto de referência o período no qual a economia entraria na sua fase
científica, ou seja, a partir do século XVIII, têm-se os seguintes objetos de estudo:
a) de 1776 até 1936, o objeto da economia foi o estudo da formação e repartição da riqueza;
b) em 1936, com o fim da Grande Depressão Econômica, John Maynard Keynes, mostrou que o
objeto de estudo da economia deveria centralizar-se na pesquisa dos fatores determinantes das
flutuações da renda nacional e do volume de emprego, ou seja, flutuações da atividade
econômica;
_____________________________________________________________________________________________
3
Direito e Economia____________________________________________________________________________
c) após o término da 2ª Guerra Mundial, o objeto de estudo da economia centrou-se na análise das
flutuações da atividade econômica; nas condições necessárias à promoção do desenvolvimento
econômico; e nas investigações sobre a repartição da riqueza; e
4 – TEORIA ECONÔMICA
A teoria econômica divide-se em dois grandes ramos: (i) análise microeconômica, e (ii) análise
macroeconômica.
52 – Como produzir?
Como produzir é uma decisão tomada em nível tecnológico. Objetiva-se com isso a obtenção da
eficiência produtiva. Uma sociedade somente produzirá de acordo com a tecnologia de que dispõe, e se
esforçará para buscar tecnologias mais avançadas, pois desse modo, estará aumentando sua eficiência ou
produtividade, uma vez que poderá produzir mais em menor tempo.
_____________________________________________________________________________________________
4
Direito e Economia____________________________________________________________________________
atender a todas as necessidades de todas as pessoas, então, ter-se-á alcançado a plena eficiência na
distribuição da produção.
7 – FATORES DE PRODUÇÃO
Para que as necessidades humanas sejam satisfeitas, e para que o problema central da economia
possa ser devidamente equacionado é necessário contar com o concurso dos instrumentos de produção, ou
seja, aquilo com que se produz, assim como, com os objetos da produção, isto é, aquilo que transformado
resultará em algo capaz de satisfazer as necessidades do homem. Em economia, tais elementos são
conhecidos como fatores de produção.
7.1 – Classificação Moderna
a) Capital: capital é o conjunto (estoque) de bens econômicos heterogêneos, tais como máquinas,
ferramentas, equipamentos, fábricas, terras, matérias-primas, etc., capaz de produzir bens
e serviços.
b) Recursos Naturais: recursos naturais são constituídos pelas riquezas naturais do mundo
animal e vegetal (recursos renováveis), pelos recursos minerais e pelo solo (recursos não
renováveis).
c) Força de Trabalho: força de trabalho (mão-de-obra) é o fator que mobiliza os recursos
naturais e o capital.
d) Tecnologia: tecnologia é definida como o estudo das técnicas (know how) dividida em
tecnologia de produto (inovação que leva à obtenção de um novo produto), e tecnologia
de processo (inovação do processo produtivo que racionaliza o uso de matérias-primas).
e) Capacidade Empresarial: capacidade empresarial é definida como a aglutinação dos demais
fatores (terra, capital, trabalho e tecnologia) que irá possibilitar o suprimento de bens e
serviços.
7.2 – Remuneração dos Fatores de Produção
Cada fator de produção, como contrapartida à sua contribuição ao processo produtivo, percebe uma
remuneração ou pagamento. Assim, temos:
a) Salário: corresponde a remuneração dos serviços do fator trabalho.
b) Aluguel: é a remuneração dos serviços do fator terra ou recursos naturais.
c) Lucro: é a remuneração dos serviços do capital. Capital aqui é entendido como o capital físico,
isto é, prédios, instalações, equipamentos e maquinário, tal como definido anteriormente. Em outras
palavras, é a expressão física do capital monetário que é investido em ativos imobilizados.
d) Juros: correspondem à remuneração de serviços do fator capital monetário (dinheiro).
e) Dividendos: correspondem à remuneração de aplicadores em ações das empresas.
f) Royalties: correspondem à remuneração pela utilização dos serviços de tecnologia. É o
pagamento que se faz pela utilização dos direitos de propriedade de uma patente. A utilização ou
reprodução de um bem ou serviço para fins produtivos somente poderá ser feita com o pagamento dos
royalties.
_____________________________________________________________________________________________
5
Direito e Economia____________________________________________________________________________
b) Bens Imateriais: correspondem aos serviços, que não têm uma forma física e material, mas
que satisfazem as necessidades humanas. Exemplos: serviços médicos, serviços de
educação, etc.
b) Bens de Capital: são os bens utilizados na produção de outros bens, mas que não se
desgastam totalmente neste processo de produção. Como exemplos temos as máquinas,
equipamentos, ferramentas, instalações, etc. Sua principal característica é elevar a
produtividade da mão-de-obra, e são classificados contabilmente no ativo fixo das
empresas.
c) Bens Intermediários: são aqueles que são transformados ou agregados totalmente no processo
de produção, por exemplo, as matérias-primas e insumos.
_____________________________________________________________________________________________
6
Direito e Economia____________________________________________________________________________
9 – NECESSIDADES ILIMITADAS
As necessidades são ilimitadas porque são inerentes à própria capacidade de renovação e criação de
novos desejos de consumo por parte da sociedade. O nível de satisfação da sociedade difere com o seu
próprio estágio de desenvolvimento. As necessidades são classificadas em:
Por outro lado, existem alguns fatores que contribuem para aumentar o nível das necessidades
ilimitadas da sociedade, dentre eles destacam-se:
• efeito demonstração – típico de países subdesenvolvidos – que significa adquirir hábitos de
consumo de sociedades desenvolvidas;
• propagandas e publicidades;
• desenvolvimento tecnológico; e
• nível cultural, significando aqui os costumes, hábitos, valores e a forma de organização da
sociedade.
_____________________________________________________________________________________________
7
Direito e Economia____________________________________________________________________________
Colocando-se estas quantidades, que formam pares ordenados de pontos dados pelas diversas
alternativas de produção em um gráfico cartesiano, onde as quantidades do bem A são lançadas no eixo
das abscissas (eixo X) e as quantidades do bem B são lançadas no eixo das ordenadas (eixo Y), temos a
seguinte representação gráfica:
Bem B
F
750
700 E
600 D
C
450
250 B
Esta curva é denominada de Curva de Possibilidades de Produção – CPP (ou fronteira de produção
ou curva de transformação), que indica as infinitas combinações possíveis de produção dos bens A e B.
Em qualquer ponto desta curva uma quantidade produzida de A, corresponde a uma quantidade produzida
de B. A Curva de Possibilidades de Produção estabelece os níveis máximos de produção desses dois bens.
Para que uma economia possa operar em qualquer ponto sobre a Curva de Possibilidades de
Produção é necessário que:
a) exista pleno emprego de todos os fatores de produção disponíveis. Isto significa dizer que
não há nenhum fator de produção ocioso, como também não é possível agregar mais
fatores;
b) não sejam introduzidas inovações tecnológicas. Ou seja, a economia opera com os padrões
tecnológicos existentes; e
c) exista eficiência e eficácia no uso dos fatores de produção.
Desse modo, uma economia que se encontre operando sobre a Curva de Possibilidades de
Produção, ao se deslocar do ponto A para o ponto B, ou do ponto B para o ponto C, e assim
sucessivamente até o ponto F, estará deixando de produzir algumas unidades do bem A para produzir
mais quantidades do bem B. Em outras palavras, estará transformando o bem A em B. Por esta razão, esta
curva é também conhecida como Curva de Transformação. Cabe ressaltar que, esta transformação não é
física, significa apenas que se está transferindo recursos ou fatores de produção de um processo produtivo
para outro, no caso da produção do bem A para o bem B.
Outro importante ponto a ser destacado, é que associada a esta escolha sobre quanto e quais bens
produzir, há uma questão mais ampla de eficiência alocativa. Ou seja, uma vez definidas as quantidades e
a qualidade dos fatores de produção, é preciso alocá-los, isto é, distribuí-los entre os setores produtivos de
forma a obter a máxima eficiência na quantidade e qualidade dos bens produzidos.
_____________________________________________________________________________________________
8
Direito e Economia____________________________________________________________________________
A Curva de Possibilidades de Produção pode ser analisada sob quatro diferentes aspectos:
(i) quanto aos pontos localizados na curva; (ii) quanto aos deslocamentos da curva; (iii) quanto aos
deslocamentos diferenciados da curva; e (iv) quanto aos deslocamentos parciais da curva.
Bem B
•C
YB • B
YA • A
• Bem A
0 XA XB
• o ponto B representa a produção máxima dos bens A e B. Neste ponto ou em qualquer outro
ponto situado sobre a Curva de Possibilidades de Produção, significa que a economia está funcionando
com capacidade máxima de produção, sendo que todos os fatores de produção estão plenamente
ocupados. A rigor, os fatores de produção nunca estão 100% plenamente ocupados. Em geral, os
economistas consideram que uma taxa de ocupação acima de 92% a 93% caracteriza a situação de pleno
emprego. O pleno emprego é definido por uma situação em que os recursos disponíveis estão sendo
plenamente utilizados na produção de bens e serviços, garantindo desta forma o equilíbrio econômico das
atividades produtivas.
• o ponto C não existe para essa Curva de Possibilidades de Produção, pois não pode ser
atingido com o volume de fatores existentes. Para que este ponto possa ser atingido, é preciso acrescentar
alguma quantidade de pelo menos um dos fatores de produção. Assim, a produção poderá se expandir,
possibilitando o deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção para níveis mais elevados.
_____________________________________________________________________________________________
9
Direito e Economia____________________________________________________________________________
Bem B
Bem A
0 P1 P2 P3
Bem B
0 P3 P2 P1 Bem A
_____________________________________________________________________________________________
10
Direito e Economia____________________________________________________________________________
11 – ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA
Conforme analisado, as necessidades humanas se multiplicam conforme o avanço da sociedade. Por
outro lado, os recursos produtivos utilizados na produção de bens e serviços são escassos, dando origem
dessa forma aos problemas centrais da economia, que são: (i) o quê produzir?; (ii) como produzir?; e (iii)
para quem produzir?.
Nesse sentido, para que se possa produzir os bens e serviços que atendam às necessidades da
sociedade é necessário que o sistema econômico se organize de modo que funcione com eficiência e
eficácia. Sob essa perspectiva, a estrutura do sistema econômico é composta de três elementos: (i) estoque
de recursos produtivos; (ii) agentes econômicos; e (iii) conjunto de instituições.
11.2 – Agentes Econômicos: são quatro os agentes econômicos: (i) empresas, (ii) unidades
familiares, (iii) governo, e (iv) resto do mundo.
a) Empresas: correspondem às unidades de produção que reunindo os recursos produtivos dão
origem à produção de bens e serviços. As empresas do ponto de vista de sua constituição
jurídica podem ser de capital privado, capital público ou de capital misto.
b) Unidades Familiares: são as unidades que possuem e fornecem os recursos de produção,
apropriam–se de diferentes categorias de rendas e decidem como, quando, onde e em que
as rendas recebidas serão despendidas. Ou seja, são as proprietárias dos fatores de
produção.
c) Governo: o governo – nas três esferas federal ou central, estadual e municipal – é um
importante agente econômico pelo fato de interferir diretamente no funcionamento do
sistema econômico, haja vista que de um lado apropria de uma parte da renda das famílias e
das empresas por meio do sistema tributário; e de outro, contrata diretamente o trabalho de
unidades familiares e adquiri uma parcela da produção das empresas para proporcionar
bens e serviços úteis à sociedade como um todo.
d) Resto do Mundo: corresponde à todas as economias externas com as quais o país mantém
relações econômicas.
É importante destacar que, esses três elementos básicos do sistema econômico estão diretamente
ligados ao processo de crescimento, teoricamente sinalizado pelo deslocamento positivo da Curva de
Possibilidades de Produção. Assim é que, o suprimento de recursos humanos e patrimoniais é um dos
principais condicionantes do crescimento econômico; assim como, o crescimento econômico depende da
forma como operam os agentes econômicos e do funcionamento das instituições jurídicas, políticas,
sociais e econômicas.
_____________________________________________________________________________________________
11
Direito e Economia____________________________________________________________________________
Os três conjuntos de elementos que constituem a base organizacional dos sistemas econômicos, não
devem ser considerados entidades separadas, mas sim como interdependentes. Nesse sentido, o
funcionamento do sistema econômico não é estático, mas sim dinâmico, dando desse modo, a formação
de dois tipos de fluxos econômicos, quais sejam: (i) real e (ii) monetário.
a) Fluxo Real
O fluxo real é aquele que está relacionado com a produção de bens e serviços. O fluxo real
descreve as relações entre as unidades familiares (proprietárias de recursos produtivos) e as unidades de
produção (empresas que mobilizam os recursos produtivos).
As unidades familiares incluem todos os indivíduos que, direta ou indiretamente, participam
das atividades produtivas desenvolvidas pelo sistema econômico e consomem os bens e serviços finais
elaborados. As famílias sendo proprietárias dos recursos de produção fornecem às empresas força de
trabalho, capacidade empresarial, capacidade tecnológica, recursos da terra e poupanças para a formação
de capital. Tais fornecimentos fluem para as unidades de produção (empresas), onde são empregados e
combinados para a elaboração de bens ou para a prestação de serviços. Os bens e serviços produzidos
pelas unidades de produção fluem para as unidades familiares, destinando-se à sua subsistência e ao
conforto material.
b) Fluxo Monetário
O fluxo monetário é aquele que está relacionado com os pagamentos e os recebimentos ocorridos
no sistema econômico. O fluxo monetário descreve o processo de geração de renda e de poder aquisitivo,
bem como sua utilização e destinação.
À medida que se desenvolve o fluxo real, gera-se simultaneamente o fluxo monetário. Ao empregar
os recursos fornecidos pelas unidades familiares, as unidades de produção as remuneram, pagando-lhes
salários, aluguéis, juros, royalties, lucros e dividendos. Com a massa de remunerações recebidas, as
unidades familiares adquirem poder aquisitivo, para desfrutar dos bens e serviços disponíveis:
alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação, transporte e lazer. E, ao adquirir os bens que atendam
mais adequadamente às suas necessidades e desejos possíveis, as unidades familiares transferem às
unidades de produção, pelos preços pagos quando das aquisições, os fluxos monetários delas originados.
_____________________________________________________________________________________________
12
Direito e Economia____________________________________________________________________________
MERCADO DE
Oferta de bens e serviços BENS/SERVIÇOS Demanda de bens e serviços
No mercado de bens e serviços, em que são transacionados todos os bens e serviços finais
necessários à satisfação das necessidades das unidades familiares, os papéis encontram-se invertidos.
Nesse mercado, as unidades de produção exercem atividades típicas de oferta, enquanto que as unidades
familiares exercem a procura. Da mesma forma, nesse mercado os preços refletem a disponibilidade e as
pressões da procura dirigidas aos diferentes tipos de bens e serviços disponíveis. Na dependência de dada
escala de escassez e de utilidade, os preços também se movimentarão, sinalizando as prioridades e as
necessidades manifestadas pelas unidades familiares.
13 – SETORES DA ECONOMIA
A atividade econômica cujo principal objetivo é a produção de bens e serviços para atender às
necessidades humanas, se desenvolve em três distintos setores: (i) o que predomina as atividades rurais;
(ii) o que está baseado na atividade industrial; e (iii) o que está relacionado com a prestação de serviços.
Desta forma, os setores econômicos classificam-se em:
a) Setor Primário: é o setor que engloba as atividades econômicas desenvolvidas junto à natureza.
Exemplos: agricultura; pecuária, pesca e extrativismo vegetal.
b) Setor Secundário: é o setor que engloba as atividades econômicas de transformação. Exemplo:
setor industrial.
_____________________________________________________________________________________________
13
Direito e Economia____________________________________________________________________________
É importante ressaltar que, em nível de cada setor existem vários sub-setores. No setor primário
tem-se, por exemplo, horticultura, fruticultura, bovinos, suínos, cafeicultura, cítricos, etc. No setor
secundário, tem-se vários ramos industriais, tais como: automobilístico, petroquímica, têxtil, metalúrgico,
papel e celulose, bebidas, farmacêutico, etc. E no setor terciário tem-se, por exemplo, dentistas,
psicólogos, fisioterapeutas, supermercados, hotelaria, bancos, instituições financeiras, transportes aéreo,
marítimo e terrestre, etc.
14 – ENFOQUE MACROECONÔMICO
Política Econômica é definida como sendo à atuação deliberada do governo, no sentido de que se
alcancem objetivos de natureza econômica, consistentes com outros fins não necessariamente
econômicos, definidos ao nível mais amplo da política pública. Por outro lado, a política pública envolve
todo um conjunto de aspirações de determinada sociedade, em dado momento, assim como os meios que
se empregam com o propósito de alcançá-las. Cabe ressaltar que, essas aspirações variam de país para
pais e de época para época. Normalmente, subordinam-se ao quadro conjuntural interno e externo, bem
como aos principais problemas de natureza estrutural enfrentado pelas economias nacionais, ou pela
comunidade internacional a que cada país se encontra integrado.
Uma diferença conceitual que aqui cabe destacar é a que se refere à problemas econômicos de
natureza conjuntural e estrutural. Problemas econômicos conjunturais são aqueles cujas soluções são de
curto prazo; enquanto que os de natureza estrutural, as soluções são de longo prazo. Um exemplo de
problema econômico conjuntural é o desemprego e o nível de preços; ao passo que o progresso
tecnológico e a distribuição de renda são exemplos de problemas econômicos de natureza estrutural.
_____________________________________________________________________________________________
14
Direito e Economia____________________________________________________________________________
natureza. Assim é que, manejando estas receitas e despesas o governo pode influenciar de maneira
significativa sobre o desenvolvimento, a estabilidade e a repartição da riqueza.
Nesse sentido, se a política macroeconômica adotada pelo governo contemplar o crescimento
econômico do país, a política fiscal deverá ser de redução de receitas (↓T) e aumento de gastos (↑G).
Contrariamente, se a política fiscal for de aumento de receitas (↑T) e redução de gastos (↓G), a economia
pode experimentar uma situação de recessão.
• – Política Monetária: refere-se ao manejo das operações realizadas pelo Banco Central
destinadas a regular o suprimento de meios de pagamentos, no sentido de que o sistema econômico seja
convenientemente irrigado de moeda e crédito. Assim é que, dependendo do tipo e da magnitude da
política monetária adotada pelo Banco Central, a economia pode apresentar crescimento econômico ou
até mesmo uma desaceleração nas atividades produtivas.
Nesse sentido, se a política monetária adotada pelo Banco Central for expansionista, ou seja,
aumento dos meios de pagamentos, a tendência é ocorrer um aumento nos investimentos produtivos, dada
à redução da taxa de juros, provocando dessa forma crescimento econômico do país. Por outro lado, se a
política for de austeridade monetária, ou seja, redução dos meios de pagamentos, a taxa de juros se eleva
e o volume de investimentos diminui, provocando dessa forma uma queda nas atividades econômicas.
_____________________________________________________________________________________________
15