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Direito e Economia

Curso de Direito

Elaborado pelo Prof. MSc. Sérgio Augusto Batalhone

Edição Janeiro de 2011

Material destinado exclusivamente para uso dos alunos da disciplina de Direto e Economia
Curso de Direito - UCB
Direito e Economia____________________________________________________________________________

APRESENTAÇÃO

A realização deste trabalho, tem por objetivo sob a perspectiva pedagógica e educacional,
proporcionar aos alunos da disciplina de Direto e Economia, constante da grade curricular do curso de
Direito da Universidade Católica de Brasília – UCB, condições mais favoráveis de aprendizagem,
contribuindo dessa forma para a maximização do desempenho acadêmico de cada aluno.

Resultado de pesquisas em livros textos atualizados e utilizados nas áreas de direito e


economia, o trabalho está dividido em duas partes. A primeira, trata-se do desenvolvimento teórico das
sete unidades que compõem o conteúdo programático da disciplina, quais sejam: Unidade I – Conceitos
Básicos, Unidade II – Valor, Moeda e Preço, Unidade III – Falhas de Mercado, Unidade IV – Política
Econômica e seus Fins, Unidade V – Direito Econômico, Unidade VI – Regimes de Mercado e
VII – Produto e Renda Nacional. A segunda parte, está constituída de listas de exercícios de
aprendizagem e fixação dos conceitos abordados, para cada uma das respectivas unidades.

Finalmente, na expectativa de que este trabalho contribua para uma melhor formação
acadêmica dos alunos do Curso de Direito da UCB, invoco a todos, a refletirem sobre a mensagem a
seguir.

O conhecimento humano é o único fator de produção existente que não está sujeito à Lei dos
Rendimentos Decrescentes.

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UNIDADE I – CONCEITOS BÁSICOS

1 – ORIGEM DA PALAVRA ECONOMIA

A palavra economia origina-se do grego: Oikos (eco), que significa casa, riqueza, e Nomos (nomia),
cujo significado é lei, regra e administração.

2 – DEFINIÇÕES DE ECONOMIA
2.1 – Primeiras Definições
Na antiguidade, a economia era considerada como a ciência da administração da comunidade
doméstica, em suas mais simples funções de produção e distribuição.
Com o desenvolvimento dos Estados-Nações – França, Espanha, Portugal e Inglaterra – e com os
descobrimentos de novas terras e o desenvolvimento mercantil, a economia seria definida como o ramo
do conhecimento, essencialmente voltado para a melhor administração do Estado, com o objetivo central
de promover o seu fortalecimento.
Nesse sentido, a economia foi definida como a ciência que se dedica ao estudo das leis que
determinam a riqueza e a sua administração. Uma vez que a riqueza é gerada pelos homens e por eles
administrada, é preciso considerar suas ações sobre a natureza para produzi-la, e suas ações entre si para
reproduzi-la e administrá-la.

2.2 – Definições Clássicas


A partir do século XVIII, a economia entraria na sua fase científica, com a formulação de
princípios, teorias e leis sobre os três grandes compartimentos básicos da atividade econômica quais
sejam: (i) formação, (ii) distribuição, e (iii) consumo das riquezas.

2.3 – Definições Contemporâneas


Os economistas contemporâneos definiram a economia como a ciência que procedia a análise da
prosperidade e das recessões, o exame dos problemas decorrentes da escassez econômica face às
necessidades ilimitadas, e principalmente, a investigação das condições necessárias para a universalização
do bem-estar da sociedade.
Em outras palavras, a economia foi definida como a ciência da escassez. Dentro dessa perspectiva,
o estudo da economia fundamenta-se na atividade humana denominada econômica e dirigida no sentido
de escolher, dentre as diversas alternativas existentes, o que fazer com os recursos escassos. Ou seja,
trata-se de descobrir a melhor utilização a ser dada aos recursos limitados existentes na natureza de forma
satisfazer da melhor forma possível as necessidades humanas.
A economia é, portanto, a ciência da escassez. A solução do problema econômico confronta a
administração de recursos escassos e limitados, com a satisfação de necessidades ilimitadas, cada vez
maiores conforme o progresso da ciência e da tecnologia.

3 – OBJETO DA ECONOMIA
O objeto de estudo da economia diferiu-se com a própria evolução do pensamento econômico.
Nesse sentido, tendo como ponto de referência o período no qual a economia entraria na sua fase
científica, ou seja, a partir do século XVIII, têm-se os seguintes objetos de estudo:

a) de 1776 até 1936, o objeto da economia foi o estudo da formação e repartição da riqueza;

b) em 1936, com o fim da Grande Depressão Econômica, John Maynard Keynes, mostrou que o
objeto de estudo da economia deveria centralizar-se na pesquisa dos fatores determinantes das
flutuações da renda nacional e do volume de emprego, ou seja, flutuações da atividade
econômica;

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c) após o término da 2ª Guerra Mundial, o objeto de estudo da economia centrou-se na análise das
flutuações da atividade econômica; nas condições necessárias à promoção do desenvolvimento
econômico; e nas investigações sobre a repartição da riqueza; e

d) a posição mais recente refere-se à formação da riqueza, desenvolvimento, e principalmente,


quanto às questões ligadas à repartição da riqueza. Desenvolvimento, refere-se ao
aproveitamento ótimo dos escassos recursos disponíveis; enquanto, a repartição está ligada ao
atendimento das necessidades ilimitadas da sociedade.

4 – TEORIA ECONÔMICA
A teoria econômica divide-se em dois grandes ramos: (i) análise microeconômica, e (ii) análise
macroeconômica.

4.1 – Análise Microeconômica


É o ramo da teoria econômica que trata individualmente do comportamento dos consumidores e
produtores com o objetivo de compreender o funcionamento geral do sistema econômico. Dentre os
assuntos tratados pela microeconomia, têm-se: (i) teoria do consumidor; (ii) teoria da firma; (iii) teoria da
produção; (iv) teoria dos custos; e (v) teoria da repartição.

4.2 – Análise Macroeconômica


É o ramo da teoria econômica que trata do estudo agregativo da atividade econômica, ocupando-se
de magnitudes globais, com o objetivo de determinar as condições necessárias do crescimento e do
equilíbrio do sistema econômico. A macroeconomia estuda: (i) teoria geral do equilíbrio e do crescimento
econômico; (ii) teoria da moeda; (iii) teoria das finanças públicas; (iv) teoria das relações internacionais; e
(v) teoria do desenvolvimento, entre outros assuntos. É importante ressaltar que, a macroeconomia trata
da formulação de políticas econômicas.

5 – PROBLEMAS DE ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA


As necessidades humanas se multiplicam conforme o avanço da sociedade. A evolução da ciência
determina padrões tecnológicos mais sofisticados, capazes de satisfazer com maior detalhe as
necessidades humanas. Dada a escassez de recursos produtivos, as quantidades de bens e serviços a serem
produzidas encontram limites físicos. Daí coloca-se o problema central da economia: (i) o quê produzir?;
(ii) como produzir?; e (iii) para quem produzir?

5.1 – O quê produzir?


O quê e quanto produzir é uma decisão tomada em nível econômico. Pressupõe atingir fronteiras de
produção. A sociedade deve escolher que bens e serviços serão produzidos e em que quantidades,
conforme as suas necessidades.

52 – Como produzir?
Como produzir é uma decisão tomada em nível tecnológico. Objetiva-se com isso a obtenção da
eficiência produtiva. Uma sociedade somente produzirá de acordo com a tecnologia de que dispõe, e se
esforçará para buscar tecnologias mais avançadas, pois desse modo, estará aumentando sua eficiência ou
produtividade, uma vez que poderá produzir mais em menor tempo.

5.3 – Para quem produzir?


Para quem produzir é uma decisão tomada em nível social. Busca-se a obtenção da eficiência
distributiva. Quase nunca os bens e serviços produzidos satisfazem todas as necessidades da sociedade.
Daí que a tomada desta decisão deve levar em consideração quais são as maiores necessidades e mais
comuns a todos, o que, inegavelmente, é bastante difícil de se conseguir. Sempre haverá pessoas cujas
necessidades, mesmo as mais prioritárias, estarão insatisfeitas. Por outro lado, quando se conseguir

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atender a todas as necessidades de todas as pessoas, então, ter-se-á alcançado a plena eficiência na
distribuição da produção.

6 – LEI DA ESCASSEZ ECONÔMICA


Refere-se à realidade básica da vida de que existe apenas uma quantidade finita de recursos
humanos e não-humanos que o melhor conhecimento técnico é capaz de usar na produção de apenas uma
quantidade máxima e limitada de cada bem e serviço.

6.1 – Fatores que contribuem para a minimização da Escassez Econômica


• divisão do trabalho ou organização econômica;
• pesquisas tecnológicas;
• aumento de produtividade;
• produção em escala;
• racionalidade na utilização dos recursos produtivos; e
• combinação ótima dos recursos.

7 – FATORES DE PRODUÇÃO
Para que as necessidades humanas sejam satisfeitas, e para que o problema central da economia
possa ser devidamente equacionado é necessário contar com o concurso dos instrumentos de produção, ou
seja, aquilo com que se produz, assim como, com os objetos da produção, isto é, aquilo que transformado
resultará em algo capaz de satisfazer as necessidades do homem. Em economia, tais elementos são
conhecidos como fatores de produção.
7.1 – Classificação Moderna
a) Capital: capital é o conjunto (estoque) de bens econômicos heterogêneos, tais como máquinas,
ferramentas, equipamentos, fábricas, terras, matérias-primas, etc., capaz de produzir bens
e serviços.
b) Recursos Naturais: recursos naturais são constituídos pelas riquezas naturais do mundo
animal e vegetal (recursos renováveis), pelos recursos minerais e pelo solo (recursos não
renováveis).
c) Força de Trabalho: força de trabalho (mão-de-obra) é o fator que mobiliza os recursos
naturais e o capital.
d) Tecnologia: tecnologia é definida como o estudo das técnicas (know how) dividida em
tecnologia de produto (inovação que leva à obtenção de um novo produto), e tecnologia
de processo (inovação do processo produtivo que racionaliza o uso de matérias-primas).
e) Capacidade Empresarial: capacidade empresarial é definida como a aglutinação dos demais
fatores (terra, capital, trabalho e tecnologia) que irá possibilitar o suprimento de bens e
serviços.
7.2 – Remuneração dos Fatores de Produção
Cada fator de produção, como contrapartida à sua contribuição ao processo produtivo, percebe uma
remuneração ou pagamento. Assim, temos:
a) Salário: corresponde a remuneração dos serviços do fator trabalho.
b) Aluguel: é a remuneração dos serviços do fator terra ou recursos naturais.
c) Lucro: é a remuneração dos serviços do capital. Capital aqui é entendido como o capital físico,
isto é, prédios, instalações, equipamentos e maquinário, tal como definido anteriormente. Em outras
palavras, é a expressão física do capital monetário que é investido em ativos imobilizados.
d) Juros: correspondem à remuneração de serviços do fator capital monetário (dinheiro).
e) Dividendos: correspondem à remuneração de aplicadores em ações das empresas.
f) Royalties: correspondem à remuneração pela utilização dos serviços de tecnologia. É o
pagamento que se faz pela utilização dos direitos de propriedade de uma patente. A utilização ou
reprodução de um bem ou serviço para fins produtivos somente poderá ser feita com o pagamento dos
royalties.

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8 – CLASSIFICAÇÃO DOS BENS E SERVIÇOS


Uma vez que o objetivo do processo de produção é produzir bens e serviços com o fim de
satisfazer as necessidades da sociedade, é preciso entender com que finalidade ele será utilizado. Trata-se,
portanto, de distinguir a origem, a natureza e o destino desses bens. Assim, os bens e serviços apresentam
a seguinte classificação.

8.1 – Quanto à Raridade


Existem dois tipos de bens quanto à raridade.
a) Bens Livres: (ou abundantes), também denominados de não econômicos, pois não têm valor e
nem preço. Estão à disposição na natureza. O único bem verdadeiramente livre é o ar,
pois até hoje ninguém o produziu ou então, o comercializou. Há outros bens, entretanto,
que dependendo das circunstâncias em que são obtidos, podem ser considerados livres ou
não. A areia do deserto, por exemplo, é um bem livre. Entretanto, se for explorada
comercialmente (para construções, por exemplo), então deixará de ser um bem livre, pois
será submetida a um processo produtivo (extração, refinamento, transporte, etc).

b) Bens Produzidos: (relativamente raros), também denominados de econômicos e que têm


como principais características: i) existirem em quantidades limitadas; e ii) serem
comercializados, haja vista que possuem valor e preço. Qualquer bem que seja obtido
através do processo produtivo é considerado um bem econômico. Exemplos:
refrigerantes, automóveis, televisores, tecidos, gasolina, etc.

8.2 – Quanto à Natureza


Por natureza entende-se a natureza física do bem, e são assim classificados:
a) Bens Materiais: correspondem às mercadorias, cuja característica principal é terem uma
forma física e serem palpáveis e tocáveis. Exemplos: roupas, alimentos, etc.

b) Bens Imateriais: correspondem aos serviços, que não têm uma forma física e material, mas
que satisfazem as necessidades humanas. Exemplos: serviços médicos, serviços de
educação, etc.

8.3 – Quanto ao Destino


Por destino entende-se o uso que se faz do bem. São assim classificados.
a) Bens de Consumo: são aqueles que se destinam atender diretamente as necessidades humanas,
ou seja, têm um fim em si mesmos. Em outras palavras, os bens de consumo são aqueles
que são produzidos para consumo final, isto é, que não produzem e nem entram na
produção de outro bem. De acordo com a sua durabilidade classificam-se em:
• Duráveis: são aqueles que não se extinguem no ato do consumo, processo este que
ocorre num período de tempo mais longo. Exemplos: automóveis, eletrodomésticos, etc.
• Semiduráveis: são aqueles que têm uma vida útil não muito longa. Exemplos: sapatos,
roupas, etc.
• Não-duráveis: também denominados de consumo imediato, são aqueles bens que se
extinguem no ato do consumo. Exemplos: remédios, alimentos, etc.

b) Bens de Capital: são os bens utilizados na produção de outros bens, mas que não se
desgastam totalmente neste processo de produção. Como exemplos temos as máquinas,
equipamentos, ferramentas, instalações, etc. Sua principal característica é elevar a
produtividade da mão-de-obra, e são classificados contabilmente no ativo fixo das
empresas.

c) Bens Intermediários: são aqueles que são transformados ou agregados totalmente no processo
de produção, por exemplo, as matérias-primas e insumos.

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9 – NECESSIDADES ILIMITADAS
As necessidades são ilimitadas porque são inerentes à própria capacidade de renovação e criação de
novos desejos de consumo por parte da sociedade. O nível de satisfação da sociedade difere com o seu
próprio estágio de desenvolvimento. As necessidades são classificadas em:

a) Necessidades Primárias: são aquelas essenciais para a sobrevivência humana. Exemplos:


alimentação, vestuário, habitação, transporte, etc.
b) Necessidades Secundárias (ou acidentais): são decorrentes do convívio social. Não se instalam
de repente, mas aos pouco vão se tornando um hábito, precisando ser satisfeitas. Exemplos:
fumar, lazer, etc.
c) Necessidades Coletivas (ou sociais): são aquelas que para serem satisfeitas exigem um esforço
coletivo, satisfazendo exigências coletivas ou sociais. Exemplos: segurança pública, educação,
etc. De forma geral, o governo está encarregado de sua satisfação através dos serviços públicos.

Por outro lado, existem alguns fatores que contribuem para aumentar o nível das necessidades
ilimitadas da sociedade, dentre eles destacam-se:
• efeito demonstração – típico de países subdesenvolvidos – que significa adquirir hábitos de
consumo de sociedades desenvolvidas;
• propagandas e publicidades;
• desenvolvimento tecnológico; e
• nível cultural, significando aqui os costumes, hábitos, valores e a forma de organização da
sociedade.

10 – ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO E A CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO


Todo sistema econômico tem uma capacidade máxima de produzir bens e serviços. Conforme
discutido anteriormente, um dos principais problemas com que se defrontam as economias é definir
quanto será produzido de cada bem e serviço, de modo atender às necessidades da sociedade. Em outras
palavras, as economias devem definir quais são as combinações das diversas quantidades de bens e
serviços que serão produzidos.
Nesse sentido, para que se possa maximizar a produção de bens e serviços, os sistemas econômicos
devem buscar:
• decisão do que produzir;
• escolha das alternativas de produção para a canalização dos recursos, que dependem das
opções sociais ou políticas estabelecidas pela sociedade; e
• eficiência máxima e o pleno emprego dos recursos de produção.

Desse modo, para simplicidade de raciocínio, suponhamos, hipoteticamente, uma economia


que produza apenas dois bens A e B, nas seguintes quantidades, conforme quadro abaixo:

Alternativas Bem A (quantidade) Bem B (quantidade)


A 250 0
B 200 250
C 150 450
D 100 600
E 50 700
F 0 750

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Colocando-se estas quantidades, que formam pares ordenados de pontos dados pelas diversas
alternativas de produção em um gráfico cartesiano, onde as quantidades do bem A são lançadas no eixo
das abscissas (eixo X) e as quantidades do bem B são lançadas no eixo das ordenadas (eixo Y), temos a
seguinte representação gráfica:

Bem B
F
750
700 E

600 D

C
450

250 B

0 50 100 150 200 250 Bem A

Esta curva é denominada de Curva de Possibilidades de Produção – CPP (ou fronteira de produção
ou curva de transformação), que indica as infinitas combinações possíveis de produção dos bens A e B.
Em qualquer ponto desta curva uma quantidade produzida de A, corresponde a uma quantidade produzida
de B. A Curva de Possibilidades de Produção estabelece os níveis máximos de produção desses dois bens.
Para que uma economia possa operar em qualquer ponto sobre a Curva de Possibilidades de
Produção é necessário que:
a) exista pleno emprego de todos os fatores de produção disponíveis. Isto significa dizer que
não há nenhum fator de produção ocioso, como também não é possível agregar mais
fatores;
b) não sejam introduzidas inovações tecnológicas. Ou seja, a economia opera com os padrões
tecnológicos existentes; e
c) exista eficiência e eficácia no uso dos fatores de produção.

Desse modo, uma economia que se encontre operando sobre a Curva de Possibilidades de
Produção, ao se deslocar do ponto A para o ponto B, ou do ponto B para o ponto C, e assim
sucessivamente até o ponto F, estará deixando de produzir algumas unidades do bem A para produzir
mais quantidades do bem B. Em outras palavras, estará transformando o bem A em B. Por esta razão, esta
curva é também conhecida como Curva de Transformação. Cabe ressaltar que, esta transformação não é
física, significa apenas que se está transferindo recursos ou fatores de produção de um processo produtivo
para outro, no caso da produção do bem A para o bem B.

Outro importante ponto a ser destacado, é que associada a esta escolha sobre quanto e quais bens
produzir, há uma questão mais ampla de eficiência alocativa. Ou seja, uma vez definidas as quantidades e
a qualidade dos fatores de produção, é preciso alocá-los, isto é, distribuí-los entre os setores produtivos de
forma a obter a máxima eficiência na quantidade e qualidade dos bens produzidos.

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10.1 – Análise da Curva de Possibilidades de Produção – CPP

A Curva de Possibilidades de Produção pode ser analisada sob quatro diferentes aspectos:
(i) quanto aos pontos localizados na curva; (ii) quanto aos deslocamentos da curva; (iii) quanto aos
deslocamentos diferenciados da curva; e (iv) quanto aos deslocamentos parciais da curva.

a) Quanto aos pontos na CPP

Suponhamos a Curva de Possibilidades de Produção abaixo, com os seguintes pontos:

Bem B

•C

YB • B

YA • A

• Bem A
0 XA XB

Análise dos pontos:

• o ponto B representa a produção máxima dos bens A e B. Neste ponto ou em qualquer outro
ponto situado sobre a Curva de Possibilidades de Produção, significa que a economia está funcionando
com capacidade máxima de produção, sendo que todos os fatores de produção estão plenamente
ocupados. A rigor, os fatores de produção nunca estão 100% plenamente ocupados. Em geral, os
economistas consideram que uma taxa de ocupação acima de 92% a 93% caracteriza a situação de pleno
emprego. O pleno emprego é definido por uma situação em que os recursos disponíveis estão sendo
plenamente utilizados na produção de bens e serviços, garantindo desta forma o equilíbrio econômico das
atividades produtivas.

• o ponto A representa uma situação de recessão ou de capacidade ociosa. Nem todos os


fatores de produção estão plenamente ocupados, ou seja, existe uma ociosidade parcial dos fatores. Em
outras palavras, existe um desemprego de fatores, como por exemplo, trabalhadores desempregados,
máquinas paradas e terras não utilizadas. É importante ressaltar que, estando a economia em recessão, é
possível aumentar a produção tanto do bem A quanto do bem B, utilizando os fatores de produção que
estão ociosos. Se isto ocorrer, então o ponto A, onde há ociosidade de fatores, se desloca em direção à
curva, onde todos os fatores estarão plenamente ocupados.

• o ponto O representa uma situação de pleno desemprego de fatores. É um estado de limite


crítico para a economia, pois nele nada se produz, não existindo nenhuma atividade econômica.
Teoricamente, este ponto é possível de ser atingido, mas na prática, uma situação dessa é mais fácil de
ocorrer em situações de guerra (toda economia fica paralisada em função das atividades beligerantes), e
em função de catástrofes naturais (inundação, terremoto, vulcões, etc., que destroem completamente o
sistema econômico).

• o ponto C não existe para essa Curva de Possibilidades de Produção, pois não pode ser
atingido com o volume de fatores existentes. Para que este ponto possa ser atingido, é preciso acrescentar
alguma quantidade de pelo menos um dos fatores de produção. Assim, a produção poderá se expandir,
possibilitando o deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção para níveis mais elevados.

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b) Quanto aos deslocamentos da CPP

A Curva de Possibilidades de Produção pode-se deslocar tanto positivamente quanto


negativamente. Assim temos:

• Deslocamento Positivo: ocorre quando a Curva de Possibilidades de Produção se afasta da


origem, significando aumento da capacidade de produção do sistema econômico. Os fatores que
contribuem para o deslocamento positivo são: (i) crescimento da população qualificada (mão-de-obra);
(ii) acumulação de bens de capital (edifícios, máquinas, equipamentos, etc.); (iii) inovação e/ou melhoria
tecnológica; e (iv) investimentos na infra-estrutura de base do país (estradas, portos, aeroportos,
telecomunicações, usinas hidroelétricas, etc.). Em termos de representação gráfica, temos:

Bem B

Bem A
0 P1 P2 P3

Onde P3 > P2 > P1

• Deslocamento Negativo: ocorre quando a Curva de Possibilidades de Produção se dirige


em relação à origem, significando diminuição da capacidade de produção do sistema econômico. Os
fatores que contribuem para o deslocamento negativo são: (i) guerras entre os países; (ii) sucateamento do
parque industrial; (iii) situações climáticas desfavoráveis; e (iv) pestes e epidemias. Em termos de
representação gráfica, temos:

Bem B

0 P3 P2 P1 Bem A

Onde P3 < P2 < P1

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11 – ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA
Conforme analisado, as necessidades humanas se multiplicam conforme o avanço da sociedade. Por
outro lado, os recursos produtivos utilizados na produção de bens e serviços são escassos, dando origem
dessa forma aos problemas centrais da economia, que são: (i) o quê produzir?; (ii) como produzir?; e (iii)
para quem produzir?.

Nesse sentido, para que se possa produzir os bens e serviços que atendam às necessidades da
sociedade é necessário que o sistema econômico se organize de modo que funcione com eficiência e
eficácia. Sob essa perspectiva, a estrutura do sistema econômico é composta de três elementos: (i) estoque
de recursos produtivos; (ii) agentes econômicos; e (iii) conjunto de instituições.

11.1 – Estoque de Recursos Produtivos: constitui a base da atividade econômica, e corresponde à


existência de recursos humanos e patrimoniais, tais como: população economicamente ativa (a que está
voltada para o mercado de trabalho); capacidade empresarial; capital produtivo; tecnologia e recursos
naturais. Os estoques desses elementos condicionam a existência, a extensão e a própria eficiência do
aparelhamento produtivo.

11.2 – Agentes Econômicos: são quatro os agentes econômicos: (i) empresas, (ii) unidades
familiares, (iii) governo, e (iv) resto do mundo.
a) Empresas: correspondem às unidades de produção que reunindo os recursos produtivos dão
origem à produção de bens e serviços. As empresas do ponto de vista de sua constituição
jurídica podem ser de capital privado, capital público ou de capital misto.
b) Unidades Familiares: são as unidades que possuem e fornecem os recursos de produção,
apropriam–se de diferentes categorias de rendas e decidem como, quando, onde e em que
as rendas recebidas serão despendidas. Ou seja, são as proprietárias dos fatores de
produção.
c) Governo: o governo – nas três esferas federal ou central, estadual e municipal – é um
importante agente econômico pelo fato de interferir diretamente no funcionamento do
sistema econômico, haja vista que de um lado apropria de uma parte da renda das famílias e
das empresas por meio do sistema tributário; e de outro, contrata diretamente o trabalho de
unidades familiares e adquiri uma parcela da produção das empresas para proporcionar
bens e serviços úteis à sociedade como um todo.

d) Resto do Mundo: corresponde à todas as economias externas com as quais o país mantém
relações econômicas.

11.3 – Conjunto de Instituições: refere-se ao conjunto de instituições jurídicas, políticas, sociais e


econômicas que todo sistema econômico deve dispor para que se possa dar forma às atividades
desenvolvidas pela sociedade. Em outras palavras, as instituições definem as relações entre os agentes
econômicos e os centros de disposição dos recursos produtivos. Cabe ressaltar que, nenhum sistema
econômico é possível existir sem que um conjunto de elementos jurídicos discipline as atividades
individuais e coletivas, determinando as esferas de ação, os deveres e as obrigações dos detentores dos
recursos e dos agentes econômicos que os empregarão. De igual forma, os sistemas econômicos não
podem prescindir de instituições políticas que definam precisamente as relações entre o Estado, unidades
familiares, empresas e o resto do mundo, e, ainda, de um conjunto de instituições sociais que estabeleçam
planos de conduta para os diferentes setores da atividade econômica.

É importante destacar que, esses três elementos básicos do sistema econômico estão diretamente
ligados ao processo de crescimento, teoricamente sinalizado pelo deslocamento positivo da Curva de
Possibilidades de Produção. Assim é que, o suprimento de recursos humanos e patrimoniais é um dos
principais condicionantes do crescimento econômico; assim como, o crescimento econômico depende da
forma como operam os agentes econômicos e do funcionamento das instituições jurídicas, políticas,
sociais e econômicas.

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12 – FLUXOS REAL E MONETÁRIO

Os três conjuntos de elementos que constituem a base organizacional dos sistemas econômicos, não
devem ser considerados entidades separadas, mas sim como interdependentes. Nesse sentido, o
funcionamento do sistema econômico não é estático, mas sim dinâmico, dando desse modo, a formação
de dois tipos de fluxos econômicos, quais sejam: (i) real e (ii) monetário.

a) Fluxo Real
O fluxo real é aquele que está relacionado com a produção de bens e serviços. O fluxo real
descreve as relações entre as unidades familiares (proprietárias de recursos produtivos) e as unidades de
produção (empresas que mobilizam os recursos produtivos).
As unidades familiares incluem todos os indivíduos que, direta ou indiretamente, participam
das atividades produtivas desenvolvidas pelo sistema econômico e consomem os bens e serviços finais
elaborados. As famílias sendo proprietárias dos recursos de produção fornecem às empresas força de
trabalho, capacidade empresarial, capacidade tecnológica, recursos da terra e poupanças para a formação
de capital. Tais fornecimentos fluem para as unidades de produção (empresas), onde são empregados e
combinados para a elaboração de bens ou para a prestação de serviços. Os bens e serviços produzidos
pelas unidades de produção fluem para as unidades familiares, destinando-se à sua subsistência e ao
conforto material.

b) Fluxo Monetário
O fluxo monetário é aquele que está relacionado com os pagamentos e os recebimentos ocorridos
no sistema econômico. O fluxo monetário descreve o processo de geração de renda e de poder aquisitivo,
bem como sua utilização e destinação.
À medida que se desenvolve o fluxo real, gera-se simultaneamente o fluxo monetário. Ao empregar
os recursos fornecidos pelas unidades familiares, as unidades de produção as remuneram, pagando-lhes
salários, aluguéis, juros, royalties, lucros e dividendos. Com a massa de remunerações recebidas, as
unidades familiares adquirem poder aquisitivo, para desfrutar dos bens e serviços disponíveis:
alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação, transporte e lazer. E, ao adquirir os bens que atendam
mais adequadamente às suas necessidades e desejos possíveis, as unidades familiares transferem às
unidades de produção, pelos preços pagos quando das aquisições, os fluxos monetários delas originados.

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c) Inter-relação dos Fluxos Real e Monetário


A interdependência dos fluxos real e monetário é que dá origem a formação de dois grandes
mercados: o de recursos de produção e o de bens e serviços, conforme figura abaixo.

Demanda de recursos/fatores Oferta de recursos/fatores


MERCADO
DE
RECURSOS

Remuneração dos fatores (salários, juros, aluguéis, lucros)


UNIDADES UNIDADES
DE FAMILIARES
PRODUÇÃO

Pagamento pela aquisição de bens e serviços

MERCADO DE
Oferta de bens e serviços BENS/SERVIÇOS Demanda de bens e serviços

No mercado de recursos de produção, em que se localizam o mercado de trabalho e o mercado de


capitais, as unidades familiais exercem funções típicas de oferta, enquanto que as unidades de produção
exercem a demanda ou procura. As remunerações recebidas pelas unidades familiares e pagas pelas
unidades de produção refletem, aliás, as magnitudes dos movimentos da oferta e procura de recursos. É
intuitivo que, os recursos mais escassos e as habilidades profissionais mais qualificadas recebem
remunerações mais altas. Estas refletem, portanto, os movimentos, as tendências e as disponibilidades
observadas no mercado de recursos.

No mercado de bens e serviços, em que são transacionados todos os bens e serviços finais
necessários à satisfação das necessidades das unidades familiares, os papéis encontram-se invertidos.
Nesse mercado, as unidades de produção exercem atividades típicas de oferta, enquanto que as unidades
familiares exercem a procura. Da mesma forma, nesse mercado os preços refletem a disponibilidade e as
pressões da procura dirigidas aos diferentes tipos de bens e serviços disponíveis. Na dependência de dada
escala de escassez e de utilidade, os preços também se movimentarão, sinalizando as prioridades e as
necessidades manifestadas pelas unidades familiares.

13 – SETORES DA ECONOMIA

A atividade econômica cujo principal objetivo é a produção de bens e serviços para atender às
necessidades humanas, se desenvolve em três distintos setores: (i) o que predomina as atividades rurais;
(ii) o que está baseado na atividade industrial; e (iii) o que está relacionado com a prestação de serviços.
Desta forma, os setores econômicos classificam-se em:

a) Setor Primário: é o setor que engloba as atividades econômicas desenvolvidas junto à natureza.
Exemplos: agricultura; pecuária, pesca e extrativismo vegetal.
b) Setor Secundário: é o setor que engloba as atividades econômicas de transformação. Exemplo:
setor industrial.

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c) Setor Terciário: é o setor que engloba as atividades econômicas de prestação de serviços.


Exemplos: comércio, saúde, educação, transporte, comunicação, lazer, energia elétrica,
bancos e instituições financeiras, etc.

É importante ressaltar que, em nível de cada setor existem vários sub-setores. No setor primário
tem-se, por exemplo, horticultura, fruticultura, bovinos, suínos, cafeicultura, cítricos, etc. No setor
secundário, tem-se vários ramos industriais, tais como: automobilístico, petroquímica, têxtil, metalúrgico,
papel e celulose, bebidas, farmacêutico, etc. E no setor terciário tem-se, por exemplo, dentistas,
psicólogos, fisioterapeutas, supermercados, hotelaria, bancos, instituições financeiras, transportes aéreo,
marítimo e terrestre, etc.

14 – ENFOQUE MACROECONÔMICO

Conforme analisado, a macroeconomia é o ramo da Teoria Econômica que trata do estudo


agregativo da atividade econômica, ocupando-se de magnitudes globais, com o objetivo de determinar as
condições necessárias do crescimento e do equilíbrio dos sistemas econômicos. Nesse sentido, a
macroeconomia trata da formulação de políticas econômicas.

Política Econômica é definida como sendo à atuação deliberada do governo, no sentido de que se
alcancem objetivos de natureza econômica, consistentes com outros fins não necessariamente
econômicos, definidos ao nível mais amplo da política pública. Por outro lado, a política pública envolve
todo um conjunto de aspirações de determinada sociedade, em dado momento, assim como os meios que
se empregam com o propósito de alcançá-las. Cabe ressaltar que, essas aspirações variam de país para
pais e de época para época. Normalmente, subordinam-se ao quadro conjuntural interno e externo, bem
como aos principais problemas de natureza estrutural enfrentado pelas economias nacionais, ou pela
comunidade internacional a que cada país se encontra integrado.

Uma diferença conceitual que aqui cabe destacar é a que se refere à problemas econômicos de
natureza conjuntural e estrutural. Problemas econômicos conjunturais são aqueles cujas soluções são de
curto prazo; enquanto que os de natureza estrutural, as soluções são de longo prazo. Um exemplo de
problema econômico conjuntural é o desemprego e o nível de preços; ao passo que o progresso
tecnológico e a distribuição de renda são exemplos de problemas econômicos de natureza estrutural.

a) – Metas de Política Macroeconômica


Independentemente da organização política do país, todo sistema econômico deve alcançar com a
política macroeconômica adotada pelas autoridades econômicas, as seguintes metas:

• alto nível de emprego: adoção de políticas que possibilitem a ampliação do mercado de


trabalho;
• estabilidade de preços: adoção de políticas de combate à inflação;
• crescimento econômico: adoção de políticas que visem a ampliação da capacidade produtiva;
• distribuição eqüitativa da renda: adoção de políticas e instrumentos de distribuição de renda,
possibilitando dessa forma a ampliação e o fortalecimento do mercado interno consumidor; e
• eficiência produtiva: racionalização no uso dos fatores de produção.

b) Instrumentos de Política Macroeconômica


Para que se possa atingir as metas preconizadas pela política macroeconômica, o governo tem a sua
disposição os seguintes instrumentos:
• – Política Fiscal: refere-se ao manejo das finanças públicas. Aqui se enquadram os vários
componentes das despesas e das receitas governamentais. O governo gasta (G), com a realização de
investimentos, consumo, concessão de subsídios e de transferências financeiras. E obtém receitas (T),
através de impostos sobre as atividades de produção e de circulação de mercadorias, sobre as
propriedades, sobre heranças e transmissões inter vivos e sobre as rendas e proventos de qualquer

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natureza. Assim é que, manejando estas receitas e despesas o governo pode influenciar de maneira
significativa sobre o desenvolvimento, a estabilidade e a repartição da riqueza.
Nesse sentido, se a política macroeconômica adotada pelo governo contemplar o crescimento
econômico do país, a política fiscal deverá ser de redução de receitas (↓T) e aumento de gastos (↑G).
Contrariamente, se a política fiscal for de aumento de receitas (↑T) e redução de gastos (↓G), a economia
pode experimentar uma situação de recessão.

• – Política Monetária: refere-se ao manejo das operações realizadas pelo Banco Central
destinadas a regular o suprimento de meios de pagamentos, no sentido de que o sistema econômico seja
convenientemente irrigado de moeda e crédito. Assim é que, dependendo do tipo e da magnitude da
política monetária adotada pelo Banco Central, a economia pode apresentar crescimento econômico ou
até mesmo uma desaceleração nas atividades produtivas.
Nesse sentido, se a política monetária adotada pelo Banco Central for expansionista, ou seja,
aumento dos meios de pagamentos, a tendência é ocorrer um aumento nos investimentos produtivos, dada
à redução da taxa de juros, provocando dessa forma crescimento econômico do país. Por outro lado, se a
política for de austeridade monetária, ou seja, redução dos meios de pagamentos, a taxa de juros se eleva
e o volume de investimentos diminui, provocando dessa forma uma queda nas atividades econômicas.

• – Política Cambial e Comercial: referem-se, respectivamente, ao manejo da taxa de câmbio e


aos incentivos fiscais e creditícios que são dados às exportações e importações. A taxa cambial
desvalorizada estimula as exportações para o exterior, contribuindo dessa maneira para o crescimento
econômico do país. Do mesmo modo, os incentivos fiscais e creditícios proporcionam um incremento nas
exportações e importações, o que resultará numa dinamização da atividade econômica do país.

• – Política de Rendas: consiste no controle de salários e preços por parte do governo.


Dependendo do escopo da política adotada e de sua magnitude, a economia pode experimentar tanto
crescimento, quanto a recessão econômica.

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