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DIREITO

CONSTITUCIONAL
Aula Inaugural
-Teoria Geral da Constituição –

Profº. Francisco De Poli de Oliveira


OBJETIVOS

1. Conhecer a Teoria Geral da


Constituição;
2. Aplicar os conhecimentos aprendidos na
resolução de questões de concursos
públicos.
1.INTRODUÇÃO
1.1Direito Constitucional
a) É um ramo do Direito Público;
b) Regula e interpreta normas fundamentais
do Estado;
c) Marcado pela historicidade.

Definição de José Afonso da Silva:

“Direito Constitucional é o ramo do Direito Público que


expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas
fundamentais do Estado”.
1.2 Constituição (regras)
a) São positivas e supremas;
b) Possuem supra legalidade;
c) São escalonadas.

PIRÂMIDE DE KELSEN

CF
Relação de Devem buscar seu
compatibilidade fundamento de
Demais
Normas validade no texto
constitucional
1.2 Sentido material e formal

1.2.1 SENTIDO MATERIAL


 O que importa é o conteúdo (dispensada a forma);
 Será, portanto, constitucional, a norma que definir e tratar das regras estruturais
da sociedade, de seus alicerces fundamentais ( formas de Estado, governo, seus
órgãos, etc.). Exemplos de regras materialmente constitucionais: a forma de
Estado (Federal); a forma de governo (república) e o regime de governo
(presidencialista).
1.2.2 SENTIDO FORMAL
 Terá natureza constitucional qualquer norma que tenha sido introduzida através
de um procedimento legislativo mais dificultoso, diferenciado e solene do que o
processo legislativo de formação das demais normas do ordenamento jurídico.
Exemplos de regras formalmente constitucionais: os artigos 182 (que trata da
política de desenvolvimento urbano) e 242, § 2.º (estabelece que o Colégio Pedro
II será mantido na órbita federal), ambos da Constituição Federal de 1988. Essas
regras, sob o ponto de vista material, não são regras que tratam de matéria
constitucional. No entanto, devido ao fato de estarem dispostas na Constituição,
são regras formalmente constitucionais.
1.3 Sentido sociológico e político

1.2.3 SENTIDO SOCIOLÓGICO


 Para Ferdinand Lassalle, a Constituição é a “soma dos fatores reais do poder
que regem um país”, sendo a Constituição escrita apenas uma “folha de papel”.
Para Lassalle, Constituição legítima é a que representa o efetivo poder social,
refletindo as forças sociais que constituem o poder.

1.2.4 SENTIDO POLÍTICO


 Carl Schmitt concebe a Constituição no sentido político, pois para ele
Constituição é fruto da “decisão política fundamental” tomada em certo momento
1.4 Sentido jurídico

1.2.5 SENTIDO JURÍDICO


 Corresponde ao conjunto de normas fundamentais que exterioriza os elementos
essenciais de um Estado, regulando a participação do povo no exercício do
poder, a existência ou não de uma divisão interna do Estado, o grau de
autonomia das unidades porventura existentes, as funções tipicamente estatais,
os órgãos que as exercem, os limites das ações do estado e os direitos e
garantias fundamentais das pessoas a eles submetidas.

É, portanto, o conjunto de normas essenciais que disciplina a organização do


estado e dá fundamento de validade às suas leis
2. Classificação das Constituições

2.1 QUANTO AO CONTEÚDO


 Constituição material ou substancial: é o conjunto de regras materialmente
constitucionais, que regula a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos
e os direitos fundamentais.
2.2 QUANTO À FORMA
 Constituição não-escrita, costumeira ou consuetudinária: é a Constituição em
que as normas não constam de um documento único e solene. Suas fontes são:
os usos e costumes, os precedentes jurisprudenciais e os textos escritos
esparsos (atos do Parlamento). Na Constituição costumeira, os textos escritos
não são as únicas fontes constitucionais, mas sim apenas uma parte delas.
2.3 QUANTO Á EXTENSÃO OU MODELO
 Constituição sintética: é a Constituição concisa. A matéria constitucional vem
predisposta de modo resumido. Exemplo: a Constituição dos Estados Unidos da
América, que tem 7 artigos e 26 emendas.
 Constituição analítica: caracteriza-se por ser extensa, minuciosa. A Constituição
brasileira é o melhor exemplo.
2. Classificação das Constituições

2.4 QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO


 Constituição dogmática: reflete a aceitação de certos dogmas, ideais vigentes
no momento de sua elaboração, reputados verdadeiros pela ciência política.
 Constituição histórica: é a Constituição não-escrita, resultante de lenta
formação histórica. Não reflete um trabalho materializado em um único momento.

2.5 QUANTO À IDEOLOGIA


 Eclética, pluralista, complexa ou compromissória: possui uma linha política
indefinida, equilibrando diversos princípios ideológicos. Conforme entende
Manoel Gonçalves Ferreira Filho, no fato de a Constituição Federal ser dogmática
na sua acepção eclética consiste o caráter compósito de nosso dogmatismo
(heterogêneo).
 Ortodoxa ou simples : possui linha política bem definida, traduzindo apenas
uma ideologia.
2. Classificação das Constituições

2.6 QUANTO À ORIGEM OU AO PROCESSO DE POSITIVAÇÃO


 Constituição promulgada, democrática ou popular (votada ou convencional): tem
um processo de positivação proveniente de acordo ou votação. É delineada por
representantes eleitos pelo povo para exercer o Poder Constituinte (exemplo: a
Constituição de 1988).

 Constituição outorgada: é imposta por um grupo ou por uma pessoa, sem um


processo regular de escolha dos constituintes, ou seja, sem a participação popular
(exemplo: a Constituição brasileira de 1937).
Observação: há uma tendência na doutrina de se restringir o uso da expressão Carta
Constitucional somente para a Constituição outorgada (exemplo: a Carta de 1969) e
Constituição apenas para os textos provenientes de convenção (exemplo: a
Constituição de 1988).

 Constituição Cesarista ou Bonapartista: assim chamada pela doutrina, nada mais é


do que uma Constituição outorgada que passa por uma encenação de um processo
de consulta ao eleitorado, para revesti-la de aparente legitimidade.

 Constituição “dualista” ou “pactuada”: citada pela doutrina, essa Constituição


caracteriza-se por ser fruto de um acordo entre o soberano e a representação
nacional.
2. Classificação das Constituições

2.7 QUANTO À ESTABILIDADE, Á MUTABILIDADE OU Á ALTERABILIDADE

 Constituição rígida: para ser modificada necessita de um processo especial,


mais complexo do que o exigido para alteração da legislação infraconstitucional.
A Constituição Federal do Brasil é um exemplo.

 Constituição flexível ou não-rígida: pode ser modificada por procedimento


comum, o mesmo utilizado para as leis ordinárias.

 Constituição semi-rígida: contém uma parte rígida e outra flexível. Exemplo: a


Constituição do Império de 1824, que previa, em seu artigo 178, a modificação
das regras materialmente constitucionais por procedimento especial e a
modificação das regras formalmente constitucionais por procedimento comum.
2. Classificação das Constituições

2.8 QUANTO À FUNÇÃO

 Constituição garantia, quadro ou negativa: é a clássica, enunciando os direitos


das pessoas, limitando o exercício abusivo do poder e dando uma garantia aos
indivíduos. Originou-se a partir da reação popular ao absolutismo monárquico. É
denominada quadro porque há um quadro de direitos definidos e negativa porque
se limita a declarar os direitos e, por conseguinte, o que não pode ser feito.

 Constituição balanço: é um reflexo da realidade. É a “Constituição do ser”. Um


exemplo é a Constituição da extinta URSS, de 1917.

 Constituição dirigente: não se limita a organizar o poder, mas também


preordena a sua forma de atuação por meio de “programas” vinculantes. É a
“Constituição do dever-ser”. A nossa Constituição Federal inspirou-se no modelo
da Constituição portuguesa.
3. Histórico das Constituições
Brasileiras

1824: positivada por outorga. Constituição do Império do Brasil. Havia um


quarto poder: o Poder Moderador.
1891: positivada por promulgação. Primeira Constituição da República.
1934: positivada por promulgação.
1937: positivada por outorga (Getúlio Vargas). Apelidada de Constituição
“Polaca”.
1946: positivada por promulgação. Restabeleceu o Estado Democrático.
1967: positivada por outorga. (há quem sustente ter sido positivada por
convenção, pois o texto elaborado pelo Governo Militar foi submetido ao
referendo do Congresso Nacional antes de entrar em vigor).
1988: positivada por promulgação (Constituição Cidadã).

Observação: em 1969 foram efetivadas várias alterações por meio da Emenda


Constitucional n. 1/69, que para alguns autores caracteriza uma Constituição
outorgada.
4. Classificação da Constituição
Federal de 1988

1. Quanto ao conteúdo: formal;


2. Quanto à forma: escrita;
3. Quanto à extensão: analítica;
4. Quanto ao modo de elaboração: dogmática;
5. Quanto à ideologia: eclética;
6. Quanto à origem: promulgada;
7. Quanto à estabilidade: rígida;
8. Quanto à função: garantia e dirigente.
O ESTUDO É A ÚNICA CERTEZA DO SUCESSO.

BOA SORTE!

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