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O vigoroso crescimento acumulado do varejo nos últimos anos, em praticamente todos os seus segmentos, tem provocado um fenômeno interessante no que diz respeito à melhoria das práticas de gestão de estoques e de logística de muitas redes e não necessariamente como reflexo de um processo planejado, mas sim devido à escassez de espaço. Por Alexandre Horta (horta@gsmd.com.br), sócio-sênior e diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza
O vigoroso crescimento acumulado do varejo nos últimos anos, em praticamente todos os seus segmentos, tem provocado um fenômeno interessante no que diz respeito à melhoria das práticas de gestão de estoques e de logística de muitas redes e não necessariamente como reflexo de um processo planejado, mas sim devido à escassez de espaço. Por Alexandre Horta (horta@gsmd.com.br), sócio-sênior e diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza
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O vigoroso crescimento acumulado do varejo nos últimos anos, em praticamente todos os seus segmentos, tem provocado um fenômeno interessante no que diz respeito à melhoria das práticas de gestão de estoques e de logística de muitas redes e não necessariamente como reflexo de um processo planejado, mas sim devido à escassez de espaço. Por Alexandre Horta (horta@gsmd.com.br), sócio-sênior e diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza
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Alexandre Horta (horta@gsmd.com.br), sócio-sênior e diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza
O vigoroso crescimento acumulado do varejo nos últimos anos, em praticamente
todos os seus segmentos, tem provocado um fenômeno interessante no que diz respeito à melhoria das práticas de gestão de estoques e de logística de muitas redes e não necessariamente como reflexo de um processo planejado, mas sim devido à escassez de espaço. A princípio pareceria ser um contrassenso, mas uma observação mais acurada demonstra que, como a capacidade de armazenagem das áreas de retaguarda das lojas é finita, o nível de cobertura representado pelo estoque ali armazenado tende a diminuir na mesma proporção em que as vendas crescem. Ter expansão anual de 6% a 7% em média em cinco anos significa um crescimento acumulado das vendas da ordem de 35%, com consequente redução do nível de cobertura dos estoques da loja. Entretanto, em muitas situações, esse crescimento de vendas veio acompanhado também de um crescimento no número de itens contido no sortimento da rede (o varejo ainda insiste em acreditar que a expansão da variedade é sempre uma bênção), o que significaria que os estoques, caso houvesse espaço para acomodá-los, tenderiam a crescer em termos absolutos ainda mais do que as vendas. Essa restrição ao crescimento contínuo dos estoques nas lojas tem feito com que as empresas acomodem sua operação com um menor nível de estoques no total da rede. Para evitar contratempos pela falta de mercadorias em determinados instantes (e a consequente perda de vendas), pelo fato de estarem trabalhando mais “justas”, as redes vêm se forçando a aperfeiçoar suas práticas de abastecimento, incluindo a revisão da malha logística, seja pela relocalização dos Centros de Distribuição e de suas plataformas logísticas; seja por uma maior eficiência dos processos de reposição, por meio de maior frequência na entrega de mercadorias às lojas; melhor planejamento da demanda; ou mais velocidade e precisão na separação e expedição de mercadorias. Neste momento em que as taxas de juros voltam a subir devido ao aumento da inflação, ter que trabalhar com menor nível de estoques significa ao varejo uma menor exposição de seu capital de giro, reduzindo seu custo financeiro e retornando parte do dinheiro que estava imobilizado em estoques para o caixa da empresa. Um duplo benefício, enfim. Paralelamente a essa situação, outro contexto mais amplo e complexo vem se estabelecendo e impondo uma nova dinâmica ao varejo, também associada, de alguma forma, à falta de espaço. Ao longo do tempo, as redes de varejo foram ocupando os melhores pontos comerciais disponíveis e isso foi realizado a custos relativamente modestos perante os níveis encontrados hoje em dia. Ou seja, os pontos disponíveis para permitir a expansão futura do varejo serão progressivamente menos eficientes e mais caros (e isso sem levar em conta a impressionante valorização dos imóveis em diversas cidades brasileiras). Do ponto de vista de gestão financeira, como o metro quadrado vem se tornando mais caro, o varejo precisa incrementar a rentabilidade de suas lojas de forma a manter o mesmo retorno anterior sobre os ativos. Isso significa vender mais e com maior margem de contribuição das lojas para equilibrar a equação. Como o cenário atual prevê um crescimento econômico contínuo para os próximos anos (ainda que sem a exuberância de 2010), esse processo de valorização dos ativos imobiliários deve continuar. Para o varejo (cada vez mais atento aos parâmetros de avaliação do mercado financeiro) não perder valor comparativamente aos ativos do mercado, ele deverá aperfeiçoar dramaticamente sua gestão de espaço, de categorias e de preços, além de dar continuidade ao seu aperfeiçoamento na gestão logística e de estoques. Conforme as restrições físicas e os custos de ocupação forem aumentando, o varejo terá que gradativamente investir em uma gestão mais qualificada e com metas mais ambiciosas em termos do crescimento da produtividade dos seus ativos (lojas, estoques e carteira de financiamento de clientes). É uma agenda importante para os próximos anos e o cenário econômico, que também é parte dessa equação, pode ser enxergado como favorável ao desafio.