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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA O EXAME

DA OAB
Prof. Flávio Martins

DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS SOBRE O ECA (ART. 227 a 229)

ART. 227
Princípio da prioridade absoluta (criança, adolescente e JOVEM) – EC 65/10
Conceito de Jovem – 2 posições (até 24 anos ou até 29 anos) – depende de lei
CRIANÇA – menos de 12
ADOLESCENTE – 12 até 18
JOVEM – até 24 (ou 29, para alguns) – Estatuto da Juventude - § 8º
IDOSO – 60 anos ou mais (art. 1º, Estatuto do Idoso)

Alguns direitos constitucionais:


a) idade mínima para o trabalho
b) direitos previdenciários e trabalhistas
c) acesso do trabalhador adolescente e JOVEM à escola
d) defesa técnica
c) pleno conhecimento do ato infracional
d) igualdade processual
e) todos os filhos tem os mesmos direitos (§ 6º)

ART. 228
Inimputabilidade do menor de 18 anos
Momento da Conduta
Exceção – Crimes Permanentes
Súmula: 338, STJ: A prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas.
Segundo o STF: parâmetro é a pena máxima prevista no Código Penal, com
redução de ½ por ser menor de 21 anos1.

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- aplica-se aos atos infracionais o princípio da insignificância (STF)2

ART. 229
Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.

- inimputabilidade dos menores de 18 anos (art. 228, CF)

- pais que não cumprem o dever? Perda do poder familiar (judicialmente e com
contraditório – art. 22 e 24, ECA)

II – CONCEITO DE CRIANÇA E DE ADOLESCENTE (art. 2º, ECA)


Criança – com menos de 12 anos
Adolescente – 12 anos a 18 anos
Obs.: Excepcionalmente, o ECA pode ser aplicado às pessoas de até 21 anos

Conceito de criança e adolescente (“como pode o peixe vivo”)


Criança: menos de 12
A medida é protetiva
Criança: menos de 12
A medida é protetiva
Já de 12 até 18, já de 12 até 18
A medida aplicada é a sócio-educativa

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ASPECTOS PENAIS

PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL

- conceito de ato infracional (crime ou contravenção) - art. 103


- se criança pratica ato infracional, aplicam-se as medidas protetivas do art. 101,
ECA (art. 105, ECA)

DOS DIREITOS INDIVIDUAIS


- duas hipóteses de privação da liberdade: flagrante de ato infracional ou ordem
judicial (art. 106)
- direito à identificação dos responsáveis pela apreensão (art. 106, parágrafo
único)
- assim que apreendido: comunica o juiz e a família, ou pessoa indicada (art.
107)
- internação provisória: máximo de 45 dias (art. 108)
- requisitos: decisão fundamentada, indícios de autoria e materialidade e
necessidade da internação (art. 108, parágrafo único)
- o adolescente civilmente identificado não será identificado compulsoriamente,
salvo dúvida fundada (art. 109).

GARANTIAS PROCESSUAIS
- devido processo legal (art. 110)
- outras garantias (art. 111):
a) pleno e formal conhecimento da atribuição do ato infracional
b) igualdade na relação processual
c) defesa técnica de advogado
d) assistência judiciária gratuita
e) direito de ser ouvido pessoalmente
f) direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável

MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS
- modalidades (art. 112)

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Advertência
Obrigação de reparar o dano
Prestação de serviços à comunidade
Modalidades de medidas Liberdade assistida
Inserção em semi-liberdade
sócio-educativas internação
qualquer das medidas do art. 101, I a VI

Medidas sócio-educativas – O cravo brigou com a rosa


Liberdade assistida,
Advertência, internação
Obrigação de reparar o dano
De serviços a prestação
Inserção em semi-liberdade
Ou as medidas de proteção
São as medidas sócio-educativas
que eu canto nessa canção

- advertência (art. 115)


- admoestação verbal, reduzida a termo e assinada.

- obrigação de reparar o dano (art. 116)


- quando houver reflexos patrimoniais

- prestação de serviços à comunidade (art. 117)


- máximo de 6 meses
- jornada máxima de 8 horas semanais (sábados, domingos, feriados ou dias
úteis que não prejudiquem escola ou trabalho)

- liberdade assistida (art. 118 e 119)


- designação de pessoa capacitada (art. 118, § 1º)
- prazo mínimo de seis meses (mas pode revogar, prorrogar ou substituir,
ouvido o orientador, o MP e o defensor) – art. 118, § 2º.
- encargos do orientador (orientação, inserção em programa assistencial,
acompanhar desenvolvimento escolar, buscar a profissionalização, fazer relatório)
- (art. 119).

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- regime de semiliberdade (art. 120)
- 2 hipóteses: decretado desde o início ou como meio de transição para a
liberdade
- atividades externas independem de autorização judicial
- aplicam-se as regras da internação

- internação (art. 121 a 125)


- características: brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar
de pessoa em desenvolvimento (art. 121)
BREVIDADE
- não comporta prazo determinado, devendo ser reavaliada no máximo a
cada seis meses (art. 121, § 2º)
- período máximo de três anos (art. 121, § 3º)
- terminados os três anos, o adolescente é liberado, colocado em
semiliberdade ou liberdade assistida (art. 121, § 4º)
- liberação compulsória aos 21 anos (art. 121, § 5º)
- a desinternação depende de autorização judicial, ouvido o MP (art. 121, §
6º)
EXCEPCIONALIDADE
- hipóteses de internação:
a) ato infracional com grave ameaça ou violência à pessoa;
b) reiteração de atos infracionais graves
c) descumprimento injustificado e reiterado da medida anteriormente imposta
(nesse caso não pode ser superior a três meses)

OUTRAS REGRAS
- são possíveis atividades externas, salvo determinação judicial em contrário
(art. 121, § 1º).
- Súmula: 265, STJ: É necessária a oitiva do menor infrator antes de
decretar-se a regressão da medida sócio-educativa.
- local específico para adolescentes (art. 123)
- são obrigatórias atividades pedagógicas (art. 123, parágrafo único)
- direitos do adolescente internado (art. 124).
- não haverá incomunicabilidade (art. 124, § 1º)
- o juiz pode suspender o direito de visita, dos pais inclusive (art. 124, § 2º)

INTERNAÇÃO PROVISÓRIA
- não pode ser em estabelecimento prisional (185)
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- se não houver na localidade adequada, transfere para local mais próximo (§ 1º)
- enquanto isso, fica em repartição policial, isolada dos adultos, no máximo 5 dias
(§ 2º)

- REMISSÃO (ART. 126 a 128, ECA)


- o MP pode conceder a remissão – art. 126 (mas não pode cumular com medidas
sócio-educativas – Súmula 108 do STJ)
- Durante o processo, quem concede é o juiz e implica em suspensão ou extinção
do processo (126, parágrafo único)
- não consiste em maus antecedentes e pode aplicar medidas sócio-educativas,
exceto semiliberdade e internação (art. 127)
- a medida aplicada com a remissão pode ser revista a qualquer tempo (pedido do
adolescente, representante legal ou MP) – art. 128

ACESSO À JUSTIÇA
- direito à assistência judiciária gratuita – 141, § 1º, ECA
- as ações que tramitam na justiça da Infância e Juventude são isentas de custas,
salvo litigância de má-fé (art. 141, § 2º, ECA)
- sigilo dos atos judiciais, policiais e administrativos – art. 143 e parágrafo único

COMPETÊNCIA
- ato infracional – lugar da ação ou omissão (art. 147, § 1º).
- execução das medidas pode ser delegada à autoridade competente da
residência dos pais ou do local da entidade (147, § 1º)
- outras ações – domicílio dos pais ou responsáveis (se não houver, lugar onde
está a criança e adolescente) – art. 147, I e II
- continência com maior de 18 anos – separação obrigatória (79, II, CPP)

APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL


- adolescente apreendido por ordem judicial é levado à autoridade judiciária – art.
171
- adolescente apreendido em flagrante é levado para a autoridade policial – art.
172
- ato infracional sem violência ou grave ameaça – boletim de ocorrência
circunstanciada (art. 173, parágrafo único)
- ato infracional com violência ou grave ameaça – auto de apreensão, com
testemunhas e oitiva do adolescente (art. 173)
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- comparecendo pais ou responsáveis, será liberado (com compromisso de levar
ao MP), salvo se houver necessidade de internação provisória (art. 174)
- se for caso de não liberação, leva ao MP (art. 175) no prazo máximo de 24 horas
(art. 175, § 1º)
- sempre é remetida cópia para o MP – art. 176
- não pode ser conduzido em compartimento fechado de veículo policial– art. 178
- no mesmo dia, o MP ouvirá o adolescente e, se possível, dos pais ou
responsável, testemunhas e vítima (art. 179).
- se o adolescente não comparecer, condução coercitiva (art. 179, parágrafo
único).

OPÇÕES DO MP:
a) arquivamento dos autos
b) conceder remissão
c) representar à autoridade judiciária

- arquivamento ou remissão / remissão


– encaminha para o juiz para homologação (art. 181)
- se o juiz concorda, arquiva-se (art. 181, § 1º)
- se o juiz discordar, remete os autos ao Procurador-Geral (art. 181, § 2º)

- representação
- requisitos da representação (art. 182, § 1º): resumo dos fatos, classificação do
ato infracional, rol de testemunhas.
- representação INDEPENDE de prova pré-constituída da autoria e materialidade
(art. 182, § 2º)
- prazo máximo do procedimento se estiver internado provisoriamente: 45
dias (art. 183)

PROCEDIMENTO
- recebida a representação, o juiz designa audiência de apresentação e decide
sobre a internação (art. 184)
- se o adolescente não for encontrado, expede mandado de busca e apreensão e
suspende o processo (184, § 3º)
- na audiência, ouve o adolescente e pais e pode conceder a remissão, ouvido o
MP (art. 186, § 1º, caput)
- não sendo caso de remissão (fato grave), designa nova audiência (art. 186, § 2º)
- advogado oferece defesa prévia em três dias e rol de testemunhas (art. 186, §
3º)
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- na audiência (ouve testemunhas da representação, da defesa prévia, debates
orais – 20m + 10m) – art. 186, § 4º
- se o adolescente não comparecer, condução coercitiva – art. 187
- pode ser aplicada remissão ANTES DA SENTENÇA – art. 188
- não aplica qualquer medida (como uma absolvição) – art. 189:
a) estar provada a inexistência do fato;
b) não haver prova da existência do fato.
c) não constituir o fato ato infracional;
d) não existir prova do adolescente de ter participado do ato

- intimação (art. 190)


a) internação ou semiliberdade – adolescente e defensor (se não encontrar
adolescente: responsáveis e defensor).
b) outra medida aplicada – somente o defensor
- o adolescente é indagado se quer recorrer da sentença (art. 190, § 2º).

RECURSOS
- sistema recursal do CPC (art. 198, caput), com algumas adaptações:
a) não tem preparo (art. 198, I)
b) prazo dos recursos – 10 dias (salvo embargos de declaração – 5 dias – CPC
<art. 536> e agravo de instrumento – 10 dias – 522, CPC)
c) preferência de julgamento
d) a apelação ou agravo de instrumento com juízo de retratação, em 5 dias (198,
VII).

DO ADVOGADO
- nenhum adolescente será processado sem defensor – art. 207, caput
- se não tiver defensor, o juiz nomeia – art. 207, § 1º
- se o defensor faltar, nomeia substituto (ad hoc) – art. 207, § 2º
- não precisa de mandato quando (art. 207, § 3º):
a) for defensor nomeado
b) for indicado através de ato formal na presença do juiz

CRIMES E INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

- Todos os crimes são de ação pública incondicionada – art. 227


- Súmula: 338, STJ: A prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas.

CRIMES EM ESPÉCIE (art. 228 a 244-A, ECA)


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- 228 – crime omissivo – deixar de manter registro sobre atividades desenvolvidas
durante gravidez (18 anos) ou deixar de fornecer declaração de nascimento, com
as intercorrências do parto. Pode ser culposo.
Menor potencial ofensivo

- 229 – crime omissivo – deixar de identificar o neonato e a parturiente. Pode ser


culposo
Menor potencial ofensivo

- 230 – privar a liberdade do adolescente sem estar em flagrante ou ordem judicial


Menor potencial ofensivo

- 231 – a autoridade responsável pela apreensão não comunica juiz ou a família


Menor potencial ofensivo

- 232 – submeter criança sob autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou


contrangimento
Menor potencial ofensivo

- 234 – deixar o juiz de ordenar a liberação, quando apreensão é irregular


Menor potencial ofensivo

- 235 – descumprir, injustificadamente, prazo legal


Menor potencial ofensivo

- 236 – impedir ou embaraçar ação do Conselho Tutelar, MP ou juiz


Menor potencial ofensivo

- 237 – subtrair criança para colocar em lar substituto


Pena máxima 6 anos
Crime formal (basta a subtração, não precisa colocar em lar substituto)

- 238 – prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga


ou recompensa
Pena máxima 4 anos
Crime formal (prometer) ou material (efetivar)
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- 239 – promover ou auxiliar ato destinado ao envio de criança para o exterior
Pena máxima 6 anos (se houver violência 8 anos)
Crime formal (não precisa do envio, que é mero exaurimento)

Crimes de “pedofilia”
“cena de sexo explícito ou pornográfica” (241-E) – atividades sexuais explícitas,
reais ou simuladas, ou exibição de órgãos genitais para fins primordialmente
sexuais.

- 240 – produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar, cena de sexo explícito ou


pornográfica
Pena máxima 8 anos
O agenciador também responde (240, § 1º)
- a pena aumenta de 1/3 se houver função pública, relações domésticas ou
parentesco (240, § 2º)

- 241 – vender ou expor à venda material contendo cena de sexo explícito ou


pornográfica
Pena máxima 8 anos

- 241-A – divulgar esse material


Pena máxima 6 anos
O provedor também responde, quando comunicado, não retira do ar (art. 241-A,
§§ 1º e 2º)

- 241-B – possuir ou armazenar esse material


Pena máxima 4 anos
Se houver pequena quantidade – diminui de 1/3 a 2/3 (241-B, § 2º)
Não é crime se a finalidade for comunicar à autoridade (§ 2º)

-241-C – adulteração, montagem ou modificação de fotografia


Pena máxima 3 anos
Também responde quem vende, distribui, publica ou armazena esse material

- 241-D – aliciar, assediar criança com o fim de praticar ato libidinoso


(normalmente pela internet)
Pena máxima 3 anos

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Também pratica quem mostra material à criança ou induz criança a se exibir de
forma pornográfica.

- 242 – fornecer à criança ou adolescente arma ou munição


Pena máxima 6 anos

- 243 – vender ou fornecer produtos que causam dependência


Pena máxima 4 anos

244 – vender ou fornecer fogos de artifício


Pena máxima 2 anos

244-A – submeter criança ou adolescente à exploração sexual ou prostituição


Pena máxima 10 anos
O proprietário, gerente ou responsável do local também responde

244-B – corrupção de menores de 18 anos


Pode ser por meio da internet
A pena aumenta de 1/3 se for crime hediondo.

INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS (art. 245 a 258)

SÚMULAS DO STJ

Súmula: 108
A APLICAÇÃO DE MEDIDAS SOCIO-EDUCATIVAS AO ADOLESCENTE, PELA
PRATICA DE ATO INFRACIONAL, E DA COMPETENCIA EXCLUSIVA DO JUIZ.

Súmula: 265
É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da
medida sócio-educativa.

Súmula: 338
A prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas.

Súmula: 342

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No procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula a desistência
de outras provas em face da confissão do adolescente.

DIREITOS CIVIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

2 metaprincípios (100, I, ECA)


Art. 1º, ECA - PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL da criança e do
adolescente
Art. 4º, ECA + Art. 227 – PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA

Princípios derivados
a) Condição da criança e do adolescente como sujeito de direitos (100, I,
ECA)
tem até mais direitos que os adultos
b) princípio da intervenção precoce (100, VI, ECA)
agir desde que conhecida a situação irregular (100, VI, ECA)
c) princípio da intervenção mínima (100, VII, ECA)
a medida deve ser proporcional à situação de perigo (100, VII)
d) princípio da responsabilidade parental (100, IX, ECA)
os pais têm deveres quanto à criança e adolescente (art. 229, CF + 100, XI,
ECA)
e) princípio da prevalência da família (100, X, ECA)
busca pelo crescimento da criança e adolescente na família (art. 25, ECA)
f) princípio da obrigatoriedade da informação (100, XI, ECA)
deve ser informado sobre os motivos que determinaram a intervenção (art.
100, XI)
g) princípio da brevidade e excepcionalidade da privação da liberdade (art.
227, CF)

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Criança Adolescente
Menos de 12 De 12 até 18
Ato infracional Ato infracional
Medida de proteção (101, ECA) Medida socioeducativa (e protetiva)
Viagem doméstica sem os pais – Viagem doméstica sem os pais – não
precisa de autorização judicial precisa de autorização judicial
Viagem ao exterior sem os pais – Idem
precisa de autorização judicial
Obs.: aplicação do ECA aos maiores de 18 anos
Critérios de interpretação do ECA – art. 6º, ECA

MEDIDAS DE PROTEÇÃO
- 98 a 102, ECA
- podem ser aplicadas: a) omissão do Estado; b) omissão dos pais; c) conduta da
criança ou adolescente.
- isolada ou cumulativamente e substituídas a todo tempo (99, ECA)
- exemplos de medidas de proteção (101, ECA)
- quem pode aplicar essas medidas?

AUTORIZAÇÃO PARA VIAGEM


VIAGEM NACIONAL (ART. 83) – SÓ PRA CRIANÇA
Criança – acompanhada dos pais ou responsável ou com ordem judicial
Exceções:
a) Comarca contígua (na mesma unidade da federação ou região
metropolitana)
b) Acompanhada de ascendente ou colateral maior até o terceiro grau
c) Pessoa maior autorizada pelos pais ou responsável
OBS.: O juiz pode conceder autorização por 2 anos

VIAGEM INTERNACIONAL (ART. 84) – PARA CRIANÇA E ADOLESCENTE


a) Acompanhado dos pais ou responsável
b) Um dos pais, autorizado expressamente pelo outro (com firma reconhecida)
c) Outras hipóteses – autorização judicial

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DIVERSÕES E ESPETÁCULOS
Poder Público regulará a informação sobre espetáculos, informando a natureza
deles e a faixa etária – art. 74
Os responsáveis devem deixar informação destacada – art. 74, p.u
SE NÃO INFORMAR – INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA (art. 252)
As crianças menores de 10 anos só podem ingressar em espetáculos com os pais
ou responsável (75, p.u)
SE DEIXAR ENTRAR – INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA – art. 258
Revistas impróprias deverão ser vendidas lacradas – art. 78
SE VENDER DE FORMA IRREGULAR – INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA – art.
257
Lugar de bilhar, sinuca ou casa de jogos – não é permitida a entrada de crianças e
adolescentes – art. 80

É PROIBIDA A VENDA DOS SEGUINTES PRODUTOS (art. 81)


a) Armas, munições, explosivos
b) Bebidas alcoólicas
c) Produtos que causam dependência, ainda que por uso indevido
d) Fogos de estampido ou artifício, salvo de menor potencial
e) Revistas impróprias
f) Bilhetes lotéricos ou equivalentes

HOSPEDAGEM (art. 82)


Só pode hospedar criança ou adolescente com autorização dos pais ou
responsável ou autorização judicial
Se não fizer – infração administrativa – art. 250

CONSELHO TUTELAR (art. 131 e seguintes)


- não jurisdicional
- pelo menos 1 por município
- pelo menos 5 membros escolhidos pela comunidade
- mandato de 3 anos (1 recondução)
- deve ter + de 21 anos e residir no município
- custeado pelo Município
- o conselheiro tem direito a prisão especial
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- Não se pode divulgar imagem, nome ou iniciais da criança quanto a atos
policiais, judiciais ou administrativos (143).

DIREITOS CIVIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Direito à vida e à saúde


a) obrigações do hospital: art. 10
atenção: em caso de internação – art. 12 (permanência de um dos pais ou
responsável)

Direito à liberdade (16, ECA), ao respeito (17, ECA) e à dignidade (18, ECA)

Direito à convivência familiar e comunitária (19 a 24)

- Seio saudável de sua família

- Tipos de família: NATURAL, EXTENSA OU AMPLIADA e SUBSTITUTA

FAMÍLIA NATURAL
Conceito
É a regra
Poder familiar em igualdade de condições
Havendo divergência?
Acolhimento (só juiz) (até 2 anos, salvo necessidade) , reavaliação a
cada 6 meses)

Reconhecimento: art. 26 e 27, ECA.


Pelos pais conjuntamente ou separadamente
Onde? Termo de nascimento, testamento ou escritura ou outro documento
público
Quando? Antes do nascimento, em vida, após a morte ,se deixar
dependentes
Características? Personalíssimo, indisponível e imprescritível
Contra quem? Pais ou herdeiros

PERDA E SUSPENSÃO do poder familiar


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Pobreza não enseja a perda do poder familiar – 23, ECA
a) EXTINÇÃO (PERDA) do poder familiar: 1635 e 1638 do CC
a1) morte dos pais ou do filho
a2) emancipação
a3) maioridade
a4) adoção
a5) decisão judicial na forma do artigo 1638

b) SUSPENSÃO do poder familiar – art. 1637 (faltar com os deveres do


poder familiar ou CONDENADO A MAIS DE 2 ANOS DE PRISÃO).

PERDA OU SUSPENSÃO - DECISÃO JUDICIAL (CONTRADITÓRIO) – art.


24, ECA

FAMÍLIA EXTENSA OU AMPLIADA – 25, parágrafo único


Conceito

COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA

guarda, tutela e adoção (art. 28).

Regras Gerais
modalidades: guarda, tutela e adoção (única possível para o estrangeiro)
oitiva do menor: sempre que possível será ouvido e, se for maior de 12
anos, a oitiva é obrigatória e necessário seu consentimento (art. 28, parágrafos 1 e
2)
irmãos: em regra, serão colocados na mesma família (art. 28, parágrafo
4)
Criança ou adolescente remanescente de quilombo ou comunidade
indígena: art. 28, p. 6º.

GUARDA (33 e 34)


- regularizar a posse de fato
- espécies (provisória e ausência temporária dos pais)
- dependente para todos os efeitos
- pode ser revogada a todo tempo
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TUTELA (36 a 38, ECA)

- pessoa com até 18 anos incompletos


- cabimento: 1728 do CC:
a) morte dos pais
b) declaração de ausência dos pais
c) perda ou suspensão do poder familiar

regras da tutela – Código Civil

ADOÇÃO

noção e efeitos: forma de colocação em família substituta, IRREVOGÁVEL e


EXCEPCIONAL – art. 39, p. 1º.

quem pode ser adotado:


a) adoção do menor de criança ou adolescente: regime do ECA;
b) adoção do maior de 18 anos: regime do CC

idade máxima para o adotado: 18 anos na data do pedido, salvo se já estiver


sob a guarda ou tutela dos adotantes – art. 40

quem pode adotar –


homem, mulher, casal (hetero e homossexual)
união estável ou homoafetiva
casal, ainda que divorciado
maior de 18 anos – art. 42
deve ter pelo menos 16 anos mais que o adotante – art. 42, parágrafo 3º
adoção “post mortem” – 42, § 6º, ECA

vedações para a adoção – Não podem adotar:


1) não pode haver adoção por procuração (art. 39, § 2.º, do ECA);
2) não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando (art. 42,
§ 1.º, do ECA) – nesse caso, não há vedação que colaterais adotem, de forma que
pode tio adotar sobrinho;

adoção unilateral
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art. 41, p. 1º ECA -
a) um dos pais é desconhecido – basta o consentimento do genitor que
conste do registro (art. 45, § 1.º, do ECA);
b) um dos pais foi destituído do poder familiar – basta o consentimento do
outro (art. 45, § 1.º, do ECA);

j) Estágio de convivência – art. 46 ECA

nacional: não há prazo mínimo, devendo a autoridade judiciária fixá-lo


conforme as peculiaridades do caso.

internacional: cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30


(trinta) dias (art. 46, § 3.º, do ECA).

DIREITO DE CONHECER SUA ORIGEM BIOLÓGICA (48, ECA)

após os 18 anos – acesso total

antes dos 18 anos – decisão do juiz, assegurança orientação

adoção e registro civil – art. 47, ECA

- não se fornecerá certidão,

- cancelamento do registro anterior

- possível mudança do prenome

Roteiro de Estudos de ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)


Prof. Flávio Martins Alves Nunes Júnior
www.professorflaviomartins.net.br

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