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ALIMENTAÇÃO NA GRAVIDEZ: OS CUIDADOS BÁSICOS

A gravidez é um estado fisiológico da mulher que implica o ajustamento da


alimentação às necessidades especiais, de modo a garantir o desenvolvimento
adequado do novo ser.

O aumento de peso

Ao longo da gravidez, ocorre algum aumento de peso provocado não só pelo feto
mas também pelo líquido amniótico que o envolve, bem como pelo aumento do
volume de sangue, da placenta, do útero e dos seios. Este aumento de peso deve
ocorrer de forma gradual: cerca de 15% no primeiro trimestre, 35% no segundo
trimestre e os restantes 50% no último trimestre de gestação.

O aumento de peso na gravidez deve variar consoante o índice de massa corporal


(IMC) da mulher antes de engravidar.
O IMC calcula-se pela fórmula: IMC (Kg/m2) = peso (Kg) / altura (m) 2

Assim, as mulheres com IMC inferior a 20 kg/m2 poderão aumentar até 18kg,
enquanto as mulheres com IMC superior a 25 kg/m2 não deverão exceder os 11kg.

É extremamente importante vigiar o peso regularmente:


• um aumento de peso excessivo ao longo da gravidez pode provocar diabetes
gestacional ou hipertensão arterial;
• um aumento de peso insuficiente pode conduzir a um baixo peso à
nascença, malformações, edemas (inchaços) ou hemorragias.

Alimentação saudável

Ao longo da gravidez, a mulher não deve “comer por dois”, mas sim alimentar-se
de forma racional, para que o bebé tenha acesso a todos os nutrientes de que
necessita, nomeadamente, ferro, cálcio, ácido fólico, vitaminas C e D e ácidos
gordos ómega 3 e 6. Os diferentes alimentos fornecem estes e outros nutrientes
em quantidades muito variáveis. Assim, uma alimentação diversificada contém,
habitualmente, todas as vitaminas e minerais nas quantidades necessárias.

No entanto, quando essas necessidades estão aumentadas, tal como acontece na


gravidez, torna-se necessário reforçar a ingestão de determinados alimentos,
nomeadamente lacticínios, cereais, frutos e vegetais, e complementar a
alimentação diária com suplementos orais específicos, como o ferro e o ácido fólico.

A alimentação da grávida deve ser variada e equilibrada, devendo para isso incluir
cereais, hortícolas, frutícolas, carne/peixe/ovos, leguminosas e gorduras nas
quantidades adequadas. Recomenda-se a realização de 5 a 6 refeições diárias com
intervalos regulares e a ingestão de pelo menos 1,5 Litros de água entre as
refeições.

A evitar…

Durante a gravidez, devem evitar-se determinadas substâncias que podem


provocar complicações indesejadas. É o caso do álcool, do tabaco e da cafeína, que
podem provocar baixo peso à nascença, prematuridade, atraso no desenvolvimento
físico ou intelectual, malformações ou mesmo aborto espontâneo.

Segurança alimentar

As toxinfecções alimentares (toxoplasmose, listeriose e salmonelose, entre outras)


podem prejudicar gravemente a saúde do bebé. Deve, por isso, desinfectar frutos e
legumes consumidos crus, preferir leite e queijos pasteurizados, cozinhar
adequadamente ovos ou refeições que os contenham, utilizar luvas ao contactar
com jardins, hortas ou animais (sobretudo gatos), lavar bem as mãos antes,
durante e depois da preparação das refeições e manter as superfícies e os
utensílios bem limpos.

Ao comprar alimentos, verifique a sua composição, o estado da embalagem e a


data de validade.
Ao armazenar os alimentos, separe os crus dos cozinhados e verifique se o local e a
temperatura de armazenamento são os correctos.
Ao preparar e cozinhar os alimentos, lave bem as mãos e os alimentos que são
consumidos crus, cozinhe bem a carne, o peixe e os ovos e evite reaquecer os
alimentos.
Surgem, frequentemente, algumas complicações…

…como as náuseas ou a azia, que tendem a diminuir com a ingestão de alimentos e


bebidas frias ou à temperatura ambiente e com a realização de pequenas refeições,
a intervalos regulares. Deve evitar a ingestão de líquidos às refeições, de bebidas
com gás, álcool ou cafeína e de alimentos ricos em gordura ou condimentos.

O aumento da tensão arterial e os edemas podem ser contrariados aumentando a


ingestão de água ou infusões sem açúcar, entre as refeições. Devem evitar-se os
alimentos demasiado salgados.

A obstipação (prisão de ventre) melhora significativamente aumentando a ingestão


de alimentos ricos em fibras (como os legumes, as leguminosas, os frutos e os
cereais integrais) e de água ou infusões sem açúcar, bem como mantendo uma
actividade física regular.

Outra complicação frequente é a anemia, que requer o aumento da ingestão de


alimentos ricos em ferro e vitamina C, como a carne, o peixe, os ovos, as
leguminosas, os citrinos e os vegetais.

Pode ainda surgir uma alteração no metabolismo dos açúcares: a diabetes


gestacional. Neste caso, devem evitar-se os alimentos ricos em açúcares e
privilegiar os alimentos ricos em fibras, a água e as infusões sem açúcar e realizar
pequenas refeições com intervalos nunca superiores a 3 horas.

Em suma…

Um estilo de vida saudável aumenta a fertilidade, ajuda a reduzir os riscos e as


queixas associadas à gravidez e proporciona ao bebé um melhor início de vida.
Uma alimentação saudável ao longo da gravidez promove o bem-estar da mãe e do
bebé. Facilita ainda a recuperação após o parto. São razões mais do que suficientes
para que se aconselhe junto do seu nutricionista.

Sónia Rodrigues
Nutricionista

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